
50.
EMILY SAINZ
📍Dubai, Emirados Árabes Unidos
"Corrida ilegal"
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Ao terminar de me arrumar e voltar para o quarto depois de, finalmente, um banho relaxante, após horas de viagem, esperei que, de alguma forma, tudo isso valesse a pena.
Olhei para Lando, que estava colocando os tênis rapidamente.
— Você vai sair? — Perguntei, não conseguindo me segurar. —
— Interessada? — Ele brincou. — Eu vou sair, sim, mas você vai junto comigo.
— Nos seus sonhos, né? Eu vou dormir agora, isso sim.
— Ah, para, Lily. Você não vai deixar de sair comigo pra dormir, vai?
— Sim, meu sono é mais precioso.
— Eu entendi, mas vamos, por favor. Prometo não tentar nada, vou respeitar o seu limite.
— Mas por que você está insistindo tanto em me levar?
— Porque eu vou te levar a um lugar que você vai gostar e muito. — Ele sorriu, com um olhar que sugeria que sabia exatamente o que estava fazendo. —
Eu respirei fundo, ainda tentando resistir à tentação de aceitar. Mas, com Lando, era sempre difícil dizer não.
— E o que tem de tão especial nesse lugar? — Perguntei, já começando a ceder. —
— Ah, você vai ver. Vai ser uma surpresa. — Ele piscou e se levantou, estendendo a mão para mim. —
Era difícil resistir a essa insistência dele. Mesmo com o sono, a curiosidade estava me vencendo. Eu sabia que não ia ter muita paz enquanto não fosse, então dei o braço a torcer.
— Tá bom, tá bom. Vou só colocar uma jaqueta e a gente vai. Mas não se empolgue, hein? — Falei, já me levantando da cama. —
Ele sorriu, claramente satisfeito com a vitória.
— Eu sabia que você não ia resistir.
— Na primeira coisa que eu não gostar, eu volto embora. — Respondi, já começando a me preparar para o que poderia estar por vir. —
— Tá bom, você que manda, Lilian. — Ele sorriu, claramente satisfeito com a minha aceitação. —
Saímos do quarto juntos e descemos para o carro. Ao ver o veículo estacionado na frente, não pude evitar comentar:
— Fala sério, você tem carro em todo lugar?
— Eu tenho os meus contatos. Senão acha mesmo que eu ficaria sem carro e teria que ir pra todo lugar de táxi? — Ele riu, entrando no carro. —
Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir com a situação. Lando sempre parecia estar cercado de privilégios e, aparentemente, tinha uma rede de favores a seu favor onde quer que fosse. Ele não estava errado, claro, mas era engraçado como ele sempre encontrava um jeito de tornar tudo mais conveniente.
— Claro, claro, porque no mundo de Lando Norris, ninguém anda de táxi, né?
— Não é bem assim, mas se tiver um carro disponível, por que não usar, né? — Ele deu de ombros, ligando o motor. —
— Você é impossível. — Respondi, me acomodando no banco do carona. —
Ele sorriu e colocou o carro em movimento.
— A noite é jovem, Lily. E eu prometo que você vai se divertir.
Eu estava desconfiada, mas o fato de Lando estar tão animado fez com que eu me sentisse um pouco mais curiosa sobre o que ele estava planejando.
O carro deslizou pelas ruas iluminadas, e, apesar de minha resistência, comecei a me sentir um pouco mais animada. Lando parecia tão confiante com o que estava planejando, e, por mais que eu tentasse manter a cara de quem não estava interessada, a verdade é que uma parte de mim estava curiosa.
— Onde exatamente estamos indo? — Perguntei, tentando esconder minha ansiedade com um tom indiferente. —
— Isso é parte da surpresa, Lilian. — Ele olhou para mim com um sorriso travesso, os olhos brilhando de diversão. — Mas posso te garantir que você vai adorar.
Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Lando sempre sabia como criar aquele suspense que deixava tudo mais interessante. O clima de mistério, no entanto, fazia com que eu me perguntasse o que ele estava aprontando dessa vez.
