3⚡CHAPTER TWENTY FOUR: O DESTINO DA FÚRIA ESCARATE
Chapter Twenty Four: O Destino
Da Fúria Escarlate
Joe caiu ao chão, chorando. Ele não podia conter sua mágoa. Somente de pensar que não teria sua garotinha de volta, seu coração se despedaçava.
— Não! Não! — Disse HR. — Droga!
Iris se aproximou de Joe.
— Pai... — Ela o chamou em lágrimas.
— Iris, eu...
— Eu não sou Iris. — Em sua mão estava o aparelho que HR usava para parecer outra pessoa. Ao apertar o botão, Jane se revelou. Jane estava viva, porém Iris não... — Pai, é a Iris! A Iris está morta, pai! — E começou a chorar.
Joe se levantou, e olhou para onde Barry estava. No colo do velocista, estava Iris, não Jane.
— Iris? — Barry perguntou, confuso.
Jane segurou Joe e correu até Iris, se abaixando ao lado de Barry.
— Iris, não! — Jane gritou chorando muito. — Por favor, não!
— Eu disse que faria de tudo para te salvar, Jane... — Iris disse.
Barry estava muito aliviado em ver Jane viva, mas também sentia muita dor em ver Iris morta. Joe não podia acreditar. Ele estava feliz em ver Jane com vida, mas seu mundo havia caído com a morte de sua outra filha, Iris.
— Iris, não! Por que você insistiu em trocar de lugar comigo?!
— Eu já atrapalhei demais... Iris West-Allen no Jornal do Futuro... Eu não poderia deixar ser verdade. Não poderia viver sem a Jane...
— Filha... Não! — Joe disse.
— Eu tive uma vida boa... Eu fui feliz. Eu não poderia ter um fim melhor se não se sacrificando por uma das pessoas que mais amei em toda a minha vida...
— Iris, você...
— Pai, eu te desejo toda a felicidade do mundo. Eu desejo a você um futuro incrível ao lado de uma pessoa incrível. Eu te amo tanto, pai...
— Eu também te amo, filha...
— Barry, obrigada por tudo. Você foi uma das melhores pessoas que já conheci, e foi o melhor amigo que um dia eu já pude ter.
— Iris, não é justo! — Jane afirmou.
— Eu te desejo a felicidade ao lado de quem você ama, Jane... Eu te amo muito. Obrigada por tudo. Pelos momentos incríveis... Obrigada.
E então Iris caiu para trás, morta. Jane gritou. Seus gritos ecoaram por toda Central City. Ela havia acabado de perder sua irmã. Não sentia felicidade, sentia tristeza. Sentia ruína. Barry abraçou Jane e Joe com a maior força que tinha para consolá-los.
E aquele dia na Rua Infantino foi um dos dias mais tristes para o Time Flash. Jane estava viva, mas Iris não.
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Todos estavam no córtex em silêncio. Julian havia entrado com algo na mão. Um vidro com um líquido azulado.
— O que é isso? — Barry perguntou.
— Isto é uma cura para a Caitlin. A amostra de sangue que Cisco tirou da Nevasca me permitiu criar uma terapia genética experimental. Isto vai reescrever o meta-DNA da Caitlin.
— Isso é ótimo, Julian. Ótimo mesmo, mas não estamos no clima. — Jane disse indo em direção aos corredores.
— Onde você vai? — HR perguntou.
— Um lugar onde eu possa ficar sozinha. — Jane respondeu.
— Isto é culpa minha, pessoal. Eu preciso me ausentar do time. — Tracy disse.
— Tracyzinha, não! — HR disse.
— Dê um tempo a ela, HR. — Julian disse.
Joe também andou para os corredores.
— Eu preciso processar.
Wally chegou em super velocidade logo depois. Ele havia saído para procurar Cisco, que estava desaparecido.
— Não achei a Nevasca e nem o Cisco. Ela teve ter pego ele... — Wally disse.
Logo depois, Joe saiu. O Time inteiro ficou em silêncio depois daquilo, mas Barry tinha quase certeza de onde Jane estava. Ele caminhou e entrou no Cofre do Tempo. Jane estava parada, observando o Jornal do Futuro da Crise.
