4⚡CHAPTER EIGHTEEN: O ÚLTIMO SACRIFÍCIO
Chapter Eighteen; O Último Sacrifício
Jane, Ralph e Barry andavam até onde estava o ônibus afetado pela matéria escura. O ônibus 405 de Central City estava estacionado em uma velha rodoviária. Por algum motivo, não estava mais sendo usado. Os três haviam ido lá na tentativa de descobrir pistas sobre o último meta do ônibus, além de Ralph, Edwin Gauss, e encontrá-lo antes de DeVoe.
— O que mais sabemos sobre esse meta? — Ralph perguntou.
— Além do nome, Edwin Gauss? — Jane o perguntou. — Nada, é como se ele tivesse sumido.
— Isso explica os negocinhos científicos que piscam. — Disse Ralph vendo em um tablet vários pontinhos piscando, nomeados como "aparatos reluzentes" em cima.
— Cisco projetou esse tablet para procurar anomalias de matéria escura, então procure qualquer coisa que pareça estranha. — Disse Barry. — Ondas, oscilações, o que for, acesse.
— Achei uma coisa! — Disse extremamente feliz. Pegou do chão um cartão amarelo com comidas estampadas nele. — Meu cartão da Big Belly que deixei cair aqui mesmo. Só faltam mais cinco lanches para eu somar pontos suficientes para eu ter direito a um lanche grátis!
— Cara, que susto. — Disse Barry. — Pensei que era, realmente, importante.
— Será que vou viver o bastante para conseguir esse lanche grátis?
— Vamos deter o DeVoe antes que ele pegue você. — Disse Jane.
— E se não conseguirmos, vamos optar por outro plano. — Ralph disse.
— Que outro plano? — Barry o questionou.
— Vamos mandar ele para debaixo da terra e deixá-lo conhecer a vovó pensadora no céu.
— Ralph, acha que vamos matar o DeVoe? — Barry o perguntou. — Olhe, te ensinei muito sobre ser um herói, certo? Está pronto para a missão mais importante de todas? — Ralph balançou sua cabeça, afirmando que sim. — Jamais temos que matar. Para pessoas com poderes, como nós, sempre há outro jeito. Você entende?
— Entendi. — Ralph o respondeu.
— Espere. — Jane disse olhando seu tablet. — O que é isso?
O sensor de movimento mostrava uma pessoa sentada no assento ao lado deles. Certamente, era Edwin Gauss que estava sentado ali no dia que o ônibus foi afetado.
— Eu lembro do cara que estava aí. — Disse Ralph. — Lembro porque ele me pagou a passagem. Eu tinha esquecido a carteira em uma outra calça.
— Isso é loucura. — Disse Jane analisando. — A matéria escura residual dele aparece como se ele estivesse aqui em um segundo e depois sumisse.
— O Harry está pedindo para que voltemos aos Laboratórios. — Disse Barry. — Ele disse que tem algo para nos mostrar. E agora nós também temos.
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Harry os esperava com um objeto em mãos. Um aparelho, um garfo, uma espumadeira... O que, exatamente, era aquilo? Certamente era muito estranho.
— Essa é a grande novidade? — Cisco o perguntou. — Vai fazer aula de escultura na faculdade comunitária?
— Isso não é arte, é ciência! — Harry os disse. — E, sendo assim, isto é a coisa que vai nos ajudar a derrotar Clifford DeVoe. Vocês se lembram da única coisa que vimos, ou melhor, ouvimos, que pode prejudicar o DeVoe?
— As ondas sonoras de Izzy Bowin. — Disse Jane.
— A Izzy foi morta pelo DeVoe e agora os poderes dela são dele. — Disse Joe.
— E agora, detetive West, são nossos. Observem. — Harry bateu o aparelho no chão, e uma poderosa onda sonora derrubou o manequim de treinamento. — Um golpe, incapacita o Pensador, dois golpes, ele já era. Eu chamo este aparelho de Cetro Sônico.
— Certo, ganhou pontos comigo por esse nome. — Disse Cisco.
— Basicamente, é um grande diapasão. — Disse Caitlin.
