
34.
LANDO NORRIS
📍Madrid, Espanha
"Real Madrid."
O último final de semana era para ser esquecido. A corrida na Áustria tinha sido um desastre, e eu não queria pensar mais nisso.
Eu estava sentado na cama, observando enquanto Emily se arrumava diante do espelho. Ver ela ali, na minha frente, depois de tudo o que passamos, era como um alívio. Saber que finalmente estávamos juntos de verdade, sem incertezas, me fazia sentir a pessoa mais sortuda do mundo.
Ela ajeitava o cabelo com delicadeza, e eu não conseguia desviar o olhar.
— Está me encarando de novo, Lando? — Ela perguntou, olhando para mim pelo reflexo no espelho, um sorriso leve brincando nos lábios. —
— Talvez. — Respondi, encostando a cabeça na cabeceira da cama, meu sorriso inevitável. — Não posso evitar. É que estou olhando para a minha namorada oficial.
Emily arqueou uma sobrancelha, parando de ajeitar o cabelo por um momento.
— Você está andando muito com o Charles, não é? Ele está te ensinando a como ser um namorado bobo? — Retrucou, cruzando os braços e me encarando com um sorriso divertido. —
Eu ri, balançando a cabeça.
— Se ele estiver, está fazendo um ótimo trabalho. — Respondi, levantando-me da cama e caminhando até ela. — Porque, sinceramente, ser bobo por você é a melhor coisa que eu já fiz.
— Você realmente não tem jeito, Lando. — Ela revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso que surgia nos lábios. —
— E você adora isso. — Brinquei, parando ao lado dela. —
— Não estou confirmando nada. — Emily disse, tentando disfarçar o riso. —
Eu a olhei pelo espelho, fingindo uma expressão séria.
— Ah, não precisa confirmar. Seu sorriso já me contou tudo. — Eu disse, sorrindo. —
— Está impossível hoje, hein? — Ela soltou uma risada, empurrando meu ombro de leve. —
— Impossível e apaixonado. — Respondi, segurando sua mão antes que ela se afastasse. — É assim que você me deixa.
Ela não disse nada, mas o olhar que me deu disse tudo. Encostei minha testa na dela, deixando o momento falar por nós dois.
— Está bem. — Ela murmurou, sorrindo de leve. — Talvez eu goste um pouco do seu jeito bobo.
— Só um pouco? — Perguntei, fingindo estar ofendido. —
— Não vou inflar seu ego mais do que já está. — Respondeu, rindo enquanto tentava se afastar, mas eu a puxei para perto, abraçando-a com força. —
— Pode negar o quanto quiser, Emily. Mas você não vai me convencer. — Avisei, em um tom convencido. —
— Você é mesmo impossível, Lando Norris. — Ela disse, rindo enquanto retribuía o abraço. —
E, naquele momento, eu soube que não precisava de mais nada além disso.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a porta do quarto se abriu sem aviso, e Carlos apareceu, apoiado no batente com os braços cruzados, uma expressão divertida no rosto.
— Que melação é essa? — Ele perguntou, arqueando uma sobrancelha. — Será que vocês poderiam, pelo menos, trancar a porta antes de começar com essas coisas?
— O quarto é meu, o intruso aqui é você, Chilli. — Emily retrucou, cruzando os braços e lhe lançando um olhar afiado. —
— E eu com isso? Sou o mais velho, vocês têm que me respeitar. — Carlos respondeu, colocando as mãos nos bolsos, como se sua posição de "irmão mais velho" lhe desse algum tipo de autoridade. —
— Coitado de você. Eu não abaixo a guarda pra homem nenhum, Carlos. — Emily rebateu com um sorriso travesso, fazendo-me conter uma risada. —
— Tá vendo, né, Lando? Tem certeza de que você quer isso pra sua vida? — Ele perguntou, me encarando com um falso ar de pena. —
— Ele não é louco de retrucar. — Emily respondeu por mim, me lançando um olhar cheio de confiança. —
— Ei, não precisa falar assim com o seu namorado! — Protestei, mas no momento em que as palavras saíram da minha boca, percebi que havia falado cedo demais. —
Carlos, que estava prestes a fazer outra provocação, parou no meio do caminho. Seu olhar se iluminou com uma curiosidade exagerada, seguido por um sorriso cheio de segundas intenções.
