3⚡CHAPTER THREE: MAGENTA
Chapter Three: Magenta
Barry e Jane estavam muito animados. Haviam marcado um encontro. Barry não conseguia pensar em mais nada. A garota havia acabado de se arrumar e estava fechando a porta da casa dos West, onde ela havia voltado a morar. Após se virar, a menina é surpreendida. Barry estava de terno com um enorme coração feito de flores. Ele estremecia suas mãos com medo de parecer muito forçado. Jane fica sem palavras.
— É demais? É demais... É o coração, não é? É brega demais? Está bem, espere. — O garoto muda o formato do coração em super velocidade para um mural. — Está melhor? Está pior, não é? Vamos voltar ao coração e...
— Não, Barry. Espere. É lindo e você é muito fofo, mas esta noite eu quero ficar com você, Barry Allen. Não com o Flash. — Jane afirma arrumando o terno e a gravata de Barry.
— Entendi, então...
— Não vamos falar do Flash e nem da Fúria Escarlate. Sem velocidade.
— Sem problema. Está bem, começando agora, não se fala do Flash e nem da Fúria Escarlate. — Barry assegura.
— Mas então... Nossa! — Jane exclama olhando para o terno de Barry. Ele estava estiloso. — Aonde vamos?
— É uma surpresa.
Jane segura as mãos de Barry, que a leva para um restaurante maravilhoso. O lugar era muito chique. As paredes eram de mármore com luminárias gigantes que davam uma cor alaranjada e magnífica para o lugar. As mesas eram limpas e com um cardápio imenso. Todos que iam ali pareciam usar roupas chiques. Eram ricos.
— Está pretendendo doar um rim em um futuro próximo ou...
— Um rim? — Barry, lerdo, pergunta.
— Sim. Esse lugar é...
— Jane, não olhe pros preços. Peça o que quiser. — Ele disse com um sorriso formoso e contente no rosto. — Então, do que vamos conversar?
— Não sei, pode começar.
— Como está indo com o Joe?
— Muito bem. Eu consegui perdoar ele finalmente. É tão bom não estar brigada com ele. Agora sinto somos uma família. — Jane afirma sorrindo.
— Isso é muito bom.
— Sim, é. — Jane sorria muito. Ela estava verdadeiramente feliz. Barry admirava muito ela com seus olhares fixos. Parecia nem mesmo piscar. — O que foi?
— Nada... É que você fica muito linda quando sorri. — Ele responde sorrindo.
— Ah, Barry... Você é muito fofo.
— O que vamos fazer essa noite?
— Eu não sei. — Ela responde.
Os dois se encaravam. Seus olhares e sorrisos sugeriam no que estavam pensando, quando um alarme toca nos celulares dos dois. Era uma mensagem de alerta de Cisco. Os dois nem perdem tempo e correm até os Laboratórios Star. O Time todo estava na sala do portal, que inclusive estava aberto.
— Por que abriu o portal?!
— Não abri! — Cisco assegura.
Joe e Cisco pegam armas e miram para o portal. Se o que saísse dali fosse um inimigo, estariam preparados.
— Por isso te chamamos. — Joe falou.
— Você consegue fechar? — Jane pergunta com medo do que poderia surgir dali caso não fosse contido.
— Não teria chamado vocês se pudesse.
— Tem alguém atravessando! — Wally afirma vendo um espectro atrás do portal.
— Para trás. — Joe disse para seu filho, que se esconde atrás dos computadores.
O portal começa a se instabilizar quando alguém está prestes a sair. Em um salto, Harrison Wells da Terra 2 surge erguendo suas mãos.
— Pessoal. — Ele diz ofegante.
— Harry? — Barry pergunta.
— Preciso de ajuda.
— Com o quê? — Jane pergunta.
Um velocista surge do portal correndo em círculos, formando raios amarelos. Jesse aparece em meio ao fim deles, surpreendendo o Time Flash.
— Com isso. — Harry diz.
— Oi gente. — Ela diz respirando de forma acelerada e desesperada.
— Jesse? Você é uma velocista? — Wally pergunta em um tom, surpreendemente, desanimado.
— Sim. Bem legal, não é?
— É, é muito legal! — Jane alega com toda a certeza. — Isso é incrível!
