4⚡CHAPTER ONE: O FLASH RENASCIDO
Chapter One: O Flash
Renascido
Meu nome é Jane West, e era para eu me casar com o homem mais rápido do mundo, mas há seis meses ele partiu. Eu prometi para ele que eu correria, então é isso que eu tenho feito nos últimos meses. Correndo o mais rápido que eu posso, por ele e pela minha irmã. Ela foi morta pelo Savitar, que pensava ser eu. Ela se sacrificou por mim. Então sempre que eu coloco o uniforme da Fúria Escarlate, eu me sinto junto com ela. Eu matei o Savitar, e me livrei da minha sósia maligna. Mesmo assim, eu ainda sinto um vazio extremo em meu coração. Eu tento o esconder com um sorriso e fingindo ser forte, mas essa parte é uma mentira. Eu não sou forte. Eu sou muito fraca, mas se os outros verem isso, como posso ser uma super-heroína?
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— Não estamos achando ela, Cisco! — Wally disse, após chegar em super velocidade em uma das ruas da cidade, junto de sua irmã Jane.
— Atrás de vocês! — Cisco disse através dos computadores dos Laboratórios.
Ao se virarem, foram nocauteados por uma meta humana capaz de se teletransportar. Barry já havia lidado com ela, durante o tempo em que Jane estava na Força de Aceleração, antes de ganhar poderes e se tornar velocista.
— Essa doeu! — HR afirmou.
— Só avisarei uma vez, não me sigam.
E logo depois, ela se teletransportou.
— Onde, Cisco?! — Jane o perguntou.
— Ela está indo para a Ponte Keystone. Precisam pará-la! — Cisco os avisou. — Se ela sair da cidade, vou perder ela de vista e vamos levar um belo tempo para localiza-la de novo!
— Que meta pé no saco! Dessa vez pegamos ela! — Wally disse.
— Com certeza! — Ela concordou.
Wally e Jane começaram a correr pela cidade, cruzando os prédios. Não importa o quão rápido eles iam, a meta se teletransportava para outro prédio.
— Ela pula a cada três prédios. — Conferiu Cisco no radar. Logo depois, ele abriu uma brecha para o próximo prédio onde ela iria pular, e esperou. Assim que a meta colocou os pés no terraço, Cisco a prendeu com suas rajadas vibracionais. — Te peguei!
O Kid Flash e a Fúria Escarlate então pegaram um poderoso impulso, e empurraram a meta para a brecha. Os quatro caíram pelos quatro lados do córtex. Antes que pudessem levantar, a meta tirou duas armas de seu coldre e as mirou. Logo depois, atirou contra Cisco e HR. Wally e Jane pegaram as balas em super velocidade e então prenderam a meta com algemas inibidoras. Haviam detido ela.
— Malditos. — Ela disse.
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— Estou tão orgulhoso de vocês! — HR disse. — Mandaram bem!
— O Time Vibro arrasou!
— É Time Kid Flash.
— Todos nós sabemos que é Time Fúria Escarlate, pessoal. — Jane brincou. — Não foi bem o nosso melhor momento, na verdade. Já tivemos melhores. Um a cada três metas que enfrentamos são pegos. — Jane afirmou.
— Temporariamente. — Wally disse. — Jane, você tem notícias do nosso pai? Ele foi ao trabalho hoje?
— O Singh disse que não. A Cecile também não tem falado comigo. É melhor irmos até lá falar com ele.
— Eu até iria, mas tenho uma nova simulação de treino no Laboratório de Velocidade. — Wally explicou.
— Tudo bem, eu cuido disso. Mas você não vai nem jantar em casa?
— Tô me esforçando no treinamento. O Cisco e eu estamos pedindo Big Belly Burger. — Wally disse.
— Isso não é muito saudável, é?
— Batata frita, carne e pão, gordura e queijo. Super Saudável. — Wally disse.
— O colesterol vai te matar, Kid Flash.
— Meu metabolismo é acelerado. Eu sou um velocista, como você.
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— Oi, Jane! — Cecile disse. — O quê te traz aqui, exatamente?