— Você tá me sequestrado é? — Perguntei vendo ele dirigir para uma parte mas afastada da cidade —
— Seria um plano bom, mas não aqui, eu não estou te sequestrado
— Olha eu tô confiando em você, vai lá ver o que você irá fazer, Lando
O carro começou a se afastar da parte mais movimentada da cidade, e logo estávamos em uma estrada mais escura, sem muitas luzes ou pessoas ao redor. Eu não sabia o que esperar, mas o sentimento de surpresa só aumentava.
De repente, o carro virou para uma entrada bem escondida, e o que vi me deixou sem palavras. Era uma grande área aberta, cheia de carros tunados, alguns com detalhes chamativos, luzes piscando e motores roncando. Havia pessoas conversando em grupos, outras ajustando os carros, e uma sensação de adrenalina no ar.
— O que exatamente é isso? Corridas ilegais? — Perguntei, ainda tentando assimilar tudo. —
— Exatamente. É um racha bem legal, Pierre que me indicou. Vai falar que nunca participou? — Lando respondeu, com um sorriso provocador. —
— Não, seu maluco! — Olhei para ele, incrédula. — Não me diga que o London Boy Lando Norris já participou?
— Óbvio! — Ele riu, orgulhoso. — Aliás, preciso te apresentar à Ayla. Ela com toda certeza vai gostar de te conhecer.
Ele saiu do carro e, sem outra opção, o acompanhei.
— Ayla? Quem é Ayla? — Perguntei, sentindo uma pontada de ciúmes, mesmo que tentasse ignorar. —
— Uma amiga. — Lando olhou para mim e ergueu as mãos, como se já soubesse exatamente o que estava passando pela minha cabeça. — E não me olha com essa cara de julgamento, como se não acreditasse que ela é só minha amiga. Juro por tudo que é mais sagrado, Lilian, ela é só uma amiga.
Revirei os olhos, mas no fundo sabia que ele tinha razão. Suspirei e continuei andando ao lado dele enquanto nos aproximávamos de um grupo de pessoas. No centro, uma mulher de cabelo escuro e curto falava animadamente com um rapaz ao lado de um carro vermelho.
— Ayla! — Lando chamou, fazendo com que ela se virasse imediatamente. —
Ela abriu um sorriso largo ao vê-lo e, sem hesitar, veio até nós.
— Ora, ora, Norris, resolveu dar as caras! — Ela brincou antes de olhar para mim. — E essa deve ser a famosa Emily.
Famosa?
Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, Ayla se aproximou e me cumprimentou com um aperto de mão firme e um sorriso simpático.
— Finalmente te conheço! Já ouvi falar muito de você.
Olhei de relance para Lando, que fingiu não notar.
— Bom… espero que só tenha ouvido coisas boas. — Respondi, tentando manter a naturalidade. —
— Com certeza! — Ayla riu. — Mas me conta, já participou de uma corrida dessas?
— Nunca, mas estou bem curiosa para ver como tudo funciona.
Ayla sorriu de lado, cruzando os braços.
— Acho que você vai gostar mais do que imagina.
Lando, ao meu lado, apenas observava tudo com um sorriso divertido, como se já soubesse exatamente onde isso ia dar. E, por algum motivo, isso só aumentava minha curiosidade.
Ayla era realmente muito simpática, e eu estava começando a gostar dela. Ela falava com uma energia contagiante, gesticulando bastante enquanto explicava tudo sobre as corridas ilegais e as histórias que já tinha vivido ali.
— Então, vocês realmente apostam dinheiro nessas corridas? — Perguntei, intrigada. —
— Sim, mas nem sempre é só dinheiro. — Ayla sorriu. — Às vezes, apostamos peças de carro, favores… ou até o próprio carro, se o piloto for muito confiante.
Arregalei os olhos.
— Tá brincando!
— Nem um pouco. — Ela riu. — Mas relaxa, não vou deixar o Norris te arrastar pra uma dessas roubadas.
