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4⚡CHAPTER NINETEEN: PORTANTO, ELA EXISTE

Chapter Nineteen; Portanto, Ela Existe

O amplificador de inteligência estava afetando Harrison Wells. Ele estava ficando, cada vez mais, dependente dele. Se tornou um vício. E o que desencadeou isso foi a matéria escura, da qual ele estava usando sem dizer ao time. Harry estava descumprindo a promessa que fizera a Cisco. Cada vez mais, ele se sentia frustrado por não superar a inteligência de DeVoe, que agora possuía o poder de 12 meta humanos. Harry havia contado somente a Cisco sobre a matéria escura, e mesmo que ele tivesse descumprido a promessa, ainda eram amigos.

— De novo. — Harry disse a Gideon. 

Dr. Wells, a chance de outra conclusão é extremamente baixa. 

— Faça outra vez.

Certo. — A IA o respondeu. Logo depois, ela escaneou mais uma vez o cérebro do homem. — Mesmo resultado, Dr. Wells. A infusão excessiva de matéria escura no seu sistema neurológico onde a inteligência geral e a função excessiva ocorrem.   

— Minha capacidade de absorver informações está diminuindo. — E suspirou. — Estou perdendo minha inteligência. 

Em breve, terá de reaprender tudo que sabe. 

— Há como usar o amplificador para reverter o processo?

Improvável, Dr. Wells. Seu amplificador de inteligência e a matéria escura causaram isso. Tentei conter...

— Eu sei! — Gritou frustrado. Respirou fundo. — Gideon, quanto tempo até que tudo que eu sei desapareça? 


— Harry, você está... — Jane o perguntou.

— Perdendo a inteligência. Sim, estou. A injeção de matéria escura do amplificador de inteligência sobrecarregou minhas sinapses. Em vez de me fazer pensar mais rápido, está me fazendo pensar mais devagar. 

— Por que não nos disse antes? — Barry o questionou triste com a notícia.

— Ele disse para mim. — Disse Cisco. — Para eu tentar ajudar.

— Quanto tempo até... 

— Não sei. — Harry respondeu Jane. — Não tem como saber. Em alguns dias, consigo pensar com clareza, mas em outros... não consigo. 

 — A boa notícia é que, ao meu ver, tem como reverter o processo. — Disse Cisco. — Estou trabalhando nisso. Pelo menos tentando.

— Pessoal. — Barry os chamou. — A morte dos metas, do Ralph, o Harry perdendo a inteligência... O DeVoe sabia como nos separar, mas aqui estamos nós. Somos uma família. É assim que vamos derrotar o Pensador. 

— Muito bem, Allen. 

Joe chegou ali logo depois.

— Filha. — Ele a chamou. — Cena do crime, vamos. 

— Certo, onde?

— Na Vandermeer Steel. Tenho quase certeza de que é obra de meta humano.

— Nesse caso, eu posso ir junto. — Disse Cisco.

— Eu também. — Disse Barry. — Se formos discretos, ninguém vai me ver.

Aquela era uma fábrica de aço. Jane ainda sentia muito a falta de Barry na CCPD, mas continuava trabalhando todos os dias como forense. Assim que chegou junto de seu pai, Barry e Cisco, viu um cadáver sendo coberto. Em um dos corredores da fábrica, especificamente, um cofre havia sido assaltado. 

— O que temos aqui, pai?

— Não houve perfuração nem arrombamento. E a única coisa que nos falaram sobre o que tinha no cofre foi que era alguma tecnologia secreta. E o segurança, de 24 anos, aparentemente se matou dando um tiro na própria cabeça. 

— Espere, um assalto e um suicídio? — Cisco questionou.

— Ele se casou recentemente, tem uma filha em casa. Isso cheira a metaloucura para mim. 

— Isso é obra do DeVoe. — Jane disse analisando a cena. — Quem mais conseguiria passar pela biometria, talvez usando os poderes do Kilgore, e pela fechadura, talvez usando os de Ralph? 