— Não um qualquer. — Disse Cisco analisando o parelho. — Este aqui pode ser o diapasão mais poderoso de todo o multiverso. Harry, você deve ter modificado tudo. Até a nanotecnologia.
— Na verdade, modifiquei até o último Angstrom. O Cetro simula as frequências sonoras de Izzy Bowin, então podemos penetrar um, até então impenetrável, campo de força do DeVoe. E eis a melhor parte: Como não há tecnologia envolvida...
— E à prova do Kilgore. — Disse Barry. — Impressionante.
— Então só precisamos descobrir onde o DeVoe vai aparecer. — Disse Jane.
— Na verdade, antes de vocês chegarem, escrevi uma sub-rotina para a dimensão compacta que vai nos avisar antes da próxima localização de DeVoe. — Disse Harry.
— Ontem você disse que isso não era possível. — Disse Caitlin.
— Eu disse isso ontem, mas hoje é um novo dia! — Disse Harry colocando o amplificador de inteligência. O que ele estava escondendo? — Eu e o chapéu temos várias novas milhões de ideias. Estamos a todo vapor!
— Beleza, vamos ao trabalho. — Disse Jane. — Cisco, integra o algoritmo do Harry no indicador?
— Certo.
Caitlin trabalhava sem parar em seu computador no laboratório. Dia e noite. Estava vidrada naquela tela. Jane caminhou até lá para ver o que tanto sua amiga fazia.
— O que está fazendo?
— Trabalhando no meu cérebro. — Ela respondeu. — Ou melhor, cérebros. Acho que finalmente descobri a ciência por trás do que ativa a Nevasca. Na reação de fuga ou luta, as glândulas adrenais fluem do corpo com catecolaminas, ou, hormônio do estresse. E adivinhe onde fica a altura de concentração de matéria escura no meu corpo.
— Nas glândulas adrenais. — Disse Jane.
— Exato, então... Se adrenalina é o que ativa a Nevasca, só preciso de...
— Uma dose de epinefrina?
— Exato. Agora não terão de me irritar ou me deixar ansiosa para a Nevasca aparecer. Quando eu tomar uma dose disto, ela vai se transformar.
— Isso é muito bom, Caitlin. — Um alarme começou a tocar. — O que é isso?
— Uma dimensão compacta vai se abrir! — Disse Caitlin. Logo depois, ela injetou uma dose em si mesma. Nevasca assumiu seu corpo. — Vamos pegar o DeVoe.
Jane, Barry, Ralph, Cisco e Nevasca se prepararam. Era uma simples rua. Em uma parte específica da calçada, algo aconteceu. Ela parecia se quebrar em pedaços de vidro, se movendo lentamente. Era uma dimensão compacta. A qualquer segundo, DeVoe sairia de dentro dela. Esperaram um pouco e, finalmente, alguém saiu de dentro. Espere, aquele não era DeVoe. Era um homem. Cabelos escuros grandes presos, um cavanhaque estiloso, uma camisola branca escondendo um pijama vermelho e óculos escuros presos em sua testa. Ele assobiava enquanto lia um jornal, como se nada estivesse acontecendo. Parecia estar relaxado.
O homem andou até uma caixa de correio de deixou uma carta. Aquilo não era muito esperado. Os heróis não entenderam nada, estavam confusos. Mais alguém podia entrar em uma dimensão compacta além de DeVoe? Foi quando reconheceram o homem.
— Edwin Gauss?
O meta se assustou e tropeçou para trás. Em vez de cair no chão, caiu dentro de mais um portal. Idêntico ao que entrou. Havia entrado em uma dimensão compacta.
— O que acabou de acontecer? — Jane perguntou.
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— Realmente não há muito sobre ele. — Disse Jane. — Nenhum histórico universitário nem endereço conhecido, só algumas fotos de viagem em um velho quadro de mensagens.
— Nenhuma impressão digital. — Disse Joe.
— Não achamos ele por causa dos poderes dele. — Disse Jane.
— E haviam 12 assinaturas térmicas do ônibus, incluindo o motorista. — Disse Caitlin.
— O jeito como ele aparecia e desaparecia... — Disse Barry.