— Sabia que estaria aqui. — Barry disse.
— Não é mais a Iris que escreve, e sim uma pessoa chamada Allegra Garcia. Claro que não é a Iris, ela morreu.
— Tem mais uma coisa que mudou. Na primeira vez que eu li essa notícia em voz alta, ela falava sobre o Flash enfrentando o Flash Reverso com alguns outros heróis. Agora ela fala também sobre a Fúria Escarlate.
— Se a linha do tempo seguisse como antes, eu estaria morta em 2024 quando a Crise começou. — Jane disse.
— Mas não está.
— Infelizmente!
— Jane, não diga isso.
— Eu preferia ter morrido no lugar da Iris, Barry! Ela foi até onde eu estava e me resgatou, mas também nos trocou de lugar para o Savitar pensar que ela era eu. — Jane disse. — Ela não deveria ter feito isso! Não é justo! Se eu soubesse que o preço da minha morte seria essa, eu teria aceitado o meu destino. O destino da Fúria Escarlate!
— Ela morreu por você, querida. Ela lutou pela sua vida. Essa era a vontade dela. — Barry disse.
— Barry, eu não consigo viver com esse peso da consciência! Eu não consigo viver sabendo que estou viva porque a Iris está morta. Isso dói demais!
— Viva sem peso na consciência, Jane. Viva sabendo que está viva porque Iris te amava e colocou a sua vida na frente da dela. Esse tipo de conexão jamais pode ser explicado, e nem deve.
— Por que o Flash do futuro criou aqueles malditos resquícios do tempo?! Isso não teria acontecido...
— Foi o paradoxo do tempo, Jane. Não tem como escapar dele...
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— Você matou a errada! — Evil Jane afirmou, frustrada e irritada.
— Olhe como fala comigo! — Savitar disse. — Eu sei disto.
— Com a Iris morta, o Barry não perde as esperanças e você nunca nasce. Somente se a Jane morrer, vai dar certo. — Evil Jane disse.
— Eles sempre dão um jeito de salvar ela. Nem adianta tentar...
— O paradoxo vai te alcançar! Você vai ser apagado da existência.
— Não serei não. Assim como o Thawne manipulou a linha do tempo para ficar vivo, eu farei o mesmo, porém de uma forma mais inteligente.
— Qual o seu plano?
— Quero que você sequestre o Cisco Ramon. Ele é o único que vai servir para o meu plano.
— Por que não a Jane? Aí você mata ela.
— Meu plano vai muito além disso. Se você sequestrar o Cisco e ele fazer o que eu quero, eu vou existir em todos os tempos. Serei onipresente! Eu serei um verdadeiro Deus, querida! Não ligo mais para matar a Jane. Eu acabo de ter um plano muito mais genial...
— Eu vou sequestrar o Cisco então.
— Não precisa. — Uma voz disse saindo das sombras. Era Nevasca. Ela trazia Cisco Ramon desmaiado. — Já fiz isso.
Savitar começou a bater palmas para Nevasca enquanto sorria.
— Muito bem, Nevasca! Está se provando realmente competente.
— Eu sou competente. — Nevasca respondeu.
Cisco começou a acordar. Seus olhos se abriam lentamente. A principio, ele ficou um pouco assustado, mas quando entendeu onde estava se aliviou. Não que fosse um bom lugar, mas pelo menos ele não estava perdido no meio da floresta.
— Bem vindo, Vibro. — Savitar disse.
— Então esse é o seu covil? Não é tão legal. O do Zoom era bem mais aterrorizante.
— Tanto faz. A Jane está viva. Iris se sacrificou por ela. Entretanto, não pude deixar de pegar isso do Time Flash... O Barry deixou cair, então eu peguei.
Savitar se referia a Bazuca da Força de Aceleração.
— E o que você quer que eu faça com uma bazuca quebrada?
— Quero que modifique ela.
— Não fui eu que construí. Não sei como funciona. — Cisco assegurou.
