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36.

LANDO NORRIS
📍Monte Carlo, Mônaco
"Complicações."

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As festas que Charles arrumava para a gente ir eram sempre duvidosas, tanto quanto o caráter dele. Por mim, eu nem estaria aqui, mas Emily não me deu escolha. Tive que acompanhá-la, porque, mesmo que fosse uma insanidade, não deixaria ela vir sozinha. Com Charles, eu definitivamente não confiava, mas, com toda certeza, confiaria em Rosalina. Pena que ela estava do outro lado do mundo, viajando. Então, aqui estava eu, contra minha vontade.

— Amor, para de ficar com essa cara de quem foi obrigado a vir na festa. — Emily disse, levantando meu queixo para que eu a encarasse, seu sorriso suave tentando amenizar meu humor. —

— Ah, pronto! Vou ter que ficar de vela? Cadê o Carlos quando eu preciso? — Ele falou, lançando um olhar dramático na nossa direção. — 

Emily arqueou as sobrancelhas, já se virando para ele com aquele tom típico de quem não leva desaforo.

— Ô, Charles, fecha essa boquinha. Se está incomodado, é só sair de perto. — Respondeu, cruzando os braços e o encarando. —

Charles colocou a mão no peito, fingindo indignação.

— Lando, cara, me defende! Olha como sua namorada me trata! — Ele apelou, olhando para mim com olhos arregalados. —

Revirei os olhos, tentando não rir.

— Eu? Nem pensar. Vocês dois me obrigaram a vir para cá, então resolvam isso sozinhos. Eu não me meto em discussão de melhores amigos. — Respondi, dando de ombros. —

— Falou o festeiro que agora quer dar uma de bonzinho só porque tá namorando. — Charles retrucou, com um sorriso travesso, claramente tentando me provocar. —

Suspirei, lançando um olhar entediado para ele.

— E você fala isso como se não estivesse implorando pela minha presença. — Respondi, cruzando os braços. — Vamos combinar que, se eu não tivesse vindo, você ia ficar no meu pé reclamando.

Emily riu ao meu lado, sacudindo a cabeça.

— Ele tem razão, Charles. Se ele não tivesse vindo, você ia estar choramingando a noite toda que o Lando te abandonou. — Disse ela, ainda rindo. —

— Ah, claro, defendendo o namoradinho perfeito. — Charles brincou, fingindo estar magoado. — Vou embora e deixar vocês dois se divertirem sozinhos, então.

— E vai fazer o quê? Ir para casa assistir séries sozinho? A gente sabe que você nunca perde uma festa, Charles. Aceita que não vai se livrar da gente hoje. — Emily rebateu, erguendo uma sobrancelha. —

— Tá, vocês ganharam. Mas só porque, no fundo, sei que minha companhia é o que salva a noite de vocês. — Ele abriu um sorriso, rendido. —

— Claro, Charles. Você é o coração da festa. — Revirei os olhos, mas não consegui conter um sorriso. —

Emily me puxou pelo braço, rindo baixinho.

— Agora que ficou claro quem é o rei da festa, que tal a gente arranjar algo para fazer antes que ele arrume mais drama? — Ela sugeriu, seus olhos brilhando de diversão enquanto me encarava, um jeito único que sempre conseguia mudar meu humor. —

— Você sempre tem um plano, não é? Tá bom, o que você quer fazer? — Soltei um suspiro exagerado, fingindo relutância. —

— Confia em mim. — Ela sorriu de lado, misteriosa, e deu um leve puxão na minha mão, me guiando para longe do barulho principal da festa. —

— Ei, vão me abandonar agora? Achei que éramos um trio inseparável! — Charles gritou atrás de nos, ele que não tinha se afastado tanto.  —

— Charles, a gente volta antes de você sentir muito a nossa falta. — Emily se virou por um momento, mas sem parar de andar. — 

Ele bufou, mas logo se distraiu com outra conversa, deixando-nos continuar em paz.

Enquanto ela me levava por entre os grupos espalhados na festa, fiquei curioso, mas não questionei. Até que chegamos a uma área mais tranquila, com uma vista incrível do jardim iluminado pelas luzes suaves da decoração.

— Aqui está perfeito. — Emily disse, parando e soltando minha mão. Ela se virou para mim, com um sorriso genuíno. — Queria um momento só nosso antes de você ser requisitado para salvar o mundo, como sempre.

Olhei ao redor, apreciando o silêncio em contraste com o caos lá dentro.

— Você escolhe os melhores lugares, sabia? — Respondi, passando meus braços ao redor da sua cintura. — Agora, o que eu faço com esse momento?

