5⚡CHAPTER SIX: O PASSADO É UM PRÓLOGO
Chapter Six; O Passado É Um Prólogo
Era dia de Ação de Graças. Logo pela manhã, Jane acordou cedo e, junto de Nora, começaram a preparar o café da manhã. Waffles, panquecas, ovos mexidos, doces, frutas, pães. Nada faltava no café da manhã de Ação de Graças. Naquela manhã, Jane, Barry e Nora tomaram café da manhã como uma família. Sem brigas, sem discussões, sem desinteresse. Todos juntos. Surpreendentemente, não houveram surpresas. Nada de metas, cenas do crime, assaltantes ou outro tipo de problema na cidade para o Time Flash resolver. Pela noite, todos se juntaram na Casa dos West, onde houve uma festa. Nunca estiveram tão felizes juntos. Os únicos que não estavam lá era Cisco, Sherlock, Caitlin, HR e Ralph. Os cinco estavam fazendo algo nos Laboratórios STAR. Ao fim da festa, Jane recebeu uma ligação de Cisco pedindo para que ela, Nora e Barry fossem até o córtex. Ele havia avisado que era urgente.
— Pessoal? O que foi? — Perguntou Barry.
— É bom ser algo realmente importante. — Disse Jane. — Eu estou morta de cansaço e já estava indo para a cama.
— Vocês vão adorar. — Disse Cisco. — Sherlock?
— Bom, nós cinco aqui pensamos em algo. Se vocês três, a família West Allen, quiseram passar esse dia em família, talvez o nosso meta assassino quisesse também. Então eu pedi para o Cisco hackear as câmeras do hospital, e obtivemos isso.
— Desde que a Grace foi internada lá, somente um homem a visita. — Afirmou Cisco. Na gravação, era possível ver um sujeito levando flores para a menina. — Todos os dias, inclusive hoje.
— Time Flash. — Disse Sherlock. — Eu os apresento... Orlin Dwyer, também conhecido como...
— Cicada. — Completou Jane.
— Caramba. — Exclamou Barry. — E o que sabemos sobre esse cara?
— Ele cresceu no Centro-Oeste. — Disse HR. — Vivia em reformatórios. Basicamente, ele sumiu do mapa e apareceu em Central City há alguns anos.
— Trabalha em meio-período na empresa química Szrek faz dois anos. — Disse Caitlin. — O chefe disse que ele é mais quieto que os outros. Solitário. Deu endereço falso.
— Ele ficou com a custódia da sobrinha. — Disse Cisco. — Grace Gibbons.
— Sobrinha? Então ele é tio dela e não pai? — Perguntou Nora.
— Exatamente. — Disse Sherlock. — Depois que os pais da garota foram mortas por um meta humano, o Dwyer se tornou o tutor dela perante a lei.
— Agora sabemos o por quê ele odeia metas. — Disse Jane.
— Quando ele ganhou os poderes, começou a ir atrás deles. — Disse Ralph. — Poderes que ele conseguiu na noite do Esclarecimento, quando foi atingido por um estilhaço do satélite dos Laboratórios STAR. Naquela mesma noite, a Grace entrou em coma.
— E o Dwyer a visita todas as noites desde então pelas últimas três semanas. — Disse Sherlock.
— Então ele está lá agora? — Perguntou Barry.
— Está. — Ralph e Sherlock responderam ao mesmo tempo.
— Então vamos pegá-lo. — Disse Barry.
Naquele momento, Sherlock deu uma gargalhada sincera. HR ficou o encarando, sem entender o motivo. O detetive, após perceber que ninguém questionou Barry, decidiu falar.
— "Então vamos pegá-lo?" — Ele repetiu. — Sério mesmo? Olhe, como sempre, eu respeito sua coragem, Barry Allen, mas enquanto ele tiver uma adaga que neutraliza seus poderes não há como detê-lo.
— Esse é um ponto relevante. — HR disse
— Então vamos destruir a adaga. — Barry disse.
— Certo, e como faremos isso? — Questionou Ralph. — A não ser que tenhamos um neutralizador de poderes de adagas neutralizadoras de poderes no depósito, não tem muito o que fazer.
— Não tem. — Respondeu Cisco. — Mas se tivéssemos com certeza iríamos pensar num nome melhor para chamar do que "neutralizador de poderes de adagas neutralizadoras de poderes".
— Querida? — Perguntou Barry.
— Eu não faço ideia. — Jane respondeu. — Desculpa, pessoal, mas eu não sei.
— Gente. — Nora chamou-os. — E se fizéssemos uma?
— Uma o quê? —Indagou Caitlin.
— Uma arma mais poderosa do que a dele. O Cicada consegue controlar a adaga, então nós precisamos de algo mais poderoso que a ligação dele com ela.
— Espera. — Disse Jane. — Tipo um ímã? Tipo um ímã supercarregado?
— Exato, mãe.
— É uma boa ideia, mas eu não sei se temos materiais poderosos o bastante para isso. — Explicou Cisco. — A gente fez o satélite a partir de uma liga micro composta. E, para um satélite, ela serviu bem.
— E mesmo que conseguíssemos a adaga, nós teríamos que pensar em como tirar a matéria escura pra anular o poder dela. — Disse Caitlin.
— Exatamente. — Disse Sherlock. — Ou seja, você está sugerindo que achemos uma liga indestrutível com propriedades supermagnéticas e que também tenha a capacidade de anular matéria escura. Tipo, onde vamos achar uma coisa assim?
— No passado. — Nora disse.
— Espera. — Disse Barry. — No passado?
— Vocês já tiveram contato com tudo que precisamos. Uma liga forte com propriedades magnéticas.
