4⚡CHAPTER FIFTEEN: A VIOLINISTA
Chapter Fifteen; A Violinista
Barry finalmente retornava para a delegacia. Estava extremamente feliz. Finalmente poderia trabalhar com sua esposa como forense novamente. Assim que saíram do elevador, viram todos os encarando. Encarando, especificamente, Barry. Estavam assustados. Barry não entendia o motivo. A cidade inteira viu Clifford DeVoe vivo e bem. Por que eles estavam o tratando daquela maneira? Ele não merecia isso. Jane se entristeceu ao ver o rosto de Barry quando viu que nada seria da mesma maneira de novo e sempre o veriam como assassino. Ele se decepcionou. Daisy Korber, a detetive de cabelos escuros, estava ali em frente.
— Barry, é melhor você falar com o Singh. — Ela o disse.
— O que? Por quê?
— Apenas, vá, Barry. Desculpe, eu sei que você é inocente porque conheço você há muito tempo, mas pelo visto nem todos acreditam. O Singh vai te explicar melhor. — Daisy o disse.
Barry andou até a sala do capitão preocupado com o que Singh iria dizer, e Jane o seguiu. Seja lá o que tivesse para falar com seu marido, ela gostaria de saber também. Estava cansada de ver as pessoas tratando o homem que ela amava como culpado.
— Capitão?
— Jane, eu poderia falar com o Barry em particular, por favor?
— Não, capitão. — Aquela resposta o surpreendeu.— O que quer que o senhor tenha para falar com ele, eu também quero saber.
— Tudo bem. — Ele respondeu. — Temos um problema que não sei como concertar.
— Certo...
— Algumas pessoas acham que você não deveria voltar pra polícia.
— Por causa do DeVoe? — Barry o perguntou mesmo já sabendo da resposta. — Fui inocentado de todas as acusações. Não fiz nada, ele ainda está vivo.
— Eu sei, e ele está cooperando. Todos os dias vem aqui, responde perguntas, nos ajuda...
— Então qual é o problema? — Jane perguntou.
— Olhem, hoje em dia as pessoas acreditam em qualquer coisa. Notícias falsas, mídias sociais. As alegações são tratadas como fatos. Mas o DeVoe estar vivo, aparecendo no tribunal no dia de sua própria audiência de apelação? Algumas pessoas em Central City não acreditam que seja ele.
— E quem eles acham que é? — Jane perguntou.
— Quem sabe? Vivemos em uma cidade cheia de meta humanos. É o sonho dos teóricos da conspiração.
— Então o que está fazendo? Me demitindo?
— Demitindo não, apenas pedindo que tire uma licença.
— E quando posso voltar?
— Quando todos acreditarem que DeVoe está vivo e bem. — Singh o disse.
Barry apenas aceitou, afinal não poderia fazer nada para impedir. Ninguém acreditava que DeVoe estava vivo. Se não acreditaram ao ver o próprio rosto do homem, jamais acreditariam se ele estivesse usando outro corpo. No momento, o de Becky Sharpe. Fora a última meta que absorveu em Iron Heights, e também seu novo rosto.
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— Não é permanente, é? — Caitlin o perguntou.
— Até todos acreditarem que DeVoe está vivo e bem. Como estamos indo?
— Ainda faltam alguns metas, mas dos que já achamos alguns estão sumidos. Tipo O Chorão, o meta que a Amunet estava usando. Ele fugiu e desapareceu. — Disse Caitlin.
— O DeVoe deve estar com ele. — Jane disse. — E eu já falei com o Bryan. Ele está seguro. Por que ele precisa dos poderes desses metas do ônibus?
— Não sei, apenas sei que os metas que restam são a chave. — Barry disse. — Temos que achá-los.
— E vamos. — Disse Ralph chegando com Cisco. O meta trazia consigo uma caixa gigantesca cheia de achados. — Achados e perdidos dos metas do ônibus. Eu e Cisco achamos isso com uma velha tática de investigação que aprendi com meu velho mentor. Talvez possamos encontrar algo aqui.
E abriu a caixa. Estava realmente cheia de itens. Carteiras, uma bolsa, um disco musical, um cinto e vários outros itens.