— Dimensão compacta. — Respondeu Cisco. — Cada uma é única ao seu usuário.
— Então por que o DeVoe precisa dele? — Caitlin perguntou.
— O DeVoe usa a cadeira dele para abrir dimensões compactas. — Disse Jane. — Se ele tiver os poderes do Edwin, não vai mais precisar dela.
— Então temos que achar o Gauss antes. — Afirmou Joe.
— E vamos! — Disse Harry com seu capacete. — Desculpem pelo atraso, eu estava mexendo no amplificador. Ouçam, localizar esse meta não é uma missão que temos que realizar. "Por que, Harry, por que?" Vou dizer. Porque nós já... — Harry apertou uma tecla do computador, mostrando o mapa que haviam conseguido. O mapa que indicava as vezes que uma dimensão compacta foi aberta em Central City. — Realizamos! O mapa que construímos das atividades das dimensões compactas pela cidade.
— É, mas isso é quando pensávamos que todas essas dimensões foram abertas pelo DeVoe. Agora que sabemos que o Edwin também pode fazer isso, não tem como diferenciar quais delas foram o DeVoe e qual delas foram o Gauss. — Disse Caitlin.
— Isso levaria muito tempo. — Disse Cisco. — Na verdade, é impossível.
— Nada é impossível para mim! — Disse Harry. Aquele capacete estava começando a o afetar. — Rastreando os trilhões de identificadores, ligando os padrões de flutuação migratórios e a substituição temporal e energia. E... — O mapa mudou. Os pontos vermelhos eram os de DeVoe, e agora os que estavam azuis eram os de Edwin Gauss. — Agora sabemos diferenciar.
— Caramba. — Exclamou Jane. — Certo então, vamos nos dividir e procurar em cada um. Não são tantos assim. Pai, você vai com o Ralph e o Cisco e eu vou com o Barry e a Caitlin.
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— Onde estamos? — Perguntou Barry.
— Parece algum tipo de comunidade hippie. — Disse Caitlin.
— É o último local da dimensão compacta da nossa lista. — Disse Jane. — Vocês estão vendo o Gauss em algum lugar?
À frente deles, estava um homem fazendo bolhas de sabão. Fedia muito. Cabelos bagunçados e arrepiados, olheiras, roupas casuais porém quentes.
— Aí, cara. — Chamou Barry. Você conhece Edwin Gauss.
— Não, e sim... — Ele disse. — Eu vi a alma desse homem. A aura dele é uma viagem. Por aqui nós chamamos ele de "Homem Dobrado". O cara está em toda parte, e em lugar nenhum. Mas, em geral, ele fica por aqui.
Aquilo havia os confundido ainda mais, porém era uma pista de que aquele era o lugar certo. Começaram a caminhar pela floresta local, a procura de Gauss. Andaram bastante seguindo uma trilha, até finalmente o acharem. Começou a correr desesperado, mas não esperava que estava fugindo de dois velocistas. Barry o derrubou ao chão.
— Relaxem aí! — Edwin os disse respirando ofegante. — Vocês são policiais?
— Não, mas você está em perigo. — Disse Jane. — Viemos te proteger.
— Por isso trouxeram seu amigo ninja? — Gauss os perguntou.
Espere, do que ele estava falando? Antes que pudessem ter reflexo, Samuroid surgiu e atravessou sua espada no ombro esquerdo de Caitlin, que foi jogada contra uma árvore. Barry, em super velocidade, desmontou as peças do robô, o derrotando. Enquanto isso, Jane, usando seus poderes, impediu que Caitlin batesse na árvore. Ainda assim, ela estava machucada.
— Não podem me deter. — A cabeça do Samuroid, ao chão, disse. Era a voz de DeVoe. — Vou destruir todo o Time Flash para conseguir o que eu quero.
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— Tem certeza de que está bem? — Barry a perguntou.
— Sim, o ferimento começou a se curar antes de eu acordar. — Disse Caitlin.
— Enquanto você estava desmaiada, você se transformou em Nevasca por alguns minutos. — Disse Jane. — Isso deve ter ajudado a cicatrizar.
Caitlin se levantou da cama e colocou sua jaqueta.