— O traje do Savitar. — Disse Cisco, lembrando.
— Algo para tirar matéria escura? — Continuou Nora.
— O transmissor de Força de Aceleração que o Zoom usou pra tirar a velocidade do Barry e da Jane. — Disse Caitlin, lembrando.
— São partículas exóticas. — Disse Nora. — Basicamente a mesma coisa que matéria escura. Então só precisamos de um pouco dela para recalibrar.
— Vocês conseguem fazer isso?! — Perguntou Ralph sem acreditar.
— Eu teria que infundir o transmissor com a mesma matéria escura. — Disse Cisco.
— Tipo a do DeVoe? — Perguntou Jane.
— Ou a do acelerador de partículas. — Cisco respondeu.
— Teríamos que explodir os Laboratórios STAR de novo?! — Questionou Ralph.
— Não de novo. — Nora explicou-o. — Só precisamos viajar no tempo para a primeira vez que aconteceu.
— Isso vai bagunçar demais a linha do tempo. — Barry disse-a.
— Não, não vai. — Nora assegurou. — O traje do Savitar e o transmissor são objetos descartados no tempo. Então se roubássemos, não mudaria nada.
— Mesmo que isso tudo desse certo, não poderíamos entrar no hospital com nosso aparelho cujo não temos um nome ainda. — Ralph disse. — Se o Dwyer perceber alguma coisa, ele vai fugir.
— Então fazemos um hack temporal. — Nora disse.
— Um hack temporal?! — Perguntou Ralph. — O que raios é isso?!
— Essa eu sei. Aprendi bastante com minhas viagens pelo multiverso. Hack temporal é quando você planta algo no passado pra que esteja disponível no futuro. — HR disse-os batendo as baquetas.
— Isso. — Disse Nora. — Voltamos, pegamos o aparelho e escondemos perto do hospital em algum lugar onde não vai ser encontrado pelos próximos cinco anos.
— Que plano... Genial! O Cicada nem vai fazer ideia que está lá. — Cisco afirmou.
— Voltar ao passado para derrotar o Cicada no futuro. — Disse Sherlock. — Esse plano é muito genial para você, Nora West Allen. Tem certeza que o criou no improviso pelos últimos minutos?
— Sim, sim. Claro. — Ela disse.
Mas Sherlock estava certo que não. Aquele era um plano muito bem planejado. Como ela teria improvisado tudo de última hora?
— Escute, Nora, eu e sua mãe conseguimos fazer isso. — Barry disse-a. — Você não precisa ir, é muito perigoso. Viagem no tempo é muito arriscado. Cisco, Caitlin. Vocês podem olhar os dias exatos para onde devemos viajar para pegar as coisas.
— É pra já.
— Mas pai, eu...
— Você não vai conosco. — Barry repetiu.
— Por quê?
— Porque sempre que fazemos algo assim quase somos mortos.
— É mais um motivo para eu ir com vocês. — Disse Nora.
— É arriscado demais com a linha do tempo. — Barry disse-a. — Olhe, viagem no tempo é complicado!
— Eu sei! Eu já fiz isso antes! — Ela disse-o.
— E olhe tudo que aconteceu!
— Escuta, pai, eu só quero consertar o que eu estraguei, tá bem? Que eu estraguei. Por favor, deixe eu ir com vocês.
— Não. Hoje não. — Barry a respondeu. Nora olhou para baixo e, decepcionada, saiu dali. Jane o encarava. — Que foi? Acha que eu deveria ter deixado ela ir comigo?
— Acho, Barry. Eu acho.
— Escuta, querida, nós vamos viajar para momentos loucos da nossa vida. Thawne, Savitar, velocistas...
— Que superamos e derrotamos. Querido, isso foi ideia dela. Solução dela. E é muito boa. Então se você não tiver um motivo melhor para ela ficar, deixe ela ir conosco.
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— Beleza, esses são os melhores momentos. Curiosamente, também são os piores. Mas, para voltar, é isso. — Disse Cisco. — O primeiro momento é quando a Jane vibrou e atravessou a armadura do Savitar. Depois, ela a destruiu e a armadura se partiu em vários pedaços pelo chão. Foram tantos que nossas versões do passado não iriam notar se roubássemos um.
— Com certeza. — Caitlin disse. — Barry e Jane só precisam voltar pra Força de Aceleração antes que a linha do tempo se atualize e os fragmentos deixem de existir.
— Estou bem otimista. — Cisco disse.
— Tá, mas e quanto ao transmissor de Força de Aceleração? — Ralph questionou.
— Na noite em que o Zoom injetou Força de Aceleração nele mesmo, ele deixou o transmissor na sala de observação.
— Isso é genial. — Disse Cisco. — Só temos que garantir que não tenha ninguém lá quando ele apareça.
— E quando o acelerador de partículas explodiu? — Ralph questionou.
— Bem, um pouco antes de dar tudo errado, o Wells tava no córtex e nós... — Cisco disse e, então se lembrou. Sua consciência pesou. Com um olhar amargo, prosseguiu. — Nós estávamos na entrada do acelerador. Por conta do...
— Ronnie. — Completou Caitlin. Após alguns segundos, continuou. — É o momento perfeito para o Barry entrar no Cofre do Tempo. Ele pode colocar um fragmento do traje do Savitar no plinto e, quando o acelerador explodir, será infundido com matéria escura.
— Certo. — Disse Cisco. — Feito isso... teremos todas as peças necessárias para fazer o dispositivo. Nós o escondemos no hospital, e depois, no presente, o pegamos.
— Ótimo. — Disse HR. — Vamos mostrar para o Barry e para a Jane e ver o que eles acham.