— Quando isso aconteceu? — Caitlin pergunta de forma intrigada.
— Uns dias atrás. — Ela afirma.
— Então, quando eu devolvi a velocidade do Allen e da Jane, Wally e Jesse também foram atingidos pela matéria escura. Ela foi afetada. Totalmente afetada. — Harry explica.
— Mas eu não ganhei velocidade. Pode ter sido outra coisa? — Wally pergunta.
— Não. Quer dizer, duvido. A matéria escura afeta as pessoas de formas diferentes em tempos diferentes. Às vezes nem afeta, então agradeça. Mas ela foi afetada e quero fazer testes para descobrir o quanto. — Harry afirma.
— Vieram ao lugar certo. Vamos ao Laboratório de Velocidade.
— Laboratório de Velocidade? — Harry, Jesse e Barry perguntam ao mesmo tempo de forma sincronizada.
Caitlin anda até um andar dos Laboratórios Star, revelando um enorme lugar. Havia um túnel com uma pista que seguia em volta do Laboratório, feito para um velocista correr testando sua velocidade com computadores que ficavam do lado. Aquilo não existia antes do Flashpoint. Barry sabia disso e de algum jeito, Harry e Jesse também.
— Isso é loucura. — Barry afirma olhando o lugar ao seu redor com um olhar de surpreso e desacreditado.
— Alguma coisa me diz que você nunca esteve nessa sala antes. — Cisco disse.
— Não. — Barry admite.
— Espere, você nunca... Allen. — Harry fecha seus olhos após entender o que havia acontecido. Ele sente um pouco de aflição e os abre novamente de forma arrastada. — Isso quer dizer que você viajou no tempo de novo.
— Sim, mas...
— Quantas vezes eu disse que não era para fazer isso?
— Até que descobriu isso bem rapidinho. — Jane nota.
— Sim, Senhorita Alisson West, foi fácil, porque eu e Jesse também nunca estivemos aqui. — Ele alega olhando para Jesse, que confirma indicando com sua cabeça. O Time fica pensativo.
— Certo. Outra Terra, outra linha do tempo. — Joe tenta entender.
— Exato. Quando fez isso? Depois que voltamos para a Terra 2?
— Olha só, é que Harry, só algumas coisas estão diferentes.
— Acredito sim. Só que não.
— Sério? Estão falando "só que não" na Terra 2 agora? — Cisco questiona em um tom irônico, deixando Harry inquieto e ao mesmo tempo aborrecido.
— Não. É só ele. — Jesse confirma.
— Certo. Vamos colocar a Jesse na pista e ver do que ela é capaz. — Caitlin diz.
— Vamos nessa. Vejam só isso. — Jesse diz tirando seu casaco. A garota começa a correr, impressionando a todos. Jesse era muito, muito rápida. Muito mais rápida do que Barry no começo. Talvez até do mesmo nível de Jane.
— Caramba. Ela é rápida mesmo.
— É, ela é. — Wally diz desapontado. Joe e Jane percebem. — Eu vou nessa.
— Wally, espera. — Falou Joe.
— Joe, eu acho melhor ele não ter velocidade. — Barry diz.
— Nem precisa me convencer disso. A última coisa que eu quero é meus três filhos correndo pela cidade e se metendo em confusão. — Joe garante.
— É porque ele pareceu bem desapontado. — Barry assegura.
— Eu vou falar com ele. — Jane disse.
— Dá um tempo pra ele.
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No dia seguinte, havia acontecido algo. Esse era o assunto do dia que estava sendo tanto falado na CCPD. Um homem havia sido atacado por um poste e uma garota era testemunha. Jane e Barry haviam acabado de chegar ao departamento com dois cafés em mãos quando encontram Iris.
— Iris? O que faz aqui?
— Tentando buscar informações sobre um homem que foi atacado por um poste ontem. Esse está sendo o assunto do dia aqui. Boa sorte. — Iris diz saindo.
Jane e Barry se olham com olhares duvidosos. Não estavam sabendo nada sobre esse ataque. Ao se aproximar mais, veem Joe interrogando uma garota. Ela era muito jovem e possuía cabelos curtos e roxos.
— O relatório diz que estava na sala com seu pai... — Joe é cortado.
— Adotivo. Pai adotivo. John.