— Só aproveita, Norris. Só aproveita. — Ela sorriu ainda mais, subindo as mãos até meu pescoço. —

Eu não consegui evitar o sorriso que se formou no meu rosto antes de inclinar a cabeça na direção dela. A proximidade entre nós tornava o momento ainda mais especial. Seus dedos deslizaram suavemente pela minha nuca enquanto nossos lábios se encontravam, e o mundo ao nosso redor parecia simplesmente desaparecer.

O beijo começou calmo, quase tímido, mas logo foi ganhando intensidade, como se ambos quiséssemos prolongar aquele instante perfeito. As mãos dela estavam firmes no meu pescoço, enquanto as minhas a seguravam pela cintura, mantendo-a perto.

Quando nos afastamos, apenas o suficiente para recuperar o fôlego, ela encostou a testa na minha, seus olhos brilhando sob a luz suave do jardim.

— Viu só? Não precisava muito para tornar a noite melhor. — Ela sussurrou, o tom leve, mas cheio de carinho. — 

— Você tem esse talento. É incrível como sempre sabe o que fazer para melhorar meu humor. — Eu ri baixinho, acariciando sua cintura com os polegares. —

— Acho que isso faz de mim sua pessoa favorita, né? — Ela sorriu, dando um pequeno beijo no canto da minha boca antes de se afastar só um pouco, ainda mantendo as mãos no meu peito. —

— Sempre foi, Lilian. — Respondi, sem hesitar, meu tom tão sincero quanto os sentimentos que transbordavam naquele momento. —

— Bom saber. Vou me lembrar disso da próxima vez que você me fizer esperar por horas para sair. — Ela me olhou por um instante, o sorriso em seus lábios se suavizando, mas sem desaparecer. Era como se quisesse gravar aquele momento. —

— Isso aconteceu uma vez, e você nunca esquece, né? — Eu ri, balançando a cabeça. —

— Claro que não. Você acha que eu vou perder uma chance de te provocar? — Ela respondeu, rindo, enquanto entrelaçava os dedos nos meus. —

— Certo, mas dessa vez não tem espera. O que quer fazer agora? — Perguntei, inclinando a cabeça, curioso para saber qual era o próximo plano dela. —

Ela pensou por um momento, mordendo de leve o lábio inferior antes de soltar minha mão e começar a andar de costas em direção ao jardim iluminado.

— Eu quero dançar. E não aceito um "não" como resposta, Lando Norris. — Ela falou, não me dando outra opção. —

Eu suspirei, fingindo relutância enquanto a seguia, mas a verdade é que eu faria qualquer coisa para prolongar aquele momento com ela.

— Tudo bem, mas se eu pisar no seu pé, você promete que não vai reclamar. — Suspirei, derrotado. —

— Promessa feita! — Ela respondeu, girando no lugar e me puxando para acompanhá-la. —

O riso dela preencheu o ar enquanto começávamos a dançar ali, sob as luzes suaves, como se o mundo inteiro fosse só nosso.

Estávamos rindo e girando devagar pelo jardim, enquanto o som distante da festa parecia um eco, quase irrelevante para nós. Foi quando, de repente, ouvimos uma voz familiar ecoando do outro lado.

— Esse é meu casal! — Carlos gritou, claramente já meio bêbado, segurando um copo na mão e acenando exageradamente na nossa direção. —

— Não acredito... Ele nunca sabe a hora de parar, não é? — Emily parou de dançar, colocando uma mão na testa, como se já soubesse que ele iria arruinar o momento. —

— Você conhece o Carlos. Se ele não atrapalhasse, não seria ele. — Eu apenas ri, puxando-a para mais perto. —

— Ei! — Ele gritou novamente, se aproximando cambaleando. — Vocês não precisam me agradecer. Estou só reconhecendo o melhor casal dessa festa!

— Obrigada, Carlos, mas acho que você já teve bebida suficiente por hoje. — Emily respondeu, rindo, mas tentando soar séria. —

— Emily, eu tô ótimo. Só estou... feliz por vocês, só isso. Agora, voltem a dançar porque vocês estavam bonitinhos demais! — Ele balançou a cabeça, fingindo estar ofendido. —

— E você, Carlos, não tem nada melhor para fazer? Tipo, se distrair com alguém que não seja a gente? — 
Eu não consegui segurar o riso e acabei dando um passo para trás, fazendo um gesto para ele. — 

— Ah, Norris, não estraga o momento! Vou sair, mas lembrem-se, meu coração está com vocês! — Ele gritou enquanto se afastava, esbarrando nas cadeiras e acenando dramaticamente. —

— Acho que fomos oficialmente abençoados pelo rei da solteirice.  — Emily me olhou, tentando segurar o riso, mas falhando miseravelmente. —

— Grande honra, hein? — Respondi, rindo, antes de envolvê-la novamente. — Agora, onde estávamos mesmo?

