2⚡CHAPTER TWENTY TWO: O FUTURO
Chapter Twenty Two: O Futuro
A consciência de Jane retorna aos poucos. Ela demora um pouco para acordar totalmente, quando percebe que estava em um lugar estranho. Era um apartamento branco. Ela estava deitada em uma imensa cama, certamente era feita para um casal.
— Pessoal? Barry? — Ela pergunta. Nada. Ninguém responde. Jane consegue ouvir o som de crianças, ou bebês. Após abrir a porta, ela chega em uma cozinha. Lá estava ela, Iris. Seus cabelos estavam vermelhos e estava bem mais velha. Iris preparava um café da manhã. Uma criança estava ali. Era um bebê, mas nem tão novo. Deveria ter uns três anos, mais ou menos. Jane estava confusa. Até que alguém surge da porta da sala. Era Barry. Ele estava mais velho do que nunca. Ele abraça o bebê da forma mais carinhosa possível.
— O papai chegou. — Iris diz logo antes de beijar Barry. Jane fica constrangida. Ela não sabia explicar a sensação de medo que sentia. Aquele era o futuro pelo que tanto tentou impedir.
— Eu te amo, Iris West-Allen.
— Eu também te amo, Barry Allen.
Jane corre dali até chegar em uma rua. Ela estava em Central City, mas tudo estava mudado. O Jitters estava mais moderno com brilhos em seu logotipo. As ruas estavam bem mais terminadas e não estavam desburacadas. A garota corre, sem velocidade, até a sua casa. Em seu bolso, estavam suas chaves. Ela abre a porta e logo depois a fecha. Seu pai estava sentado no sofá assistindo a um programa de faroeste. Jane surge na frente de seu pai, esperando ele a notar.
Nada fazia sentido. Joe parecia não ver sua filha ali. Jane sai da casa. Ela estava confusa. Segundos depois, uma mulher anda até Jane. Possuía grandes cabelos loiros e olhos azuis. Era bonita.
— Mãe? — Ela pergunta.
— Eu queria dizer que sim. — Jane havia entendido. Ela não estava no futuro, estava na Força de Aceleração.
— A Força de Aceleração, certo?
— Exatamente. Você está mais inteligente do que da última vez que conversamos, Jane.
— O que você quer de mim dessa vez?
— O que está achando desse novo ambiente? Adorei essa pegada futurística de Central City.
— Você está me mostrando o futuro que estou tentando me impedir, por quê?!
— Porque agora você está presa aqui.
— O que?! — Ela pergunta confusa.
— Exatamente. Você está presa aqui.
— Eu quero voltar pros meus amigos! Quero voltar pra minha família!
— Eu posso fazer isso. Na verdade, só preciso estalar meus dedos e você acordaria no seu mundo e no seu tempo, mas suponho que você queira a sua velocidade, não estou certa?
— Sim. — Jane afirma.
— Nessa caso, você vai ter que escapar. Boa sorte nessa missão, Jane.
— Mas... isso não faz sentido. Você não me disse nada! Nem uma pista!
— Nesse caso... eu tenho uma charada com a resposta. Tenho apenas uma cor, mas posso ter vários tamanhos. Estou presente quando faz sol. Na chuva, jamais! Passo todo o tempo no chão, mas nunca fico sujo. Não faço mal algum e não posso sentir dor. Quem sou eu? Resolva essa charada se quiser sair dali, Jane. Adeus... — A Força de Aceleração desaparece, deixando Jane sozinha ali na rua do lado de fora da casa dos West. Agora, ela precisaria resolver a charada para sair dali e voltar pro seu Time.
Jane começa a pensar. Ela repete a charada em sua mente diversas vezes tentando encontrar a resposta. A garota começa a andar pela cidade sem se desviar do foco, que era a charada. Era algo que ficava no chão, poderia ter muitos tamanhos mas somente uma cor, é presente somente no sol, não pode sentir dor e não faz mal. Por sorte, ela já havia escutado uma charada parecida em sua infância. A resposta era a Sombra. Fazia sentido.
A garota olha para sua própria sombra então, que foge. Jane precisaria e provavelmente ela a guiaria para a saída daquele lugar. A garota persegue sua própria sombra até o parque central da cidade. Jane estava mais cansada do que jamais esteve desde um bom tempo. Ali não era a saída. Não tinha ninguém no parque, somente uma pessoa. Era Iris, sua irmã. Não era tão velha quanto a Iris que tinha visto antes. Agora ela estava com a aparência normal. Jane já imaginava o óbvio.
— Deixa eu advinhar, Força de Aceleração. — Jane sugere ofegante.
— Muito bem, Jane. Parece que você ainda consegue resolver esse tipo de charada fácil para crianças.
— No que você quer chegar?
— Tenho mais um último enigma. A resposta deste te levará para o seu maior medo. Se conseguir superá-lo, poderá voltar para seus amigos.
— E por que eu confiaria em você?
— Porque eu que tenho te guiado durante suas aventuras como Fúria Escarlate ao lado do Flash. Eu que permiti que você tivesse velocidade. Criamos uma conexão a partir daí, se é que me entende. — Ela afirma.
— Tanto faz. Diz logo essa charada.
— Quando precisa de mim, você me atira para longe, até um lugar onde ninguém pode me ver. Mas quando já não precisa mais, você me traz de volta. Quem sou eu? — A Força de Aceleração pergunta. Ela sai dali então. Jane não havia entendido nada. Não havia um sentido.
O que ela atira para longe quando precisa e traz de volta quando não precisa? Não havia lógica alguma. Talvez houvesse um duplo sentido. Poderia não ser um objeto ou coisa de fato, talvez somente um pressentimento. No fim do parque de Central City, era possível se ver o extenso mar que cercava a região. Alguns navios passavam por ali. A maioria entregava encomendas. Até que então, a resposta estava à sua frente. A âncora! Quando um marinheiro precisa dela a atira para longe, no caso para o fundo do mar, e quando precisa a traz de volta para cima do navio. Era a única explicação.
