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4⚡CHAPTER TWENTY TWO: O ESCLARECIMENTO

Chapter Twenty Two; O Esclarecimento

O Esclarecimento havia se iniciado. Usando Gideon, a IA do futuro, DeVoe havia substituído o satélite dos Laboratórios STAR pelo seu que fora destruído pela Fúria Escarlate. Agora, ninguém mais poderia impedi-lo. Era o fim. O Time Flash tentava pensar em algo, mas não conseguiam. Toda a cidade havia ficado escura, e as luzes ficaram roxas. Os poderes do Kilgore haviam dominado toda Central City. Estavam no escuro, literalmente. 

— Nada funciona. — Afirmou Caitlin. — Nem sequer os celulares. 

— Era o que me preocupava. — Afirmou Barry desesperado. Suava frio. 

— Está acontecendo, não é? — Perguntou Joe, chegando ao córtex junto de Cecile. 

— Nosso plano falhou, pai. — Jane disse-o. — Eu consegui destruir um dos satélites, mas o DeVoe hackeou a Gideon e usou do dos Laboratórios STAR no lugar.

— Está uma loucura lá fora. — Afirmou Joe. — Não tem energia em lugar nenhum. Nosso carro parou. Nossa sorte foi estarmos perto daqui.

— O hospital fica há alguns quilômetros daqui. — Afirmou Cecile.

— Hospital? — Perguntou Wally. — Mas o bebê já...

Cecile começou a sentir muita dor, e se abaixou. Forçou seu abdômen para retrai-la, mas sempre restava um pouco dela. Esse pouco aumentava gradativamente conforme ela respirava. 

— Joe... — Ela o chamou com muita dor.

— Ela começou a ter contrações depois das luzes se apagarem. — Afirmou Joe. — Será que se não der tempo, alguns de vocês pode...

— Não! — Exclamou Caitlin. — Nenhum velocista pode levar a Cecile em super velocidade. Não é seguro para ela nem para ele. 

— E faremos o que?! 

— Aqui eu tenho tudo que preciso para fazer o parto. — Ela disse. 

— O que?! — Joe a questionou.

Por sorte, a luz voltou logo depois. Caitlin se aliviou.

— Que ótimo. — Caitlin disse. — Cecile, venha comigo. Vamos ver sua dilatação. 

Cisco chamou Barry e Jane para o Cofre do Tempo, onde viram o estrago que DeVoe havia feito na sala. Gideon estava desativada. O local de onde ela surgia, como um holograma, estava destruído. Demoraria para repararem aquilo. Não sabiam o que fazer. Jane não fazia ideia de como impedir o Esclarecimento, e Barry também não. Harry não estava bem para pensar em algo, Cisco estava sem ideias, assim como Caitlin. O mundo estava se acabando, e não havia nada que poderiam fazer. Foi quando alguém surgiu no córtex. Duas pessoas, na verdade. Era Harry e, ao seu lado, Marlize DeVoe. Ele havia a encontrado.

— Pessoal, eu consegui. — Harry disse, e depois suspirou. — E nós temos uma ideia.


— Olhem só. — Disse Cisco. — Eu adoro filmes de ficção cientifica e essas coisas, mas mandar a um de nossos velocistas para dentro da mente do DeVoe?! 

— A mente deles é a única rápida o suficiente para sobreviver durante o processo sem sofrer danos. — Explicou Marlize, encarando cada velocista presente naquela sala. 

— Mas como isso ajuda a detê-lo? — Perguntou Jane.

— Se acharmos o que há de bom em Clifford e o ajudarmos a retomar o controle, o lado bom dele pode superar o lado mau. — Ela os disse.

— E você acha que resta um lado bom nele? — Barry perguntou. 

— Eu sei que é difícil de acreditar, Sr. Allen, mas houve um tempo em que Clifford era apenas bom. Quando ele queria ajudar o mundo. Foi a matéria escura que o corrompeu. Então, sim, eu acho que há um lado bom nele em algum lugar e só precisamos achar.

— Isso é loucura. — Afirmou Jane. — Por que não pedimos ajuda para a Kara ou para o Oliver? Eles tem equipes com pessoas que podem nos ajudar.

— Você pode chamar uma legião de seus amigos e nada será de ajuda. — Marlize explicou-a. — Clifford criou os metas do ônibus e a combinação de poderes para derrotar qualquer um que vocês pudessem chamar. 

Aquilo fazia sentido. O Pensador havia selecionado as pessoas que entrariam no ônibus e quais seriam suas habilidades de forma inteligente. Assim, agora ele teria a combinação de habilidades necessárias para derrotar qualquer um que o Time Flash pudesse pedir ajuda. O Time Arqueiro, a Supergirl... No momento, ele era capaz de derrotar todos. 

— Quanto tempo temos? — Perguntou Cisco. 

— Até a rede de permeação chegar à 100%. — Marlize o respondeu. — Depois, todos no planeta serão afetados. 

— Certo, vamos prosseguir. — Afirmou Jane. — Eu vou.

— O quê? — Barry a questionou. — Sem chances! Eu não vou deixar você entrar dentro da mente do DeVoe sozinha. Eu vou, você não.

— Eu vou, pessoal. — Disse Wally. — Sou capaz.

— Nem pense nisso, Wally. — Joe disse-o. 