— Quem ainda usa discos hoje em dia? — Cisco perguntou. No disco estava escrito um nome: Izzy Bowin. Decidiu colocar para tocar. Era uma música extremamente agradável, para Cisco, Ralph odiava. — Country! É maravilhoso.
— Meus ouvidos sangram. — Afirmou Ralph. — Desligue isso!
Cisco desligou.
— Precisamos descobrir quem é Izzy Bowin. — Disse Jane. — Cisco?
Cisco segurou o disco e se concentrou. Luzes azuis começaram a piscar, formando um novo ambiente. Logo, estava vibrando. Viu um palco. Artistas estavam em cima dele, praticando músicas. Ao meio deles, estava uma mulher de cabelos castanhos e olhos azuis, extremamente bonita, que os guiava ao ritmo do country. Ela era maravilhosa tocando violino. Ao se virar um pouco, conseguiu ler o nome do lugar. Busted Saddle. Aquele era um bar de Central City. Segundos depois, voltou ao normal.
— Certo, é mulher, não homem. E ela vai fazer um show no Busted Saddle.
— Certo, Ralph, vamos. — Disse Jane.
— Não mesmo, loirinha. Odeio música country.
— O Cisco tem te acompanhado nas últimas vezes e, segundo ele, não é a melhor experiência. Sendo assim, minha vez. Venha.
— Tá legal. — Respondeu Ralph.
— Querida, quer que eu vá também?
— Não, não precisa. Eu dou conta.
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Jane e Ralph haviam acabado de chegar no bar pela noite. O lugar estava lotado de pessoas. Izzy e seu grupo tocavam Somenthing Bad, de Miranda Lambert's e Carrie Underwood.
♪ Stand on the box stomp your feet ♪
♪ Start clapping, got a real good feeling ♪
♪ Somenthing bad about to happen ♪
[♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪]
♪ Pulled up to the church but i got so nervous
♪ Had to back it on up ♪
♪ Couldn't make it to the service ♪
A música era, realmente, muito boa. Jane estava adorando, enquanto Ralph tapava seus ouvidos. Ele odiava música country.
♪ I grabbed all the cash underneath my mattress ♪
♪ Got a real good feeling somenthing bad about to happen ♪
[♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪♪]
Algumas horas se passaram e o show se encerrou. A maior parte das pessoas que estavam ali pela música foram embora. Jane e Ralph se aproximavam de Izzy, que terminava de guardar seus equipamentos e instrumentos musicais.
— Izzy Bowin?
— Sou eu.
— Eu sou Jane West Allen, sou da CCPD e...
— Querem um autógrafo? Ou o meu número de telefone? — Disse olhando, exclusivamente, para Jane. — Eu aceito dar meu número de telefone.
— Não, nada disso. — Afirmou Ralph.
— Eu estava falando com ela.
— Eu sou casada. — Disse Jane. — Escute, não é nada disso. É algo sério.
— Bom, se não são negócios ou prazer não temos muito o que conversar, certo?
Ela não estava entendendo a situação.
— Deixe-me explicar a situação. — Disse Jane pensando em como diria algo assim para uma simples violinista. — Alguém muito perigoso e muito inteligente virá atrás de você.
— De mim?
— Sim. — Ralph disse.
— Certo, escutem... Por que alguém perigoso viria atrás de mim?
— Porque você tem poderes. — Disse Jane decidida a não esconder mais nada.
— Há quatros meses, esteve no ônibus 405 de Central City. — Ralph a disse. — Aquele ônibus foi atingido por matéria escura e transformou todos que estavam nele em meta humanos.
— E agora a pessoa responsável por isso quer os poderes desses metas para si.— Disse Jane.
Izzy não pareceu nada surpresa, o que comprovava que ela já sabia de suas novas habilidades.
— Deixe-me adivinhar. Vieram me proteger?
— Algo do tipo. Podemos explicar melhor depois, mas precisa vir conosco agora. — Disse Jane.
— Muito obrigada, mas não precisa. Minha mãe me abandonou, meu pai sumiu logo depois e eu passei a vida inteira sozinha e por conta própria. Sei me virar bem.
— Dessa vez não vai saber. — Ralph a disse. — Por favor, venha conosco.
— Não irei a lugar nenhum com vocês.
— Acho que você deveria reconsiderar. — Disse Ralph.
— Eu não estou nem aí para o que você acha, cara!