— Você não deveria descansar? — Perguntou Jane.
— Eu estou bem. Na verdade, isso me motivou ainda mais a deter o DeVoe. Vou ajudar o Cisco com aquele indicador de dimensão compacta.
— Bem, a missão foi bem sucedida. — Afirmou Jane.
— O quê? — Ralph a questionou. — Eu sou o único que está vendo a verdade aqui?!
— Ralph, a Caitlin está bem e o Edwin aceitou ficar em uma das nossas celas. — Disse Jane. — É mais seguro para ele lá.
— Mais seguro? — Questionou Ralph. — Até parece que o DeVoe nunca conseguiu matar um meta que estava "seguro" em uma daquelas celas. Devo lembrá-los da Melanie?
— Olhe só, Ralph! — Disse Jane.
— Eu já estou olhando, loirinha! Olhando o DeVoe sempre à nossa frente, a Caitlin ser machucada, os metas morrerem como moscas, um a um, pois não conseguimos salvá-los. E por que?! Porque não tomamos a decisão dura de matar o DeVoe quando tivemos a chance.
— Não vamos fazer isso! — Insistiu Barry.
— Ralph, estou entendendo o que você está falando. — Disse Jane. — Mas essa não é a decisão dura, é a errada. Não temos tempo para isso. Precisamos focar no plano. Achar o DeVoe, atingir ele com o Cetro e colocá-lo em uma daquelas celas. Ninguém precisa morrer.
— O mesmo plano de novo. — Ralph a disse. — E ainda dizem que não sabem o porquê dele estar sempre à nossa frente.
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Os alarmes dos Laboratórios STAR começaram a tocar. Barry e Jane correram até a entrada dos Laboratórios, onde estava indicando que algo estava acontecendo. Jane achou que DeVoe estava vindo atrás de Ralph, mas se enganou. O Homem-Elástico e Gauss estavam lá.
— Ralph, o que é isso? — Perguntou Barry.
— Saiam da frente. — Disse ele.
Ralph segurava o Cetro de Wells.
— O que pensa que vai fazer?! — Jane o questionou.
— Vou acabar com o DeVoe. O Edwin vai abrir um portal para a dimensão compacta dele e eu vou matá-lo.
— Aí, será que eu posso voltar para a minha cela, mano? — Perguntou Edwin. — Foi mal, é que eu não sou muito fã de confronto, tá ligado?
— Nós já vamos sair, Edwin. — Disse Ralph.
— Ah, tranquilo.
— Ralph, por favor. — Disse Barry. — Me dê o Cetro.
— Não.
— Sabe que eu posso tirar isso de você quando eu quiser, certo? Sou uma velocista.
— Então vai ter que tirar de dentro de mim. — Ralph colocou o Cetro dentro de si, fazendo com que sua barriga esticasse e absorvesse o objeto para si. — Literalmente.
— Não faça isso.
— O quê? Isso?
O meta esticou suas mãos, criando um martelo. Jane desviou do golpe, e o golpeou por trás, em super velocidade. Enquanto isso, Barry correu em voltas e, com um impulso, derrubou Ralph ao chão. Eles se sentiam mal em lutar contra um amigo, mas não tinham opção. Horas depois, ele acordou. Estava muito desorientado. O soco do Flash havia sido, realmente, poderoso. Jane o esperava acordar com uma garrafa de champanhe.
— Quer beber comigo para fazermos as pazes?
— Seu marido é forte. — Disse agitando sua cabeça.
— Você aguenta.
— É... Aguento.
— Olhe. — Jane o chamou. Pensou no que iria dizer, afinal teriam que ser as palavras certas. — Eu sei que está preocupado com o DeVoe. Com o que ele pode fazer com você, mas... Existem limites que não podemos ultrapassar.
— Não diga que sabe o que não sabe, loirinha.
— Eu sei o que matar o DeVoe faria com você. Jogaria fora tudo que fez para se tornar um homem melhor. Um herói. Tem que perceber isso.