— Sabe o suficiente para alterar o que ela faz.
— Quer que eu transforme ela no que, exatamente? Um secador ou uma máquina de waffle? Ou algo que conserte essa pizza que está na metade da sua cara?
— Quero que transforme em um separador quântico intradimensional.
— Separador? — Cisco o questiona.
— Eu tenho um plano B. Vou abrir um portal no tempo, expondo a Força de Aceleração. Você atira com isso em mim e eu fico fragmentado por todos os tempos. Passado, presente e futuro. Depois disso, o paradoxo não vai poder me alcançar.
Genial, porém nada legal, Cisco pensou.
— Está me dizendo que quer se fragmentar pelo tempo, existindo em todos os momentos?!
— Exato, todos nós conscientes ligados por uma só consciência. Vou estar em todos os lugares, em todas as horas e minutos. E então, eu vou reinar desde a criação até o fim do universo.
— Você quer se tornar, literalmente, um deus.
— Tudo que eu preciso é que o meu melhor amigo faça uns ajustes no aparelho criado pela Tracy Brand.
— Eu não sou seu amigo!
— Vá trabalhar, Francisco. — Ordenou Savitar.
— E que tal eu ficar parado esperando o paradoxo te atingir e ver você ser apagado da existência? O que acha disso? — Cisco o perguntou.
— Eu atravesso o coração da Nevasca. Segundo as minhas novas memórias, o Julian conseguiu uma cura para ela. Você pode ter a Caitlin de volta, Francisco. Mas não se eu a matar antes. Então coloca essa sua cabecinha para funcionar, ou os dois morrem.
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— Já terminou? — Nevasca perguntou à Cisco.
— Já sim. — Ele respondeu.
— Fantástico... — Nevasca disse olhando para a bazuca.
— Sabe que o Savitar vai te trair um dia, não é?
— Não, não vai. — Nevasca assegurou.
— Um vilão como Savitar sempre trai seus parceiros.
— Não desta vez.
— Acorda! Ele só está fazendo isso porque ele precisa de uma coisa sua. Quando ele conseguir o que ele quer, ele vai acabar com você.
— Não escute o que este infeliz diz, Nevasca. — Evil Jane disse, saindo das sombras.
— Vai mesmo ouvir uma cópia malvada da Jane?
— É bom calar essa boca, Francisco, ou eu mesma te mato. — Evil Jane garantiu. — Sabe, o Reverb era bem mais interessante que você. Ele tinha uma percepção das coisas que você jamais teria.
— Ele queria ser um deus e te trair, sua vadia estúpida.
— Mas ele serviu por um bom tempo.
— Como você serviu para o Zoom? — Cisco perguntou, se referindo a quando Zoom matou Evil Jane na linha do tempo antes do Flashpoint.
— O Zoom foi um bom aliado. Ele supostamente me matou na antiga linha do tempo, mas graças ao Flashpoint esse fato desapareceu da existência.
— Você é muito burra. — Cisco afirmou.
Savitar surgiu, sem sua armadura, no covil. Ele se aproximou da bazuca, contemplando a nova capacidade que o objeto teria em fazer: Tornar ele um Deus.
— Tudo pronto? — Savitar perguntou.
— Sim. — Cisco respondeu.
— Ótimo, agora qual das duas vai querer matar o Cisco?
— Eu. — Nevasca e Evil Jane disseram ao mesmo tempo.
— Isto não estava no acordo! — Cisco disse.
— Detesto acordos. — Savitar disse.
Uma brecha se abriu ao lado de Cisco. Alguém o puxou. Era Cigana. Após Cisco atravessar, Cigana a fechou rapidamente.
— Não se importa deles terem fugido? — Evil Jane perguntou para Savitar.
— Não, não me importo. Está na hora da minha verdadeira ascensão.
Ao atravessar a brecha, Cisco reparou onde estava. Era o apartamento de Barry e Jane. Lá estavam os dois, Julian, HR e Harry.
— Oi, pessoal! — Cisco disse.
— Você está bem, Cisco? — Jane o perguntou.
— Sim, estou. Harry?