— Acho que estávamos no meio de uma dança... ou algo assim. — Ela sorriu, deslizando os braços ao redor do meu pescoço. —

Estávamos prestes a nos perder novamente no momento quando uma voz interrompeu, carregada de sarcasmo.

— Olha só quem está aproveitando bem a festa, hein? — Magui apareceu ao lado de Mason, ambos com sorrisos que só podiam ser descritos como provocativos. —

Emily imediatamente ficou tensa em meus braços, mas manteve a postura, soltando um sorriso falso para a rival.

— Magui. Mason. Não esperava ver vocês por aqui. — Ela tentou soar casual. —

— Ah, a gente nunca perde uma boa festa, não é, Mason? — Magui respondeu, lançando um olhar de cima a baixo para mim, como se estivesse analisando. —

— Parece que finalmente te convenceram a sair, Lando. Pensei que você estava ocupado demais com o "bom comportamento". — Mason, por sua vez, cruzou os braços, um sorriso provocador surgindo em seu rosto enquanto olhava diretamente para mim. —

— E você, Mason, pensei que tinha aprendido a ficar longe de onde não é bem-vindo. — Eu segurei firme a mão de Emily, tentando manter a calma. —.

— Calma aí, eu só vim cumprimentar vocês. Não sabia que a festa vinha com regras específicas. — Ele riu, fingindo estar surpreso. —

Magui aproveitando a deixa, virou-se para Emily, com aquele sorriso venenoso de sempre.

— E você, Emily, parece que está bem... adaptada. Quase não reconheci. — Ela comentou, em um tom cínico. —

— Bom, Magui, diferente de você, eu não preciso de uma entrada dramática para ser notada. Mas obrigada pela atenção. — Emily não perdeu o ritmo, inclinando a cabeça e respondendo com um sorriso ainda mais doce. —

— Bom, foi ótimo o reencontro, mas temos coisas mais interessantes para fazer. Aproveitem a festa... longe da gente. — Antes que Mason pudesse responder, eu decidi encerrar o assunto. —

Enquanto eu me virava para sair com Emily, senti uma mão pousar no meu ombro. Meu corpo ficou tenso imediatamente, e quando me virei, era Mason, com aquele sorriso provocador que fazia meu sangue ferver.

— É difícil, não é, Norris? Saber que eu já deitei com a sua mulher. E, pior ainda, que eu a satisfiz de um jeito que você jamais vai conseguir. — Ele se aproximou o suficiente para que apenas eu pudesse ouvir suas palavras, o tom cheio de veneno. —

Meu corpo reagiu antes mesmo que minha mente pudesse processar. Empurrei Mason com força, fazendo-o cambalear para trás. A tensão no ar se tornou palpável enquanto ele ajeitava a camisa, rindo de maneira insolente.

— O que foi, Norris? A verdade dói? — Ele provocou, o olhar repleto de diversão enquanto me analisava. — Playboyzinho mimado não sabe lidar com isso, não é?

A raiva explodiu dentro de mim como uma tempestade. Soltei a mão de Emily e avancei, agarrando Mason pela gola da camisa e empurrando-o contra a parede. Meu punho estava fechado, pronto para acertar aquele sorriso arrogante que parecia implorar por isso, e foi isso que fiz 

Eu não consegui parar. Cada soco que dava em Mason era uma tentativa de apagar as palavras nojentas que ele tinha dito. Ele tentou reagir, mas não estava em condições de enfrentar alguém movido pela raiva pura.

— Lando, para! Pelo amor de Deus, para! — Emily gritou, segurando meu braço, mas minha visão estava turva pela fúria, e eu simplesmente não conseguia escutar. —

Mason continuava rindo, mesmo enquanto sentia os golpes, o que só me deixava mais furioso. 

— É só isso que você tem, Norris? Vai, me mostra mais! — Ele provocou entre os dentes, o rosto já marcado pelos socos. —

— Lando! — A voz de Emily agora soava mais desesperada, quase histérica, enquanto ela tentava me puxar. —

Foi quando senti outro par de mãos fortes me segurarem e me afastarem à força. Charles apareceu do nada, agarrando meus ombros e me empurrando para trás.