Ri junto com ela, mas aproveitei que Lando estava ocupado conversando com um grupo de caras um pouco mais afastados para perguntar algo que estava me incomodando.
— Falando nele… — Mordi o lábio, hesitante, mas a curiosidade falou mais alto. — Como ele começou a se envolver com isso? Digo, Lando Norris e corridas ilegais não são exatamente duas coisas que combinam.
Ayla deu uma risadinha, cruzando os braços.
— Ah, garota, você ficaria surpresa. Ele pode ser todo bonzinho na frente das câmeras, mas aqui… digamos que ele se solta um pouco mais.
Franzi a testa, tentando imaginar Lando nesse meio.
— Mas ele já correu mesmo? Tipo, apostando?
— Já. Algumas vezes, na verdade. Mas ele nunca foi do tipo inconsequente, sabe? Sempre soube o que estava fazendo. E, claro, nunca colocou nada importante em risco.
— Pelo menos isso, ele pensa um pouco. — Comentei, cruzando os braços. —
Ayla riu.
— Digamos que ele leva jeito com esse tipo de coisa. Mas e vocês? São namorados? Noivos?
Engasguei levemente com a pergunta e neguei rapidamente.
— Que nada! Apenas ex-namorados que têm um histórico muito complicado. Digamos que somos amigos agora… ou sequer somos isso.
— Entendi. — Ela sorriu de canto. — Lando Norris e suas relações complicadas.
Antes que eu pudesse responder, Lando reapareceu ao nosso lado com um sorriso satisfeito no rosto.
— Bom, tenho uma notícia.
Olhei para ele desconfiada.
— O que você aprontou?
— Apostei uma corrida.
Pisquei algumas vezes, tentando processar o que ele tinha acabado de dizer.
— O quê? Mas você nem ia correr hoje!
— E desde quando eu recuso uma corrida? — Ele arqueou uma sobrancelha, como se fosse óbvio. —
— Você só pode estar brincando… — Murmurei, colocando a mão na testa. —
Ayla riu e deu um tapinha no ombro dele.
— Você gosta de surpreender, hein?
— Vai ser divertido. E aposto que você vai gostar de assistir, Lily.
Suspirei, mas não consegui evitar um pequeno sorriso. No fundo, eu sabia que aquilo ia ser interessante.
Lando segurou minha mão de repente, me puxando um pouco para o lado, longe do barulho dos motores.
— Ei, tá tudo bem? Você parece preocupada.
Mordi o lábio, hesitando.
— Não sei, Lando… Isso tudo parece insano. Você tem certeza de que não é perigoso?
Ele riu baixinho, passando a mão pelos cabelos.
— Eu sei o que estou fazendo, Emily. Confia em mim, tá? Eu nunca entraria em algo que não pudesse controlar.
Suspirei, tentando ignorar a forma como ele sempre sabia o que dizer para me tranquilizar.
— Tá bom, mas se você morrer, eu te mato.
— Justo. — Ele sorriu, piscando para mim antes de soltar minha mão e ir até o carro. —
O coração batia rápido enquanto eu o observava abrir a porta. Então, num impulso, caminhei até o outro lado e entrei no carro também.
Lando me olhou, surpreso.
— O que você tá fazendo?
Fechei a porta e prendi o cinto, olhando diretamente para ele.
— Se for para quebrar as regras… então vamos fazer isso direito.
Por um segundo, ele ficou sem reação. Mas logo, um sorriso surgiu no canto de seus lábios.
— Eu sabia que você não ia resistir.
O motor rugiu quando ele acelerou de leve, e eu senti a adrenalina percorrer meu corpo.
Isso ia ser loucura. E, de alguma forma, eu amava cada segundo disso.
— Olha, vamos fazer uma aposta. — Lando falou, sem tirar os olhos da pista à frente. — Se eu ganhar, você tem que aceitar todos os meus convites para sair durante essa semana, pra eu ter a chance de te reconquistar. Agora, se eu perder… você dita as regras.