— Então eu... — Jesse tentou dizer, mas foi interrompida.

— Não. — Harry disse. — Nem pensar, Jesse. Você precisa ficar em segurança.

— Pai, eu sei me virar sozinha.

— Não dentro da mente daquele lunático homicida.

— Eu sou o mais apto para ir. — Jay os disse. De fato, ele era o mais experiente dentre todos os velocistas presentes naquela sala. — Eu vou. 

— Acho melhor não, Sr. Garrick. — Marlize disse-o. — Sem ofensas, mas sua mente está desgastada pela idade. Não de uma forma ruim, mas de uma capacidade natural para qualquer um na sua idade. É um risco você passar pelo processo.

— Ótimo, então eu vou. — Barry disse. 

— Não, você não vai. — Jane disse-o segurando as mãos do velocista, que estavam extremamente geladas. — Querido, não sei por que, mas eu preciso fazer isso. Algo me diz que quem tem que fazer isto sou eu. É a minha intuição. 

— Querida, não posso deixar que isso aconteça. Marlize, podem ir dois velocistas?

— Definitivamente não. 

— Certo, eu vou. — Jane disse já decidida. Barry iria tentar dizer algo, mas a velocista tampou sua boca. Ninguém iria impedi-la. — Marlize, como vou entrar na mente dele?

— Temos que transferir sua consciência para a dele. — Afirmou ela.

— Não mesmo. — Disse Cisco. — Não posso vibrar a mente da Jane para dentro da mente do DeVoe. Eu não consigo. Todas as vezes que eu tento entrar na mente dele, ele me expulsa. 

 — Não precisamos do seu poder, Sr. Ramon. — Marlize disse-o. Cisco se surpreendeu. Quem mais poderia então? — Precisamos dos dela. — E olhou para o Laboratório de Caitlin.

Cecile estava lá. Caitlin examinava a dilatação da promotora, que estava perto de dar luz. Marlize queria usar os poderes de Cecile para colocar Jane dentro da mente do Pensador? Mas como? Ela só sabia ler mentes, e por conta da gravidez. Era temporário. 

— Minha mulher? — Perguntou Joe.


De fato, estavam sem escolha. Se encaminharam para o Laboratório de Velocidade, onde bolariam o plano. Marlize tirou um pequeno aparelho de seu bolso. Era como um chip, porém um pouco mais largo nas laterais e cumprido. Era bem tecnológico, pois Jane nunca havia visto um aparelho como aquele. Nem mesmo Cisco ou Harry. 

— Isso aqui vai ampliar as habilidades telepáticas da Srta. Horton para conectar a consciência da Fúria Escarlate com a do Clifford, seja lá onde estiver. E será uma ligação de sentido único portanto ele não vai perceber que tem alguém dentro da mente dele. 

— Então é como uma ligação de rádio cerebral de mão única? — Questionou Cisco.

— Acredito que sim. 

— E que aparelho é esse, exatamente? — Perguntou Cisco abismado.

— Se chama inibidor cerebral. Algum Harrison Wells do multiverso construiu ele para tentar parar o DeVoe da Terra dele, e funcionou. Então o Clifford decidiu ir até lá e ofuscar o aparelho no nosso covil, para evitar que o Wells de vocês tentasse o mesmo e conseguisse. 

— Quem? — Harry perguntou. — Quem é Harrison... Ah, sou eu. 

— Me desculpe pelo seu pai. — Cochichou para Jesse. — A mente dele... 

— Desculpas não vão salvar ele. — Jesse a respondeu diretamente. — Então não preciso delas. 

Marlize se chateou, mas Jesse estava certa. No laboratório, estava a cadeira de DeVoe. Marlize havia a conseguido agora que ele não a usava mais. Sua principal utilidade era roubar os poderes dos metas do ônibus, então agora que ele já tinha todos, ela era inútil. Para ele, pelo menos. Isso porque ela era extremamente importante no plano de Marlize. 

— Sra. West-Allen. — Marlize chamou a loira. — Se sente na cadeira. Srta. Horton. — Chamou Cecile, que a olhou. — Sente na maca. 

— Quer colocar minha filha naquele negócio? — Joe perguntou se referindo à cadeira.

— É a única forma de criar uma ligação transcraniana entre a Srta. Horton e a Sra. West-Allen. 

Joe estava extremamente preocupado com Jane, isso era nítido pelos olhares do detetive.

— Pai, eu vou ficar bem. 

— Estarei aqui o tempo todo. — Ele garantiu. 

— Sabemos. — Cecile o respondeu.

Marlize colocou o inibidor cerebral na testa de Cecile logo depois. A promotora fechou seus olhos e sentiu sua mente sendo conectada ao aparelho. Era como um poderoso pulso, mas não doía. Logo depois, a pedido de Marlize, Jane colocou o capacete do Pensador. Assim que os fios se ligaram ao objeto, a loira pode sentir finalmente qual era a sensação de usar aquilo. Era como se sua cabeça estivesse gigante. Sentia um espaço consideravelmente grande sendo aberto em sua mente, vazio, sem nada para ocupá-lo. Era angustiante, porém suportável.

— Quando a Cecile se prender às ondas cerebrais do DeVoe, transferiremos sua consciência para as amigdalas dele, que é a parte do cérebro que conecta o significado emocional das memórias. — Disse Caitlin olhando para Jane.