Um estridente barulho penetrou os ouvidos de Jane e Ralph. Logo depois, foram arremessados para longe por uma poderosa onda sonora vinda do peito de Izzy. Ela podia controlar e amplificar qualquer som em sua presença em poderosas ondas sonoras. Segundos depois, ela não estava mais ali.
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— Deram sorte. — Afirmou Caitlin analisando o estado da audição de Jane e Ralph. — Seu ouvido quase se curou, Jane, e o seu, Ralph, só esticou.
— Ainda não estou escutando bem. — Disse Jane.
— Depois de um tempo, vai escutar. — Afirmou Caitlin.
— Então a Izzy Bowin pode controlar a música. — Disse Barry.
— Na verdade, ondas sonoras. — Corrigiu Cisco.
— Soundwave. — Disse Ralph. — É um ótimo nome para ela.
— Seria se já não fosse o nome de um Transformer. — Disse Cisco. — Resumidamente, o som é apenas a força de minúsculas moléculas de gás colidindo entre si. Se estourarem e amplificarem energia cinética...
— Temos estilhaço molecular. — Disse Caitlin.
— Certo, precisamos continuar procurando. — Disse Barry. — Se não a encontrarmos logo, ela cairá bem nas mãos do DeVoe. Ela corre risco de morte!
— Ela não fará outro show nesta semana? — Perguntou Ralph. — Tem de estar na cidade.
— Que tal olharmos o site dela? — Perguntou Jane. Logo depois, a mesma abriu o site e leu as últimas postagens da violinista. — Realmente, ela ainda está na cidade. "Acabei de pegar a primeira versão do meu próximo Single: Ame os Gêmeos, no Salão Sounds."
— Certo, vamos numa segunda tentativa. — Disse Ralph.
— Dessa vez ela não falará com Jane, mas com a Fúria Escarlate. — A loira disse colocando seu uniforme em super velocidade. Assim que olhou, viu que Ralph também havia colocado seu uniforme. O novo, desta vez. — Cisco, o que acha de vir conosco?
— O Vibro pode mesmo ajudar. — Ele disse abrindo uma brecha e entrando nela. Assim que saiu, estava com seu traje de vibro. — Barry?
Barry também estava com seu traje de Flash.
— A presença do Flash pode ajudar a convencer ela.
— Certo. — Respondeu Jane. — Cisco, abra uma brecha.
E abriu. Ao atravessarem, viram Izzy ainda no estacionamento do Salão Sounds. Tirava seus equipamentos e instrumentos da mala de seu carro. Nem havia entrado ainda. Ela se assustou com a presença do Flash, da Fúria Escarlate, do Homem-Elástico e do Vibro.
— Izzy Bowin, precisa vir conosco. — Barry disse-a.
— Flash?!
— Você está em perigo. — Disse Fúria Escarlate.
— Todos estão me dizendo isso hoje.
— E vão continuar dizendo até que escute. — Disse Ralph.
— Precisa confiar em nós, Izzy. — Disse Vibro. — Não vamos te machucar, mas conhecemos alguém que vai.
— Quem vai me machucar?!
— Eu vou. — Uma voz feminina disse.
Vinha de trás de Izzy. Era Becky Sharpe, na verdade, apenas sua aparência. O corpo de Hazard era usado por DeVoe, que, para roubar os poderes de Becky, agora utiliza sua aparência física. Izzy começou a rir ao ver que a grande ameaça era uma mulher baixa. Mal sabia ela que, por trás daquele corpo aparentemente fraco, estava uma mente malignamente inteligente.
— DeVoe. — Disse Flash.
— Olá, Flash.
— Você vai deixar a Izzy em paz. — Afirmou Jane.
— Olá para você também, Fúria Escarlate. Vocês me subestimam. Não são inteligentes o suficiente para me impedirem de conseguir o que eu quero. E o que eu quero agora é ela.
Izzy, pela primeira vez ali, se sentiu ameaçada e insegura.
— São quatro contra um, gênio. — Disse Cisco.
— Refaça seus cálculos, Vibro. São cinco contra quatro. — Disse se referindo ao fato de ter os poderes de cinco metas do ônibus, dos quais matou e absorveu na frente de Barry durante a negociação em Iron Heights. — Mas duvido que eu precise usar todos os meus poderes.