— Certo, pai adotivo. — Ele responde anotando em um bloco de anotações. — E você estava na sala quando ele foi atingido por um poste de luz que... Entrou voando no apartamento?
— Eu estava sim, mas não me lembro de nada disso. Ele chegou em casa e gritou com a Karen, minha mãe adotiva, para fazer o jantar.
— Foi aí que você desmaiou?
— É, acho que sim.
Jane e Barry conseguiam perceber a forma que a garota estava inquieta. Havia passado por uma situação muito complicada que poderia facilmente se tornar um trauma durável.
— Já aconteceu antes? Você apagar?
A garota balança sua cabeça, indicando que sim enquanto fechava seus olhos em um olhar espantado e aflito.
— O John vai ficar vem?
— Ele está no Hospital de Central City. Ele está bem machucado. — Joe olha para o lado direito, quando vê Barry e Jane. — Frankie, pode me dar um minutinho? — Ele pergunta à garota, que revira seus olhos antes de balançar sua cabeça, indicando que sim. — Jane, Barry. Descobriram algo?
— Ouvi alguém falar sobre o poste. A espessura dele tem 1,3 centímetros, mas para dobrar até mesmo meio centímetro de aço requer 177 toneladas de força de tensão, então...
— Então procuramos um meta com superforça? — Ele questiona.
— Ainda não temos certeza, mas foi tudo que descobrimos. — Jane assegura enquanto mantia seus olhares fixos à garota. Tinha algo errado naquela história. Ela não confiava em Frankie. Seus instintos diziam que ela tinha algo haver com o acidente, e estavam certos.
— E por que só descobriram isso?
— Porque eu apareci. — Julian afirma entrando na conversa dos três de forma enxerida. — O problema com a teoria do Barry e da Jane é que não havia digitais no poste.
— O meta poderia estar usando luvas.
— Sim, talvez. Acontece que a curvatura sugere que quantidades iguais de pressão foram aplicadas nele todo ao mesmo tempo. Então a menos que o nosso meta humano tenha envergadura de mais de 6 metros...
— Foi causado por outra coisa.
— Isso. — Ao ver os olhares fixos de Jane para a garota, Julian se questiona sobre quem era ela. — Quem é ela?
— É a Frankie. Ela é a filha adotiva da vítima. A coitadinha vai de casa em casa há anos. Escutem, ela disse que apagou durante o incidente.
— Eu ouvi. — Jane afirma.
— Reprimir memórias é um mecanismo de defesa muito comum em crianças adotadas. — Barry explica.
— É mesmo, é? — Julian pergunta com um olhar fixo e pensativo.
— É. — Barry responde, propositalmente, de forma atrevida.
— Pode ser outra coisa. — Julian se aproxima de Frankie. — Oi, tudo bem?
— Tudo. — Ela responde.
— Você quer mais água?
— Sim, obrigada.
— Ela quer mais água, detetive. — Julian confirma se aproximando do bebedouro com o copo de vidro que estava nas mãos de Frankie.
— Fiquem de olho nele.
— E você vai fazer o quê, pai?
— Terminar aqui e tentar convencer o meu filho de que ele não deve ser um super herói. — Joe disse.
— Ótima ideia. — Barry responde.
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— Está fazendo o quê? — Barry pergunta chegando ao Laboratório Forense ao lado de Jane.
— Presumo que já tenha tirado uma amostra de DNA antes. — Julian disse de forma irritante e irônica.
— Certo... Eu sei o que está fazendo, mas por que está fazendo?
— Por que a pergunta? Você e sua namorada estão a fim de roubar outra amostra de novo? — Julian pergunta.
— Do que você está falando?
— Um dia desses vocês me pediram o relatório sobre a casca do Edward Clariss. Eu não havia dito nada sobre o nome dele. A única explicação é que roubaram uma amostra. — Julian explica. — Sabe por que eu não gosto de vocês? Porque eu não confio em vocês, e eu não gosto do que não confio.
— Julian, qual é. Só queremos saber o que você está fazendo. — Jane fala.
— Isolei o elemento consistente nas cinco cascas que já achamos, incluindo a do Edward Clariss.
— Quer dizer, o Rival?
— É como os jornais o chamam.
— E qual é o elemento?