— Onde ficam as boas memórias. — Marlize disse sorrindo. — Vamos encontrar o lado bom dele. Vamos lá, Srta. Horton. 

Logo depois, o inibidor foi ativado. A mente de Cecile se conectou com a de DeVoe. Uma pressão instantânea tomou conta de sua mente, e seus olhos se fecharam em resposta. Logo depois, Jane sentiu algo muito diferente de tudo que já sentiu na vida. Cada pedacinho de seu cérebro era alcançado por uma onda de poder significativa para fazê-la adormecer. Seus olhos se fecharam automaticamente, e quando os abriram, viu onde estava. Era Central City, porém estava com um tom diferente. O ar estava cinzento e uma luz azul refletia em cada fleche de poeira presente em seu campo de visão. Era uma rua comum, aparentemente. Quando se virou, viu o ônibus atingido pela matéria escura. Se virou novamente ao ouvir um barulho. Era o Pensador. Estava em sua forma mais cruel, com a cadeira, o capacete e um sorriso maligno no rosto. Jane não poderia deixá-lo vê-lo. Sem muitas opções, correu para dentro do ônibus. Foi quando ouviu uma voz familiar. Barry. Era a voz de Barry.

Querida, o que vê?

Foi quando Jane percebeu que podia se comunicar com seus amigos mesmo de dentro da mente de DeVoe, graças ao elo de Cecile com ele. 

— Estou no ônibus 405, no meio da rua. — Ela informou.

É onde tudo começou. — Marlize disse-a. — É o nexo do cérebro de Clifford. Quando encontrá-lo, precisa atravessar ele. Assim, o lado bom dele pode assumir o seu cérebro. 

— Ótimo, e o que eu devo procurar para achar o lado bom dele?

Nossa casa. — Marlize respondeu-a. 

— Certo. — Jane concordou. 

Ela esperou um momento em que o Pensador estivesse costas, para correr até seu destino. Após esperar alguns segundos, aconteceu. A velocista passou correndo pela rua. Pouco tempo depois, chegou até a casa de Clifford e Marlize. Porém estava diferente. A casa não estava normal. Estava vazia, completamente vazia. Mas por que? Deveria ser ali em que ela encontraria a parte boa que ainda restava do DeVoe. Se não estava ali, não existia? Ou estava em outro lugar? Como ela poderia entender a mente do vilão e encontrar uma solução? 

Jane, o que vê? — Cisco perguntou-a. 

— Nada.

Como assim "Nada"? Isso é meio vago para quem não está vendo. Explique. 

— A casa está vazia. — A loira correu até um quadro que estava ali. Não havia fotografia. A foto de Marlize e DeVoe que antes estava ali foi destruída. — Completamente vazia. Certo, pessoal. O...

A equipe perdeu a conexão com Jane. Não poderiam mais ouvi-la. Cecile começou a gritar. Estava tendo contrações e aquilo doía muito. 

— Os poderes da Cecile estão relacionados à gravidez dela. As contrações devem estar interferido na transmissão. — Disse Caitlin. 

— Temos que resolver isso! — Exclamou Marlize. 

— Marlize, não podemos impedi-la de ter o bebê. — Afirmou Barry.

— Pois temos que impedir, se não vai dar errado, Sr. Allen. Quando a Cecile dar luz ao bebê, ela perde os poderes e a Sra. West-Allen fica presa na mente do DeVoe. 

— Não podemos deixar! — Afirmou Wally. 

— Joe, você ainda tem aquele inalador que eu te dei? — Caitlin o questionou. — Nele contém terbutalina, usada para diminuir as contrações. 

— Aqui está. — E Joe tirou de seu bolso o objeto. 

Logo depois, Caitlin usou o inalador em Cecile. A promotora respirou fundo e relaxou. A transmissão voltou. Do lado de dentro da mente de DeVoe, Jane estava desesperada. Estava sozinha até então. Sem um guia, estaria por conta própria dentro da mente de um psicopata. 

Querida, pode nos ouvir agora? 

Jane se aliviou ao ouvir aquela voz. 

— Que alívio, pessoal. O que aconteceu?

Apenas alguns probleminhas. — Disse Barry. — Certo, pessoal. E agora?

Sra. West-Allen, você pode tentar ir à Oxford. — Sugeriu Marlize. — Foi onde eu e ele nos conhecemos. Vá, especificamente, ao vilarejo de Boars Hill. Foi onde nos apaixonamos. 

Jane correu até o local. Era apenas um vilarejo comum, nada demais. Continuou investigando o local em super velocidade quando viu algo. Perto de um bosque, havia uma praça. Lá, tinha um piquenique. Nele, haviam uvas, pães e uma garrafa de vinho. Também havia um carro antigo ao lado, tocando uma música antiga. Era tão velho que Jane nem sabia o nome daquele carro ou da canção. Estava em um beco sem saída. Não havia nada ali. Nem sinal de DeVoe.

— Pessoal, e agora?

Não sabiam o que dizer também. Nem mesmo Marlize, que presenciou toda a sua história de amor com Clifford, fazia ideia de onde mandar Jane para prosseguirem. 