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— Beleza... — Barry disse após ouvir e analisar tudo. — Vamos lá.
— Vamos lá. — Disse Jane.
Nora estava sentada na cadeira do córtex, parada, pensativa e com olhares tristes. Ficava olhando para o teto do lugar. Barry repensou. Olhou para Jane. Ela já havia dito o que ele deveria fazer, cabia a ele agora tomar uma decisão.
— Nora. — Chamou Barry. Ela olhou. — Vamos. Você vem com a gente.
Os olhos da garota brilharam, e um imenso sorriso se fez em seu rosto. Ela correu a abraçou seu pai. Logo depois, os três velocistas se prepararam para correr. Mas, antes, Jane resolveu instruir Nora.
— Certo, filha, vai ter que nos ouvir. Não improvise, se der algo errado, faça o que nós a dissermos. — Jane a disse. Nora assentiu.
— Espere, as coisas costumam a dar errado?
— Você nem imagina. — Barry disse.
E então correram. Começaram a correr em círculos pelo Acelerador. Ralph, Cisco, Caitlin e HR viam tudo pelos monitores. Por algum motivo, Sherlock não estava ali.
— Bem, e o que faremos agora enquanto esperamos eles? — Perguntou Ralph. — Vigiamos o hospital?
— Nada. — Respondeu Cisco. — Eles vão correr, viajar no tempo e, depois de terminarem, irão voltar ao exato momento em que saíram.
— Então para nós vai ser como se nunca tivessem saído?
— Viagem no tempo é estranho, não é? — Disse HR e, logo depois, bebeu um gole de seu café.
Continuaram a correr. Barry, Jane e Nora estavam em velocidades parecidas quando o portal se abriu. Atravessaram-o. Começaram a ver o futuro, presente e passado. Viram Ralph sendo morto por DeVoe, Marlize e DeVoe juntos, Barry na prisão, Barry entrando para a Força de Aceleração, e muito mais. Começaram a se concentrar no exato momento em que queriam chegar: a batalha final contra Savitar.
No momento específico, saltaram. Era noite. Estavam em um jardim.
— Estamos no lugar certo? — Nora perguntou.
Bem naquele exato segundo, Savitar surgiu. Ele era muito rápido. Usava sua armadura metálica e seus raios estavam azuis. Logo depois, o Flash e a Fúria Escarlate daquele tempo surgiram.
— Meu Deus. — Exclamou Jane.
— Aquele é o Savitar? — Perguntou Nora.
— Sim. — Barry respondeu.
— Faltam poucos minutos para o meu fim, eu posso sentir. Mas antes de ser apagado da existência, eu vou matar todos que você ama, Flash! Vou matar o Joe, o Wally, O Julian, O HR, O Cisco, O Harrison... E vou começar pela Jane!
Jane do passado, sentindo toda aquela raiva, correu em direção à Savitar e vibrou para dentro da armadura, a quebrando. Agora só restava um
Barry Allen destruído ao chão.
— Isso é pela minha irmã, seu desgraçado. — Disse a Jane daquele tempo.
— Eu me lembro de ter dito isso. — Jane afirmou.
Nora não imaginou que Savitar fosse seu pai, ou melhor, uma versão dele. Foi quando ouviram algo. Era um rugido. Alto e assustador. Certamente não era daquele tempo. Ao se virarem, viram uma assombração. Era como um demônio, feito de sombras.
— O que é isso?! — Nora questionou.
— É um Fantasma do Tempo. — Jane disse. — Eles protegem a linha do tempo. Nora, consegue pegar o fragmento? Eu e seu pai cuidamos disso.
— Tudo bem.
Os dois correram para longe, atraindo a criatura. Nora correu e, em super velocidade, pegou um dos fragmentos da armadura quebrada. Foi quando viu Savitar sendo apagado da existência. Olhando para o fragmento que pegou, viu que, aos poucos, ele estava sumindo. Se não voltassem logo, o fragmento seria apagado da existência. Nora correu. Foi quando encontrou sua mãe e seu pai. Os três começaram a correr o mais rápido que podiam, até abrirem mais um portal e seguirem para o futuro.
— Você pegou?! — Perguntou Barry.
— Peguei. — Nora respondeu. Agora estavam em um beco. — Pai, sobre o Savitar...
Bem naquele momento, um raio azul passou por eles. Nora se assustou.
— Está certo. — Disse Jane. — Estamos em 2016. Aqueles eram Zoom e Wally. Vamos.
Os três velocistas correram para dentro dos Laboratórios Star. Zoom havia acabado de injetar a velocidade de Barry e Jane em si mesmo.
— Barry e Jane, vocês estão bem?! — Iris perguntou.
— Estamos bem. — A Jane daquele tempo. respondeu.
Doeu ver aquilo. Rever sua irmã... e viva. Jane desviou os olhos e focou no transmissor de Força de Aceleração. Zoom havia o deixado na sala de observação.
— Nora. Fique aqui. — Disse Jane.
Os dois velocistas, cuidadosamente, andaram até o lugar, sem que alguém do passado os visse. Foi quando notaram que o aparelho não estava ali. Ficaram confusos. Após se entreolharem, começaram a procurá-lo. Olharam e todos os cantos daquela sala, porém não estava ali. Foi quando notaram uma outra presença. Droga, pensou Jane. Era Harry. Ele mirava sua arma para os dois. Após alguns segundos, ele abaixou-a.
— Trocaram rápido.
— O quê?! — Barry questionou.
— De roupa, Allen. — Respondeu Harry.
E então perceberam que Harry não havia notado que aquele Barry e aquela Jane não eram de 2016.