— Posso jantar com vocês? Gostaria de ver como o meu pai está.
— Tudo bem, tem comida de sobra. Entre. — Ela disse.
— Obrigada. — Jane agradeceu.
Ainda era um pouco estranho para ela ter que pedir permissão para entrar na casa que morou durante toda a sua vida. Ao entrar, viu como estava tudo arrumado. Cecile era um exemplo de faxina. Joe estava sentado no sofá, com uma expressão triste e vazia.
— Oi, pai.
Joe, após alguns segundos, levantou sua cabeça e olhou para a loira.
— Olá, filha. O que você...
— Como está? — Ela perguntou.
— Bem... — Mentiu, obviamente.
A expressão de Joe estava muito vazia. Jane só conseguia se lembrar do Joe do futuro. Do mesmo jeito que aquele velho estava acabado após a morte de Jane, na linha do tempo apagada, seu pai havia se acabado com a morte de Iris. Era a mesma expressão.
— O jantar está pronto. — Cecile disse.
— Não estou com fome, querida.
— Mas você mal almoçou, querido. Se esforça. — Cecile pediu, e ele recusou balançando sua cabeça.
— Pai... Eu sei que você está de luto, mas você precisa encontrar uma forma de seguir em frente, sabe?
— O quê?
— Seguir em frente...
— Como?! — Ele perguntou.
— Pai...
— Me diz como, filha?! Eu primeiro fiz de tudo para te salvar, e conseguimos, mas para isso a minha outra filha morreu. A minha outra garotinha se foi! E logo depois perdemos o Barry! Meu filho, o seu tudo! Eu não estou bem, filha!
— Eu também não, pai! Mas isso não me impede de viver. Eu continuo todos os dias colocando aquele traje vermelho, combatendo o crime, trabalhando na CCPD como forense. Eu continuo vivendo e buscando o melhor para mim, porque eu sei que é isso que o Barry e a Iris queriam para mim.
— Eu não sou forte como você, filha.
— Isso não é uma questão de força, pai. Isso é uma questão de insistência. Você precisa insistir em continuar a viver, com ou sem força. Você é um policial, e salva vidas assim como eu. Da mesma forma que pessoas morreriam se eu parasse de ser a Fúria Escarlate, pessoas também morrem por você deixar de usar o distintivo.
— Jane, mas eu...
— Todo santo dia, eu acordo numa cama vazia sem o meu Barry e lembro da Iris pelos nossos momentos juntas, mas isso não me impede de viver. Não deveria impedir você também, pai.
Naquele momento, Cisco a ligou.
— Jane, está acontecendo algo no centro da cidade! Encontre eu e o Wally lá! — Cisco a pediu.
E a loira saiu da casa em um flash. Ao chegar ao centro, usando seu traje, viu Cisco e Wally chegarem de uma brecha.
— O HR está no córtex, mas tem alguma coisa acontecendo por aqui. — Cisco disse. — Algo está assustando as pessoas. Estão dizendo que um vulto passou por suas janelas.
Dos céus, um indivíduo surgiu. Usava uma armadura vermelha e uma máscara preta. Portava duas katanas.
— É um samurai. — Jane afirmou.
— Alguém aí fala japonês? — Cisco perguntou, brincando.
— Samurai, nani ga hoshī? Konomachide nani o shite iru no? — Jane o perguntou.
— Me diz que ela não acabou de falar japonês! — Cisco disse.
— Eu tenho meus dons. — Jane disse.
— Anata wa awaredesu! — O samurai a respondeu. — Soshite yowai!
— Watashitachi wa anata o kizutsuketaku arimasen. — Jane disse.
— Eu quero o Flash! — O Samurai disse.
Então ele falava português o tempo todo?! Pensou Cisco.
— Está olhando para ele. — Wally disse.
— Você não é o Flash. Não o verdadeiro. Me traga o Flash, ou a cidade sucumbirá a minha ira. — O Samurai afirmou.
— O Flash não vem — Jane afirmou.