— Olá, Ramon. — Harry disse.
— O velho Harry Wells está aqui para nos ajudar a impedir o plano do Savitar, seja lá qual seja. — HR explicou. — Isto é muito maneiro! Dois Wells, olhem. Minha vontade é tomar umas cinquenta xícaras de café e me divertir com meu sósia super genial e...
— E você é um idiota. — Harry o respondeu. — Estava com saudade de dizer isto, confesso.
— Eu salvei ele de uma morte certeira no covil do Savitar. — Cigana disse. — Eu senti que ele estava em perigo do outro lado do multiverso.
— Estamos conectados, não é, gata?
— Você é um babaca, Cisco. — Cigana disse brincando.
— É verdade sobre a Iris? — Cisco perguntou.
— Sim, é... Ela usou o aparelho que o HR usou para se disfarçar nesta Terra para fazer eu me parecer ela e fazer ela se parecer comigo. Savitar a matou pensando que era eu. — Jane disse.
— Sinto muito... Eu gostava da Iris. Vai fazer falta...
— Obrigada, Cisco.
— Pessoal, a Jane não morreu. Se ela não morreu, Barry não ficou sozinho e triste e, consequentemente, Savitar nunca nasce. — Harry disse. — Logo logo o paradoxo temporal vai alcançar ele e ele será morto. Apagado da existência, como o Thawne.
— Sim, mas ele tem um plano. — Cisco disse. — Ele tem um plano para que o paradoxo não o alcance. Sem usar a Força de Aceleração Negativa, como o Thawne fez.
— Isso é impossível, não é? — Barry perguntou.
— Ele quer se fragmentar pelo tempo. Existir em todos os momentos e minutos. Mas eu sei como nós podemos impedir ele.
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Savitar, já com sua armadura, caminhava até uma parte escura da floresta junto com Evil Jane e Nevasca, que levavam a bazuca da Força de Aceleração.
— Temos que nos apressar. — Savitar afirmou. — Eu preciso me tornar onipresente antes que o paradoxo do tempo me alcance. Hoje, eu viro um deus.
Savitar começou a correr em volta das árvores, mas nada acontecia. Evil Jane começou a fazer o mesmo. A velocidade dos dois ocasionou em um portal para a Força de Aceleração. Logo depois, Savitar se posicionou em frente à ele.
— Rápido, antes que o Flash Negro apareça.
— Eu faço isso. — Evil Jane disse.
— Deixe comigo! — Nevasca insistiu.
Evil Jane empurrou Nevasca para trás e atirou em Savitar. Algo estava errado. Ele não estava fragmentado pelo tempo. A bazuca havia falhado.
— O quê?! — Savitar exclamou. — Não!
De dentro do portal para a Força de Aceleração, um velocista surgiu. Roupas vermelhas com um grande emblema de raio amarelo no peito e um elmo metálico.
— Eu esperei um longo tempo para fazer isto! — O velocista disse.
— Jay Garrick! — Exclamou Savitar. — Como você...
— Ele não fez nada. — Uma outra voz disse. Era Cisco, que chegava junto de Barry, Jane, Wally e Cigana. — Mudando a polaridade do arco de subida transformei seu separador numa chave de acesso para a Força de Aceleração. Você não achou que eu iria deixar você virar deus, achou?
Savitar sentiu muita raiva. Ele estaria disposto a matar todos ali.
— Vamos acabar com isso, Flash! — Savitar disse.
Savitar começou a enfrentar Barry, Wally e Jay pela floresta ao mesmo tempo em que Cigana e Cisco enfrentavam Nevasca. Savitar, em super velocidade, usou suas lâminas para cortar duas árvores ao meio, no objetivo de atrapalhar os velocistas. Wally conseguiu fugir por baixo enquanto Barry e Jay fugiram por cima. A cada golpe de gelo que Nevasca dava, Cisco e Cigana abriam portais que bloqueavam os golpes da vilã. Enquanto isso, Jane se aproximou de sua sósia, que a esperava ansiosa por uma batalha.
— Eu estou cansada de você. — Jane disse. — Você sempre se tornando um obstáculo no meu caminho. Você é invejosa, Jane.