— Ah, sim. — Respondeu Jane. — A gente se trocou porque achou estranho usar os trajes sem termos nossa velocidade.
Havia mentido bem. Harry começou a andar pela sala procurando algo.
— O que está procurando? — Barry perguntou.
— Qualquer coisa que me ajude a encontrar a minha filha! — Harry atirou o apagador de quadro no chão e derrubou uma mesa que estava ao lado. — Vocês perderam suas velocidades, Zoom levou a Caitlin, eu continuo sem a minha filha... Tudo isso está de mal a pior! — Foi quando Harry tirou o transmissor de seu bolso. Ele havia o pegado. Em um momento de raiva, o sósia pegou o aparelho e o forçou, prestes a o quebrar.
— Não! Espere! — Gritou Jane, desesperada. — A frequência!
— O quê?
— A frequência da Jesse. Pessoas da Terra 2 vibram em uma frequência diferente. — Explicou Jane. — Talvez consiga rastreá-la assim.
Harry parou por alguns segundos. Ele ficou parado por alguns segundos, processando aquilo. Ele então deu o aparelho nas mãos de Jane, que se aliviou.
— E descobrir como encontrar a Snow.
Harry saiu da sala. Barry e Jane se entreolharam, aliviados.
— Essa foi por pouco. — Disse Barry. — Mas espere... Você acabou de contar pra ele que pessoas da Terra 2 vibram em outra frequência. Interferiu na linha do tempo.
— Na verdade não. Logo depois que Zoom levou Caitlin, Harry nos explicou isso. Significa que, de algum jeito, ele descobriu isso.
— Então ele descobriu... por sua causa. Ou melhor, por causa do seu eu do futuro.
— Que maluquice... Que bom que eu consegui o transmissor, pelo menos.
Bem naquele momento, Nora apareceu. Bem naquele exato segundo, raios azuis surgiram e, em meio à eles, estava Zoom. Seus olhares intimidadores e aterrorizantes, sua máscara e roupa negra. Uma face demoníaca. Jane mal se lembrava do quão assustador ele era. Barry o encarou fixamente, esperando que reagisse.
— Vocês não vão a lugar nenhum, Flash e Fúria Escarlate. — Logo depois, ele retirou sua máscara, revelando a face de Hunter Zolomon que, há pouco tempo atrás, seus eus do passado acreditavam ser Jay Garrick.
— Você conseguiu o que queria, Zolomon. — Barry o disse.
— O que mais quer conosco? — Jane o questionou.
— E quem é essa? — Hunter perguntou olhando para Nora. — Outra velocista?
Barry, Jane e Nora começaram a correr pela cidade, e Zoom os seguiu. Raios azuis, vermelhos, amarelos e roxos atravessaram a cidade de Central City. Depois de alguns segundos, ao atingir velocidade suficiente, atravessaram o portal do tempo que se formou. O problema é que Zoom havia os seguido.
O velocista continuou os perseguindo pelo túnel do tempo, quando, das sombras, surgiu um Fantasma do Tempo. A criatura o segurou e puxou-o para sua linha do tempo de volta. Jane, Barry e Nora sabiam que seriam os próximos, então continuaram a correr, incansavelmente. Foi quando, por acidente, o transmissor escorregou das mãos de Jane, e caiu no chão. Já estavam em outro momento da linha do tempo.
Assim que o aparelho caiu, ele se partiu em dois pedaços unidos por um único fio vermelho que se ligava à ambos.
— Não! — Exclamou a velocista. — Droga! Não deveríamos ter feito isso! Agora não vamos deter o Cicada. Nem sei em que tempo estamos!
— Querida! — Barry exclamou. — Se acalme, tá legal? Respire fundo.
— Mãe, podemos consertar isso. — Nora a disse.
— Não consigo consertar isso, filha! — Jane disse com o transmissor quebrado em mãos. — Nem Cisco consegue consertar isso. É tecnologia do Wells.
— Vamos voltar pro Wells então. — Nora disse.
— Não podemos. A mente do Harry não é mais a mesma.
— Sua mãe está certa. — Barry disse. — Depois de derrotarmos o DeVoe, Harry não foi mais o mesmo.
— Não quero dizer esse Wells... — Nora disse. — E sim o que construiu o Acelerador de Partículas.
— Aquele não era o Wells! — Barry disse. — Era o Eobard Thawne, o Flash Reverso!
— Eu sei, mas ele é muito inteligente.
— Nora, você enloqueceu?! — Jane a questionou.
— Poderíamos convencê-lo a nos ajudar. — Nora afirmou.
— Não! Está bem? Não. — Barry a respondeu. — Thawne só ajuda a si mesmo.
Barry não conseguia acreditar que sua filha estava propondo aquilo. Pedir ajuda à Eobard Thawne, o Flash Reverso? Loucura.
— Desculpa. — Nora o disse mantendo seus olhares para baixo. — Só achei...
E então Nora e Barry notaram que Jane estava andando pelo beco. Ela olhava atenta para um lado específico.
— Querida?
— Sei onde estamos. — Jane o disse. — Este é o beco próximo ao Jitters. — E então Barry e Nora olharam para o ponto em que Jane estava olhando. Ali, havia outra Jane. Estava desmaiada. — O Barry de 2016 acabou de desmaiar a minha versão de 2015 aqui.
— Espere, o quê? — Nora questionou.
— Há três anos, eu e sua mãe viajamos para o passado e pedimos ajuda ao Thawne para ficarmos mais rápidos e derrotarmos o Zoom. — Barry explicou. — O meu eu de 2016 desmaiou a Jane de 2015 para que a Jane de 2016 pudesse subtituí-la.