— E além disso, Mifune, precisaremos que guarde a espada antes que alguém se machuce. Alguém como você, por exemplo. — Cisco disse.
O samurai começou a rir.
— E o que você acha que vai fazer contra nós usando uma espada? — Wally perguntou rindo do adversário.
O Samurai bateu sua espada ao chão, causando uma poderosa explosão que atirou Jane, Wally e Cisco para longe. Caramba, isso doeu, Pensou Jane. Logo depois, o vilão havia sumido. Definitivamente a espada era mais poderosa do que parecia ser.
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— O Flash não é visto há seis meses, o que nos faz preocupar sobre quem vai salvar esta cidade dessa nova ameaça japonesa. — O noticiário disse.
— Por que eles agem como se o Flash fosse o único herói poderoso que pode lidar com ameaças? Eu sou mais rápida que o Barry. Perguntem à Gideon!
— Sim, e o Kurosawa nos derrotou como bonecos de pano utilizando sua Excalibur reversa. — Cisco disse.
— Nunca encaramos algo assim. — Wally afirmou. — Esse samurai vem do Japão ou é só um meta humano?
— E por que ele queria lutar apenas com o BA? — HR perguntou.
— Sei lá. Acho que ele quer lutar com o melhor. — Cisco disse.
— Eu sou a melhor! — Jane insistiu.
— E ele está ameaçando destruir a cidade. — Wally disse. — Será que ele tem poder suficiente para isso?
— Acho que sim. — Jane disse.
— Esse cara precisa enfrentar o Barry. Ele não é brincadeira. Precisamos fazer algo! — Cisco disse.
— O Barry não está aqui. — Wally disse.
— Nós precisamos tirar o Barry da Força de Aceleração. — Cisco disse.
— Mas aí ela vai ficar instável e o mundo pode ser destruído. — Jane disse. — Justamente o que nós estamos tentando impedir.
— Exato. — Wally disse.
— Mas e se eu pudesse resolver?!
— Nas próximas 24 horas?
— Sim! Pessoal, eu tenho trabalhado nisso. — Cisco disse.
— Há quanto tempo? — Jane pergunta.
— Desde a noite em que ele se foi.
— Cisco! — Jane exclamou.
— Eu tive ajuda, certo? Eu consultei o Harry, a Doutora McGee, a Tracy, a Felicity e o Curtis e eu tenho quase certeza que descobri uma forma de estabilizar a prisão da Força de Aceleração e libertar o Barry sem desencadear uma tempestade de raios. E só preciso de mais algumas coisas.
— Cisco, você está trabalhando nisso nesse esse tempo todo e nunca me contou? — Jane perguntou.
— Eu contei a todos do time, menos você, Jane. — Cisco disse. — Desculpa, mas e se eu te contasse e não conseguisse trazer ele de volta? Você ficaria arrasada, e eu cansei de ver a minha melhor amiga assim.
Jane poderia brigar com Cisco, mas ela simplesmente o abraçou.
— Vamos salvar o Barry.
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Jane estava indo até um bar de Central City. Ela procurava uma pessoa. Enquanto uma música de rock tocava de forma extremamente alta, um bando de bêbados dançavam enquanto outros sentavam e desmaiavam.
— Vai querer o que? — A barman, que estava de costas, perguntou.
— Algo doce, mas engenhosamente forte e com muito gelo! — Jane disse.
Ao se virar, a barman era Caitlin.
— Saindo um Shirley Temple para você, Jane. — Caitlin disse.
— Me diz o que uma bela menina com dois doutorados e um PhD faz em uma espelunca como essa?
— Trabalho. Como me encontrou?
— Os Laboratórios STAR tem satélites, se não está lembrada. E eu também sou muito boa com computadores. Você está bem menos "gelada", desde a última vez que eu te vi. — Jane afirmou. — Você disse que não era a Nevasca, mas que também não era a Caitlin.
— Sou só eu, Jane. Sou a Caitlin.
— Como conseguiu? Ainda mais sem a cura? — Jane perguntou, perplexa.
— O que você quer?