— Eu não sei, mas não é nenhum que já encontrei nas amostras de meta humanos que já estudei. — Julian diz.
— Então você acha que a Frankie, a garota lá embaixo, tem o mesmo elemento no DNA dela? — Jane pergunta após ligar os pontos.
— Eu não estaria comparando as amostras se não fosse uma possibilidade, não é mesmo, Alisson West? — Julian aproxima seus olhos do microscópio, onde muda sua expressão rapidamente. — Que bom que fiz isso.
— O que foi? — Barry pergunta.
— Anda. — Julian diz descendo as escadas da delegacia. — Cadê ela? Você! Você, garota, pare! — Julian grita após avistar Frankie andando suavemente pelo departamento. — Foi você, não é?!
— O quê? — Ela pergunta confusa. Seus olhares se tornaram desesperados.
— O poste. Foi você, não foi?
— Não, não! Pare! — Ela tampa seus ouvidos se agachando de joelhos ao chão. Certamente estava desesperada.
— Você é uma mentirosa!
— Julian! — Joe exclama.
— Você é uma meta humana!
— Pare! Não! Pare!
— Colocou seu pai aditivo no hospital, não colocou?! — Julian questiona em um tom agressivo e acusador.
— Não! — Ela responde gritando.
— Julian, pare! — Jane tenta impedi-lo, mas o mesmo não dá ouvidos e se aproxima ainda mais da garota.
— Eu sei da verdade! Fala logo! Vai, Frankie! Fala!
A garota fica paralisada por alguns segundos. Seus olhos ficam roxos e seu olhar deixa de ser espantado e desesperado e se torna vazio e insano.
— Eu queria fazer mais do que machucá-lo. — A garota alega quase dando uma risada. — Agora vou fazer o mesmo... Com você! — Ela estica suas mãos. Os corrimãos das escadas do departamento se soltam. Estavam sendo controlados por Frankie.
— Frankie! Frankie pare!
Jane e Barry conseguem salvar Julian, o levando para o outro lado do andar de baixo do departamento. Estavam com seus trajes de Flash e Fúria Escarlate. Julian fica muito aliviado. Ele nunca havia chegado tão perto da morte.
— Você está bem? — Barry pergunta.
— Estou. Obrigado, Flash e Fúria Escarlate. — Ele agradece ofegante.
Frankie não estava mais ali. Ela havia conseguido fugir. A expressão da garota havia mudado de forma tão repentina. Parecia até que outra coisa havia tomado o controle de seu corpo. Era esse mistério que o Time Flash precisaria desvendar agora.
Barry e Jane correm até o lado de fora da delegacia, no mesmo lugar que Barry havia descoberto seus poderes. Frankie, ainda com seus olhos roxos brilhantes, estava saindo do beco.
— Frankie! — Jane a chama.
— Não. Frankie se foi. Meu nome é Magenta. — Ela afirma com um olhar de muita raiva e no fundo, medo.
— Você está assim por causa do Alquimia. Ele mudou você, não foi? Essa não é você. Venha conosco. Diga-nos o que aconteceu. Podemos te ajudar. — Barry afirma.
— Não preciso da ajuda de vocês, Flash e Fúria Escarlate. — A inimiga garantiu.
— Só queremos que ninguém se machuque. — Jane assegura.
— Tarde demais para isso. — Frankie controla um carro de polícia que estava passando na rua em frente ao beco e o levita ao ar. O policial entra em desespero. Frankie sentia tanta raiva.
— Frankie! Não!
— Sou eu ou ele. — Ela atira o carro para cima. Jane e Barry conseguem salvar o policial o levando para baixo. Após a destruição do veículo, a garota havia escapado.
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— O nome dela é Frankie Kane, mas está se chamando de Magenta.
— E a Magenta é uma pessoa totalmente diferente da menininha assustada com quem conversei.
— Ela é dissociativa. — Harry assegura. Ele provavelmente já deve ter lidado com metas assim antes.
— Quer dizer, dupla personalidade?
— Exato. — Harry confirma.
— De acordo com a ficha, é uma doença que ela teve a vida toda. Estou certa que a gritaria na delegacia e a pressão que o Julian fez nela desencadearam isso.