— Então já fizeram isso antes. Pedir ajuda ao Thawne.
Barry assentiu que sim e, depois, olhou para Jane.
— Querido, estamos sem opções.
— É, eu sei. — Barry respondeu concordando, porém com raiva nos olhos. — Vamos lá.
Naquele momento, Thawne de 2015 havia desmaiado Barry e Jane de 2016. Estava os esperando acordar no Cofre do Tempo. Ele estava sentado em uma cadeira, apenas os observando. Foi bem naquele momento que Barry e Jane de 2018 surgiram na sala, junto de Nora.
Demoraram poucos segundos para que Thawne notasse a presença dos três, que estavam bem atrás da cadeira do velocista.
— Bem... as coisas acabaram de ficar mais complicadas, não? — Disse Thawne. Ele então se levantou e se virou, finalmente vendo-os. — Barry Allen... — E olhou para Barry, que o encarava com olhares odiosos. — Jane Alisson West...
— Jane West-Allen. — Corrigiu Jane.
— Bem, claramente são de depois desses aqui. — Thawne disse apontando para as versões de 2016 dos velocistas.
— Bem depois. — Disse Barry.
— E quem é a amiga de vocês? — Indagou Thawne, olhando para Nora. — Deixe-me advinhar... Jesse Chambers. Não. Libby Lawrence. Não... Danica Williams?
— Não importa quem ela é. — Jane o disse.
Naquele momento, Thawne olhou para Jane e, depois, para Nora, notando a similaridade dos olhos. Depois olhou para Barry e para Nora, notando a similaridade do cabelo.
— Ela é a filha de vocês. — Thawne ficou em silêncio por alguns segundos antes de prosseguir. — Dawn, se eu não me engano.
— Nora. — Ela corrigiu.
Um sorriso malicioso se abriu no rosto do velocista maligno.
— Nora? Que legal. Bem, ainda resta uma. — Barry segurou suas mãos para não agir. — Viagem no tempo é estranho. O que vocês querem?
— Queremos que conserte isso. — Jane o respondeu com o transmissor em mãos.
Thawne observou o aparelho e, após alguns segundos, quebrou o silêncio:
— Não... — E continuou pensando. — Não, se estão aqui, e eles estão aqui... — Disse se referindo à Barry e Jane de 2016. — Significa...
— Significa que você não volta. — Barry completou.
— Eu volto! — Exclamou Thawne, frustrado. — Eu volto! Eu vou voltar pra casa! Eu consigo! Eu consigo tudo!
— Você não volta pra casa, Thawne! — Barry o respondeu. — A não ser que nos ajude.
Thawne começou a pensar, se virou e continuou a raciocinar. Após alguns segundos, chutou a parede com raiva.
— O que vocês querem?!
— Como dissemos, vai consertar isto para nós. — Jane disse.
— Para fazer o quê? — Indagou Thawne.
— Sugar matéria escura.
— Sugar matéria escura de quem?
— Não é da sua conta. — Barry disse.
— É da minha conta!
— Não é. — Barry o responde.
— Eu não vou ajudar vocês se não...
— Não é da sua conta! — Barry continuou.
— Do Cicada! — Nora disse, interrompendo a discussão.
Barry e Jane se frustraram. Aquilo estava mexendo demais com a linha do tempo. Nora os olhou com olhares arrependidos. Thawne a olhou por alguns segundos, sorrindo.
— Do Cicada. — Ele disse. — O que conseguiu fugir. Vocês querem destruir a adaga do Cicada.
— Nós queremos salvar vidas. — Jane disse.
Thawne começou a gargalhar.
— Vocês querem salvar vidas. — E riu mais. — É, não duvido. Especialmente a sua, não é, Barry?
— Olha, nossas versões de 2016 vão acordar logo. Se eles nos virem aqui, toda a sua linha do tempo vai pro inferno. — Jane disse. — Você nunca vai ir pra casa. Sabe que é verdade!
— Eu sei! Eu sei! — Gritou Thawne. Ele olhou para baixo, respirou fundo, e então olhou para Nora. — Quer saber? Que se dane. Vamos logo.
Em super velocidade, saíram do Cofre do Tempo e correram até a oficina, onde Thawne começou a consertar o aparelho.
— Quem fez isso? — Ele perguntou, se referindo ao trasmissor.
— Alguém mais inteligente que você. — Barry disse.
Thawne gargalhou.
— Bem, eu duvido muito disso. Sabem, para o plano de vocês funcionarem, vão precisar do punhal dele em mãos.
— Cuidaremos disso. — Jane afirmou.
— Cuidarão disso? Como?
— Com isso. — Nora respondeu com o fragmento da armadura de Savitar em mãos.
Barry rapidamente pegou o objeto e o escondeu em seu bolso.
— Isso era... — Thawne disse.
— Um fragmenro do traje do Savitar. — Jane disse.
Thawne então se lembrou de Savitar. Voltou sua atenção ao transmissor.
— Sabe o que é engraçado no seu pai, Nora? Ele me odeia. Me odeia com todas as suas forças. Mesmo assim, uma versão dele é o Savitar, que fez mais estragos do que eu jamais fiz. Bem, eu tenho que admitir: usar o traje do Savitar foi uma ótima ideia.
— Foi ideia dela. — Jane afirmou, se referindo à Nora.
Thawne olhou para Nora intrigado e, ao mesmo tempo, desconfiado.
— Garota esperta. — Thawne então finalizou o transmissor e, no mesmo momento, viu pelos monitores Barry e Jane de 2016 acordando. — Bem... Eu tenho que ir. E vocês também. — E entregou o aparelho nas mãos de Jane. Depois, olhou para Nora. — Mal posso esperar para ver como tudo se resolveu. Até um dia, Nora.