— Ei, ei! Já chega, Lando! Para com isso agora! — Ele gritou, usando todo o peso para me manter longe de Mason, que estava encostado na parede, rindo como se tivesse conseguido exatamente o que queria. —

Charles me empurrou para longe de Mason com força, mantendo as mãos firmes nos meus ombros para garantir que eu não tentasse avançar novamente. Emily estava ao meu lado, puxando meu braço com uma mistura de raiva e preocupação no rosto.

— Lando, você tá maluco? — Charles exclamou, claramente sem entender nada do que estava acontecendo. — Arrumar uma briga no meio de uma festa? O que tá dando em você?

— Não importa! — Emily disparou antes que eu pudesse responder, sua voz dura e cortante. — Lando, vem comigo. Agora.

Ela começou a me puxar com força, mas Charles ainda bloqueava meu caminho, me analisando com um olhar perplexo.

— O que deu em você, cara? Eu saio por dois minutos, e você tá quase matando o Mason no soco! — Ele falou, sem entender. —

— Não interessa, Charles. Só me deixa sair daqui. — Eu respirei fundo, lutando para controlar a raiva que ainda queimava dentro de mim. —  

— Não interessa?! — Ele repetiu, chocado. — Você tá com sorte que eu cheguei a tempo de evitar uma cena ainda maior. E, sério, você precisa esfriar a cabeça antes de fazer algo ainda mais idiota.

Emily aproveitou o momento para me puxar de vez, afastando-me de Charles e, principalmente, de Mason, que continuava encostado na parede, esfregando o rosto com um sorriso presunçoso.

— Obrigada, Charles. Eu cuido disso agora. — Emily disse com firmeza, sem olhar para trás enquanto me guiava para longe. —

Charles suspirou alto, mas finalmente nos deixou passar, murmurando algo sobre eu ter perdido a cabeça.

Assim que estávamos longe o suficiente da confusão, Emily parou e virou-se para mim, soltando meu braço bruscamente. Seu olhar estava cheio de raiva e decepção.

— Você tem noção do que acabou de fazer, Lando? — Sua voz saiu firme, quase um grito. — Cair na provocação dele como se fosse um iniciante? Como se isso fosse resolver alguma coisa?

Eu não respondi de imediato. Meu peito ainda subia e descia rápido, a adrenalina da briga correndo pelo meu corpo. Minha mente estava uma confusão, e a raiva ainda queimava em algum lugar dentro de mim.

— Ele mereceu. — Murmurei, minha voz baixa e ainda carregada de irritação. —

— Mereço eu por ter que lidar com isso! Por que você deixou ele te afetar tanto? Você sabe que Mason adora provocar, que ele vive disso! — Emily soltou uma risada seca, incrédula. —

— Ele falou de você, Emily. Disse coisas que eu não vou repetir. Ele passou dos limites, e eu não ia deixar isso passar. — Eu finalmente ergui o olhar para ela, meu tom saindo firme. —

— E você acha que socar ele vai mudar alguma coisa? — Ela rebateu, dando um passo à frente, sua voz aumentando. — Tudo o que você fez foi dar a ele exatamente o que ele queria, te tirar do sério, te fazer parecer impulsivo e fora de controle!

— E o que você queria que eu fizesse? — Retruquei, cruzando os braços. — Ficar parado enquanto ele fala essas merdas? Fingir que tá tudo bem?

— Não, Lando. Eu queria que você fosse maior do que ele. Que você mostrasse que nada do que ele diz importa porque nós estamos acima disso. Mas, ao invés disso, você agiu exatamente como ele queria. — Emily respirou fundo, claramente tentando controlar seu temperamento. Ela esfregou as têmporas antes de me encarar novamente. —

As palavras dela bateram com força, mas ainda assim, eu não conseguia baixar a guarda.

— Então a culpa é minha agora? — Questionei, minha voz saindo mais dura do que eu pretendia. —

— Não é sobre culpa, Lando! É sobre ser mais inteligente do que ele. O Mason quer te desestabilizar, ele quer isso. E você deu a ele o que queria! — Emily soltou um suspiro frustrado, jogando as mãos para o alto antes de cruzar os braços novamente. —

— Você não ouviu o que ele disse, Emily. Ele passou dos limites… — Eu desviei o olhar, passando as mãos pelos cabelos em frustração. — 

— E você acha que ele realmente acredita nas besteiras que fala? — Ela rebateu, dando um passo mais perto. — Ele só faz isso porque sabe que vai te atingir. E, adivinha? Funcionou.