Virei o rosto para ele, surpresa.
— Tá falando sério?
— Muito sério. — Ele sorriu de lado. — Que foi? Tá com medo de perder?
Cruzei os braços, fingindo desinteresse, mas meu coração já estava disparado.
— E se eu não quiser jogar esse seu joguinho?
Ele deu de ombros, ainda com aquele maldito brilho divertido nos olhos.
— Então só diz que tá com medo.
Revirei os olhos.
— Tá bom, Norris. Feito. Mas saiba que eu não vou pegar leve.
— Nem eu. — Ele piscou, antes de apertar o volante e se concentrar na corrida que estava prestes a começar. —
O ronco dos motores ficou mais alto, e eu senti meu estômago se revirar com a expectativa. Eu não sabia quem ia ganhar essa aposta, mas de uma coisa eu tinha certeza: essa noite estava longe de ser entediante.
Os motores dos carros rugiam alto, ecoando pelo espaço aberto, enquanto as luzes coloridas piscavam no meio da multidão que se reunia em volta da pista improvisada. O cheiro de gasolina misturado à borracha queimada preenchia o ar, e eu podia sentir a adrenalina correndo pelas minhas veias antes mesmo da corrida começar.
Lando girou levemente o volante do Nissan GT-R preto que estávamos, testando a resposta do carro antes de firmar a mão na alavanca de câmbio. Do nosso lado, havia uma Ferrari 488 Pista vermelha, um Toyota Supra laranja com neon azul embaixo e um BMW M4 prata. Todos preparados para o racha.
— Última chance de desistir. — Ele lançou um olhar divertido na minha direção. —
— Nem ferrando. — Respondi, fingindo mais confiança do que realmente sentia. —
Ele riu, voltando a encarar a linha de largada. Em volta, as apostas rolavam soltas.
As luzes de contagem começaram a acender, uma por uma.
Amarelo.
Meu coração acelerou.
Laranja.
Lando pressionou o pé no acelerador, e o ronco do motor ficou ainda mais agressivo.
Verde.
Os carros dispararam como foguetes. A força me jogou contra o banco, e minha mão instintivamente segurou o apoio da porta.
— Puta merda! — Gritei quando Lando jogou a primeira marcha e o Nissan explodiu em velocidade. —
Ele trocava de marcha com precisão, os olhos focados na pista enquanto desviava dos buracos e desníveis do asfalto.
A primeira curva fechada veio rápido, e eu prendi a respiração ao ver o Supra tentando nos fechar.
— Relaxa, Lilian. — Lando falou com naturalidade, como se isso fosse um simples passeio de domingo. —
O carro deslizou pela curva em um drift perfeito, os pneus gritando contra o chão e a fumaça subindo no ar. Assim que saímos da curva, já estávamos à frente da Ferrari e do BMW.
— Como diabos você aprendeu a fazer isso? — Perguntei, ainda tentando processar o que aconteceu. —
— Digamos que eu tenho hobbies além da F1. — Ele piscou, acelerando ainda mais. —
A pista se alargava em um trecho reto, e o Supra decidiu atacar. O carro emparelhou conosco, tentando nos empurrar para fora da pista.
— Sério isso? — Murmurei, sentindo meu estômago revirar. —
— Sempre tem um babaca desses. — Lando respondeu com um sorriso desafiador. —
Em um movimento rápido, ele fingiu que ia desacelerar, apenas para, no último segundo, pisar fundo
Em um movimento rápido, ele fingiu que ia desacelerar, apenas para, no último segundo, pisar fundo no acelerador. O motor rugiu alto, e o carro disparou para frente, deixando o adversário para trás nos metros finais.
A linha de chegada se aproximava rapidamente, e eu senti meu coração martelando contra o peito. O outro piloto tentou reagir, mas já era tarde demais. Com um último impulso, o carro de Lando cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
A multidão vibrou, gritos e assobios ecoando pelo lugar. Luzes piscavam, algumas pessoas batiam palmas.