— Vocês estão namorando? E não me contaram? — Ele perguntou, cruzando os braços como se tivesse acabado de descobrir o maior segredo do mundo. —
— Lando, eu vou te matar, seu fofoqueiro! — Emily exclamou, apontando para mim enquanto me olhava incrédula. —
— Desculpa, amor, foi sem querer. — Tentei me justificar, mas minha tentativa de suavizar a situação só fez Carlos rir ainda mais. —
— Amor? — Ele repetiu, aumentando ainda mais o tom de provocação. — Isso está ficando cada vez melhor.
Emily suspirou, fechando os olhos por um momento antes de virar-se para mim, ainda irritada.
— Eu vou te proibir de andar com o Charles e o Pierre, Norris. — Ela disse, balançando a cabeça. — Iríamos contar hoje para todos, mas, infelizmente, Lando abriu a boca cedo demais.
Carlos soltou uma gargalhada, levantando as mãos como se estivesse se rendendo.
— Ah, então eu sou o primeiro a saber? Que honra! — Carlos brincou, colocando a mão no peito como se estivesse emocionado. —
— E há de você contar antes de mim, Carlos Sainz! — Emily respondeu, apontando o dedo para ele em um gesto de aviso. — Ou você, Lando Norris, por ser um boca de sacola!
Eu levantei as mãos em rendição, tentando não rir.
— Ei, não foi minha culpa, saiu sem querer! — Me defendi, mas a expressão dela dizia que eu não estava nem perto de me safar. —
— Não saiu "sem querer". Você é o típico fofoqueiro que não consegue guardar nada! — Emily retrucou, balançando a cabeça. —
Carlos riu, claramente se divertindo com a nossa troca.
— Olha, eu não vou contar, mas só porque quero ver vocês se enrolarem tentando explicar para todo mundo. — Ele provocou, abrindo um sorriso cheio de malícia. —
— Carlos! — Emily exclamou, jogando uma almofada nele, que desviou no último segundo. —
— Tá bom, tá bom! — Ele levantou as mãos, ainda rindo. — Vocês podem confiar em mim... por enquanto.
— Se depender de você, todo o paddock já vai saber amanhã. — Emily revirou os olhos, mas seu sorriso a traiu. —
— Ei, me dá um crédito! — Carlos retrucou, colocando a mão no coração em um gesto falso de indignação. —
Emily apenas bufou, voltando a ajeitar o cabelo. Eu, por outro lado, me aproximei dela e a puxei pela cintura, tentando amenizar a tensão.
— Relaxa, amor. O Carlos até pode ser um enxerido, mas ele sabe guardar segredo. — Falei, tentando amenizar o clima. —
— Isso aí! — Carlos confirmou, apontando para si mesmo. — Sou um excelente guardião de segredos... a menos que me paguem bem para contar.
— Carlos! — Nós dois exclamamos ao mesmo tempo, e ele saiu do quarto rindo como se tivesse ganho o dia. —
Eu me virei para Emily, tentando conter o riso, mas o olhar que ela me lançou era fulminante.
— E você... nem pense em falar comigo até segunda ordem! — Ela cruzou os braços, apertando os lábios, como se quisesse parecer mais séria do que realmente estava. —
Eu sabia que ela não estava tão irritada assim. Não resisti e me aproximei devagar, tentando suavizar o momento. Fiz uma gracinha qualquer, algo bobo o suficiente para arrancar aquele sorriso contido que eu conhecia tão bem.
— Sai daqui, Lando! — Ela resmungou, mas não se afastou. —
Aproveitei a deixa e inclinei-me para beijá-la no pescoço, um toque leve, quase provocador. Ela tentou manter a pose séria, mas quando vi o canto de seus lábios se curvando em um sorriso, soube que tinha vencido.