Fiquei em silêncio, minha respiração ainda pesada. Não porque eu achasse que ela estava errada, mas porque admitir isso em voz alta parecia impossível naquele momento.

— Eu não quero brigar com você, Lando. Mas isso... isso não pode acontecer de novo. Você não precisa provar nada pra ninguém, muito menos pra ele. — Emily balançou a cabeça, parecendo ainda mais frustrada. —

— Eu só... Eu odeio que ele fale de você desse jeito. — Eu a encarei, finalmente deixando a tensão em meus ombros aliviar um pouco. —

— Eu sei, Lando. Mas você me proteger não significa agir por impulso. Significa ser a pessoa que eu sei que você pode ser. — Ela suavizou, mas não completamente. —

Hesitei, mas finalmente assenti, puxando-a para um abraço.

— Me desculpa. — Pedi, sentindo o calor do corpo dela. —

Emily suspirou contra meu peito antes de envolver os braços ao meu redor.

— Eu só quero que você esteja bem, Lando. Só isso. — Ela respondeu, com a voz mais suave. — 

Ficamos assim por alguns instantes, em silêncio. Era como se aquele abraço fosse a única coisa capaz de acalmar a tempestade que ainda tinha dentro de mim.

Tava demorando para aparecer algum problema entre tantos momentos bons.

¤¤ 🇬🇧 ¤¤

A verdade era que o que Mason queria era confusão, e ele tinha conseguido me fazer perder a cabeça. Era exatamente o que a mídia queria para criar polêmica, e o resultado disso não demorou a chegar. A notícia de que eu tinha batido no Mason se espalhou rapidamente, e a repercussão foi exatamente o que eu temia, críticas, julgamentos e ataques.

Parece que não importava o que eu fizesse, as pessoas só enxergavam o lado ruim. Passei o olhar por mais um comentário, cada palavra parecendo um peso maior em meus ombros. Eu sabia que deveria parar de ler essas coisas, mas algo dentro de mim me impedia. Eu me importava demais com a opinião das pessoas, mesmo sabendo que isso só me fazia mal.

Antes que pudesse continuar, meu celular foi tirado das minhas mãos. Levantei o olhar e vi Emily com o aparelho, sua expressão misturando preocupação e irritação. Ela olhou rapidamente para a tela e depois para mim.

— Lando, eu já te disse que é para você parar de ficar lendo isso e se torturando. Não gosto de te ver assim. — A voz dela era firme, mas cheia de cuidado. —

— Eu sei, Emily, mas não é fácil ignorar. As pessoas me tratam como se eu fosse o vilão em tudo. — Suspirei, passando as mãos pelo rosto. —

— Lan, as pessoas vão falar de qualquer jeito. Mesmo que você tivesse ignorado o Mason, eles iam achar algo para criticar. Você não pode deixar isso te consumir. — Ela sentou ao meu lado no sofá, segurando minha mão com força. —

Balancei a cabeça, tentando absorver suas palavras, mas a sensação de peso ainda estava ali.

— É só que às vezes parece que eu nunca vou conseguir ser o suficiente, sabe? Sempre tem alguém esperando pelo meu próximo erro. — Eu disse, um pouco cansado. —

— Você é o suficiente, Lando. Pra mim, pra sua família, pros seus amigos. Essas pessoas que te atacam nem te conhecem de verdade. O que importa é quem você é, não o que eles acham. — Emily apertou minha mão e olhou diretamente nos meus olhos. —

Antes que eu pudesse responder, o som da campainha ecoou pela casa, interrompendo o momento. Levantei-me com um suspiro, lançando um olhar para Emily, que arqueou as sobrancelhas com curiosidade.

— Vou ver quem é. — Murmurei, caminhando em direção à porta. —

Assim que a abri, dei de cara com Pierre e Charles, ambos com expressões que variavam entre divertidas e sérias. Antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa, os dois entraram sem cerimônia, como se fossem donos do lugar.

— Nossa, nem pra convidar a gente pra entrar, hein? — Pierre provocou, jogando-se no sofá como se estivesse em casa. —

— Vocês já se convidaram, pelo visto. — Respondi, fechando a porta e voltando para a sala. —

— O que é que vocês pensam que estão fazendo aqui? — Emily perguntou, cruzando os braços e lançando um olhar severo para os dois. —

— Calma, Emily, só viemos ver como ele está. — Charles olhou para ela, levantando as mãos em um gesto defensivo. — 

— Eu fui bem clara quando disse que não quero má línguas e fofoqueiros perto dele. — Ela rebateu, sem desviar o olhar e com o tom carregado de irritação. —

— Nossa, calma aí, dona Emily. — Pierre levantou as mãos como se estivesse se rendendo, mas o sorriso provocador continuava no rosto. — A gente só veio fazer uma visita ao nosso querido Lando. Não precisa ficar tão na defensiva.