— Loirinha? — Uma voz, meramente, familiar a chamou. Vinha de trás das árvores. Jane não poderia acreditar em quem estava vendo ali. Cabelos castanhos, olhos escuros, um rosto bem largo e fino. — O que está fazendo aqui?

— Ralph?! É você mesmo?! — Jane correu até ele e o abraçou com muita força. Ralph estava em choque. Não esperava que fosse ver qualquer um do Time Flash novamente. — Achei que tínhamos te perdido. Sinto muito... — E lágrimas desceram de seus olhos. 

— Também senti sua falta, loirinha. — E a abraçou de volta.

Jane, você falou o nome do Ralph? — Barry perguntou confuso. 

— Sim, pessoal. É o Ralph mesmo. Ele... Ele está vivo de verdade! — Todo o time se assustou com a informação, e depois ficaram felizes. — Como você veio parar aqui?

— Como você veio parar aqui? O DeVoe... Te pegou?

— Não, não. Cecile está usando telepatia para colocar a minha consciência na mente do DeVoe. 

— Que loucura, mas por que?

— Precisamos achar o lado bom dele para impedirmos o Esclarecimento. Você viu ele por aqui?

— O DeVoe bom?

— Sim. 

— Não... Só a maldade dele personificada em todas as formas possíveis. Ele me visita o tempo todo. — Ralph disse com olhares repletos de medo.

— Ele sabe que você está aqui?

— Sim. 

— Mas por que ele precisaria...

— Neste lugar, eu faço o que eu quero, Fúria Escarlate. — Disse DeVoe, surgindo no lugar. Estava em sua cadeira, usando seu capacete. Em seu rosto, estava a mesma expressão de antes: Um sorriso maligno e presunçoso. — O fato de que você não pensou que eu iria prever que você e sua equipe fariam tentativas inócuas é... Insultante. Não vão derrotar o vilão desta vez, Sra. West-Allen. Como já sabe, você está na minha mente agora. E não há escapatória. 

O vilão tentou atirar raios, vindos da cadeira, contra os dois. Jane segurou Ralph e, segurando-o, correu para longe. A velocista levou Ralph para o mais longe que pode, sem sair de Oxford. 

— O que está fazendo?

— Vou te tirar daqui, Ralph. Mas, antes, precisamos encontrar o DeVoe bom. 

— Como?! 

— Eu... Eu não sei. Ele deve estar em algum momento importante para ele antes dele virar... — E procurou a palavra mais adequada. — Quem virou.

— Tipo quando ele era somente um professor de história? 

Ralph havia acabado de ter uma ideia. Uma brilhante ideia, por sinal. Como Jane não havia pensado nisso antes? A loira segurou seu aliado e o levou consigo por uma longa corrida até a faculdade em que antes DeVoe dava aula. Ele estava lá. Sentado em sua cadeira, com a cabeça baixa e os olhos fixos em algum indeterminável ponto próximo ao chão. Os dois se aproximara, até verem algo. No peito dele estava algo. Sangue, muito sangue. Ele estava morto. Parecia ter sido esfaqueado da mesma maneira que fez para incriminar Barry. 

— Ah, droga. — Exclamou Ralph.

— Pessoal, conseguem me ouvir?

Sim, Jane. — Barry a respondeu. — O que houve?

— Achamos o DeVoe bom, mas ele... Está morto. 

Marlize, ao ouvir aquilo, ficou incrédula. Não poderia acreditar naquilo. Ela não queria acreditar que a única parte boa em seu marido havia sido morta pela parte maligna. Ela se recusava. 

— Não tem outra saída, tem? — Perguntou Ralph. 

— Não, Ralph... — Jane disse com olhares tenebrosos e uma angústia tomando conta de seu coração e mente. — É a realidade. Agora...

— O mundo pertence ao Pensador. — Ralph disse. Os próximos segundos foram marcados por um silêncio contínuo, mas Ralph decidiu quebrar o silêncio. — Jane, me escute. Eu estou preso aqui, mas você não. Você deveria sair daqui. Ficar com sua família... Pelo tempo que restar. 

— Ralph, não. Para começar, é nossa família, e eu não vou te abandonar aqui. Tem que ter outro jeito. 

— Disseram que essa era a única forma. Encontrar o lado bom dele, e aqui está. — Disse apontando para o cadáver. — Com um buraco no peito. — Foi quando Jane teve uma brilhante ideia. O corpo atual que DeVoe usava era o de Ralph, ele apenas se esticava e mudava de forma para se parecer com sua antiga aparência. Ou seja, se Ralph passasse pelo nexo do cérebro do DeVoe, ele retomaria o controle. Era a melhor chance que tinham. Jane segurou Ralph e o levou até o ônibus 405, naquela mesma rua. — O que está fazendo?

— Aqui é o nexo do cérebro do DeVoe. Marlize disse que quando achássemos o DeVoe bom, ele deveria passar dali e então retomaria o controle. 

— Loirinha, sabemos que isso não é mais possível. O DeVoe bom está morto.

— Ralph, por que acha que ele está te mantendo vivo?! Por que somente você está aqui e não todos os outros metas?! Eu não sabia, mas reflita. Se você passar do nexo, você recupera o controle do corpo, porque ele é seu! Por isso ele não permite que você vá embora. Se você sair, o DeVoe para de existir. Tudo que tem que fazer é passar por aquela rua, o portal do nexo, e então você vai recuperar o controle. Lembre-se de quem você é, Ralph. Um herói. 