— Faz sentido. — Respondeu Barry. 

— Vou falar com algumas pessoas e ver se descubro algo. — Disse Jane, já saindo dali.

— Vou tentar descobrir o que o DeVoe roubou do cofre. — Cisco disse. — Se tivéssemos acesso aos... — Barry, em super velocidade, procurou a senha nas pastas e, assim que a encontrou, leu todos os arquivos dos computadores. 

— Liga metálica 1771. — Disse ele. — É o único item faltando no inventário. Cisco, por que você não vibra? Assim vamos descobrir o que é essa arma.

— Não sei se você se lembra, mas sempre que eu vibro o DeVoe me arremessa para longe. Não sei você, mas eu não estou a fim de ser jogado de um lado para o outro.

— Eu sei, cara. — Barry o disse. — Mas é a única forma.

— Sem dúvidas deve haver uma forma de descobrir o que é sem que eu fique com enxaqueca. 

Jane chegou à sala logo depois, após já ter falado com algumas testemunhas e cientistas.

— É um painel solar. — Ela os informou. — Construído com um metal que absorve e potencializa a energia do sol com até 400% de eficiência. 

— O que o DeVoe quer com um painel solar? — Joe perguntou.

— Ele deve estar construindo alguma coisa. — Sugeriu Barry. — Cisco, você precisa vibrar. 

— Barry, acho melhor explicar para você na sua linguagem. — Cisco o disse. — Tudo que envolve o DeVoe é como a casa de Esqueceram de Mim, sabe? Cheia de armadilhas. Eu teria que dobrar meus poderes só para tentar vibrar a arma. 

— Espere. — Disse Jane. — A Cigana consegue dobrar os poderes dela, não?

— Não é uma boa ideia. — Cisco garantiu. — A Cigana está ocupada. O pai dela se aposentou. Ela está trabalhando em dobro. A Terra 19 está uma bagunça. 

— Cisco. — Jane a chamou olhando fixamente em seus olhos. — Com os seus poderes combinados com os dela, poderemos descobrir a próxima cartada do DeVoe. 

Cisco sabia que não teria opção. Se houvesse, nem que fosse uma mínima, chance da Equipe Flash descobrir o que o Pensador estava planejando antes da hora, fariam sem hesitar. Muitos morreram por conta deste maldito plano. Melanie, Bryan, os metas, Ralph... Todos sacrifícios. Cisco não poderia negar isso a eles. Nem mesmo Cigana. 


— Valeu por vir nos ajudar, Cigana. — Agradeceu Jane. 

— Tranquilo. — Ela respondeu.

À frente de Cisco e Cigana, estava o objeto que eles vibrariam. Retirado da cena do crime. Não era a arma completa, mas o suficiente para descobrirem para que o painel seria usado.

— Agora é com vocês. — Afirmou Barry. 

— Certo, como vai ser? — Cisco a perguntou.

— Muito bem. Para vibrarmos juntos, precisaremos estar em sintonia total. Nossas mentes tem que estar no mesmo canal. 

Os dois juntaram suas mãos e as encostaram no objeto. Ficaram ali parados por alguns segundos. Provavelmente teriam acabado de vibrar. 

— Caramba, isso foi estranho. — Cisco a disse. — Parecia um contêiner de carga. 

—Número 16. — Disse Cigana. 

— Deve ser o que o DeVoe vai roubar agora. — Disse Jane. 

A loira colocou seu uniforme de Fúria Escarlate, assim como Barry colocou o seu e Cisco também. Logo depois, o Vibro abriu uma brecha para as docas marítimas que viu na vibração. Aparentemente, haviam chegado antes de DeVoe. O contêiner estava seguro, pelo que parecia. Não poderiam deixar que o Pensador pegasse o que tivesse dentro. Cigana estava com um terrível mal pressentimento. O contêiner era extremamente pesado e grande. 

— Não podemos deixar o DeVoe pegar o que tiver aí dentro, sela lá o que for. — Disse Barry. 