DeVoe utilizou os poderes de Kilgore para danificar as luvas de Cisco e fazê-lo atirar contra Ralph, que acidentalmente esticou seu braço e derrubou todos os heróis, e depois caiu. Izzy se assustou ao ver aquela cena. DeVoe estava se aproximando dela.
— Fique longe de mim! — Ela disse.
Uma poderosa onda sonora vinda do peito de Lizzie derrubou o vilão contra os carros do estacionamento. Realmente, parecia saber se virar sozinha. Segundos depois, DeVoe desapareceu em um feixe de luz azulado.
— Você conseguiu machucar o DeVoe. — Disse Jane.
— Quem é esse tal de DeVoe?!
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— Então quer dizer que essa mulher baixinha que tentou me matar, na verdade, é um meta humano chamado Clifford DeVoe?
— Sim, 100% homem. — Disse Cisco.
— O DeVoe está transferindo sua consciência para os corpos de todas as pessoas que estavam no ônibus e se tornaram metas. — Disse Caitlin.
— Espere aí, aquela menininha queria o meu corpo?!
— Por isso estamos tentando te proteger. — Disse Jane. — DeVoe já conseguiu absorver a maioria de seus alvos.
— Não mesmo, isso não vai acontecer agora. — Izzy disse. — Eu me recuso. Eu vou gravar meu novo álbum e...
— O álbum pode esperar. A ameaça é real. — Barry a disse.
— O meu sucesso também. Sabe o quanto eu ralei para chegar até aqui? Eu perdi amigos, eu perdi namorados e namoradas, passei por mais perrengues do que pode imaginar para, algum dia, realizar o meu grande sonho. — Disse Izzy. — E agora vocês estão me falando que um maluco com poderes vai jogar tudo isso no lixo?!
— Exatamente por isso que queremos que fique aqui no laboratório. — Disse Jane.
— Para quê? Vocês acham que podem me proteger?
— Nós vamos te treinar. — Disse Jane. — Os seus poderes enfraqueceram o DeVoe. Jamais vimos isso antes com outro meta do ônibus. Izzy, você é a nossa melhor chance de impedi-lo.
— Não, pessoal. Eu não preciso de treinamento. Preciso da minha vida de volta.
Izzy saiu dali em direção ao corredor dos Laboratórios STAR. Esperava que o elevador abrisse sua porta para que ela fosse embora. Jane chegara ali antes disso. Ela tentaria convencer a meta de continuar ali e se deixar ser ajudada pelo Time Flash.
— Vai embora mesmo?
— Vou, e nem tente me impedir.
— Certo. Izzy, o que te assusta tanto em usar seus poderes?
— Não me assusto com isso, apenas quero que minha vida volte a ser como era.
— Por quê?
— Porque tenho medo de perder tudo. Esses poderes podem ser a minha ruína. Tudo pela qual eu já trabalhei pode ir pro lixo. Meu legado pode ser arruinado...
— Sabe, quando eu ganhei meus poderes, eu passei por uma série de testes. Eu tive de ver coisas terríveis e aprender a aceitá-las. Sendo assim, eu me tornei a Fúria Escarlate. No começo, eu tinha medo das consequências do que eu fazia com meus poderes. Tinha medo de que isso pudesse me corroer, e arruinar meu único legado. Mas, com o tempo, eu aprendi a usá-los. Fiquei mais segura comigo mesma.
— Como aprendeu a usar seus poderes?
— Com a ajuda de um homem que eu pensava ser bom, mas, no final, era um monstro. — Disse lembrando de Hunter Zolomon, que, na época que se passava por Jay Garrick, a ensinou a manusear suas habilidades. — Mas, acima de todos, eu tive a ajuda das pessoas daquela sala. Quando o Cisco descobriu os poderes dele, ele pensou que eles tornariam ele alguém do mal, mas foi o contrário do que aconteceu. Ele se tornou um herói. O mesmo com a Caitlin. Você precisa entender que não está sozinha. Vamos te ajudar.
Izzy havia sido convencida. Com o suporte do Time Flash, ela poderia usar seus poderes de forma certa e não iria acabar sendo corrompida.
— Certo, você me convenceu.
Jane recebeu um telefonema de Joe.
— Um instante. — E atendeu. — Oi, pai.
— Jane, preciso falar com você. É bem sério...
— O que aconteceu?