— Sabia que não ia durar nem dois minutos brava comigo — Provoquei, me afastando só o suficiente para encará-la, com um sorriso vitorioso. —
— Você é impossível! — Ela disse, revirando os olhos, mas sua voz já não tinha nenhuma dureza. —
— Eu também te amo, Lilian — Respondi com um sorriso travesso. —
Ela balançou a cabeça, como se não acreditasse no que estava ouvindo, mas o sorriso que tentou esconder entregava que minhas palavras a haviam desarmado.
— Não era pra ser uma declaração, Lando — Ela retrucou, tentando manter a pose. —
— Mas foi sincera — Retruquei, olhando diretamente nos olhos dela. Minha expressão já não carregava a provocação de antes, apenas uma honestidade tranquila. —
Emily desviou o olhar por um momento, claramente lutando contra o rubor que tomava conta de seu rosto.
— Você sabe que só está se safando porque tem esse sorriso ridículo — Murmurou, tentando soar irritada, mas sem sucesso. —
— E você sabe que eu vou usar isso a meu favor sempre que puder — Retruquei, rindo enquanto entrelaçava meus dedos nos dela. —
— Eu deveria ser mais dura com você, Lando. — Ela suspirou, rendendo-se de vez. —
— Mas você não seria a Lilian que eu amo se fosse. — Minha resposta foi imediata. —
— Cala a boca, Lando, e vamos descer logo. Eu não confio no Carlos sozinho com os meus pais depois do que ele descobriu — Disse Emily, empurrando levemente meu ombro enquanto já se dirigia para a porta. —
— Você acha que ele vai usar isso contra você? — Eu ri, seguindo atrás dela. —
— Tenho certeza absoluta! — Ela respondeu sem nem olhar para trás, mas pude ouvir a leve preocupação em sua voz. — Do jeito que ele é, já deve estar inventando alguma história absurda pra me envergonhar.
— Ah, Lilian, você se preocupa demais. — Sorri, tentando tranquilizá-la enquanto alcançava sua mão para entrelaçar nossos dedos. — Além do mais, qualquer coisa, eu te ajudo a lidar com ele.
Ela parou no topo da escada, virando-se para mim com uma sobrancelha arqueada.
— Você vai me ajudar? Lando, da última vez que você tentou "me ajudar", acabou rindo tanto que quase caiu no chão. — Ela relembrou, arqueando uma sobrancelha. —
— Ei, isso foi diferente! — Protestei, embora soubesse que ela tinha razão. — Mas dessa vez eu prometo ficar do seu lado.
Ela suspirou, balançando a cabeça com um sorriso divertido.
— Tá bom, mas se ele estiver soltando alguma bomba lá embaixo, vou te colocar na linha de fogo junto comigo. — Ela avisou, com seriedade. —
— Fechado — Respondi com um sorriso despreocupado. —
— Vem, Lilian. Eu prometo que vou te ajudar a manter tudo sob controle... ou pelo menos tentar. — Eu ri, tentando aliviar o clima, e estendi a mão para ela. —
— Você não presta, mas acho que não tenho muita escolha. — Ela aceitou minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. —
Caminhamos lado a lado pelo corredor, em silêncio por um momento, mas o toque das nossas mãos e o som dos nossos passos ritmados tornavam tudo incrivelmente confortável.
Quando nos aproximamos da sala de jantar, o som da risada de Carlos já ecoava pelo ambiente. Emily parou por um segundo, respirando fundo como se estivesse se preparando para o que viria a seguir.
— Tá pronta? — Perguntei com um sorriso, apertando sua mão levemente. —
— Não, mas vamos lá antes que ele entregue todos os meus segredos de infância. — Ela respondeu, apertando minha mão de volta enquanto dávamos o último passo para entrar na sala. —
E lá estava Carlos, sentado casualmente, com aquele sorriso malicioso no rosto, enquanto meus sogros o olhavam com expressões mistas de surpresa e curiosidade.
— Ah, finalmente! Os dois demoraram, hein? — Carlos exclamou, claramente aproveitando a tensão. —
— E você já está falando demais, Carlos — Emily rebateu, tentando manter a compostura, mas sem soltar minha mão. —
Eu sorri. Aquela noite, com toda a loucura que prometia ser, estava apenas começando.