— Então a Frankie é o Jekyll e a Magenta é o Hyde. — Wally sugere fazendo uma referência ao filme de 1941, dirigido por Victor Fleming.
— Clássico bom contra o mau.
— Pelo que vimos, a Magenta está tentando assumir o corpo da Frankie. Foi bizarro. Foi tipo como se a mente dela estivesse fragmentada. — Jane diz.
— Mais uma coisa, ela é mais uma vítima do Alquimia. Quando eu disse o nome dele, ela o conhecia. Isso significa que ela também tinha poderes no Flashpoint. — Barry afirma.
— Alquimia? — Harry questiona.
— Bom, o Doutor Alquimia é um homem mágico de manto que de alguma forma restaura os poderes que as pessoas tinham no Flashpoint.
— Certo e o que seria Flashpoint?
— É como chamamos a linha do tempo alternativa que o Barry criou quando voltou no tempo e salvou a mãe dele.
— Então a Magenta é outro efeito colateral de sua viagem no tempo, Allen. Genial. Só que não.
— Uma pessoa com poderes como os dela precisa ser localizada, e rápido.
— Disse que ela foi criada no sistema de adoção? — Iris questiona.
— Sim, a vida toda. A coitada ia pulando de casa em casa.
— E talvez casas ruins. O atual pai adotivo dela, John, a vítima do ataque, tem uns sérios problemas de conduta. Ele pode ter alguma informação. Vou ao hospital e ver se consigo descobrir alguma coisa. — Iris afirma.
— Eu vou com você. — Jane diz.
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Iris e Jane haviam acabado de chegar ao Hospital de Central City. O lugar era bem sujo e possuía um péssimo odor. As duas chegam até a recepcionista, uma mulher de cabelos pretos presos.
— Boa noite, queremos visitar uma pessoa. — Iris explica.
— Nome. — A recepcionista solicita logo antes de guardar seu telefone.
— John James.
— Certo. Nome das duas.
— Jane Alisson West e Iris West.
— Desculpe, mas somente familiares podem visitá-lo. — A recepcionista afirma.
— Somos repórteres. — Iris afirma mentindo. — Só queremos fazer algumas perguntas. Peça a permissão dele. Ela é a mais importante.
A recepcionista disca o número do quarto e conversa com John ao telefone. Ela diz os nomes de Jane e Iris e após concordar com algo que o homem disse, encerra a ligação.
— Podem subir. Quarto 312. Sexto andar.
As duas sobem as escadas, até o sexto andar, onde encontram o quarto. Jane bate na porta duas vezes.
— Entra. — O homem diz. Estava deitado em uma cama com monitores ao seu lado, indicando seu batimento cardíaco. — O que querem?
— John James? Somos repórteres. Queríamos fazer algumas perguntas sobre Frankie Kane.
— Já acharam ela?
— Não, ainda não.
— Por que a demora? Aquela aberração meta humana quase me matou. — John diz de forma lenta. Claramente tinha dificuldades para falar e para respirar.
— Sabemos. Sentimos muito.
— É isso que eu ganho por acolher a Frankie? Que Deus a ajude quando eu a vir de novo. — John fecha suas mãos.
— O que isso quer dizer?
— Que é ela que vai parar no hospital.
— Espere... — Jane para por alguns segundos e fica pensativa. Frankie havia dito que John estava gritando com sua mãe adotiva para fazer o jantar. Ele era abusivo. Jane não podia acreditar. — Ela estava se vingando.
— O que? — Iris pergunta.
— A Magenta estava se vingando do John... E ela vai tentar de novo. Enfermeira! — Uma mulher negra de roupas azuis e cabelos crespos surge da porta. Muito bonita. — Temos que levá-lo para um lugar seguro!
— Por quê? — Ela questiona.
Um alto estrondo é escutado. Jane e Iris se aproximam da janela. Um enorme navio estava sendo levitado pela Magenta, que estava com um sorriso maléfico no rosto com uma expressão de ódio e certamente vingativa.
— Meu Deus! — Jane coloca John em uma cadeira de rodas e o leva pelos corredores junto de Iris e a enfermeira.
— Pra onde está me levando?