Depois, desapareceu em raios vermelhos e surgiu no Cofre do Tempo, aguardando Barry e Jane de 2016 acordarem por completo.
Após terem o transmissor consertado, os três velocistas correram até o dia da explosão do Acelerador de Partículas. Estavam nos Laboratórios STAR, passando despercebidos pela multidão. Harrison Wells, ou melhor, Eobard Thawne, fazia o discurso no palco. Caminharam até o elevador e subiram. Após alguns minutos, as portas se abriram, e os três velocistas começaram a andar.
— Por que estamos andando? Por que não corremos até o Cofre do Tempo logo? — Nora questionou.
— É um momento importante, Nora. Thawne planejou esse momento por 14 anos. Se usarmos Força de Aceleração, ele vai sentir. — Barry disse.
E então se aproximaram do córtex, onde estavam Thawne, Cisco, Caitlin, Ronnie e Jane. Todos de 2014.
— Hoje é um grande dia senhores! Depois de muitos dias de trabalho, estou prestes a mudar a história da humanidade. Só parece que espero por esse dia há séculos.
— O que está acontecendo? — Nora perguntou.
— Thawne está prestes a explodir a cidade. — Jane explicou.
Wells então sorri. O orgulho e ansiedade nos seus olhos brilhava e transcendia por sua vontade de apertar o botão.
— Antes disso, obrigado por fazerem isso possível. Sem mais delongas...
Thawne então aproxima suas mãos do botão e respira fundo. Entretanto, em vez de apertar, ele hesitou. Ele sabe que estamos aqui, pensaram Barry e Jane ao mesmo tempo. Os dois seguraram Nora e correram para dentro do Cofre do Tempo. Thawne se virou, caminhou até o corredor e procurou por indícios de alguém. Olhou na direção de sua sala secreta, e então pensou em entrar. Foi quando Cisco e Jane do passado surgiram no corredor, confusos.
— Doutor Wells, o senhor está bem?
— Sim. Estou ótimo. Eu... Jane, poderia testar de novo os parâmetros do acelerador? Só por segurança.
— Claro. — Jane do passado respondeu.
— Ótimo. Ah, e Cisco. — Cisco se virou. — Poderia pegar a garrafa de uísque que guardamos por tanto tempo? Me parece uma oportunidade perfeita.
— É pra já, Dr. Wells.
Barry, Nora e Jane escutavam tudo. Estavam dentro do Cofre do Tempo. Esperaram alguns segundos antes de falarem.
— Ele se foi. — Barry afirmou.
Logo depois, Jane conectou o fragmento da armadura de Savitar com o transmissor e o encaixou no sistema de Gideon.
— Boa noite, Barry Allen e Jane West-Allen. Não esperava vê-los tão cedo. — Gideon disse.
— Ela conhece vocês? — Nora perguntou.
— Também conheço você, Nora West-Allen, também conhecida como XS. — Nora sorriu. — Quinta recruta na nova Legião...
— Gideon, o Acelerador de Partículas vai explodir. — Jane afirmou.
— Precisamos que recalibre as reações em cadeia do sistema para que a matéria escura seja colocada neste frasco. — Barry disse.
— E não grave nada sobre isso nos registros. — Jane disse.
Bem naquele momento, Nora se aproximou do traje do Flash Reverso. Ela se aproximou calmamente, prestes a tocá-lo.
— Nora! — Exclamou Barry, assustando-a.
Nora ficou o encarando por alguns segundos com olhares intrigados.
— Você o odeia mesmo, não é?
Barry suspirou.
— Você não sabe o que ele fez?
— Bem... sei que ele foi seu arqui-inimigo.
Barry respirou fundo e olhou para Jane antes de falar. Ela assentiu que ele deveria contar.
— Ele matou a minha mãe. — A expressão facial de Nora não mudou, indicando que ela estava em choque. — Na nossa casa. Quando eu tinha 11 anos. Um garoto de 11 anos. Sabe por que ele fez isso? Ele achou que, se eu sofresse uma perda grande assim, eu jamais me tornaria o Flash.
Nora continuou em silêncio, e olhou para baixo.
— Eu não sabia disso.
— Deve ter muita coisa da minha vida que não está no museu. — Barry disse. Nora concordou.
— Por isso não queria que eu viesse, não é? Não por causa do perigo ou da linha do tempo, mas porque não queria que eu soubesse dessas coisas terríveis. Para que eu não pensasse só nisso quando voltasse.
Barry afirmou que sim com sua cabeça.
— É difícil para seu pai, Nora. — Jane a disse.
— Eu sei, mas não precisa me proteger dessas coisas.
— Preciso sim. — Barry disse.
— Não, não precisa. — Nora insistiu.
— Sim, preciso. — Barry disse. — Você é minha filha.
— É, e você é meu pai! Eu só quero conhecer o meu pai!
Nora correu e abraçou Barry. Se mantiveram abraçados por alguns segundos, quando um alarme começou a tocar.
— Vai começar. — Jane disse.
E então o Acelerador de Partículas explodiu. O chão começou a tremer e as luzes começaram a piscar.
— Extração de matéria escura bem-sucedida. — Disse Gideon.
Jane foi até o painel de sistema de Gideon e retirou o transmissor, que estava cheio de matéria escura.
— Vamos pôr nossa linha do tempo de volta no lugar. — Jane disse.