— Na verdade, vocês erraram o número. — Disse uma voz familiar vindo de trás. DeVoe estava acima de um contêiner. Número 18. — É este aqui que eu quero. Na verdade, eu já consegui. 

Nas mãos do vilão estava um objeto incrivelmente pequeno. Certamente ele havia usado as habilidades de Rundine para encolher o que estava dentro do contêiner de número 18. Jane e Barry correram para impedi-lo de fugir com o objeto, mas o Pensador abriu uma dimensão compacta à frente dos dois. Assim que abriram os olhos, estavam do outro lado do mundo. Estavam no Alasca, de frente para a Aurora Boreal. Não poderiam acreditar que estavam tão longe. Cisco e Cigana ainda tentaram derrotar o vilão, mas não obtiveram sucesso. Não estavam em sintonia. E havia um motivo para isso. 


— O que aconteceu lá, Cisco? — Jane o perguntou. — Quero dizer, por que você e a Cigana não estão em sintonia? Foi por isso que erraram o número do contêiner, não é?

— Sim... — Cisco a disse. — Há umas duas semanas, o Breacher veio até mim dizer que estava se aposentando. Ele queria que eu substituísse ele na Terra 19, e assim eu poderia ficar junto com a Cigana. Mas eu não sei como posso fazer isso.

— O que quer dizer?

— Eu amo a Cigana, e quero ficar com ela mais do que tudo, mas não posso simplesmente deixar vocês. Esse time é a minha família. 

— Então você negou?

— Não, e nem aceitei. A Cigana ainda está esperando uma resposta minha, e eu não sei o que fazer. 

— Cisco, me escute. Nós precisamos vencer o DeVoe, e não vamos conseguir sem você e a Cigana. Vocês são a nossa única esperança. Precisam se resolver. — Cisco continuou pensativo, sem saber no que fazer. — Quer saber, vou ajudar vocês. 

— O quê? Jane, espere...

A velocista correu até o Jitters, onde Cigana estava. Tentaria resolver a situação com improviso. Ela levou a meta até o córtex dos Laboratórios STAR. 

— Nunca mais faça isso! — Exclamou Cigana com seu estômago um pouco revirado. 

— O que está acontecendo? — Perguntou Caitlin, confusa.

— Eles tem que se entender. — Cochichou Jane para ela. — Escute, Cisco. A Cigana está chateada porque você está demorando muito para aceitar a proposta do Breacher. E Cigana, o Cisco está preocupado em abandonar o nosso time. Não que ele não queira o trabalho, não é isso? — Cisco concordou com sua cabeça. — Certo, agora... Os dois sabem, né? E podem resolver as coisas. 

Cisco não poderia acreditar que Jane havia feito aquilo. Ela só estava tentando ajudar, mas talvez o improviso não fosse a melhor forma de fazer isso. Eles queriam se desculpar, mas não sabiam como resolver as coisas. Ainda mais com a plateia da Equipe Flash os observando. Antes que pudessem dizer uma palavra, um alarme começou a tocar. 

— A CCPD alertou sobre outros dois arrombamentos em fábricas de tecnologia. — Disse Caitlin. Laboratórios Boeing e Instituto Jameson. Mais equipamento roubado. 

— DeVoe. — Disse Jane. — Alguém se machucou?

— Três fatalidades, todos guardas de segurança. Igual na Vandermeer. 

— Ele está pegando o que quer, matando todos que estão no seu caminho. — Jane afirmou. Olhou para Cisco e Cigana, sem saber o que dizer. — Pessoal, me desculpem, mas precisamos descobrir o tipo de máquina que ele está construindo.

Cisco pegou o objeto e andou até Cigana.

— Temos que tentar. 

Os dois começaram a vibrar. Antes mesmo que pudessem ver algo, foram arremessados para lados opostos. Cisco caiu contra algumas cadeiras e Cigana contra algumas prateleiras. De fato, não estavam em sintonia. Ao visto, estavam em quase completa dissintonia. 

— Ah, meu Deus. — Disse Jane correndo até Cisco. — Você está bem?