Eu ainda estava tentando recuperar o fôlego quando Lando virou para mim, um sorriso satisfeito no rosto.
— Tá tudo bem aí, Lilian? — Ele perguntou, se divertindo com a minha reação. —
Eu soltei o ar que nem sabia que estava prendendo e encarei ele.
— Você é completamente maluco!
Ele riu.
— Você amou cada segundo disso, admite.
Eu tentei negar, mas era óbvio que ele estava certo. A adrenalina ainda corria pelo meu corpo, e a sensação era simplesmente indescritível.
Saímos do carro enquanto mais pessoas vinham cumprimentar Lando. Ayla apareceu ao nosso lado, sorrindo.
— Bela corrida, Norris. Mas acho que sua copiloto aqui se divertiu até mais do que você.
— Eu não sei do que você tá falando. — Fingi desinteresse, mas Ayla riu, claramente não acreditando. —
Lando se virou para mim, cruzando os braços.
— E então, Emily… uma aposta é uma aposta, né?
Eu revirei os olhos, mas sorri de canto.
— Ainda quero ver você me convencer de que vale a pena.
Ele apenas sorriu de lado, daquele jeito convencido dele.
— Ah, pode deixar. Isso vai ser fácil.
E, por algum motivo, eu sabia que essa semana seria tudo, menos tranquila.
A multidão ainda estava agitada, e Lando recebia os parabéns de vários conhecidos. Ayla e alguns outros amigos estavam animados, comentando sobre a corrida, enquanto eu tentava processar tudo que tinha acabado de acontecer.
— Acho que eu nunca vi alguém tão feliz em perder uma aposta. — Ayla brincou, olhando para mim com um sorriso. —
— Eu não perdi! — Cruzei os braços, tentando manter uma pose firme. — Só… fui pega de surpresa.
Lando se virou para mim, ainda com aquele sorriso convencido no rosto.
— Você pode negar o quanto quiser, mas eu vi aquele brilho nos seus olhos, Emily. Você adorou.
Eu revirei os olhos, mas a verdade era que ele estava certo. Aquela adrenalina, o barulho dos motores, a energia ao nosso redor… tudo aquilo me fez sentir viva de um jeito que eu não sentia há muito tempo.
— Tá bom, eu admito. Foi… legal. — Respondi, tentando não dar o gostinho da vitória completa para ele. —
— Legal? — Lando fingiu estar ofendido. — Isso foi muito mais que “legal”. Foi épico.
— Se você diz… — Dei de ombros, mas um sorriso escapou no canto dos meus lábios. —
Ayla riu e olhou para Lando.
— Então, qual o próximo passo da sua “grande missão de reconquista”?
Ele fingiu pensar por um momento, depois olhou diretamente para mim.
— Primeiro, acho que precisamos comemorar essa vitória.
Antes que eu pudesse perguntar o que ele queria dizer com isso, Lando pegou minha mão e me puxou para o meio da agitação. Algumas pessoas estavam celebrando com música, bebendo e conversando perto dos carros. O clima era de pura euforia.
— Você confia em mim? — Ele perguntou de repente, me olhando nos olhos. —
Eu hesitei por um segundo. Mas, no fundo, eu sabia a resposta.
— Não sei se deveria, mas sim.
Ele sorriu.
— Ótimo. Então só aproveita.
E, naquele momento, eu decidi deixar minhas preocupações de lado. Só por aquela noite.
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A noite se seguia, o céu estava incrivelmente estrelado, e a lua brilhava no alto, iluminando tudo ao nosso redor. Eu segurava minha garrafa com bebida, e, para ser sincera, só aceitei porque precisava relaxar um pouco. Lando, ao meu lado, segurava apenas uma garrafa de água, responsável como sempre quando estava dirigindo.
Ele tomou um gole e me olhou com aquele sorriso leve.
— Que tal irmos jantar fora amanhã? Só nós dois, sem ninguém atrapalhando.
Levantei uma sobrancelha e bebi um pouco antes de responder.
— Nossa, que direto… Quem disse que eu quero sair com você?