Os velocistas correram até o hospital da cidade. Bem naquele momento, o Barry Allen de 2014 havia acabado de ser levado para dentro do lugar em uma maca, pois havia acabado de ser atingido pelo raio. Barry, Jane e Nora teriam que tomar muito cuidado para não serem vistos.
— O quarto da Grace é no quarto andar. — Barry afirmou.
— Deve funcionar. — Nora disse.
— Vamos colocar aqui. — Jane disse apontando para uma das pilastras que seguravam a estrutura do edifício. A velocista então vibrou e colocou o transmissor dentro da pilastra. — Conseguimos. Vamos.
No futuro, o transmissor ainda estaria dentro da pilastra e, portanto, o Time Flash conseguirá anular os poderes da adaga. Os três começaram a correr, de volta ao presente. Saltaram no exato segundo em que saíram.
— Vocês já foram? — Ralph perguntou.
— Sim. — Nora respondeu.
— Avisei que viagem no tempo é estranho! — HR disse batendo suas baquetas.
— Deu tudo certo? — Cisco perguntou.
— Deu. — Barry respondeu.
— Dwyer ainda está no hospital? — Jane perguntou.
— Não saiu do lado da Grace. — Cisco respondeu.
— Esconderam o transmissor? — Caitlin perguntou.
— Escondemos. — Nora respondeu.
Agora, o time já tinha o que precisava.
— Vamos pegar o Cicada. — Barry disse.
⚡️
O resto do Time Flash estava em uma van próxima ao hospital. O Flash e a Fúria Escarlate estavam no topo do prédio.
— Estão prontos? — HR perguntou, no microfone.
— Prontos. — Jane respondeu.
Em seguida, correram. Passaram pelo quarto de Grace, levando Dwyer ao olhar para o lado de fora, onde os dois velocistas o esperavam. No rosto do homem havia olhares de fúria, de vazio, de dor, de angústia...
Após quase um minuto, Cicada desceu as escadas. Os velocistas o esperavam. Ficaram cara a cara.
— Cicada. — Flash disse.
— É assim que me chamam?
A adaga brilhou, como se tivessem raios de velocista contidos.
— Nem todo meta-humano é culpado pelo que houve com a Grace. — Fúrua Escarlate o disse.
— Sim, é. — Cicada o respondeu. — Todos eles. A destruição que causam, as mortes, a dor...
— Eu entendo de dor e morte. — Jane o disse. — Nós entendemos. E descontar no mundo não vai ajudar. Pense na Grace.
— EU SÓ PENSO NELA! Estou tornando o mundo um lugar seguro para ela. Todo meta-humano deve morrer.
— Mas e você? — Flash indagou. — Você é um meta-humano agora.
— Sou. E depois que vocês se forem, eu me juntarei a vocês dois. — A adaga brilhou. — Na verdade, a vocês cinco.
Foi quando o Vibro, a XS e o Homem Elástico notaram que o Cicada já havia notado que estavam ali, escondidos. Saíram das sombras. Cicada arremessou a adaga em direção à Ralph, foi quando algo inesperado, para Dwyer, aconteceu. O percurso do objeto foi desviado de sua rota, dando uma volta até chegar em uma pilastra. Na mesma exata pilastra que Jane, Barry e Nora colocaram o neutralizador.
A adaga cravou ali. Cicada tentava a puxar, mas nada acontecia. Havia funcionado. Agora tinham seus poderes, e podiam usá-los.
— Deu certo! — Caitlin, Sherlock e HR disseram, ao mesmo tempo, no microfone.
— Vamos ver se gosta disto. — Jane disse com raios cobrindo todo o seu corpo.
Jane correu e socou o inimigo, vez após vez, socos eletrizados por raios, até o derrubar no chão. Naquele momento, Cisco retirou a adaga na pilastra, abriu uma brecha e a jogou dentro. A brecha se fechou.
— Conseguimos. — Disse Ralph.
— Conseguimos. — Disse Cisco. — Cara, parece que você está tendo um dia e tanto. É porque eu joguei sua adaga no espaço sideral? Ou porque percebeu que não me matou?
— Nós detemos você. — Nora disse.
— Não conseguiram deter nada. — Cicada os respondeu.
Em seguida, ergueu seus braços para cima. E gritou. Seu corpo começou a estremecer, e veias saltaram por ele.
— O satélite está rastreando a adaga pela exosfera. — Caitlin disse, ao microfone. — Pessoal...
— O Cicada está atraindo a adaga do espaço! — Disse HR.
Olharam para cima. A adaga chegara. Cravou no chão, criando um poderoso impacto que derrubou o Time Flash. Caíram, e sem seus poderes. Caitlin pegou uma arma, assim como HR e Sherlock, e desceram da van rapidamente.
O Cicada se aproximou dos heróis caídos, a adaga retornou à sua mão. Caitlin, HR e Sherlock chegaram mirando as armas. Cicada atirou a adaga, e os derrubou antes que pudessem fazer qualquer coisa. As armas voaram de suas mãos, e a adaga voltou às mãos do inimigo.
— Isso acaba agora.
— NÃO! — Caitlin gritou. Em segundos, seu cabelo se tornou branco, sua boca preta, sua pele ficou ainda mais branca, gélida como o gelo, e seus olhos também. Em seguida, atirou uma rajada de gelo contra o inimigo, que foi atirado contra a van. Caiu no chão. — Vamos dançar? — Nevasca o perguntou.
Em vez disso, Cicada deu um super pulo e, em segundos, não estava mais ali.
⚡️
— Dwyer não apareceu no reconhecimento facial. — Jane afirmou.
— E não há traços de matéria escura da adaga dele. — Completou Cisco.