— Bem, um drink mais forte, para começar. Sabe, Caitlin, a sua ajuda seria muito útil lá. — A loira afirmou.
— O Barry ainda está preso na Força de Aceleração?
— Vamos tirá-lo de lá. O Cisco bolou um plano. Eu pensei em você, sabe? É difícil enxergar o Time sem você.
— Tá tudo suave por aí? — Um homem perguntou, chegando. Ele possuía cabelos grandes e era cego de um olho.
— Sim. — Caitlin respondeu.
— Beleza então. — E saiu dali.
Aquele sujeito era muito estranho.
— Você viu aquele samurai na televisão hoje? — Jane perguntou.
— Vi sim.
— Ele está ameaçando destruir a cidade se o Barry não enfrentar ele. Nos ajude, por favor. Eu sinto sua falta, Cait. — E logo depois riu. — Fazia tempo que eu não te chamava assim.
— Não sei se devo...
— Por favor. Pelo Barry.
Caitlin ficou alguns segundos pensativa. Após eles, tomou uma decisão.
— Meu turno termina em uma hora.
Jane ficou extremamente feliz.
— Obrigada, Caitlin. Sabe, eu queria que meu pai viesse conosco, mas o coitado está muito abalado. Teria alguma dica para isso, Caitlin?
— Dê mais tempo para ele. Se Barry voltar, deve ser o bastante para levantar ânimo nele.
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O Time Flash havia ido, com a van dos Laboratórios STAR, até onde Barry treinou pela primeira vez. Uma instalação antiga dos Laboratórios, mas ótima para corrida, e ótima para realizarem o plano de tirar Barry de dentro da Força de Aceleração.
— Por que estamos, especificamente, aqui, Francisco? — HR perguntou.
— Achei apropriado.
— Faz sentido, Francisco! Eu trouxe muito café.
— Sem exagero na cafeína, HR. — Jane brincou.
— Deveria ter dito isso antes de eu tomar seis copos de café expresso no caminho para cá.
— Foram só seis horas, HR! — Jane disse.
— Um copo por hora. — HR disse. — Sou ótimo na matemática!
— Senti saudade de você por aqui. — Cisco disse à Caitlin.
— É, eu também. — Ela respondeu. — Uma parte minha me dizia para ir correndo até os Laboratórios STAR, mas a outra dizia para...
— Você ser normal?
— É, algo assim.
— Cisco, como vamos tirar o Barry de lá sem destruir o planeta? — Wally perguntou.
— Inspirado por trazer o Barry de volta, apresento a vocês... — E tirou o pano de cima de um objeto que escondia. Ao tirar, viram que era a bazuca que Tracy havia construído para prender Savitrar. — A Bazuca da Força de Aceleração! Fiz pequenas alterações, como Han Solo dizia. Eu, Jane e Caitlin passamos a noite inteira ajustando a Esfera Quark e aprimorando ideias.
— E o que é essa... — Wally tentou dizer.
— Esfera de Quark. — Jane respondeu. — Preenchida com um marcador genético do Barry, ela é programada para rastrear o DNA dele usando a corrente elétrica da Força de Aceleração.
— Quando puxarmos o Barry de volta, a esfera vai enganar a Força de Aceleração fazendo ela achar que ele ainda está lá. — Cisco explicou.
— Jane, já pode colocar a esfera naquele cone central. — Caitlin disse. Jane pegou a Esfera Quark e a posicionou no cone que estava ao centro. Caitlin, pelo computador, ligou o poder da esfera. Cisco se preparou para usar a bazuca. — Matéria Quark buscando corrente elétrica... Triangulando com o DNA dele... E lá vem ele!
— É ele, é ele! — Cisco gritou.
— Agora, Cisco! — Caitlin o disse.
E Cisco atirou com a bazuca na esfera, abrindo um enorme portal. Alguns segundos se passaram, e nada aconteceu. O portal se fechou, e a conexão se perdeu. Todos estavam extremamente desapontados. Não queriam acreditar que Barry estava preso e não voltaria.
— Não entendo, deveria ter funcionado. — Cisco disse.