— É, Emily, parece até que a gente invadiu uma fortaleza. Relaxa, não vamos raptar ele. — Charles riu, se jogando no sofá ao lado de Pierre. —

— Talvez raptar não, mas vocês definitivamente não ajudam a melhorar as coisas quando aparecem assim, sem avisar. — Emily cruzou os braços, estreitando os olhos para os dois. —

— Ah, então tá bom. Próxima vez, a gente manda um convite formal. Talvez até um buquê de flores. — Pierre disse, piscando para Emily. —

— E um tapete vermelho pra entrada, né? — Charles completou, gargalhando. —

Eu não consegui evitar um sorriso, mesmo que a tensão ainda estivesse no ar. Emily bufou, balançando a cabeça, mas um pequeno sorriso escapou.

— Vocês são dois idiotas. — Ela apontou para Pierre e Charles antes de se virar para mim. — E você, Lando, tá no mesmo barco se entrar na onda deles. Vou lá pra cima ligar para a Rosalina, mas, se vocês três aprontarem qualquer coisa enquanto eu estiver fora, volto e bato nos três. Tá entendido?

— Nossa, Emily, que falta de confiança! — Pierre levou a mão ao peito, fingindo estar ofendido. —

— Prometemos nos comportar. Somos quase santos, não somos, Pierre? — Charles riu, levantando as mãos como se estivesse se rendendo. —

— Claro, quase santos. — Pierre respondeu, mas o sorriso travesso entregava suas intenções. —

— Tô falando sério, Lando. — Emily estreitou os olhos para eles por um segundo antes de virar para mim. —

— Pode confiar. — Respondi, tentando parecer mais convincente do que realmente me sentia. —

Ela bufou novamente, mas subiu as escadas, deixando-nos na sala. Assim que ela desapareceu de vista, Pierre se virou para mim com um sorriso ainda mais travesso.

— Então, Landão, qual vai ser o plano agora? — Ele perguntou, curioso. —

— Não tem plano nenhum, Pierre. — Respondi, lançando um olhar de aviso. — Não vou arrumar mais problemas hoje.

— Que tédio. — Ele disse, jogando-se de volta no sofá. — Mas, já que estamos aqui, pelo menos temos que aproveitar um pouco, não acha, Charles?

— Com certeza. — Charles respondeu, pegando o controle remoto da TV. — Bora ver o que tem de bom pra assistir enquanto planejamos não causar problemas.

Eu só podia balançar a cabeça. Com esses dois, ficar fora de confusão parecia ser uma missão impossível.

¤¤ 🇬🇧 ¤¤

 
Eu sabia que coisa boa não era, quando meu pai dizia que queria falar urgentemente comigo. As notícias corriam rápido, e eu ainda não acreditava no tamanho da importância que estavam dando ao que aconteceu na festa alguns dias atrás entre mim e Mason. Fala sério, ele só queria ganhar engajamento em cima de mim, ainda mais depois do pronunciamento ridículo que ele fez no último jogo. Acho que ser jogador não está sendo o suficiente para ele.

Quando meu pai finalmente terminou de falar, eu ainda tentava assimilar o que ele estava me pedindo.

— Eu não vou terminar com a Emily. — Falei, minha voz firme, mas controlada. —

— Lando, não seja teimoso. — Ele rebateu, passando a mão pelos cabelos como fazia sempre que estava irritado. — Não se trata só de você. Se trata da sua imagem, da sua carreira. Essa confusão está manchando tudo o que você construiu até agora.

— E terminar com a Emily vai resolver tudo? — Retruquei, cruzando os braços. — Vai apagar o que aconteceu? Vai fazer as pessoas esquecerem as mentiras que ele está espalhando? Porque, pra mim, parece que só vai piorar.

Meu pai suspirou, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

— Você não entende como funciona, filho. Às vezes, sacrifícios são necessários. E, no momento, ela está sendo vista como um problema. — Ele continuou, calmo. —

As palavras dele ficaram ecoando na minha mente. "Sacrifícios são necessários." Era como se ele estivesse me pedindo para desistir de algo que significava tudo para mim, como se fosse uma solução fácil para um problema complexo. Mas Emily não era um problema, ela nunca foi.