— Para um lugar seguro. Por mais que eu odeia ajudar um babaca abusivo, não posso te deixar morrer. — Jane desvia seu olhar pra Iris. — Eu não vou poder ajudar o Barry. Manda uma mensagem pra ele. A Jesse pode ajudá-lo, ou melhor, precisa ajudá-lo.
Iris envia uma mensagem de alerta para Barry, alertando o Time Flash. Jane e Iris conseguem escutar Barry e Jesse correndo em círculos no topo do prédio. O navio havia voltado ao mar. Agora, Barry conversava com Frankie para tentar trazê-la de volta. A garota o abraça pedindo desculpas aos choros.
⚡
— Como foi lá? — Jane pergunta chegando ao córtex junto de Iris.
— Muito bem. A Jesse fez um ótimo trabalho. — Barry afirma. Jesse sorri e fica vermelha de timidez.
Frankie estava ali. Conversava com o Time sobre as consequências dos atos cruéis de sua segunda personalidade.
— Então mais ninguém se machucou?
— Por sorte, não. Não tem que se preocupar com isso. — Caitlin jura.
— E quanto ao John?
— O promotor vai processá-lo pelo que fez com você, então acho que ele vai cumprir pena. — Jane afirma.
— É tão estranho ser responsável por tudo isso e não se lembrar de nada.
— Do que se lembra sobre como ganhou seus poderes? — Barry pergunta. Ele queria saber detalhes sobre o Alquimia. Qualquer coisa já ajudava com base no fato que o Time não sabia nada sobre o novo inimigo.
— Tudo começou com sonhos. Eu comecei a ter pesadelos com a Magenta. Eram mais do que sonhos. Sei lá, era como se eu estivesse vendo outra vida. Depois comecei a ter esses pesadelos frequentemente. Às vezes até durante o dia. E quanto mais acontecia mais doloroso se tornava. Aí comecei a ouvir uma voz. — Frankie explica.
— Que voz? — Cisco pergunta.
— De um homem chamado Alquimia. Ele me disse que poderia me dar tudo que eu queria e me ajudar a alcançar meu verdadeiro potencial. Eu não entendi. Eu achei que estava ficando louca. — Frankie afirma lagrimando. Aquelas lembranças eram doloridas.
— Acredite, Magenta não está aqui por causa de nada que você fez. Pode haver uma escuridão dentro de você, mas se você controlar ficará mais fácil para o lado bom vencer. — Jane afirma.
— Você vão me deixar ir?
— Nada disso é sua culpa, Frankie. A Caitlin achou um bom lar para você em Keystone. Pessoas que nunca vão te machucar. — Barry afirma.
— Mas e se a Magenta tentar voltar?
— Não deixe. Se precisar de ajuda, estaremos aqui. Temos fé em você, Frankie. — Barry assegura.
— Obrigada. — Frankie agradece quase chorando de emoção e alegria.
⚡
No dia seguinte pela noite, Joe havia mandado uma mensagem para Barry e Jane, os pedindo para irem até a delegacia. Os dois haviam acabado de entrar no Laboratório Forense, onde encontram Julian e Joe.
— O que foi? — Jane pergunta.
— Finamente chegaram. Escutem, o Singh queria que eu mostrasse isso a vocês. — Joe afirma virando o notebook que estava à sua frente para que Jane e Barry vissem. — Aconteceu uns dias atrás em Iron Heights. Eles tentaram esconder. Não queriam que pensassem que havia um risco de segurança, mas observem só isso. — Joe aperta o play.
— É o Clariss. — Julian afirma.
— Alquimia?! — Clariss pergunta no vídeo. — Apareça! Eu sei que é você. — Em uma luz branca misteriosa, Clariss é arremessado contra as paredes de sua própria cela. Alguém o segura pelo pescoço, mas não dava pra ver nas câmeras. Era alguém invisível.
— Morreu antes de cair no chão.
— Alquimia? — Jane pergunta. Ela tenta fingir que não o conhecia.
— Já ouviu esse nome antes, Alisson West? Alquimia? — Julian a questiona.
— Nunca. — Ela responde mentindo.
— Talvez seja um meta invisível.
— Talvez seja um fantasma. Acredita em fantasmas, Allen?
Barry e Jane nem imaginavam que havia uma ameaça muito mais poderosa do que o Alquimia por aí. Uma ameaça realmente assustadora.
PRCIOU_STILES ©
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