— Mas não funcionou! — Jane disse, desapontada. — O Barry se foi... Para sempre.
— Oh, droga. — HR disse. — O que acham de café para amenizar a situação?
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— Cisco, o que está fazendo? — Jane perguntou quando o viu fazendo diversos cálculos.
— Tentando descobrir onde nós falhamos! — Cisco a respondeu. — Não faz sentido, Jane!
— E como esses vários cálculos vão ajudar?
— Eu não sei! Eu pensei que você era a expert de matemática. Não ganhou vários troféus?
— Foram de física, sou péssima em álgebra.
— Eu não ligo! Era para ter funcionado, Jane!
— Você não deveria estar fazendo isso sozinho.
— E quem eu vou chamar?! O Harry está na Terra 2, o Julian está viajando, a Tracy não dá a mínima para o Time porque se culpa pela morte da Iris, eu não sei o que fazer!
Na porta, surgiu um rosto conhecido. Era bem surpreendente ela estar ali.
— Cecile? — Jane questionou. — O que você...
— Achamos o Barry! — Ela afirmou.
E Jane e Cisco ficaram paralisados.
— Como assim?! — Cisco perguntou.
— A polícia estadual o pegou na 112, fora de Ivy City.
— São 480 quilômetros! — Jane afirmou. — A não ser que...
— Ele fosse correndo. — Cisco a respondeu.
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Jane, Cisco, Caitlin, HR, Wally e até mesmo Joe seguiram Cecile até uma sala da CCPD, onde encontraram Barry. Ele estava muito diferente. Usava barba e fazia vários e vários desenhos nas paredes. Desenhos aleatórios, parecia até um idioma desconhecido.
— Barry! — Jane disse. Ele se virou sorrido. — Barry...
Assim que encarou todos, disse algo.
— A Nora não deveria estar aqui.
— A sua mãe não está aqui, Barry. — Jane afirmou. — Somente nós. Eu... A Jane.
— Excelência, eu sou inocente! Eu não fiz isso, eu não matei ninguém. Estão ouvindo as estrelas?!Cantando, rimando, contando a cada hora e minuto... Não nos resta escolha para deter o August, Jane! Você disse que a cidade estava segura, que não tinha período residual, mas não era verdade. O que houve naquela noite?!
— A cidade está segura, Barry. — Jane garantiu.
— Estrelas derretendo, como sorvete... Elas brilham, sonham, vislumbram... A Nora não deveria estar aqui. — Barry repetiu, novamente.
— Acho que o BA não tá muito bem da cabeça não, pessoal. — HR disse.
— Isso não é só um choque, é? — Joe perguntou.
— Choque é resultado da queda da pressão sanguínea. — Caitlin disse. — Isso é neurológico.
— Uma nova forma de encarara a física! Vai mudar a forma com que pensamos as coisas! — Barry disse. Jane se lembrou da primeira vez que Barry disse aquilo, na época que ele adorava o Wells, sem saber que ele era o Flash Reverso. Na época que ele não era o Flash. Logo depois, Barry começou a gritar. — As estrelas fazem muito barulho! Eu não sei se sou como você, Oliver.
— Jane, temos que levá-lo aos Laboratórios STAR. — Caitlin disse, entregando uma seringa com sedativo para ela. Jane a segurou e, em super velocidade, sedou Barry. O velocista caiu ao chão, desmaiado.
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— Qual o diagnóstico? — Joe perguntou à Caitlin. — Dano cerebral?
— Na verdade, ele está incrivelmente saudável. Os transmissores neurais dele estão funcionando cinco vezes mais rápido do que o normal. — Caitlin disse.
— Então o que tem de errado com ele? Ele não parecia bem. — Jane disse.
— Tenho duas teorias. Uma é que ele está sofrendo de um tipo de esquizofasia, quando ele associa palavras à significados próprios e também errados. — Caitlin disse.
— Então isso quer dizer que, na percepção dele, aquelas baboseiras fazem sentido? — Joe pergunta.
— É uma pena não termos um tradutor pra entender. — Wally disse.