Lando riu e inclinou um pouco a cabeça, me analisando.
— Ah, Lilian, por favor… Eu sei que você quer. Mas se quiser, posso tentar te convencer.
Cruzei os braços, fingindo indiferença.
— Boa sorte com isso.
Ele se aproximou um pouco mais, ainda sorrindo.
— Ok, então vamos lá… Prometo que não vou te levar a um lugar chato. Nada muito extravagante, só um jantar legal, comida boa, boa companhia… — Ele piscou. — O que já é garantido, porque eu vou estar lá.
Revirei os olhos.
— Modesto como sempre.
— Só falo verdades. — Ele deu um gole na água. — Além disso, seria uma boa chance pra você admitir que sente saudade de passar tempo comigo.
Soltei uma risada irônica.
— Você tá delirando.
— Então me prova que eu tô errado.
Ele me olhava de um jeito divertido, mas também desafiador. Eu sabia que, no fundo, ele estava certo. Odiava admitir, mas uma parte de mim realmente queria passar mais tempo com ele.
Suspirei, fingindo rendição.
— Tá bom. Um jantar.
Lando abriu um sorriso vitorioso.
— Ótima escolha. Saímos as oito.
— Eu não disse que era um encontro.
— Eu também não. Mas se quiser que seja, é só falar.
Balancei a cabeça, segurando o riso.
Ele ainda era o mesmo de sempre.
— Você já tinha tudo isso planejado, não é? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha. —
Lando sorriu, sem perder o ritmo.
— Digamos que sim, mas também tenho sorte de tudo ter dado certo.
Eu revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Ele realmente sabia como fazer as coisas acontecerem do jeito que queria.
— Vai me dizer que já sabia que eu ia aceitar esse convite todo 'difícil' de você?
Lando deu uma risada baixa e se recostou na cadeira, olhando para o céu.
— Olha, Lilian, acredite ou não, eu tinha certeza de que você ia ceder. Afinal, quem resiste a um convite de jantar de um cara incrível como eu?
Fingi pensar por um momento, mas a verdade é que, no fundo, eu já estava me divertindo.
— Hum… Você realmente tem confiança demais.
Ele me lançou um olhar de desafio.
— Confiança é essencial, sabe? E se você não acreditar em mim, pelo menos vai se divertir amanhã.
Olhei para ele, tentando manter a compostura, mas não consegui evitar um sorriso.
— Só não vá arranjar mais uma dessas surpresas malucas, porque se fizer isso, eu não vou aceitar de novo.
Lando deu de ombros, sem se importar.
— A diversão está nas surpresas, Lilian. Você vai ver.
Suspirei, já sabendo que, independentemente do que acontecesse, eu provavelmente ia acabar indo. E, no fundo, estava até ansiosa para ver o que ele prepararia.
— Só não vá me fazer esperar demais, Norris. Não gosto de ser mantida na expectativa.
Ele levantou uma sobrancelha e sorriu.
— Não se preocupe, Lilian. Eu não vou te deixar esperando.
A conversa foi ficando mais leve e descontraída enquanto o tempo passava, e Lando parecia relaxado, como se estivesse aproveitando cada segundo daquela noite. Eu, por outro lado, estava me divertindo, mas sem admitir completamente. Ele tinha esse jeito de deixar tudo mais interessante sem fazer esforço, e, no fundo, eu não podia negar que gostava de estar ali, com ele.
Ele me olhou de novo, dessa vez mais intenso.
— Sabe, Lilian, tem algo em você que não consigo tirar da cabeça. — Ele disse, a voz mais baixa, como se a conversa tivesse mudado de tom sem que ninguém percebesse. —
Eu arqueei uma sobrancelha, fazendo um esforço para manter a postura.
— Ah é? E o que seria isso, Norris?
Ele se aproximou um pouco mais, mantendo os olhos fixos nos meus, como se estivesse me desafiando a desviar o olhar.
— Você… é mais difícil do que eu imaginava. E isso só me deixa mais interessado.