— Estou. — Ele disse se esforçando para levantar.

— Cigana? — Caitlin a questionou. 

— Estou. Obrigada. 


— Eles estão bem? — Barry perguntou.

— Pelos testes, estão fisicamente bem. — Afirmou Caitlin. — Como um casal, mas nem tanto.

— Vou falar com eles. — Jane afirmou saindo dali.

— Ei, espere um pouco, querida. — Barry a segurou e a puxou levemente para perto dele. — O que você pretende fazer?

— Aconselhá-los. Eles precisam estar em completa sintonia para a vibração funcionar. Não temos tempo, Barry. 

— Vai devagar. — Ele disse-a.

— O quê? Por que? 

— Talvez já tenha feito o suficiente. Não me leve a mal, mas, claramente, o Cisco e a Cigana estão passando por uma fase difícil e não cabe a nós aconselhá-los. 

— E cabe a quem, Barry?

— Quer parar um pouco?

— Não podemos parar! — Jane o disse. — Se pararmos, tudo pode desmoronar. A equipe está sendo segurada por um fio.

— E estamos aguentando firme.

— Por quanto tempo?! Olhe o que está acontecendo! DeVoe matando gente inocente, roubando peças de máquinas sabe-se lá para que. Tentar alcançá-lo está nos destruindo. 

— Querida... — Barry depositou suas mãos nos ombros da loira. — Você não pode se responsabilizar por manter todos juntos. Cisco é parte da família. Quando alguém da família se magoa, todos se magoam. Eu sei. Mas as vezes você não pode resolver o problema de todo mundo. Às vezes, só precisamos dar apoio enquanto eles se resolvem sozinhos, sejam juntos ou separados. Jane concordou, e pensativa, lembrou do plano do DeVoe. Espere, as coisas estavam começando a fazer sentido. Ela estava montando o quebra-cabeça. A expressão da loira mudou instantaneamente, e seu marido percebeu isso. — O que foi? 

— É isso. — Ela o disse. — As peças roubadas não se encaixam porque não tem que se encaixar. Ele não está construindo uma só coisa, e sim várias. 

— Não estou entendendo. 

— Pessoal, preciso de vocês no córtex. — Jane disse ligando o microfone, transmitindo sua voz por todo o laboratório. Minutos depois, estavam todos ali. — Eu sei o que o DeVoe está construindo. Não é uma máquina. São várias. Máquinas que trabalham juntas, mas são separadas. Especificamente... — E analisou alguns cálculos. — Satélites. 

— Satélites separados trabalhando juntos para um único propósito? — Perguntou Barry. 

— Exato. DeVoe precisaria de um computador com um poder enorme para fazer os satélites conversarem, algo para triangular a navegação entre eles. 

— Tipo um computador quântico? — Perguntou Caitlin. 

— Os Laboratórios Mercury construíram um sistema de computadores quânticos online na base deles. É para lá que ele vai! — Disse Cisco, finalmente entendendo o plano do Pensador. 

— Vamos pegá-lo de surpresa. — Disse Jane. 


Na base dos Laboratórios Mercury, se abria um portal compacto. De dentro, saíam Clifford DeVoe e sua esposa Marlize. Estavam de frente para os computadores.

— Comtemple. — Ele a disse. — A chave para comunicar nossa mensagem do Esclarecimento. — Aquele era o nome que ele dava ao seu grande plano. 

— Computação polinomial. — Disse Marlize. 

— Um sonho prestes a se tornar realidade. — DeVoe disse logo antes de esticar suas mãos e usar os poderes de Rundine para encolher todos os computadores dali. 

Marlize caminhou até as miniaturas e as colocou em uma maleta. DeVoe somente observava. Antes que pudesse ter qualquer mínimo reflexo, a Fúria Escarlate o derrubou em super velocidade. O Pensador fora arremessado contra as paredes.

— Clifford! — Ela o gritou. 

Atrás de Marlize, surgiu o Vibro de uma brecha, que a segurou.

— Não se mexa. — Ele disse-a. 