¤¤ 🇬🇧 ¤¤
A simplicidade, o jeito único que só Emily tinha e que me conquistou, seu sorriso, sua leveza... tudo nela fazia meu coração disparar. Eu nunca pensei que amar e ser correspondido pudesse ser tão bom. A vida estava seguindo um caminho tranquilo, sem os problemas que antes pareciam inevitáveis e que poderiam ter afetado nosso relacionamento.
Mas agora, aqui estava eu, sendo arrastado pelo Carlos e pela Emily para um jogo do Real Madrid. E, claro, sendo obrigado a torcer pelos merengues. Isso era absurdo.
— Cala a boca e veste! — Emily ordenou, jogando uma camisa do Real Madrid em minha direção. —
— Nossa, e meu direito de fala ficou aonde? — Resmunguei, pegando a camisa com relutância. —
Ela cruzou os braços, me lançando aquele olhar típico que dizia "não vou ceder".
— Você não tem esse direito, Lando. — Emily respondeu, categórica. — Até porque o Real Madrid é mil vezes melhor que o Chelsea.
Fingi indignação, colocando a mão no peito como se suas palavras fossem uma ofensa gravíssima.
— Mil vezes melhor? Você está louca? Isso é quase um insulto! — Falei, negando com a cabeça. —
— Insulto é torcer para o Chelsea. — Carlos interrompeu, surgindo do nada com um sorriso divertido no rosto. — Sério, Norris, hoje você vai aprender o que é futebol de verdade.
— Ah, claro! Porque torcer para o Real é sinônimo de superioridade, né? — Revirei os olhos, mas comecei a vestir a camisa mesmo assim. —
— Finalmente! Agora só falta aprender a gritar "Hala Madrid". — Emily disse, com um sorriso. —
— Isso nunca vai acontecer. — Murmurei, enquanto Carlos gargalhava ao meu lado. —
— Nunca diga nunca, meu amigo. — Ele disse, me dando um tapinha no ombro. —
Emily se aproximou, segurando meu rosto com firmeza, o sorriso provocador nos lábios iluminando seu rosto.
— Você está tão bonito com essa camisa do Real, Lando. — Disse ela, a voz carregada de diversão. — Quase parece um torcedor de verdade.
— Não exagera, Emily. — Respondi, estreitando os olhos para ela. —
— Estou falando sério. — Ela continuou, inclinando-se ligeiramente para mim. — Acho que o Real Madrid já está conquistando um espaço no seu coração.
— Nunca. — Retruquei, tentando manter uma expressão séria, mas falhando miseravelmente quando ela riu baixo. —
Antes que eu pudesse responder algo mais, Emily se inclinou e deixou um beijo rápido nos meus lábios, surpreendendo-me completamente.
— Viu só? Nem foi tão ruim. — Disse ela, piscando para mim antes de se afastar, com aquele ar vitorioso que só ela tinha. —
Carlos, que tinha observado tudo de longe, começou a rir alto.
— Isso foi um golpe baixo, Emy. — Falei, tentando recuperar minha compostura. —
— Golpe baixo é você ser tão teimoso. — Ela respondeu, enquanto pegava sua bolsa. — Vamos logo, antes que vocês dois me façam perder o jogo.
— Isso é tortura. — Suspirei, balançando a cabeça. —
— É amor, Norris. Aprende. — Ela retrucou, puxando minha mão com um sorriso. —
E mesmo que eu soubesse que aquela camisa não era a melhor escolha, segui em frente, porque, no fim, qualquer coisa com Emily ao meu lado valia a pena.
Enquanto descíamos as escadas, eu ainda ajeitava a camisa do Real Madrid no corpo, tentando me acostumar com a ideia de usá-la. Emily andava na frente, segurando minha mão com firmeza, enquanto Carlos, com um sorriso de pura diversão, seguia logo atrás.
Ao chegarmos ao andar de baixo, Carlos Sainz pai estava sentado no sofá, lendo um jornal, mas assim que levantou os olhos e me viu, abriu um sorriso largo.