Ralph nunca havia parado para pensar daquela forma. Nunca havia refletido do por que só havia ele ali dentro da mente do Pensador. Agora era hora de acabar com aquilo de vez e derrotar Clifford DeVoe de uma vez por todas.

— Hora de retomar o controle. 

— Que tal, eu te matar? — DeVoe perguntou, surgindo das sombras deixadas pelos becos das ruas. — De novo, se preciso. — Outro disse. — Ah, sem problemas. — Outro disse.

Eram vários Pensadores, mas como?

— Aí loirinha. Lembra quando eu disse que eu via a maldade do DeVoe personificada de todas as formas possíveis? Pois é, todas mesmo! 

A Fúria Escarlate correu e tentou derrubar um deles, e conseguiu. Porém, ao olhar para frente, viu que haviam muitos outros. Um exército de... Clones? DeVoes? Pensadores? Tanto faz.  

— Ralph, como vamos derrotar todos?

— No estilo Dibny! 

Ralph se esticou como uma mola e deu suas mãos à Jane. A velocista começou a girar e Ralph, em sua forma esticada, derrubou todos os inimigos. Logo depois, ela o segurou e correu até o fim da rua, o portal do nexo cerebral. Antes que pudessem chegar, o Pensador surgiu com mais clones. Jane atirou vários e vários raios, os derrubando um por um. Logo depois, atravessaram a rua. Jane fechou seus olhos e, quando os abriu, estava nos Laboratórios STAR. O Laboratório de Velocidade estava sendo atacada pelo Pensador. 

— Querida! — Barry disse ao vê-la de pé. — Estamos enfrentando problemas. 

— Vocês nunca poderão impedir o Pensador! Eu sou... — E DeVoe parou de falar. Sentiu algo. Parecia uma segunda voz tentando ocupar a sua. Aos poucos, sentia sua mente sendo substituída. — Não! Não! Como me derrotou?! 

— O apego emocional deles pelo Sr. Dibny os tornou mais fortes do que você jamais seria, Clifford. — Marlize disse-o em seus últimos momentos. — E você nunca vai entender isto. 

— Não! Esta não é a minha vontade! — Logo depois, o rosto de DeVoe se deformou. Alguns segundos após aquilo, o rosto de Ralph assumiu o lugar. Agora aquele corpo pertencia à ele. Ralph respirava de forma ofegante. — Caramba, que viagem! 

O Pensador havia sido derrotado. Haviam conseguido. Ou não... DeVoe poderia até ter sido vencido, mas o Esclarecimento não. 

— Os números continuam subindo! — Marlize os alertou. O monitor mostrava 99,6% da grade de permeação. — A meta-habilidade dele não controla mais os satélites. Se eu conseguisse sobrescrever o último comando dele... 

Marlize começou a digitar vários comandos desconhecidos que somente ela e Clifford conheciam. Segundos depois, o número começou a abaixar. De 99,6%, foi para 96,8%, depois para 78,9% e por assim ia descendo. Ela havia conseguido. O Esclarecimento havia sido impedido. A taxa chegou a 0% finalmente. A luz da cidade voltou, não era mais roxa, como os poderes do Kilgore. Os celulares voltaram a funcionar, a internet retornou e tudo voltou a ser como era antes. Jane nem poderia acreditar naquilo. Haviam conseguido. Finalmente estava finalizado. O Pensador derrotado, tudo em ordem... Parecia até mesmo um sonho. Os cidadãos da cidade se aliviaram ao ver que Central City estava de volta como antes. Cisco correu até seu computador para verificar se estava, realmente, tudo certo.

— Sem matéria escura em nenhum lugar da cidade. Conseguimos! 

Barry correu até sua esposa e a beijou. Joe beijou Cecile, Caitlin abraçou Cisco e, depois, abraçou Ralph. Estavam muito felizes com o retorno dele. 

— Ah, meu velho companheiro que estica. — Cisco disse. — Fez falta, amigão. 

— Pessoal... — Cecile os chamou com tranquilidade, como se não estivesse com seu coração a mil e uma sensação de desespero terrível. — Minha bolsa estourou. 

— Levem ela para o meu laboratório rápido! — Disse Caitlin. 


Caitlin fazia a cirurgia em seu laboratório. Joe estava de dedos cruzados para dar tudo certo. Harry estava péssimo. Ele fazia contas de adição na lousa de vidro. Jesse, vendo aquilo, sentia muita tristeza. Era terrível ver seu próprio pai naquele estado. Ralph estranhou. 

— Eu conheço você? — Ralph perguntou. 

— Não. — Jesse o disse. — Sou Jesse Quick. E você é...?

— Ralph Dibny. Homem-Elástico. É um prazer conhecê-la. O que houve com o seu pai?

— Ele foi esclarecido. — Disse DeVoe surgindo no córtex em cima de sua cadeira. Não demorou para perceberem que se tratava de um holograma transmitindo alguma mensagem. — Outra utilidade dos poderes do Sr. Deacon. Reencarnação tecnológica. 

— Cisco! — Exclamou Wally.