— Você é uma idiota. Eu não estou com medo do DeVoe ou do que ele pode fazer comigo. Eu tenho medo do que ele pode fazer com você. E com o Barry, com o Cisco, com a Caitlin, com o Joe, com o Harry. O DeVoe acabou com todo mundo que ficou no caminho dele. — Jane se lembrou dos metas, Bryan, Melanie... — E o Time Flash... Sempre vai estar no caminho dele.
— Então você não estava se protegendo...
— Eu sei que matar o DeVoe jogaria fora tudo que eu fiz para me tornar um herói. Mas, tirando a minha mãe, esse time é a única família que eu já tive. E eu me jogaria em uma fornalha para deixar vocês seguros. O DeVoe não pode pegar vocês. Vocês são meus amigos!
— E quanto ao que nós queremos? Você pode não ligar para o que vai se tornar, mas nós sim. Nós gostamos do Ralph herói. Por favor, não tire ele de nós.
Jane se levantou ao córtex, e deixou Ralph pensativo. Ele começou a refletir sobre quem ele deveria se tornar.
— O Ralph estava um pouco errado, mas ele teve uma ideia muito boa. — Disse Jane.
— Que ideia? — Perguntou Cisco.
— Usar os poderes de Edwin para abrir um portal compacto para o covil do DeVoe.
— Era dessa ideia que eu temia. — Cisco a disse.
— É bem perigoso. Só vamos fazer isso se todos tiverem de acordo. — Afirmou a loira.
— Filha, você liderou essa equipe durante períodos em que achávamos que era impossível vencer, e vencemos. Se acha que essa ideia vai impedir o DeVoe de matar mais metas, vamos fazer. — Joe a disse.
— Vamos pegar o desgraçado. — Disse Barry.
— Estou dentro. — Disse Cisco.
— Vamos lá. — Disse Harry.
— Espero que funcione. — Disse Caitlin. — Mas confio em você, Jane.
— Então estamos decididos. — Jane disse. — Essa noite, vencemos o Pensador.
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Jane e Barry já estavam com seus uniformes. Harry havia acabado de entregar uma cópia do Cetro Sônico nas mãos do Flash. Edwin estava somente esperando para abrir o portal.
— Pode abrir. — A Fúria Escarlate disse.
— Beleza, loirinha super-rápida. — Gauss a respondeu.
— Abra de novo em 15 minutos. — Disse Barry. — Se não sairmos com o DeVoe, Gauss, feche e não abra nunca mais.
O Vibro se juntou aos dois velocistas esperando o portal se abrir. Edwin posicionou seus polegares de forma sincronizada enquanto gerenciava o portal com seus dedos anelares. Fechou seus olhos e, logo depois, a dimensão compacta se abriu. Assim que a atravessaram, viram que o ambiente era extremamente diferente do que imaginavam. Apenas Barry não pensou isso, afinal ele já havia sido prisioneiro ali mesmo. Era como uma sala gigantesca, porém com luzes azuis e computadores em volta. DeVoe estava ali, usando o corpo de Bryan. Estava em sua cadeira. Barry atirou ondas sonoras contra o vilão, mas não fizeram nenhum efeito. Espere...
— Não funcionou. — Disse Cisco.
— Por que funcionaria? — DeVoe perguntou. — O som não causa efeito em um holograma.
Aquele não era o DeVoe verdadeiro, era um holograma realista projetado para os distrair.
— Esperem. — Disse Jane. — Se o DeVoe não está aqui, então...
O vilão e sua esposa, Marlize, surgiam em um feixe de luz no córtex.
— Agora, meu amor, a verdadeira batalha começa. — Disse o Pensador.
O vilão usou os poderes do Kilgore para hackear o prédio inteiro, prendendo o resto do Time Flash na sala da brecha.
— O que está acontecendo? — Perguntou Joe confuso.
— Alguém está controlando nosso sistema! — Disse Harry. — Ele nos trancou! Esperem... Uma segunda dimensão compacta foi aberta nos Laboratórios STAR. No córtex. — O computador que Harry usava havia acabado de ser hackeado. — É o DeVoe. Ele usou o portal que o Gauss abriu para esconder o dele. Por isso nossos sensores não registraram!
— É tudo parte do plano dele. O ataque do Samuroid, pegar o Edwin e o usá-lo. — Disse Caitlin.