— Olha só! Temos um novo torcedor para o Madrid! — Disse ele, colocando o jornal de lado e se levantando com entusiasmo. —
— Está vendo? Até o meu pai já te acolheu no melhor time. — Emily se virou para mim, sorrindo de orelha a orelha. —
Suspirei, balançando a cabeça, enquanto Carlos pai vinha até mim e colocava uma mão no meu ombro.
— Bem-vindo à família merengue, Lando. Vai perceber que ser do Real Madrid é uma escolha de vida. — Ele falou, com orgulho. —
— Não sei se chamaria isso de "escolha". — Respondi, lançando um olhar divertido para Emily. — Fui coagido.
Ele gargalhou, enquanto Emily dava de ombros, sem o menor remorso.
— Coagido ou não, o importante é que está usando a camisa certa. — Emily disse, piscando para mim. —
Carlos, que havia ficado em silêncio até então, aproveitou para cutucar.
— Só falta ele começar a assistir aos jogos e gritar "Hala Madrid", pai. Aí sim estará completo. — Ele completou. —
— Isso não vai acontecer. — Retruquei rapidamente, mas meu protesto só fez todos rirem. —
— Vamos ver, Norris. Vamos ver. — Emily apertou minha mão, olhando para mim com um brilho de satisfação nos olhos. —
Carlos pai foi o primeiro a se despedir, aproximando-se de mim com um sorriso caloroso enquanto dava dois tapinhas no meu ombro.
— Aproveitem o jogo, e tente não se arrepender de usar essa camisa, Lando. — Ele brincou, piscando antes de se afastar. —
— Vou tentar, senhor Sainz. Mas não prometo nada. — Respondi, rindo. —
Emily deu um beijo rápido na bochecha dele, enquanto Carlos, já estava pegando as chaves do carro na mesa próxima.
— Eu vou na frente, encontro vocês lá no estádio. — Disse ele, caminhando em direção à porta. Ele olhou para mim mais uma vez, com aquele sorriso provocador. — E, Lando, tente parecer um pouco mais animado. Afinal, vai ser uma experiência inesquecível.
— Claro que vai ser inesquecível. Principalmente para me lembrar de nunca mais confiar em você ou na Emily quando o assunto é futebol. — Retruquei, fazendo Emily rir. —
— Anda logo, Norris. Vamos. — Ela disse, puxando minha mão com um entusiasmo que era impossível resistir. —
Carlos riu alto, já do lado de fora.
— Até daqui a pouco, casal! Não demorem muito. — Ele gritou antes de entrar no carro e partir. —
Assim que ficamos sozinhos, Emily virou-se para mim, ainda segurando minha mão.
— Pronto para o melhor jogo da sua vida? — Perguntou, um brilho animado nos olhos. —
— Se eu sobreviver a isso sem começar a torcer pro Real Madrid, já vai ser uma vitória. — Respondi, recebendo um olhar reprovador dela. —
— Você está impossível hoje, Norris. — Disse, rindo enquanto me puxava em direção ao carro. —
Caminhamos juntos até a garagem, onde o carro estava estacionado. Emily parecia radiante, e eu não conseguia evitar sorrir ao observar a animação dela. Quando chegamos, dei a volta até o lado do passageiro e abri a porta para ela.
— Olha só, quem diria que você seria tão cavalheiro? — Ela brincou, entrando no carro com um sorriso travesso. —
— Não diga que não te trato bem. — Respondi, fechando a porta com cuidado antes de caminhar até o lado do motorista. —
Depois de entrar, ajeitei o banco e dei partida no carro. Assim que o motor ronronou suavemente, Emily foi rápida em ligar o som.
— Ah, não acredito! — Falei, balançando a cabeça com um sorriso ao ouvir a melodia de "Love Story" começar a tocar. — Já estava até com saudades de ouvir Taylor Swift no meu carro.