— Ele está assumindo o controle do prédio. — Cisco disse. 

— O que podemos fazer? — Perguntou Jay. 

— Nada. — Respondeu Cisco. 

— Que droga! — Exclamou Jane. — DeVoe, chega disso! 

— Isso nunca vai acabar, Sra. West-Allen. Lembre-se, eu pensei em tudo. Inclusive neste momento.

Foi quando Marlize percebeu que aquele holograma só estava sendo possível de ser transmitido graças a um ultimo comando deixado por DeVoe através de um compartimento secreto da cadeira. Marlize correu e, antes de desligar, disse algo.

— Adeus, meu amor. 

E DeVoe se desligou. Tomaram o controle do prédio de novo. Foi quando um alarme extremamente alto começou a soar pelo córtex. 

— Cisco, o que está acontecendo? — Barry o perguntou.

— São os satélites. Eles estão caindo! 

— Ele pensou em tudo! — Afirmou Marlize. — Ele deu um comando aos satélites para que, quando eu desativasse o holograma dele, caíssem na Terra. Uma medida de segurança.

— Está caindo muito rápido. — Afirmou Jane lendo os números no monitor.

— Sua massa deve ter aumentado umas mil vezes. — Marlize disse. 

Além disso, cada satélite se dividia em dois e pedaços caíram na terra. Fragmentos repletos de matéria escura acertando civis e pessoas inocentes. Era o fim para Central City. Não só dela, mas de todo o mundo. O planeta iria se destruir. 

— Se coisas pesadas assim caírem na Terra... — Disse Jay. — Ela vai ser destruída. 

— Cisco, quanto tempo até caírem?! — Jane o questionou desesperada. 

— Com sorte, três minutos. 

— Como impedimos algo que vai nos mandar para a idade da pedra?! — Perguntou Ralph. 

— Juntos. — Disse Jane. Ela olhou individualmente para cada um presente na sala antes de falar. — Vou mandar evacuarem o centro. Ralph, Cisco, evacuem a zona de impacto. Velocistas, vamos abater os satélites. 

Jane, Barry, Wally, Jesse e Jay correram em direção aos objetos que estavam caindo. Pedaços dos aparelhos, repletos de matéria escura, caíam na Terra. Civis eram machucados no processo. Vibro e Nevasca salvavam os cidadãos dos fragmentos. Cisco abria brechas para onde eles cairiam e os mandava para um canto sem pessoas por perto. Nevasca os congelava. O Homem-Elástico chegou logo depois, se esticando e protegendo as pessoas, como uma espécie de escudo. Como o tecido de sua pele se esticou feito um elástico, o impacto dos pedaços de satélites não era tão dolorido, apenas incomodava um pouco. Wally se impulsionou para frente e, depositando toda sua força em seus punhos, arremessou um satélite contra sua direção oposta, o explodindo. Jesse fizera o mesmo. Jay correu e saltou em cima de um deles, mudando sua direção com um tornado, formado pelo movimento de suas mãos em sentidos opostos. Jane e Barry estavam em frente ao maior desafio. O maior satélite de todos. Era o dos Laboratórios STAR. Possuía o peso de três dos outros.  Os outros velocistas tentaram os ajudar, mas aquilo acontecia ao mesmo tempo em que cuidavam dos outros objetos. 

O Flash e a Fúria Escarlate, provavelmente, não teriam força para abater um satélite daquele tamanho e peso. Nem mesmo se usassem toda força do mundo conseguiriam. Em um último suspiro antes do fim, Barry olhou para sua esposa, que o olhou de volta. Sorriam, mesmo sabendo que estavam perto do fim. Isso, porque, no fim de tudo ao menos estariam juntos e lutando pela salvação. Se houvesse outra vida após aquela, estariam gratos por tudo. Os dois velocistas correram. A cada passo, se sentiam mais acelerados e no ritmo da velocidade para tentar destruir o objeto que destruiria o planeta. Se impulsionaram para frente e saltaram ao ar. Jane tirou forças de onde não sabia que tinha, assim como Barry, e, juntos, socaram o satélite. Mas havia algo errado. Nos últimos segundos antes de fechar seus olhos, sentiu uma terceira presença. Um semblante purpureado em sua direita. E, quando não via mais nada, ouviu um suspiro cansado na mesma direção. Foi quando lembrou de algo. Antes de fechar os olhos, viu algo. Não era apenas mais um semblante, era alguém. Uma luva branca com detalhes escuros e amarelos socava o satélite junto dela e Barry. Não teve tempo de reagir, apenas esperou o fim.

Mas nada aconteceu. Achou que iria doer, ou então tudo ficaria escuro. Mas não. Sentiu uma ventania passar por seu rosto e vergastar seus cabelos loiros. Após isso, sentiu uma onda de calor extremamente poderosa a lançar para trás. Abriu seus olhos então. O satélite estava explodindo, e ela estava sendo jogada para trás. Iria bater em vários e vários prédios, mas raios que saíam de suas mãos a amorteciam. Quando menos podia esperar, estava no chão de um beco de Central City. Correu até um prédio próximo e olhou para cima. Haviam conseguido. O satélite estava destruído e uma fumaça era a única coisa que havia restado dele. Mas como? Era humanamente impossível. Foi quando se lembrou de uma única frase... "Acredite no impossível". Barry Allen sempre estava certo, e essa frase fazia mais sentido do que nunca. Ao olhar para trás, viu o Flash chegando. Ao ver que ela estava viva, lágrimas saíram dos olhos do velocista escarlate imediatamente. Ele nem disse nada, apenas correu a beijou com intensidade. Depois, ele a acolheu em um abraço que, no momento, significava tudo. 