— Mas podemos fazer um. — Cisco disse. Logo depois, ele pegou as fotos que tirou dos símbolos que Barry desenhava na parede e começou a os analisar. — Se na cabeça dele, esses símbolos representam palavras diferentes, ele pode estar nos enviando uma mensagem.
— E então, seguindo esse raciocínio, nós só precisamos de um algoritmo específico que funcione para descriptografar, não é? — Jane disse.
— Exato. — Cisco disse.
— Caitlin, você disse que tinha duas teorias. — Jane disse. — Qual a segunda? Você só disse uma.
— A Força de Aceleração existe além do espaço e do tempo. Para nós, Barry só esteve lá por seis meses, mas para ele, podem ter sido 10.000 anos. — Caitlin disse, assustando Jane. — Todo esse tempo isolado e sozinho pode ter causado algum tipo de demência.
— E talvez só reste isso dele...
— É. — Caitlin disse. — O que acham de eu acordar ele diminuindo o sedativo?
— Bom, nesse caso, tenho a música perfeita para isso! — Cisco afirmou.
A música era Poker Face, de Lady Gaga. Quando Barry ficou em coma pelo raio do Acelerador de Partículas, essa música havia acordado ele.
— Certeza que vai funcionar? — Jane perguntou.
— Essa música já nos deu sorte antes. — Cisco afirmou. — Lembram?
— Sim, nos deu, mas Barry estava em coma e não em uma extradimensão pantemporal. — Caitlin disse.
— Então acordar com Lady Gaga não deve ser tão estranho. — Cisco disse.
A consciência de Barry começava a retornar conforme seus olhos se abriam, bem devagar.
— Oi, Barry! — Jane disse, animada.
— Como está, amigão? — Cisco disse.
— As estrelas continuam cantando, se movendo, atormentando! — Ele começou a gritar. Segundos depois, parou. — Não estou com fome. Ele não fez aquelas coisas! Ele não machucou a minha mãe. Eu estava lá naquela noite! Havia um homem de amarelo! — E começou a se remexer. — Está doendo! As estrelas continuam cantando! Vamos precisar de mais fraldas.
Cisco sorriu de forma forçada.
— Mais fraldas? Bacana. — Ele disse. Barry começou a desenhar mais símbolos. — Isso! Continue, amigão. Daqui a pouco vou descriptografar isso.
— E eu vou trazer café. — HR disse.
⚡
— Pessoal... O prazo do samurai acabou. O que faremos? — Caitlin perguntou.
— Eu tive uma ideia. — Jane afirmou. — Cisco, uma pergunta... Você acha que o traje do Flash cabe no Wally?
— Talvez... Por que?
— Podemos enganar o desgraçado. Se o Wally botar o uniforme e começar a vibrar, não vai ter como o Samurai perceber que é ele e não o Barry.
— Espere, pode funcionar! — Cisco disse. — Wally, o que acha?
— Acho que posso imitar o Barry.
— Beleza, vem comigo. Se o traje não couber, eu tento adaptar algo. — Cisco disse. E logo depois, Wally o seguiu.
Minutos depois, Wally correu até onde o Samurai estava. Ele usava o uniforme do Barry, e vibrava para o samurai não reconhecer a voz e a cor de pele.
— Você me queria. — Wally disse. — Aqui estou. Vem me pegar.
E os dois começaram a lutar. O Samurai pegou Wally e o jogou contra um latão de lixo. Por alguns segundos, o velocista parou de vibrar.
— Você não é o Flash. — O inimigo disse. Logo depois, arremessou uma adaga que atravessou o pé de Wally, que gritou. — Se não me trazerem o Flash até a noite, Central City sucumbe.
E saiu dali pelos céus voando, usando um jato que tinha em suas costas.
— Droga.
⚡
— Quando vou poder enfrentar ele de novo?! — Wally perguntou.
— Wally, ele partiu a sua fíbula! Se você não fosse um velocista, eu amputaria a sua perna agora. — Caitlin disse.
— Certo, quanto tempo para cicatrizar?
— Umas quatro à cinco horas.