— Pode admitir, Norris, você adora. — Emily deu uma risada, girando o botão do volume para aumentar um pouco mais. —
— Só vou admitir que você tem uma péssima mania de monopolizar o som do carro. — Brinquei, mas o sorriso que entregava minha diversão não me deixava parecer sério. —
— Não seja mentiroso. Você canta todas as músicas. Inclusive, já está na hora de você confessar que é um Swiftie em segredo. — Ela disse, virando-se para mim com aquele olhar desafiador. —
— Nunca. — Respondi, rindo enquanto guiava o carro pela saída da garagem. —
— Ah, e quer saber por que eu tenho certeza de que você é um Swiftie, Norris? — Emily virou-se para mim com um olhar de pura satisfação. —
— Nem quero imaginar. — Respondi, rindo, mas já sentindo que estava prestes a me arrepender de perguntar. —
— Porque eu vi a entrevista sua e do Oscar no canal da McLaren. Você cantou Love Story! — Ela disse, apontando para mim como se tivesse acabado de descobrir um segredo importante. —
— Isso foi completamente fora de contexto! Eles colocaram a música para eu cantar, eu não tive escolha! — Tentei me defender, mesmo sabendo que não adiantaria. —
— Claro que teve escolha. Você poderia ter dito que não sabia a letra, mas, ao invés disso, você cantou! E com emoção, posso acrescentar. — Emily gargalhou, claramente adorando a situação. —
— Você é impossível. — Falei, tentando manter uma expressão séria, mas falhando miseravelmente. —
— Admito, você mandou bem. Mas agora não adianta negar, Lando. O mundo inteiro viu você cantando Love Story. — Ela piscou para mim, ainda rindo. —
— Ótimo, agora além de piloto, virei cantor amador na internet. Era exatamente o que eu precisava. — Argumentei, balançando a cabeça. —
Emily inclinou-se um pouco para frente, tocando de leve meu braço com um sorriso suave.
— Relaxa, Lan. Se serve de consolo, você ganhou pontos comigo. Um cara que canta Taylor Swift tem meu respeito. — Ela comentou, sorrindo. —
— Bom saber que você me respeita... pelo menos nesse aspecto. — Eu balancei a cabeça, sorrindo de canto. —
— Pronto, agora você pode se preparar para sua grande estreia no próximo karaokê. Vou escolher só músicas da Taylor para você. — Ela riu novamente, aumentando um pouco mais o volume da música. —
— Você é cruel, Emily. — Eu disse, negando. —
— Falando nisso, eu estava pensando... Estou com saudades do Oscar e da Seraphina. — Emily recostou-se no banco, o sorriso nos lábios suavizando-se um pouco. —
— Bom, você pode matar as saudades na próxima corrida. — Dei uma risada leve, desviando os olhos dela por um momento enquanto virava uma curva. —
Emily virou-se para mim, o sorriso no rosto se alargando novamente, desta vez com um toque de entusiasmo.
— Sabe, eu não vejo a hora de contar para os nossos amigos que estamos finalmente namorando. — Ela falou, empolgada. —
— O Charles vai pirar com essa notícia, tenho certeza. Ele vai se sentir como se tivesse ganho na loteria ou algo assim. — Dei uma risada, lançando-lhe um olhar de canto. —
— Ele provavelmente vai achar que foi uma conquista pessoal. — Emily riu junto, balançando a cabeça. —
— Não duvido. E ele vai querer que a gente comemore com ele. Tipo, fazer uma festa ou algo assim. — Eu concordei, rindo mais um pouco. —
— Ah, com certeza! — Emily respondeu, agora com um sorriso divertido. — E a Rosa vai achar tudo muito fofo, não tenho dúvidas.
— Ah, sim, Rosa vai ser a primeira a dar os parabéns, e provavelmente vai dizer que ele é o nosso fã número um. — Respondi, em um tom divertido. —
Emily se inclinou para trás, ainda rindo.