Jenna já estava no mundo. A pequena filhinha, recém-nascida, do detetive West e da promotora Horton estava olhando, pela primeira vez, para seus pais. Cecile estava chorando muito. Aquele momento significava muito para ela, assim como também para Joe. Ele já havia experimentado aquela sensação antes, mas naquele momento, ele estava com uma mulher que realmente o amava e que não daria as costas para ele e sua filha, como Francine e Eliza fizeram. A pequena bebezinha Jenna era muito bonita e tão... Inocente. 

No dia seguinte, o Time Flash se reunia com Marlize no córtex. 

— Eu trouxe algo. — Ela disse-os. Em suas mãos, estava um pequenino aparelho escuro, similar à um grampeador, porém mental. Ela andou até Jesse e o deu nas mãos da velocista. — Isto aqui vai reparar a mente do seu pai. — Jesse ficou muito surpresa e um imenso sorriso se abriu por seu bonito rosto. — Não precisa agradecer, afinal, eu tenho muito para consertar. 

— Muito obrigada. — Jesse a agradeceu. — De verdade. 

Ali todos viram como pessoas mudavam e que, de verdade, Marlize nunca foi cruel de fato, apenas acreditava em princípios que, para se cumprirem, coisas ruins aconteceriam. Depois que Clifford sucumbiu à maldade e se tornou o que antes prezava a combater, ela abriu seus olhos. 

— Sabe, Marlize. — Jane disse-a. — Ainda tem metas precisando de ajuda por aí e...

— Gostaríamos de sua ajuda. — Concluiu Barry.

— É muita gentileza, mas vocês tem tudo que precisam aqui. Olhem para vocês. Abateram um satélite que destruiria um planeta. Vocês são o Flash e a Fúria Escarlate, estão destinados a serem heróis. Além disso, existem outras pessoas que precisam de mim por aí. Antes mesmo de eu me unir à cruzada do meu falecido marido, eu usava a tecnologia ao meu alcance para melhorar a vida daqueles que nada tem. Na minha época, as minhas criações mecânicas... Curavam o mundo, não o destruíam. Retomarei o projeto de onde parei. 

— Bem, boa sorte. — Disse Jane estendendo suas mãos.

— Obrigada. — Ela agradeceu as cumprimentando. — Até mais. — E saiu dali. 

Jane parou por alguns segundos pensativa ali. Barry notou.

— O que foi, querida?

— Nada, é que... Ela tentou de tudo para salvá-lo. Ela realmente o amava.

— E uma parte sempre amará. — Completou Barry. 

Foi quando Jane se lembrou de algo. Daquele semblante roxo que viu e, segundos antes de abater o satélite, viu com mais detalhes. A mão com detalhes roxos e amarelos, a presença de um terceiro ali junto dela e seu marido. Havia mais alguém. Fora assim que haviam conseguido impedir que a Terra fosse destruída, com a força desse último alguém junto da deles dois, unidas. Mas quem era, aquele alguém, afinal? 

— Barry... No último satélite, o que destruímos... 

— O que tem ele?

— Você sentiu ou viu algo de diferente?

— Não... Deveria?

— Eu vi alguém. Havia mais alguém conosco. Além de nós dois, havia um terceiro que nos ajudou. Foi assim que conseguimos abater o satélite, com a ajuda dessa pessoa. A força de nós três combinada foi o suficiente, ao visto. 

— Mas quem poderia ser?

— Outro velocista. 


— Espere só um pouco, Harry. — Disse Cisco ajustando o aparelho junto de Jesse. Ele havia colocado o aparelho de Marlize no amplificador de inteligência. Somente assim poderia dar certo. Depois, ele encaixou o capacete na cabeça de Harry. — Muito bem... 

Logo depois, Jesse apertou algumas teclas e ativou o capacete. Harry ficou parado por alguns segundos olhando para um ponto fixo do chão e, depois disso, começou a se mexer gritando. Jesse entrou em desespero. 

— Ah, meu Deus, pai! 

— O programa completou! — Afirmou Cisco. — Deveria ter funcionado. 

O homem então parou e, ficou alguns instantes raciocinando. 

— Pai? — Jesse o perguntou olhando no fundo de seus olhos.

— Minha querida Jesse Quick... — Ele disse, respondendo sua filha. Ela o abraçou rapidamente na hora. Estava muito feliz. — Que abraço forte!

— Você está de volta! — Afirmou Cisco animado. 

— Ramon, obrigado! — E o abraçou. — Você me curou. Não estou perfeitamente como antes, mas... Eu estou aqui. 

— Como assim? — Perguntou Caitlin.

— Eu esqueci muitas coisas. Matemática, física... Tem coisas que simplesmente saíram de minha mente. Acho que houve um curto-circuito no meu cérebro que apagou algumas informações, mas me deu outras. — Disse apertando os ombros de sua filha. — Me lembro de vocês. 