— Eu sou a Deusa da Velocidade, querida!
— Só nos seus sonhos. — Jane disse.
— Quer acabar com isso? Então vamos, Fúria Escarlate!
E as duas começaram a se enfrentar. Evil Jane começou a atirar raios contra Jane, que desviava com sua super velocidade. Jane correu e, por trás de sua rival, a atirou para longe.
— Isso foi golpe sujo, Fúria Escarlate. — E logo depois a sósia deu voltas e voltas pela floresta e, com um poderoso impulso, arremessou Jane para longe com um raio azul extremamente poderoso. Jane, quando ia tentar se levantar, foi impedida por um chute de sua sósia. — Patética. Você tem tanto potencial, mas é tão fraca e frágil.
Jane, em super velocidade, derrubou sua sósia ao chão usando seus pés e a encheu de socos. Após cuspir sangue por sua boca, Evil Jane começou a dar gargalhadas.
— O que é tão engraçado?!
— Você é tão estúpida que nem percebe que, não importa o quanto você lute para eu sumir, eu volto! Eu sou a sua sombra, Fúria Escarlate! Eu estou na sua mente, infectando seus sentimentos. Eu não posso ser morta, porque eu estou em você! Estamos conectadas pelo ódio, minha sósia. Não pode matar a Deusa da Velocidade!
E logo depois, Jane a socou mais e mais. Evil Jane desmaiou. Algo em seu coração a mandava arrancar o oração da sósia para fora do peito, mas sua humanidade a impedia. E isso a fazia se sentir fraca perante aos que tinham coragem para conseguir.
Cisco e Cigana haviam conseguido derrubar Nevasca. Cisco se aproximou e ameaçou matar a vilão com seus poderes de Vibro. Ela o encarava sorrindo.
— Vá em frente. Mostre o quanto você é mal, Cisco.
Ele sabia que não deveria matar Nevasca, mas ele queria. Ele só queria matá-la. Ao olhar nos olhos da vilã e ver que Caitlin ainda estava lá, ele desistiu.
— Não. Não serei essa pessoa. Agora, eu vou te dar uma escolha. — E jogou o vidro com a cura que Julian criou perto da vilã. — Quer ser a Caitlin de novo? A escolha é sua.
E logo depois saiu de perto. Cigana sentia algo. Um arrepio em sua nuca. Ela pressentiu que algo estava vindo. Ao olhar para trás, viu Savitar chegando.
— Cuidado, Cisco! — E o empurrou para baixo.
Savitar segurou Cisco pelo seu pescoço.
— Vai pagar pelo que fez, Cisco! Eu vou te matar! — Savitar disse. Quando o velocista maligno estava prestes a matá-lo, Nevasca atirou um poderoso raio congelante que jogou Savitar para trás, salvando a vida de Cisco. — Sabia que você era fraca demais, Caitlin!
Barry e Jane surgiram para tentar derrubar Savitar, porém ele os segurou e os jogou ao chão.
— Faltam poucos minutos para o meu fim, eu posso sentir. Mas antes de ser apagado da existência, eu vou matar todos que você ama, Flash! Vou matar o Joe, o Wally, O Julian, O HR, O Cisco, O Harrison... E vou começar pela Jane!
Jane, sentindo toda aquela raiva, correu em direção à Savitar e vibrou para dentro da armadura, a quebrando. Agora só restava um Barry Allen destruído ao chão.
— Isso é pela minha irmã, seu desgraçado.
Jane atirou um poderoso raio contra Savitar, que fechou seus olhos em um ultimo suspiro. Logo depois de morto, o paradoxo alcançou aquele Barry. O cadáver morto de Savitar fora apagado da existência. Não restava mais nada ali.
— Como eu disse — Barry falou. —, não tem como escapar do paradoxo.
Evil Jane havia acordado. Ao ver Savitar sendo apagado, ela correu até ele para tentar impedir, mas já era tarde. Ele não estava mais ali.
— Não! Não! Não! — Ela gritou. — Você matou ele!