Não era tempo suficiente. O samurai destruiria a cidade se esperassem.
— E os símbolos, Jane e Cisco? — Caitlin perguntou. — Alguma sorte?
— Nenhuma. — Jane respondeu.
— O computador insiste que é só uma besteira aleatória. — Cisco disse.
— E se for? — Caitlin sugere.
— Não, não é. O Barry está tentando nos enviar uma mensagem, eu sei. Ele passou todo esse tempo na Força de Aceleração, talvez saiba coisas que nós nunca sonhariamos em saber. Sobre a vida, sobre o universo, sobre tudo.
— Sinceramente, isso até parece grego para mim. — Caitlin brincou.
Jane e Cisco haviam acabado de ter uma ideia genial após ouvir aquilo. Quase ao mesmo tempo, tiveram uma explosão em seus cérebros.
— Pelo fantasma de César! — Cisco disse. — Só pode ser isso!
— O quê? — Caitlin questionou.
— É que esse tempo todo pensamos que eram cifras de substituição monoalfabética — Jane disse. —, mas e se for polialfabética?!
— Tipo no grego — Cisco disse. —, onde cada símbolo é um alfabeto único!
Cisco e Jane então passaram aquilo para o computador, e obtiveram uma resposta. Estavam realmente certos.
— Excelsior! — Jane exclamou.
— O quê dizem?! — Caitlin perguntou.
— Está carregando, espere... — Cisco disse animado. Segundos depois, carregou. — "Essa casa está arrasando"...?
— "Essa casa está arrasando"? — Jane questionou. — Isso é algo que eu diria. Por que o Barry está querendo nos dizer isso através daqueles códigos?
— Não está. — Cisco respondeu, desapontado.
— Cisco... — Caitlin disse.
— Eu deveria ter te escutado, Caitlin. O Barry não está tentando nos enviar uma mensagem... Eu realmente me iludi acreditando nisso. — Cisco disse. — As vezes eu penso que se eu acreditar muito em algo, se torna real. Jane, me desculpe, eu não deveria ter trabalhado nesse projeto.
— Cisco, está tudo bem. — Jane disse.
— Não, não está. O Barry se foi. Eu sinto tanto a falta dele... Meu melhor amigo. Eu não sei como fazer isso sem ele.
— Jane? — Caitlin perguntou à loira, que ficava vários segundos pensando.
— Eu só estava pensando numa coisa.
— No que?
— Acho que o destino quer que o Time Flash se desfaça. Se eu morresse, isso iria acontecer. A Iris morreu e quase aconteceu. Agora o Barry se foi e não conseguimos seguir em frente. Estão vendo? Ele quer que a gente se separe.
— Isso não vai acontecer. — Cisco garantiu. — Vamos manter o Time Flash em pé. Vou fazer isso para honrar ele.
Logo depois, os três se abraçaram como forma de consolo. Foram os três que começaram tudo trabalhando nos Laboratórios STAR antes mesmo do Acelerador de Partículas. E agora tudo iria terminar junto com eles.
⚡
— Não vejo o Flash... — O Samurai disse olhando em sua volta.
— Receio que terá que se contentar conosco. — Joe disse. Atrás dele, estava um exército de policiais da CCPD.
Todos miraram na direção do espadachim. Segundos depois, a Fúria Escarlate surgiu em raios. O Samurai, irritado, estava disposto a destruir todos para conseguir o que quer.
— Fúria Escarlate...
— O Flash não veio, somente eu.
— Central City vai sucumbir então!
— Só por cima do meu cadáver.
Jane começou a correr para fora da cidade, atraindo o Samurai para uma fazenda distante de Central City. Lá, os dois começaram a batalhar. Por mais que Jane fosse mais rápida, o Samurai era mais forte e mais ágil.
— Eu quero o Flash!
— Eu sou mais rápida que ele!
— Isto não se trata de velocidade.
— Se trata de batalha.
E logo depois atirou um raio contra o inimigo. O Samurai ficou nervoso. Ergueu sua katana e a bateu no chão. Uma poderosa explosão atirou Jane para longe. O inimigo a segurou e asfixiou. Desmaiada, seus sinais vitais começaram a descer.