— Bem, ele não deve ficar longe da sobrinha por muito tempo. — HR disse. — Então, BA, quando ele voltar, melhor estarmos prontos.
— Nós vamos. — Barry respondeu. Olhou para Caitlin. — Graças à Nevasca.
— Eu ainda não entendi... — Nora disse. — Como ela consegue aparecer ainda?
— Ela não veio da matéria escura. Acho que ela é imune à adaga do Cicada. — Caitlin disse.
— Ela pode ser a chave para acabar com o Cicada de vez. — Jane afirmou.
— Melhor falarmos com ela. — Ralph sugeriu.
— Grandiosa ideia, RB.
— Qual é, vai ficar me chamando disso agora? — Ralph perguntou.
— Bem vindo ao clube. — Barry o disse.
Em seguida, Ralph, Cisco, HR e Caitlin saíram do córtex. Jane olhou para Barry, e sorriu.
— Tô orgulhosa. Conseguimos.
Barry a abraçou.
— Juntos. Sempre juntos, Fúria Escarlate.
— Sempre juntos, Flash.
Sorriram, e se beijaram. Nora não estava mais ali. Ela caminhou até Sherlock, que estava na Oficina de Cisco.
— Sherlock, por acaso você viu o meu...
Em seguida, se virou, e em suas mãos estava o diário de Nora.
— Diário?
— É.
— Perdão, eu não pude deixar de notar. Esta composição... — Ele disse, referindo-se aos símbolos no diário.
— Não tem nada de mais.
— Mas parece algo especial. Eu não gosto de me gabar, mas falo muitas línguas, e, no entanto, esta... Esta eu não reconheço.
— É uma linguagem do tempo.
— Linguagem do tempo. Sério?
— Isso, ela é usada para registrar eventos, independente das mudanças na linha do tempo. Não importa o que aconteça, sempre me lembrarei do meu pai.
— E onde aprendeu uma coisa dessas? Na escola de viagem no tempo? — Brincou.
— Eu... E-Eu a inventei, na verdade.
O detetive a olhou, e a encarou por alguns segundos.
— Você... inventou?
Passaram-se mais alguns segundos.
— Garota esperta. Bem... Peço desculpas. Isto é seu. — E o devolveu.
Nora o pegou, e saiu dali andando sorrindo. Sherlock caminhou lentamente até o computador ali presente, e leu o resultado da tradução do que havia escrito no diário:
RESULTADOS DA TRADUÇÃO
A LINHA DO TEMPO É FLEXÍVEL.
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Descobrir que o Flash Reverso assassinou sua avó... Nora não esperava por essa. Ela observou em um álbum de fotos uma foto de seus avós. Nora e Henry Allen. E queria conhecê-los. Sem avisar seus pais, correu, o mais rápido que podia. E chegou à uma rua, pela noite. Sentados na varanda de uma antiga casa, estavam os dois. Conversavam. Riam. Seu coração encheu-se de alegria, mas também de tristeza. Uma sombra se aproximou de Nora. Seu pai.
— Eles eram os melhores.
— Pai, olha, eu...
— Tudo bem. Eu entendo. Sua mãe e eu vimos você, mas eu a disse que sabia exatamente o que você iria fazer.
— Eu te amo. — Ouviram Nora Allen dizer à seu marido.
— Eu também te amo, querida. — Henry a respondeu.
E beberam um pouco de uma taça de vinho.
— Não pensa em impedir o que vai acontecer?! — Nora o questionou.
Barry sorriu, mas com amargura.
— Todos os dias.
Fez-se um silêncio de alguns segundos.
— Obrigada por me levar hoje. Foi muito importante.
— Agradeça à sua mãe. Bem, eu fico feliz que tenha ido.
Nora e Henry entraram na casa. Barry ficou pensativo. Em pouco tempo, iriam ver alguns raios entrar na casa. E o resto... O resto era história.
— Ei, coroa, vamos.
E correu rápido o bastante para voltar para seu tempo.
— "Coroa"?
E a seguiu.
⚡️
Bem mais tarde, Nora caminhou até o Cofre do Tempo. E ativou Gideon.
— Boa noite, Gideon.
— Boa noite, Nora West-Allen.
— Gideon, mais uma introdução de dados.
Nora abriu seu diário e, com cuidado, o posicionou sobre o leitor. Gideon processou o conteúdo rapidamente, suas luzes pulsando em tons azulados.
— Carregado e registrado. — Gideon disse. — Devo enviar ao mesmo destinatário?
— Sim.
— Enviado. Precisa de ajuda com mais alguma coisa?
Nora deu um passo para trás, como se estivesse prestes a partir, mas parou. Algo em sua mente a segurava.
— Na verdade... sim. Sim, por favor. Envie uma mensagem pessoal para mim.
— O que deseja enviar?
— Pensando bem... — Pensou novamente. — Deixa que eu envio.
Saiu da sala, e correu. Correu o mais rápido que podia. Até chegar em um tempo distante. Anos no futuro. 2049, na Prisão de Iron Heights.
Nora avançou pelos corredores sombrios, seu coração batendo acelerado. Ela sabia exatamente onde ir. Parou diante de uma cela específica, onde a escuridão parecia mais densa. Lá dentro, uma figura solitária examinava algo — a mensagem que Gideon havia acabado de enviar.
— Precisamos conversar. — Nora o disse.
A figura parou. Lentamente, a mensagem foi desativada. O homem se levantou e, com passos deliberados, saiu das sombras.
A luz revelou um rosto que Nora reconheceria em qualquer lugar. Frio, cruel, e marcado por um sorriso sinistro. Era ele.
— Sim, precisamos — respondeu Eobard Thawne.
PRCIOU_STILES ©
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