— Porque ele matou a minha irmã.
— Eu vou voltar e vou acabar com você! — Evil Jane garantiu.
— Não vai não.
— É mesmo?! E por que não, Fúria Escarlate?
— Savitar não conseguiu abrir o portal para a Força de Aceleração. Foi você quem o abriu.
— E o que tem isso?! — A sósia maligna questionou.
— A Força de Aceleração não gosta quando velocistas mexem com o tempo, queridinha.
Quando a sósia olhou para trás, viu um ser aterrorizante. Um rosto deformado, roupa preta, possuía raios vermelhos... Um demônio da Força de Aceleração. A junção de todos os Fantasmas do Tempo no corpo morto de Hunter Zolomon.
— Flash Negro! — A sósia exclamou. — Por favor, Time Flash! Não deixem ele me levar!
— Adeus, sósia. — Jane disse.
E o Flash Negro arrastou Evil Jane gritando para dentro do portal da Força de Aceleração. Ali, ela teria um destino bem pior que a morte. Ali, finalmente tudo havia acabado.
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O funeral de Iris estava sendo realizado. Todos se reuniam ali para deixar flores. O Time Arqueiro e Kara estavam ali presentes.
— Jane, eu nem sei o que dizer. — Oliver disse.
— Sentimos muito. — Thea disse.
— Nossos sentimentos. — Disse Diggle.
— Ela vai fazer muita falta. — Felicity disse. — Nossas condolências.
— Obrigada, pessoal. — Jane agradeceu.
— Jane, minhas sinceras desculpas. — Tracy disse. — Eu não posso continuar no time depois disso. Eu me sinto culpada...
— Não foi sua culpa, Tracy.
— Na minha cabeça, foi. Sinto muito, de verdade. Eu deveria ter previsto o que o Savitar fez.
E logo depois, Tracy saiu dali.
— Jane? — Uma voz conhecida a chamou.
Jane se virou. Olhos castanhos, pele negra, cabelos avermelhados.
— Melanie! — Jane disse logo antes de abraçá-la.
— Eu vim assim que eu soube. Ainda é difícil acreditar.
— Sim... — Jane disse.
Todos se reuniam em frente ao túmulo para uma declaração de Joe. O homem chorava muito.
— Pai, é hora do discurso. — Jane disse à ele.
— Querida, me desculpe mas... Eu não consigo. Faça você, eu imploro.
Jane se encaminhou até perto do túmulo, deixou algumas flores e começou a pensar no que diria a seguir.
— Quando eu penso na Iris, eu lembro de uma das minhas melhores memórias com ela. — Jane afirmou. — Estávamos fazendo um trabalho em grupo na escola. Barry e Melannie entraram em uma discussão porque cada um tinha um jeito diferente de realizar a tarefa. Eu tentava acalmar os dois, mas não conseguia. Quando a Iris chegou do banheiro e viu, ela acalmou todos dando risadas daquela situação. Iris era uma das melhores pessoas que conheci. Uma boa irmã, uma boa filha, uma boa parceira... Uma pessoa incrível. Ela morreu se sacrificando por mim. Vou continuar lutando e seguindo em frente por ela. Morreu como uma heroína. Minha heroína.
E Jane logo depois saiu de perto do túmulo. Enquanto conversava com outros, ela avistou Nevasca. Usava roupas pretas e disfarçadas. Parecia que a vilã estava esperando ser vista. Jane, Cisco e Julian caminharam até ela.
— Até que enfim parou de comprar roupas na loja de vilões. — Cisco disse.
— Sinto muito pela Iris. — Nevasca disse.
— Ela iria gostar de você ter vindo. — Jane disse.
— E por que veio? — Cisco perguntou.
— Eu não sei. — Ela respondeu.
— Você vir para casa. — Julian disse.
— Não tenho casa.
— Sim, você tem, Caitlin. Aqui com seus amigos. — Julian disse. — Sua família. Eu.
— Desculpa, Julian... — E entregou a cura de volta para ele. — Não sou mais a Caitlin.
— Você não é a Nevasca. — Jane disse devido ao comportamento dela.