O Flash chegou ao local e, junto de sua parceira, atirou raios contra o vilão. Logo depois, Cigana começou a o atirar com ondas vibracionais. 

— Pare! Está matando ele! — Marlize implorou. 

Ela se virou para trás e golpeou Cisco, o fazendo cair no chão. De suas mãos, surgiu uma katana. Cigana, vendo aquilo, parou de atirar em DeVoe e atirou contra Marlize, salvando a vida de Cisco. O Pensador estava solto. Jane começou a correr para atirar mais um raio e o mobilizar novamente. Entretanto, ele não deixaria isso acontecer.

— De novo não! — Ele disse, e fechou seus olhos se concentrando. 

Todos os objetos da sala começaram a ser controlados e arremessados por ele contra a Fúria Escarlate. Estava utilizando os poderes de Bryan. Nevasca surgiu na cena atirando gelo contra DeVoe, que desviou dos golpes da meta. O vilão paralisou a todos usando os poderes da Null, e puxou Cigana para suas mãos. Jane tentava se mover, mas não conseguia. O mesmo com Barry.

— Cigana... — Jane tentou dizer. 

— Não. — DeVoe a disse. — Crianças devem ser vistas, não ouvidas. Sei que verem o melhor amigo de vocês morrer seria amedrontador o suficiente, mas não posso matar o Flash e a Fúria Escarlate ainda. A participação de vocês durante o Esclarecimento é ilustre. Já você não tem a mesma sorte. — Disse olhando nos olhos assustados de Cigana. — Está sentindo isso em volta de sua garganta? — Ela sentia muita dor. — É o equivalente gravitacional da minha bota quebrando a sua traqueia.  

— Deixe-a em paz! — Gritou Barry. — Ela é inocente! 

— Clifford... — Disse Marlize se levantando. — Isso não faz parte do nosso plano. Nosso plano é salvá-los. 

— Não podemos salvar todos, meu amor. — Disse apertando ainda mais a garganta de Cigana. 

— DeVoe! — Gritou Jane para ele. — Se você matá-la...

— Talvez não dê, mas não verei você tirar outra vida inocente. — Marlize disse-o. 

Marlize tentou correr para proteger a maleta, mas DeVoe a paralisou com os poderes da Null. 

— Sim, você vai. 

— Por favor, Clifford! — Ela disse tentando fazê-lo parar. — Lembre-se de quem você é... Esta é realmente a lição que você quer ensinar hoje? 

DeVoe se lembrou de seu passado como professor. Sua missão, quando se formou como um, era ensinar lições à pessoas que não queriam aprender. O Pensador soltou Cigana, a deixando cair no chão. A Equipe Flash ficou extremamente aliviada. Por muito pouco, não perderam Cigana. 

— Pegue a maleta. — DeVoe a ordenou. 

Marlize, sem nem piscar, obedeceu-o. Logo depois, os dois saíram dali por meio de um portal compacto. O Time Flash finalmente podiam se mexer e não estavam sendo controlados pelos poderes da Null. Cisco, ao ver Cigana caída, correu até ela.

— Cigana! — Ele tentou fazer com que ela acordasse. — Fale comigo, por favor. — Após cerca de vinte segundos, Cigana acordou. Começou a respirar ofegantemente na busca de tentar recuperar todo o seu ar removido por DeVoe. — Você está bem... — Disse aliviado.


— Nenhum assalto foi registrado nas últimas 12 horas. — Disse Jane. 

— Então DeVoe pegou tudo o que queria. — Disse Joe. — E nós ainda não sabemos qual é o próximo passo dele. 

— Ele disse algo sobre "O Esclarecimento". — Comentou Cigana. — O que isso quer dizer?

— Eu sei o que ele está pensando! — Disse Harry, entrando ao córtex junto de Cecile Horton. — Nós sabemos o que ele planeja. Sabemos!

— Harry, espere. — Cecile o chamou. — Eu posso contar a versão resumida para eles.