—Harry, você tem sete Ph.Ds. — Disse Jane. 

— Bom, não tenho mais.

Cisco se decepcionou. 

— Marlize disse que funcionaria. — Ele afirmou. 

— E funcionou!

— Não, não funcionou. Você perdeu seu maior diferencial: Sua inteligência. Seu intelecto de gênio. Eu tirei isso de você!

— Não, Ramon! Você me curou. Está ouvindo? Você me curou. Durante toda a minha vida, fui definido por uma só coisa: Meu intelecto. E, de alguma maneira... Você me proporcionou... Equilíbrio. Entre a minha cabeça e o meu coração. — De alguma forma, aquilo não consolava Cisco. — Obrigado por isso, Ramon. E agora eu quero levar esse equilíbrio para a minha Terra. 

— Espere, Harry. — Chamou Jane. — Nós acabemos de te trazer. 

— Ah, eu sei, West-Allen... Mas eu preciso passar um tempo com minha filha. Sozinhos. Faz muito tempo que não temos essa relação de pai e filha. E, eu até posso não ter inteligência de sete Ph.Ds, mas de uma coisa eu sei: Família importa. 

— Bom... — Disse Barry. — Somos sua família também.

— Pode apostar que são. Cada um de vocês. E sentirei saudade. 

Logo depois, Harry andou até a equipe e os abraçou coletivamente. Ele sentiria muita saudade daquelas pessoas. Não existia melhor despedida do que um abraço que significasse todo o amor e amizade que sentiam um pelo outro, cada um ali. 

— Sabe. — Disse Jane. — Podem existir três bilhões de Harrys no multiverso, mas você é único. 

— Obrigado, West-Allen. Eu... Amo vocês. 

— Nós também te amamos, Harry. — Disse Caitlin.

Logo depois, ele caminhou até a saída de oficina e saiu.

— Bom... — Disse Cisco. — É o fim de uma era. 


Na casa dos West, todos se reuniam para comemorar a vitória contra o Pensador e o nascimento da bebê Jenna. Todos estavam presentes. Bem... Nem todos. Joe trazia a bebê em um cesto pequeno que podia segurar em suas mãos. Ela era muito pequena. A verdadeira representação de inocência e bondade.  

— Ela é linda. — Disse Jane à seu pai.

— Igual a mãe. — Ele disse, beijando Cecile logo depois. 

— Acho que esse momento pede um brinde, não? — Disse Wally dando risadas. 

Todos pegaram suas taças de champanhe as brindaram. 

— À nova integrante do Time Flash. — Disse Jane.

— Jenna Marie West. — Disse Cecile. 

— Bem vinda à família. — Disse Barry a segurando no colo com muito cuidado. 

Logo depois, Barry se sentou em uma poltrona da sala e descansou seus olhos, finalmente grato por toda aquela confusão ter acabado. Ainda parecia um sonho que DeVoe havia sido vencido e o Esclarecimento impedido. Um sonho da qual nunca queriam acordar. Jane andou até seu marido e se sentou no colo dele, o beijando de todas as formas possíveis. 

— O Harry estava certo. — Ela afirmou.

— É mesmo? Sobre o quê?

— Isso é realmente tudo que importa. — Disse olhando tudo e todos ao seu redor. — Somos os próximos, sabia? 

Barry se assustou um pouco e, antes de responder, pensou se havia escutado certo. 

— Espere aí. Você está falando mesmo de ter um filho comigo? Tipo... Agora?! 

— Barry, se acalme. 

— Eu estou calmo. É só que...

— Eu só quis dizer... Algum dia. E não em um futuro próximo. 

— Ah, entendi. 

— Na nossa cama, a noite, farei você se acalmar bastante.

— Isso é uma ameaça?

— Considere como uma. — E o beijou. 

Logo depois, a campainha tocou. Quem seria? Pensando bem, apenas Ralph não estava ali. Ele sempre se atrasava. Jane correu até a porta e a atendeu. Porém, assim que abriu, viu que não era Ralph. Era ela. A mesma menina de sempre. Cabelos castanhos claros curtos, olhos verdes âmbar, um rosto largo. Ela estava ali novamente. Jane, dessa vez, iria a questionar. 

— Oi, tudo bem? Eu só queria conversar. — Disse já entrando na casa sem nem mesmo ser convidada. — Caramba! Essa casa está arrasando. 

Foi quando se lembraram de algo. A mensagem que Barry tanto escrevia, pelo símbolos, quando havia saído da Força de Aceleração, era justamente o que aquela garota misteriosa havia acabado de dizer. "Esta casa está arrasando". Isso deveria dizer algo? 

— Espere, me lembro de você. — Disse Caitlin. — Você não derramou café em nós?

— Principalmente em mim! — Disse Cisco se lembrando da tragédia. 

— Você não estava no casamento deles? — Questionou Wally. 

— Sim, ela estava. — Disse Jane olhando fixamente para a menina com olhares ameaçadores. — Ela está por toda parte. Nos observando... Nos seguindo... 

— E quem é você? — Perguntou Barry.

A menina pareceu se sentir reprimida e, sabendo que não iria conseguir mentir, disse a verdade. 

— Eu sou sua filha Nora, do futuro, e... Eu acho que cometi um grande erro. 

PRCIOU_STILES ©

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