— A sua mãe... Está morta.
⚡
Jane ainda estava em choque. Não havia processado em sua mente que aquilo havia acontecido. Ela não conseguia chorar, pois odiava a mulher, mas não desejava a morte para ela. E nem para ninguém. Ela se sentia muito mal.
— Um incêndio... — Disse ela. — Não consigo acreditar. Como aconteceu?
— Ela estava morando em Keystone e, quando entrou em casa, ela começou a ser incendiada. Ainda não conseguimos identificar a causa do fogo. — Disse Joe abalado.
— Meu Deus...
— Eu sinto muito, filha.
— Eu odiava aquela mulher, mas não desejava que ela morresse. Não desejo isso para ninguém. Nem para meus inimigos... Isso é terrível. Não tem nenhuma suspeita da causa?
— Não. Não aconteceu nem uma sobrecarga nos circuitos elétricos, nem houve vazamento de gás e nem equipamentos superaquecidos. É realmente confuso tentar encontrar uma explicação para isso.
Barry chegou ali em super velocidade, e abraçou sua esposa.
— Sinto muito, querida.
— Obrigada, Barry.
— Como aconteceu?
— Não sabemos. — Joe disse. — Não existe nenhum motivo aparente para acontecer um incêndio na casa de Eliza. Tem algo muito errado nesta história. Vou continuar investigando.
Jane apenas conseguia pensar em DeVoe. Mas por que ele assassinaria a mãe de Jane? Não havia motivos. Outra pessoa havia feito aquilo, provavelmente. Ou foi apenas um acidente. Mesmo que isso fosse improvável, seria algo a ser considerado.
— Como foi o primeiro treino da Izzy?
— Ela se machucou.
Jane e Barry voltaram ao córtex, onde viram a meta prestes a sair do córtex.
— Onde pensa que está indo? — Jane a perguntou.
— Atrás do DeVoe. Eu me machuquei mais aqui do que quando enfrentei ele. Não vou gastar nem mais um segundo do meu tempo treinando.
— Isso é uma péssima ideia! — Disse Jane.
— Eu enfrentei o DeVoe antes, sozinha, e sem vocês.
— Izzy, a única forma de você ficar segura é ficando com a gente!
Izzy assoprou e uma poderosa onda sonora derrubou Jane e Barry. A meta correu para o elevador. Jane tentou se levantar para correr e a impedir, mas havia se machucado. Sua coluna doía muito. Havia a batido contra as paredes laterais do córtex. Barry estava desmaiado, pois havia batido sua cabeça.
⚡
— Você fraturou sua coluna de forma bem leve, Jane. Já cicatrizou. Barry, por pouco você não tem uma séria concussão. — Disse Caitlin.
— Que ótimo. — Ele disse de forma irônica.
— Droga, ela é tão irresponsável! — Exclamou Jane. — Como ela pensa que pode derrotar o DeVoe sozinha?!
— Pessoal. — Uma voz os chamou. Era Harry. Ao seu lado, estava Cecile. — Eu criei uma coisa.
— Harry? Você não estava na...
— Terra 2? Sim, estava. Voltei há poucas horas. Estive trabalhando em algo. — Ele disse mostrando um pequeno aparelho em sua mão. — Inicialmente, pensei no redutor de atividade mental como um embaralhador de ondas mentais recebidas, mas eu falei com a Cecile e tivemos a ideia de inverter a polaridade, permitindo o embaralhamento também na emissão de ondas mentais. Então nós...
— Podemos usar isso contra DeVoe. — Disse Cecile.
— Brilhante. — Disse Cisco. — Só não curti o nome. "Redutor de atividade mental"?
— Criei um melhor. Inibidor cerebral. — Disse Harry.
— Certo, então podemos usar esse inibidor cerebral para impedir que o DeVoe transmita sua consciência em outros corpos? — Perguntou Caitlin.
— Exatamente, Snow.
— Como funciona? — Perguntou Barry.
— Basta prender o aparelho na testa do DeVoe e ele é ativado. É simples. Farei alguns ajustes e depois eu volto. — Disse Harry.
— Certo. — Disse Barry. — Agora precisamos encontrar a Izzy antes do DeVoe.
— Deixem comigo. — Disse Cisco.