— Não, não precisa. — Ele disse-a. — Os componentes roubados para construir cada satélite terão um sistema de 30 qubits, certo? E cada sistema é capaz de redirecionar matéria escura concentrada de volta à Terra em ondas de dez milhões de megawatts. 

— O suficiente para afetar o cérebro de cada ser humano no planeta e reiniciá-los de volta à um estado simplificado. — Cecile disse. 

— Como o meu. — Disse Harry se referindo à sua perda de conhecimento por conta de usar matéria escura no amplificador de inteligência. 

— O DeVoe quer tirar a inteligência de todos na Terra? — Barry o perguntou assustado.

— Exatamente, Allen. 

Então esse era o xeque-mate. Esse era o grandioso plano do Pensador. Esse era o plano pela qual os metas do ônibus foram sacrificados em prol. DeVoe planejava isso há décadas, desde o acelerador de partículas. Com os satélites, ele iria conseguir. Mas será mesmo que o Time Flash teria capacidade de derrotá-lo? 

Joe estava planejando algo. Um chá de bebê para Cecile. Cada dia estava mais perto do nascimento do novo membro da família West. No dia seguinte, o detetive guiou sua esposa até a casa de Barry e Jane, de olhos vendados. Assim que ela chegou, se surpreendeu com todo o time ali reunidos em uma festa surpresa. 

— O que é tudo isso?! 

— É o seu chá de bebê. — Disse Joe. — Eu me sinto culpado em distrair todo mundo em um momento sério, mas...

— É o momento perfeito. — Jane assegurou à seu pai. 

— Ah gente. — Cecile exclamou extremamente feliz. — Este bebê será tão amado...

Logo depois, ela e Joe se beijaram. Cisco estava extremamente triste. Ele havia recusado a proposta de Breacher, afinal não poderia abandonar o Time Flash, sua família. Mas, consequentemente, teve de deixar Cigana na Terra 19. Haviam terminado algo que sempre sonharam em construir. Cisco, ao ver o amor representado em Joe e Cecile, se sentiu ainda mais triste, e se encaminhou até um canto mais silencioso do apartamento e se sentou. Aquilo devastava o coração de Jane, que não suportava ver seu melhor amigo daquele jeito. Triste, sozinho, com olhares destruídos. 

— Cisco, você está bem?

— Honestamente, não. — Ele a disse erguendo seus olhos para baixo. 

— Desculpe por pressionar você e a Cigana. Eu não deveria ter feito isso, mas acho que vocês dois fizeram a escolha certa.

— Se foi certa, então por que dói tanto? 

Aquela era uma pergunta se só o tempo diria. Se foi mesmo o certo a se fazer, apenas ele diria. Mais tarde, após algumas horas de festa, a campainha tocou. Cecile correu para atender. Era uma menina. Jane, vendo de longe, a reconheceu logo. Novamente aquela mesma pessoa. Estava em seu casamento, duas vezes no Jitters, e agora em sua casa? Por que aquela garota estava sempre por perto, e o que queria com isso? 

— Um presente especial. — Ela disse. 

— Nossa, obrigada! — Cecile a agradeceu vendo um cesto com vários presentes. 

— Você está grávida, parece até que vai dar luz daqui há 21 dias. — A menina a disse. Cecile se assustou. Essa era, exatamente, a data do nascimento. — Se eu fosse adivinhar, claro. 

— Foi você que mandou esse presente? — Jane a perguntou.

— Não, não. Claro que não. Por que mandaria? Não sou próxima de vocês, mas tenho certeza de que quem mandou isso queria que fosse especial. Um presente especial de alguém especial. 

Jane e Cecile olharam atentamente a cesta. Roupinhas de bebê, lenços, fraldas. Um pacote completo. Assim que olharam para frente novamente, a fim de perguntar à garota quem era ela, havia sumido. A menina dos cabelos castanhos claros, quase loiros, não estava mais ali. Quem era ela, afinal? Se Jane a visse novamente, iria a questionar sem dúvidas. 

PRCIOU_STILES ©

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