Eu me recostei na cadeira, cruzando os braços enquanto tentava processar tudo isso. Meu pai estava pensando na minha imagem, no impacto que essa situação poderia ter na minha carreira, mas eu só conseguia pensar no impacto que terminar com Emily teria na minha vida.

— Pai, eu entendo que você está tentando me proteger, mas isso não é uma solução. — Minha voz saiu mais controlada, mas ainda firme. — Terminar com ela não vai mudar nada sobre o que aconteceu, e não vai apagar as coisas que o Mason disse.

— Você acha que é tão simples assim? As pessoas não querem saber de contextos, Lando. Elas querem escândalos, querem ver alguém caindo. — Ele franziu a testa, como se não estivesse acostumado com minha relutância. —

— Exatamente por isso que eu não vou dar esse gosto pra elas. — Retruquei, a firmeza crescendo em minha voz. — Eu não vou transformar minha vida pessoal em uma narrativa para agradar o público ou a mídia.

— Espero que você saiba o que está fazendo. — Meu pai me olhou por um longo momento, como se estivesse decidindo se valia a pena insistir. No final, ele apenas balançou a cabeça. —

— Eu sei. — Disse, mais tentando me convencer disso. —

Assim que meu pai saiu da sala, deixei escapar um suspiro pesado. Um alívio momentâneo tomou conta de mim, mas logo foi substituído pelo cansaço acumulado de toda a pressão. Parecia que não havia um segundo de descanso, e tudo o que eu queria era sair dali, fugir daquela atmosfera sufocante.

Levantei-me e fui para o corredor, onde Emily me esperava, encostada na parede com os braços cruzados. Assim que me viu, descruzou os braços e deu um passo em minha direção, preocupada.

— O que aconteceu? Tá tudo bem? — A voz dela era suave, mas cheia de preocupação. —

— Tô bem. — Respondi, tentando soar convincente enquanto passava a mão pelos cabelos. — Não quero falar sobre isso agora, tá?

— Tá, tudo bem. — Ela franziu a testa, claramente não convencida, mas assentiu depois de alguns segundos. —

— Podemos ir embora? Eu não quero mais ficar aqui. — Parei por um momento, olhando ao redor da casa como se o ar ali tivesse ficado pesado demais. —

Emily me observou, lendo minha expressão, e concordou sem hesitar.

— Claro, vamos. — Ela respondeu, simples. —

Peguei as chaves do carro e nos dirigimos para a saída. Enquanto caminhávamos até o carro, Emily segurou minha mão, apertando-a levemente, como se quisesse me lembrar de que eu não estava sozinho. Eu não precisava dizer nada, aquele pequeno gesto já era o suficiente para me acalmar um pouco.

Entramos no carro, e o silêncio entre nós era confortável, quase como se não fossem necessárias palavras. Liguei o motor e dei partida, com o único objetivo de deixar tudo aquilo para trás.

— Se precisar falar sobre isso depois, eu tô aqui, tá? — Emily quebrou o silêncio depois de alguns minutos. —

— Eu sei. — Lancei um breve olhar para ela, um pequeno sorriso se formando no canto dos lábios. —

E, naquele momento, enquanto dirigia, percebi que, mesmo em meio ao caos, tinha algo sólido em que me apoiar. E isso fazia toda a diferença.

O silêncio se manteve por mais alguns minutos enquanto eu dirigia, mas era o tipo de silêncio que não incomodava. Emily olhava pela janela, a mão ainda segurando a minha sobre o câmbio, como se quisesse garantir que eu realmente estava ali, com ela, apesar de toda a confusão ao nosso redor.

— Pra onde você quer ir? — Finalmente, ela quebrou o silêncio novamente, mas sua voz era calma, quase um sussurro. — 

Pensei por um momento. Eu sabia que não queria voltar pra casa, nem ir a algum lugar onde alguém pudesse nos reconhecer. Tudo o que eu queria era um momento de normalidade, longe dos olhares, dos julgamentos, das expectativas.

— Não sei... só quero dirigir por aí. — Respondi, mantendo os olhos na estrada. — 

— Então tá. Dirige. — Ela deu um pequeno sorriso e assentiu. —

E foi o que fiz. Sem destino, sem pressa. As ruas passaram a ser apenas paisagem, e, pela primeira vez em dias, senti uma leveza me invadir. Era como se estar com ela, sem pressão, sem necessidade de fingir, fosse suficiente para aliviar o peso que eu vinha carregando.

Depois de um tempo, estacionei o carro em um lugar tranquilo, perto de um campo aberto. O céu estava começando a escurecer, e as primeiras estrelas surgiam, brilhando timidamente. Saí do carro, sentindo o vento fresco no rosto, e Emily fez o mesmo, caminhando ao meu lado.