Soltei uma risada, tentando não ceder à provocação dele, mas não consegui esconder o sorriso.
— Difícil? Acho que você só não aprendeu ainda a me lidar.
Ele se inclinou para frente, o sorriso dele se tornando um pouco mais atrevido.
— Eu gosto de desafios, Lilian. E você está me dando exatamente o que eu quero.
O clima entre nós estava ficando mais quente, e eu podia sentir a tensão no ar. Ele estava tão perto, e, de repente, a vontade de continuar brincando com ele foi embora. Meu coração acelerou sem aviso, como se meu corpo tivesse decidido fazer o que a mente ainda estava tentando segurar.
Lando percebeu a mudança e, com um sorriso de lado, levou uma das mãos até meu rosto, fazendo-me encará-lo diretamente.
— E aí, Lily… o que acha de parar de brincar e fazer o que todo mundo já sabe que vai acontecer?
Lando se inclinou mais perto, os olhos fixos nos meus, com aquele sorriso confiante e provocante. O que ele estava fazendo me fazia querer me render, mas algo dentro de mim dizia para segurar um pouco mais. Ele estava me desafiando, e eu não gostava de dar a vitória tão fácil.
Eu me afastei ligeiramente, afastando meu rosto do dele, mas ainda olhando em seus olhos com um sorriso malicioso.
— Não tão rápido, Norris. — Eu disse, tentando manter o tom de brincadeira, mas com um toque de desafio na voz. — Se você quiser um beijo, vai ter que fazer por merecer. Não vou te dar o que quer sem mostrar que vale a pena.
Ele me observou, uma expressão de surpresa misturada com um toque de diversão no rosto, como se fosse o último resultado que ele esperava. Mas não me enganei. Ele parecia mais animado com o desafio do que qualquer outra coisa.
— Ah, então é assim que vai ser? — Ele falou com um sorriso de canto, dando um passo atrás, como se estivesse ponderando o próximo movimento. — Tá bom, Lilian. Vou te mostrar que sou mais do que capaz de conquistar o que quero.
Eu cruzei os braços e dei uma risadinha, vendo-o se afastar um pouco.
— Vamos ver então, Norris. Mostre-me do que você é capaz. — Respondi, mantendo o tom descontraído, mas claramente fazendo ele entender que o jogo tinha começado. —
— Certo, certo, tenho uma semana pra isso — Ele respondeu com um sorriso desafiante, já dando um passo para trás, como se estivesse se preparando para a próxima jogada. — Agora, vamos antes que Pierre comece a ligar e perguntar por que estamos demorando pra voltar.
— Bom, obrigada por hoje — falei, com um tom divertido, cruzando os braços e olhando para ele. — E digamos que você fez minha noite mil vezes melhor do que eu estava planejando.
Lando soltou uma risada baixa, claramente gostando da minha resposta, e começou a caminhar em direção ao carro. Eu o segui, ainda com a sensação de que esse jogo entre nós estava longe de acabar, e, na verdade, estava apenas começando. O que ele fazia me deixava curiosa, mas também me fazia querer mais. Ele sabia exatamente como manter a tensão no ar, e parecia que ele estava me desafiando o tempo todo.
Chegamos até o carro e, antes de entrarmos, Lando virou para mim com um sorriso malicioso.
— Você sabe que, pra te ver feliz e sorrindo, eu faço qualquer coisa, até o impossível, Arabella — Ele disse, com um olhar desafiador e ao mesmo tempo carinhoso. —
Aqueles olhos, aqueles malditos olhos que sempre me desarmavam. Ele sabia exatamente como me afetar, como criar uma confusão de sentimentos em mim. Lando Norris era imprevisível, sempre que queria. E, no fundo, eu sabia que ele gostava disso.
001. Capítulo novo por causa da vitória do Lando, a maratona não terá como avisado por causa da meta não ter sido cumprida, mas espero que vocês votem e comentem muito nesse capítulo pra mim voltar logo.
002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam da Fanfic.
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