Mas mesmo com a resposta, ainda não fazia sentido. Ela teria que ir atrás de uma âncora de navio então? Não havia lógica. Até que Jane lembra de uma das últimas coisas que Barry havia a dito. Era quando eles estavam na câmara.
Ele havia dito que ela era sua âncora, que o guiava. As peças haviam se encaixado. Jane precisava encarar o Barry do futuro e superar seu medo.
A garota anda de volta até o apartamento de onde saiu. Barry estava lá, sentado com Iris no sofá. Eles não podiam escutá-la. A Força de Aceleração não deixava de propósito.
— Tá legal... eu sei que vocês não estão me ouvindo, mas eu preciso dizer. Barry, desde crianças nós tínhamos uma conexão incrível. Trocávamos olhares na sala de aula e ríamos em momentos sérios, como na vez em que o professor Hinkley de matemática estava dando uma enorme bronca na turma batendo no quadro com os punhos. — Jane dá algumas risadas, mas ainda assim chorando. — Eu sempre te amei, Barry. Eu só descobri isso de fato no dia em que você estava sozinho chorando e eu te abracei, prometendo que ficaria com você até o final. Anos depois você se tornou o Flash e nos apaixonamos. Era tudo perfeito. Eu não sei porque você desistiu de mim ou porque você escolheu a Iris ao invés de mim, mas eu peço desculpas se eu te fiz alguma coisa. Eu não vou mais correr atrás do futuro que não é meu, caso no dia 24 de maio o jornal de 2024 não mude. Eu só queria dizer que eu te amo e nunca vou deixar de amar, mas isso não quer dizer que vou ir atrás de alguém que não gosta de mim. — Jane limpa suas lágrimas com suas mãos. A Força de Aceleração chega ali na forma de sua mãe. Ela entra e coloca as mãos nos ombros de Jane de forma suave.
— Parabéns, querida. Você conseguiu. Você superou seu maior medo.
— Isso quer dizer que...
— Sim, deixarei você voltar para os seus amigos. — Ela diz. — Espere... tem algo acontecendo. Tem alguma coisa tentando invadir esse lugar.
— Do que você está falando?!
— Segure as minhas mãos!
Jane obedece e o lugar se torna uma tempestade de raios. Ali era a real aparência da Força de Aceleração.
Cisco estava bem à frente de Jane. Ele esticava sua mão na esperança de sua amiga a segurar. Jane estava confusa.
— O que está acontecendo?
— Seu amigo está tentado trazer você e o Barry de volta. Basta segurar a mão dele e voltará para o seu mundo.
— Obrigada. — Ela agradece.
— De nada. — A Força de Aceleração responde. Jane se estica para frente, fecha seus olhos e consegue segurar a mão de Cisco. Após abri-los segundos depois, estava na sala da brecha.
— Barry! Jane! — Henry e Joe gritam correndo até seus filhos.
Barry também havia passado pela mesma coisa que Jane, mas do ponto de vista dele com seu próprio passado.
— Eu nem acredito que voltei! Jane, você está bem?! Você também viu?!
— Oque?! A Força de Aceleração?
— Sim. Os testes.
— Sim. Eu passei por algo parecido outra vez quando ganhei minha velocidade pela primeira vez, mas agora foi mais real. O que você viu?
— Eu vi a minha mãe.
— Cisco, você nos trouxe de volta!
— Créditos ao Harry. Ele que deu a ideia de eu usar meus poderes e acessar a energia dimensional e usá-la para encontrar vocês. — Cisco diz.
— Obrigado, Harry.
— Considerando o fato de que meus cálculos e minha arrogância quase mataram vocês, era meu dever.
Iris abraça sua irmã da forma mais forte possível. Ela chorava muito.
— Eu achei que tinha te perdido.
— Você não me perdeu, Iris. O que aconteceu enquanto estávamos lá?
— A Jesse e o Wally também foram atingidos pela matéria escura. O Wally acordou a pouco tempo, mas a Jesse está em coma. — Harry afirma.
Jane e Barry correm, em super velocidade, até o córtex. Eles sentiam muita saudade da tal sensação de eletricidade pulsando por suas veias. Jesse estava deitada na maca. Ela estava viva, mas estava em coma.
— Eu sei o que devo fazer. — Jane segura as mãos de Jesse. De forma inacreditável, Jesse acorda logo depois. Harry abraça sua filha.
— Como você fez isso?
— Você é mágica agora?
— Digamos que a minha jornada na Força de Aceleração me deu uma nova visão sobre as coisas. — Jane diz sorrindo. — Jesse, você está bem?
— Estou... — Ela diz ainda acordando
— Obrigado, Jane. — Harry agradece.
Jane acena com sua cabeça. Um alarme toca. Cisco corre até seu computador, onde descobre o motivo.
— Que droga! É o Zoom. Ele convocou um exército de meta humanos. Eles estão por toda a cidade agora.
— O ciclo de repete. — Harry diz.
— Vamos lá. Jane, pronta? — Barry diz.
— Já era hora.
Os dois colocam seus trajes e correm em super velocidade pela cidade. No meio de tanta destruição, o Flash e a Fúria Escarlate não desistiam. Continuavam pela cidade salvando as pessoas e detendo os meta humanos. Zoom estava no topo de um prédio. Sentia muita, muita raiva pelo retorno do Flash e da Fúria Escarlate. Ele estaria disposto a fazer toda a cidade pagar para se tornar o velocista mais rápido de todo o multiverso.
PRCIOU_STILES ©
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