— Ele queria que nos dividíssemos. — Disse Joe.
— Para onde o Edwin foi? — Caitlin perguntou.
— Ele está trancado de novo na cela, e temos a energia da dimensão do DeVoe saindo do córtex. Deve ser onde está a cadeira dele.
— Se chegarmos lá podemos usá-la para trazer o resto de volta. — Disse Caitlin.
— Certo, mas primeiro temos que sair desta sala. Harry, você não consegue desativar o código?
— Eu estou tentando, mas é muito complexo. Se eu tivesse as minhas chaves de criptografia quântica, conseguiria, mas estão na oficina do Cisco.
— Certo, que tal isso? — Caitlin tirou de seu ouvido um aparelho bem pequeno e o jogou contra a porta. Logo depois, ela explodiu. — O Cisco disse para eu usar em emergências.
Joe, Harry e Caitlin correram, até se depararem com Samuroid.
— Harry, pegue as chaves. Caitlin, vá até a cadeira. Eu cuido do Samuroid.
— Joe, mas...
— Vá logo.
Joe começou a atirar contra o samurai, que desviou com sua katana. Harry correu até a oficina e Caitlin até o córtex. Injetou uma dose em si e Nevasca assumiu seu corpo. Enquanto tudo isso acontecia, DeVoe estava indo até a cela de Edwin para matá-lo e absorver seus poderes. Mas Ralph não deixaria isso acontecer.
— Sabe, eu estava pensando... Se eu fosse o DeVoe, para onde eu iria? — Disse Ralph, surpreendendo o Pensador.
— Uma dedução simples para um homem simples. — Ele o respondeu. — Mas eu garanto que você não é uma ameaça para um intelecto de minha magnitude.
DeVoe utilizou os poderes de Mina e de Rundine para dar vida a uma miniatura de dinossauro e crescê-lo de tamanho. O Homem-Elástico começou a enfrentá-lo. DeVoe continuou andando em direção à Gauss. Enquanto isso, Harry procurava as chaves na oficina de Cisco. Foi quando viu outra coisa que, talvez, pudesse o ajudar mais do que as chaves. O amplificador de inteligência. Enquanto isso, Nevasca chegava ao córtex. Lá estava a cadeira de DeVoe. De trás dela, surgiu Marlize DeVoe com uma espada.
— Nevasca, acho que ainda não nos conhecemos...
Antes mesmo que Marlize pudesse terminar sua fala, a meta gelada começou a atirar poderosas rajadas de gelo contra a esposa do Pensador. Estavam lutando de forma bruta e agressiva. Harry correu até o Cofre do Tempo e ligou o capacete à fios de matéria escura, que antes eram usados para dar poder ao traje do Flash Reverso.
— Gideon? — Harry a chamou.
— Sim, Dr. Wells?
— Aumente o fluxo de matéria escura no amplificador de inteligência. — A IA obedeceu, mas não parecia suficiente para Harry. Era por isso que ele estava tão inteligente. Estava usando matéria escura, mentindo para a equipe e indo contra o que ele e Cisco prometeram. — Eu quero mais!
— Os parâmetros da zona segura estão sendo excedidos. Recomendo que...
— Capacidade máxima, agora!
Harrison caiu ao chão, desmaiado. Havia acontecido algo parecido com que aconteceu com DeVoe no dia da explosão do acelerador. Ralph esticou suas mãos e formou um poderoso punho que destruiu o dinossauro gigante. Ele retornou às celas, onde viu algo terrível. DeVoe havia absorvido a Null e Edwin Gauss. Estava mais poderoso do que nunca. Começou a causar um aneurisma cerebral no cérebro de Dibny, o atordoando.
— Até massa cinzenta primitiva como a sua entende a dor de um aneurisma cerebral. Eu transformei você no Homem-Elástico, Sr. Dibny, e agora... Você vai morrer.
— Não! Você primeiro!
Ralph ainda tinha o Cetro Sônico dentro de si. Removeu-o de sua barriga e o mirou.
— O que é isso?