— Não sabia que precisava tanto disso. — Murmurei, olhando para o horizonte.  —

— Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um pouco de silêncio. — Ela respondeu, parando ao meu lado e entrelaçando seus dedos nos meus. —

— É, acho que é mesmo. — Peguei a mão dela com delicadeza, trazendo-a até meus lábios e depositando um beijo suave. Quando nossos olhares se encontraram, sorri, deixando o momento falar por si. —

— Ah, falando nisso, eu andei pesquisando sobre o lugar onde vamos passar as férias e... achei perfeito. Os lugares são realmente lindos. — Ela disse, sua empolgação transparecendo em cada palavra. —

Não consegui evitar um sorriso diante do entusiasmo dela. 

— Você tá realmente animada com isso, né? — Perguntei, sorrindo. —

— Claro que estou. Vai ser uma pausa que a gente precisa. E olha, nem vou negar que já estou imaginando a gente andando por aquelas praias incríveis, sem preocupação alguma. — Ela deu uma risada leve, balançando a cabeça. —

Minha expressão suavizou, mas, ao mesmo tempo, um peso sutil tomou conta de mim ao lembrar de tudo o que estava acontecendo. Eu queria esse momento tanto quanto ela, mas minha mente ainda estava presa na conversa com meu pai e na repercussão de tudo que tinha acontecido.

— Tá tudo bem? — Emily perguntou, inclinando ligeiramente a cabeça para me observar melhor, como se tentasse ler meus pensamentos. —

— Sim, tá tudo bem. Só tô pensando em como vai ser bom... só a gente dois, longe de tudo isso. — Soltei um suspiro, desviando o olhar para o horizonte por um instante antes de voltar a encará-la. — 

— E vai ser. Não importa o que tenha acontecido antes, vamos fazer isso dar certo. Você merece essa paz, Lan. Nós dois merecemos. — Ela apertou minha mão, seu olhar cheio de compreensão. —

Assenti, tentando acreditar nas palavras dela, deixando que aquele momento de calma e o brilho nos olhos dela afastassem, ao menos por um tempo, o caos em minha mente.

Me virei para Emily, segurando sua mão com mais firmeza e olhando diretamente nos olhos dela.

— Você sabe que eu te amo, né? — Eu disse, em um tom casual saindo das minhas palavras.  —

Ela franziu a testa por um instante, claramente surpresa pela minha pergunta repentina.

— Sei, claro que sei. — Ela respondeu, o tom de voz curioso. — Mas... por que disso agora?

Dei um leve sorriso, sentindo meu coração bater mais rápido enquanto procurava as palavras certas.

— Porque eu não quero que você esqueça disso, nunca. Às vezes, eu fico tão preso em tudo o que acontece ao nosso redor, que esqueço de mostrar como você é importante pra mim. E eu não quero que você duvide disso, nem por um segundo. — Respondi, com um meio sorriso.  —
 
— Lando... eu nunca duvidei. E não vou duvidar. Você me mostra isso de tantas formas, mesmo que não perceba. — Emily inclinou a cabeça, um sorriso suave surgindo em seus lábios enquanto ela levantava a mão para tocar meu rosto. —

Minha respiração ficou mais leve com as palavras dela, como se algo dentro de mim tivesse finalmente encontrado o equilíbrio. Aproximei-me mais, encostando minha testa na dela.

— Eu só quero que a gente tenha o melhor, sabe? Que nada e ninguém atrapalhe o que construímos juntos. — Eu disse, sincero. — 

— E vamos ter. — Ela murmurou, seus dedos acariciando levemente meu rosto. — A gente é mais forte do que qualquer coisa que tentem jogar contra a gente.

Aquelas palavras, ditas com tanta certeza, eram tudo o que eu precisava naquele momento. Fechei os olhos por um instante, permitindo-me acreditar.

— Eu não sei o que fiz para te merecer, mas sou grato todos os dias por isso. — Falei, em um tom baixo e grato. —

— Só continua sendo você, Lando. Isso já é mais do que suficiente. — Emily murmurou, rindo suavemente. — 

Eu queria que momentos assim durassem para sempre, que nada pudesse acabar com isso.

001. Quem diria uma dupla que se juntaria, Mason e Magui tava muito bom para ser verdade que eles aceitariam que a Emily e o Lando fossem feliz tão facilmente. Antes que me ataquem tô querendo dizer nada não kkkk, vão bater a meta para que eu possa voltar com capitulo logo amores.

002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

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