— Não, não sou. Sou algo diferente e preciso saber o quê, sozinha.
⚡
Jane e Barry sentavam no sofá de seu apartamento. Os dois, após suspirarem, começaram a dar risadas. Finalmente estava tudo bem e isso, por algum motivo, era engraçado.
— Por que a gente está rindo? — Jane pergunta.
— Eu não sei. — Barry respondeu em risos.
— Não era para estarmos rindo. — Jane disse.
— Tem razão, não era, mas aposto que a Iris iria querer isso.
— É... Tem razão. — Jane disse lembrando da risada de sua irmã.
— E então, você está bem?
— Eu não tenho certeza.
— Bem depois de...
— Matar o Savitar e perder a Iris?
— Isso.
— Eu acho que estou bem, Barry. Vou demorar para superar a perda dela, mas estou bem.
— Isto é ótimo, Jane.
— Ah, e uma coisa. — Jane disse logo antes de pegar uma caixa ao lado.
— O que teria dentro desta caixa?
— Convites do nosso casamento. Em um dia de coragem, eu os preenchi, mas eu não sabia se estaria viva no dia da cerimônia. Parece que a Iris não vai ver a gente se casando.
— Ela vai sim. Lá de cima, ela vai ver e vai ficar feliz por nós.
Aquela afirmação aqueceu o coração de Jane. A loira beijou Barry logo depois.
— Precisamos enviar os convites. — Jane disse. — Sabe, eu comprei selos para...
Barry simplesmente sumiu em um raio, e a caixa sumiu junto. Segundos depois, ele estava de volta sem a caixa e sem convites.
— Prontinho, todos entregues.
— Eu gastei muito dinheiro com selos!
— Que pena. — Barry disse. — Então você está pronta para ser Jane Alisson West Allen?
— Não. — Jane disse. — Sou Jane West. Não irei mais usar o sobrenome da minha mãe.
— Tem certeza disto?
— Sim, eu tenho. Estou pronta para ser Jane West Allen.
E então ouviram um barulho. Logo depois, o chão começou a tremer. Parecia muito um terremoto, mas ao olharem pela janela viram sobre o que se tratava. Uma tempestade de raios começou a assolar Central City. Barry lembrou dos raios que viu quando sua mãe morreu. Porém não eram velocistas, eram raios que caíam do céu.
⚡
Nos Laboratórios STAR, estava tudo destruído. Especificamente na sala da brecha, onde os aparelhos haviam queimado.
— Encontrou alguma coisa? — Barry perguntou ao Cisco.
— Nada. Tudo virou churrasco. Vou tentar estabelecer um uplink com o satélite. — Cisco então pegou um oktok do bolso. — Wally, consegue reverter a polaridade do fluxo de neutrons?
— Pode deixar. — Ele respondeu do outro lado.
— O que está acontecendo? — Jane perguntou.
— A universidade de Central City relatou um terremoto de 6,6 na escala Richter. — Julian disse.
— Isso não foi um terremoto. — Harry afirmou.
— Então o que foi, velho Harry? — HR perguntou.
— Não me chame assim, idiota. — Harry disse. — Isto não é um terremoto. Terremotos vem de baixo, essa coisa está vindo de cima. É algo diferente.
O teto começou a tremer logo em seguida. Jay havia acabado de entrar na sala.
— Está ficando pior. — Jay disse. — Os serviços de emergência logo ficarão sobrecarregados.
— Pessoal, 7,2 agora. — Julian disse.
— Cisco! — Wally o chamou no oktok. — Tudo pronto!
— Certo. — Respondeu Cisco.
Uma conexão havia sido feita com os satélites. Pela tela rachada de um computador, viram os dados daquilo que estava causando o "terremoto".
— Caramba, o que emite tanto kilojoules?! — Jane perguntou.
Jay olhou para Barry, já sabendo a resposta.
— A Força de Aceleração. — Jay disse.
— Mas o Savitar morreu. — Joe disse.
— Este é o problema. — Explicou Jay.
— A prisão da Força de Aceleração que o Jay estava preso. — Jane disse.