— Droga! — Exclamou Cisco.
— Os sinais vitais dela estão caindo!
— Eu dou um jeito nisso. — Cisco disse.
E abriu uma brecha para onde os dois estavam. Assim que colocou os pés na fazenda, Cisco foi desmaiado por uma lâmina atirada pelo samurai.
— Droga! — Exclamou Caitlin.
— O que faremos?! — Joe questionou.
— Pois é, Snow, o que fazemos?! — HR a perguntou.
— Eu ajudo. — Wally disse. Assim que se levantou, caiu para trás de dor.
— Não faça isso, Wally. Se você forçar seus músculos antes de cicatrizar pode causar algo mais sério do que um ferimento. — Caitlin disse.
Joe correu até Barry, que continuava a desenhar símbolos e falar besteiras.
— Barry, é a Jane! — Joe exclamou.
— As estrelas cantam e...
— Dane-se as estrelas, droga! A Jane está em perigo. A minha filha, sua esposa! Precisa salvá-la!
— As estrelas contam o tempo como...
— Ela prometeu que ficaria ao seu lado, lembra?! Acontece que ela precisa de você agora! Ela precisa que você seja um herói, Barry! Ela precisa do Flash!
Barry se virou. Algo nele havia despertado. Algo como uma chama crescendo em seu coração, o enviando para onde ele deveria estar. Era como um guia através de seus instintos. E saiu dali em um poderoso raio.
— Ele levou o novo uniforme! — Cisco comemorou. — O Flash tá de volta!
O novo uniforme tinha um vermelho vislumbrante e detalhes dourados. Era o traje perfeito. Confortável e magnífico, o traje perfeito para o Flash.
Barry alcançou Jane e, vibrando sua mão, arrancou a cabeça do samurai. O corpo e a cabeça caíram ao chão. Não era um humano, era um robô.
— Barry! — Jane disse. — É você...?
— Sou eu, querida. O seu Barry.
E a beijou logo depois. O Time Flash estava longe de acabar. Permaneceriam unidos até o fim. Barry Allen e Jane West podiam até ser humanos e iriam morrer um dia, mas seus legados iriam se manter para todo o sempre como os maiores heróis que o mundo já viu.
⚡
— Seus sinais vitais estão perfeitos. Você está com uma saúde impressionante, até mesmo para um velocista. — Caitlin disse.
— É bom ter você de volta. — Barry disse olhando para Caitlin.
— Eu digo o mesmo. — Ela respondeu.
— Como se sente, filho? — Joe perguntou.
— Eu me sinto ótimo. Sei lá, parece que... Eu nasci de novo.
— Uma dose de cafeína resolve. — HR disse. — Já é a minha nona de hoje!
— E como foram as coisas durante a minha ausência?
— Cara, foi muito maneiro! — Wally afirmou. — O Time Kid Flash tinha tudo sobre controle, então...
— Esse não é o nome. — Todos disseram, fazendo Barry dar risadas.
— Mas mesmo assim, temos alguns mistérios para resolver. — Cisco disse andando até a cabeça do samurai. — Como nosso robô-samurai voador.
— Alguém projetou esse robô. — Jane afirmou. — Talvez ele nem tivesse vida e fosse somente alguém falando através dele. Nesse caso, temos um novo meta.
— Ah, e uma pergunta, Barry. — Cisco o chamou. — A frase: "Essa casa está arrasando" significa algo para você?
— Não... — Barry o respondeu, estranhando. — Deveria?
— Não. — Cisco respondeu rindo. — Mas saiba que, durante a sua fase Uma Mente Brilhante, você estava falando um monte de baboseira.
— Eu não me lembro de nada. — Barry afirmou. — Só lembro de entrar na Força de Aceleração com a minha mãe e depois salvar a Jane.
E mais mistérios se formavam com o retorno do Flash. O que eles não sabiam é que, por trás do samurai, estava um dos maiores inimigos que enfrentariam na história do Time Flash.
PRCIOU_STILES ©
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