— Um garfo gigante para enfiar no meio do seu... — Ralph atirou ondas sonoras contra o vilão, que foi jogado contra as paredes. — Mais um golpe e você morre. Eu espero por isso há muito tempo! Você e eu, a sós, para eu tomar a decisão dura que ninguém mais vai tomar!
Enquanto isso, Nevasca continuava enfrentando Marlize. Depois de uma violenta batalha, a meta humana fria havia conseguido apertar os botões da cadeira do Pensador. Barry, Jane e Cisco surgiram do mesmo feixe de luz que Marlize e a cadeira sumiram.
— Nevasca, você conseguiu. — Disse Jane. — Onde estão os outros?
— Lutando contra o DeVoe e o Samuroid por aí.
— Na verdade, apenas o DeVoe agora. — Joe disse surgindo no córtex com a cabeça do Samuroid. Ele havia o derrotado.
Jane e Barry correram pelo laboratório a procura do vilão, quando chegaram até onde Ralph e ele estavam. Diferente do que o Homem-Elástico havia planejado em fazer, matar DeVoe, ele estava o prendendo. Finalmente havia prendido a lição de que heróis não devem matar.
— Ralph, você não...
— Não, eu não o matei. — Disse ele. — Eu aprendi a lição, loirinha. Você foi superado, DeVoe. Agora você não vai mais machucar ninguém.
— Sim, eu fui superado. — Ele disse. — Antes de me prenderem, quero dizer algo... Quando forem algemar o Pensador, verifiquem se a algema é da cor certa. — Não era azul, era roxa.
Significa que aquela era uma algema hackeada pelo Kilgore. DeVoe se soltou.
— Ralph! — Exclamou Barry.
O Flash e a Fúria Escarlate tentaram correr para impedir, mas foram paralisados pelos poderes da Null.
— A Senhorita Petty me deu a verdadeira magnitude dos poderes dela. — Disse DeVoe. — Agora, vocês dois estão com um peso de um caminhão de cimento, velocistas. Nem a própria Null sabia que poderia fazer isso. Isso deve segurar vocês dois por tempo suficiente para testemunharem a morte de seu querido companheiro, Ralph Dibny.
— Não! — Gritou Jane. — Não!
— Você testemunhou a morte de sua amiga, Melanie Amar, e seu ex-namorado, Bryan Cooper, e agora, Sra. West Allen, você vai testemunhar a morte de mais um.
— Não faça isso, DeVoe! — Implorou Jane.
DeVoe colocou suas mãos na mente de Ralph e o absorveu.
— Me desculpe, Ralph! — Ela o disse. — Eu queria salvar você...
— Você já salvou, loirinha. Você me tornou um herói. Obrigado.
O corpo de Gauss caiu desmaiado e o de Ralph acordou com a consciência de DeVoe nele. Jane não teve reação. Toda sua angústia e dor se juntavam em seu coração, o quebrando em milhões de pedaços. Ela não poderia acreditar que Ralph estava morto. Ela havia tentado de tudo para o salvar, e a culpa era dela. Ela havia elaborado aquele plano. Se alguém morresse no processo, a culpa cairia em seus ombros. Ela gritou alto o suficiente para toda a Central City ouvir. Barry e Jane vibraram, assim conseguindo sair do chão. Barry atirou ondas sônicas com a cópia do Cetro, mas todas elas foram bloqueadas por portais compactos. Jane tentara atirar raios, mas o azar de Becky Sharpe a fizeram errar todos. Cisco tentara atirar rajadas vibracionais, mas DeVoe abriu portais para bloqueá-las e revertê-las para ele mesmo, o jogando contra os computadores da sala da brecha. Nevasca formou uma afiada lâmina de gelo e correu para o acertar com ela. O vilão a arremessou contra as paredes.
— Não! — Exclamou Barry com raiva.
— Todas as lições que vocês passaram para o Sr. Dibny foram para tentar ajudá-lo a alcançar seu verdadeiro potencial. — DeVoe disse. — Este corpo é o maior presente de todos. Com ele, eu posso fazer isto. — O Pensador usou as habilidades de Ralph para se transformar em sua antiga face, o seu rosto verdadeiro. — Obrigado, Sr. Allen e Sra. West Allen.
PRCIOU_STILES ©
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