Ele pegou a caixa do violino da meta, que ela havia deixado para trás. Fechou seus olhos e se concentrou. Estava vibrando. Viu Izzy em um beco. Ela chamava DeVoe. Segundos depois, o vilão apareceu no corpo de Becky Sharpe em resposta à violinista. Cisco não poderia acreditar. Clifford iria acabar com Izzy. Foi quando o super vilão se virou e olhou fixamente para Cisco.
— Não sabia que ninguém gosta de intrometidos? Adeus, Sr. Ramon.
A vibração acabou instantaneamente e Cisco foi lançado contra as paredes do córtex.
— Cisco! — Caitlin exclamou. — Você está bem?! Consegue me ouvir?!
— Ela está em um beco próximo ao distrito de armazéns. — Disse Cisco. Sua cabeça estava sangrando. — O DeVoe está lá! Corram antes que seja tarde!
Jane e Barry correram para lá assim que ouviram. O Flash e a Fúria Escarlate chegaram ao lugar. DeVoe havia usado as habilidades de Becky para dar azar a Izzy, que, ao tentar atirar ondas sonoras contra o vilão, arrebentou as cordas do violino. DeVoe estava prestes a matá-la quando os dois velocistas chegaram e a salvaram.
— Jane, eu vou manter ele ocupado. Coloque o inibidor nele.
O Flash começou a correr em direção à DeVoe, quando sentiu algo terrível. Sua mente parecia estar prestes a explodir. Algo em seu cérebro estava vibrando criando um barulho terrível e agonizante. O velocista caiu ao chão de tanta dor.
— Pobre, Dominic. Ele não sabia que podia fazer mais do que apenas ler mentes. — Ele estava usando as habilidades de Dominic Lance para agonizar a mente de Barry. — Agora, Flash, eu te mostrei como é ter um aneurisma no cérebro.
Jane correu e colocou o inibidor cerebral na testa de DeVoe.
— Agora você não poderá mais absorver metas. — Jane disse.
— Como é que o Sr. Deacon dizia mesmo? Ah, lembrei. "Me chame de Kilgore."
O inibidor fora hackeado pelos poderes do Kilgore, roubados por DeVoe. O aparelho caiu ao chão sujo do beco, infectado pelo vírus.
— Pessoal, como isso é possível?! — Perguntou Jane ao microfone.
— Não é. — Respondeu Harry. — Dentro do inibidor tem um microchip de interrupção que evita que o aparelho seja conectado.
— Estou ouvindo você, Sr. Wells. — Disse DeVoe. — Uma vez você me disse que eu não era tão inteligente quanto eu pensava. Errado de novo...
DeVoe arremessou Jane para longe, onde estava Barry. Logo depois, ela criou uma barreira, impedindo que os dois velocistas chegassem até Izzy. DeVoe surgiu com sua cadeira, e uma poderosa garra saiu de dentro dela e agarrou a cabeça da violinista.
— Obrigada... — Essas foram suas últimas palavras.
O corpo de Becky Sharpe, na cadeira, desmaiou e a consciência de DeVoe fora transferida para o corpo de Izzy. Ele se levantou, com seu novo corpo, e começou a dar risadas.
— Bem melhor.
— Não! — Exclamou Jane. — Você matou a Izzy! Você assassinou ela!
— Sim, foi exatamente o que eu fiz, Sra. West Allen. — Ele disse. — E agora eu tenho um novo corpo e uma nova habilidade. Estarei ocupado esse fim de semana com minha esposa, Time Flash. Peço desculpas, sei que vocês queriam passar um tempo comigo. — Ele disse de forma sarcástica. — Até mais, velocistas.
— Seu desgraçado! Eu vou acabar com você!
— Ah, só mais uma coisa. — Disse DeVoe antes de partir. — Foi um grande prazer causar o incêndio que matou sua mãe. Na verdade, foi muito divertido.
E então ele desapareceu dali em um feixe de luz. Jane sentiu tanta, mas tanta raiva, que ela apenas gostaria de socar DeVoe de todas as formas possíveis usando toda a sua força. Nunca havia sentido tanto ódio em sua vida. Ela estaria pronta para matá-lo se fosse necessário. Apertou suas unhas em sua mão enquanto soltava toda sua raiva de uma só vez em um único grito, que toda Central City era capaz de ouvir.
PRCIOU_STILES ©
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