— Ela precisa de um ocupante. Precisa de um prisioneiro. — Jay explicou. — Quando me libertaram de lá, ela ficou sem ninguém. Com isso, ela se desestabilizou.
— E agora está liberando energia na nossa Terra. — Jane disse. — E como mudamos isso?
— Dando a ela o que precisa. — Barry disse em um tom sério, como se não restasse opção. O Time Flash foi para fora, onde viram a destruição que a Força estava causando. Se não a estabilizassem, Central City deixaria de existir. — Preciso estabilizar ela.
— Não! Você não pode! — Jane disse.
— Se eu não for, a cidade inteira e talvez até o planeta seja destruído.
— Então eu vou! Deixa eu ir, Barry!
— Não, jamais. Você não vai passar por todo aquele inferno.
— Central City precisa do Flash!
— Ela já tem a Fúria Escarlate, e também terá um novo Flash. — Barry disse olhando para o Wally. — Você está pronto, eu sei que está. Seja o Flash, Wally.
— Eu prometo, Barry. — Ele respondeu.
Barry se despediu de Julian com um aperto de mão então.
— Nós podemos ter nossas diferenças, mas você foi um grande amigo e aliado, Julian.
— Eu digo o mesmo, cara.
Barry então se aproximou de HR.
— BA, não pode fazer isso! — HR afirmou.
— Eu preciso, HR. Escute, você é um cara muito legal. Uma versão de Wells que eu jamais imaginei conhecer. Uma versão alegre, otimista e feliz! — Barry disse. — Obrigado, cara.
— Foi uma honra, BA.
Barry então cumprimentou Harry.
— Se importa de ficar no time, Harry? Eles vão precisar de você. — Barry disse.
— É claro que não, Barry. Boa sorte.
Logo depois, Barry abraçou Cisco.
— Vou sentir sua falta, cara.
— Lembrarei de você como um herói e como meu melhor amigo.
— Eu digo o mesmo.
Barry então cumprimentou Jay.
— Faça o que for preciso, Flash. — Jay disse.
— Digo o mesmo, Flash.
E, por fim, Barry abraçou Joe com muita força.
— Perdi a Iris, e agora vou perder você...
— Você não vai me perder, Joe. Eu não estarei morto. Joe, escuta, você foi o pai que eu nunca pude ter. Se não fosse por você, eu nunca teria me tornado o Flash. Eu te amo, pai.
— Eu também te amo, Barry...
— Nenhum filho já sentiu tanto amor por um pai como sinto por você, Joe.
— Nenhum pai já sentiu tamanho orgulho pelo filho.
— Barry, o Jay e o Wally disseram que lá é como um inferno! — Jane disse.
— Eu não tenho escolha, Jane.
Um portal se abriu. De dentro, saiu Nora Allen. Ou pelo menos era a forma que a Força de Aceleração havia escolhido usar.
— Barry não vai para o inferno, mas da mesma forma que todo corredor acaba, ele chegou ao fim de sua corrida. — A Força de Aceleração disse usando o rosto de Nora.
— Você não pode levar ele! Não é justo! — Jane disse. — Por que você está sendo punido?!
— Tudo, tudo isso começou com um erro meu: O Flashpoint. Essa é a minha penitência. Essa é a minha redenção, Jane. — E Jane começou a chorar.
— Barry, isso não é justo! Era para nós termos nosso final feliz! Eu quero ser Jane West Allen!
— Você sempre será, Jane, mas você precisa seguir com sua vida. Continue crescendo, continue amando, e continue correndo, por mim. Esse é o seu destino, Fúria Escarlate. Seu destino é ser uma heroína. Me promete que vai correr, Jane.
— Eu prometo. — Jane disse enquanto suas lágrimas desciam por seu rosto.
Barry segurou o rosto da loira e a beijou como nunca antes. Logo depois, ele caminhou até a Força de Aceleração e deu a sua mão para ela. E juntos, os dois caminharam para dentro. Quando o portal se fechou, os raios sumiram. A cidade estava salva, e Barry havia ido.
PRCIOU_STILES ©
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