— Ela vai mesmo! E não vai faltar aquele "Eu já sabia!" no meio. — Ela argumentou, com um sorriso. —
— Claro. Ela sempre sabe de tudo antes de todo mundo. — Respondi, mexendo no volante com um sorriso. —
— Pois é, mas ela vai ficar super feliz por nós. E o Charles... bem, ele vai ter uma reação épica. Mal posso esperar para ver isso. — Disse ela. —
— Eu também. Acho que a gente vai virar o centro das atenções por um tempo. — Comento com ela. —
— E vai ser ótimo! Quem diria que a gente chegaria até aqui, né? — Emily sorriu, os olhos brilhando de animação. —
— Pois é... mas no fim, estou feliz que chegamos. — Falei, com um misto de sinceridade e carinho. —
— Eu também, Lan. — Ela deu uma risada suave e apertou minha mão. —
— Ah, nem um "eu te amo", Emily? Nem um "estou tão feliz que estamos juntos"? Você realmente não vai dizer nada disso? — Fiz um pequeno no drama. —
— Para de ser grudento, Norris. Isso aqui não é um filme de romance. — Ela virou para mim, me lançando um olhar divertido, antes de dar uma risadinha. —
— Você está dizendo que não tem um pingo de romance no nosso relacionamento? Eu pensei que nós éramos uma história épica de amor! — Eu fingi estar ofendido, colocando uma mão no peito como se estivesse levando um golpe fatal. —
— A gente é épico, mas não precisa ficar nesse drama todo. Agora, vamos parar de bancar os personagens de novela, né? — Emily rolou os olhos, sorrindo. —
— Só estava esperando o momento certo para demonstrar meu amor imenso por você... — Falei, exagerando ainda mais, fazendo uma pose. —
— Você é impossível, mas, por algum motivo, ainda te suporto. — Emily riu, balançando a cabeça enquanto me olhava. —
— O motivo sendo porque você me ama, claro. Eu sou o homem da sua vida, e você é a mulher da minha. O destino sabe disso, e você também, Emily. — Eu respondi, sorridente. —
Ela riu, balançando a cabeça como se estivesse completamente exausta das minhas brincadeiras.
— Você realmente tem uma confiança absurda, não tem? Mas eu não posso negar que, você tem razão. — Ela me lançou um olhar, e eu vi aquele brilho suave nos olhos dela. —
— Eu te amo. — Disse, desabotoando o cinto de segurança antes de dar um beijo rápido nos lábios dela. — Mas vamos, antes que o Carlos comece a ligar.
Saí do carro rapidamente e dei a volta, abrindo a porta para Emily com um sorriso.
Ela me olhou por um momento, mas não hesitou em pegar minha mão quando estendi para ela. Com um sorriso suave, ela entrelaçou os dedos nos meus.
— Você é tão cavalheiro, Norris. — Ela disse, sorrindo enquanto se levantava do banco. —
Fechei a porta com cuidado, ainda segurando a mão dela, e juntos começamos a caminhar em direção ao estádio.
Enquanto caminhávamos, decidi puxar um assunto que vinha me rondando nos últimos dias.
— Sabe, estive pensando... Eu e você, férias na Grécia. Que tal? — Falei, com um sorriso brincalhão. — Sol, praias, comida boa, sem correrias... seria perfeito para nós.
Emily olhou para mim com uma expressão curiosa, pensativa.
— Grécia? Hm, isso seria interessante. — Ela murmurou, sorrindo levemente, mas logo fez uma pausa, olhando para o horizonte. — Mas, para ser sincera, eu ainda tenho três corridas até tomar qualquer decisão sobre isso. Não posso me comprometer ainda, né?
— Claro, mas eu sei que você vai aceita, minha torcedora número um. — Brinquei, puxando-a para um abraço enquanto caminhávamos. —
Emily riu, se aninhando um pouco mais em meus braços.
— Não tenha tanta certeza, Lando. — Ela respondeu, sorrindo suavemente. —
Logo chegamos à entrada do estádio e fomos direcionados para o camarote. O ambiente estava vibrante, as luzes brilhando e a energia das pessoas contagiando o espaço. Enquanto nos aproximávamos, vi Carlos Sainz já nos esperando, com aquele sorriso característico.
— Ah, o casal chegou! — Carlos disse, estendendo a mão para me cumprimentar. — Estava pensando que o jogo ia começar e vocês iam desaparecer.
— Não sem antes arranjar um bom lugar, claro. — Respondi, apertando a mão de Emily. —
Carlos fez uma rápida piada sobre a situação, e logo estávamos todos sentados, prontos para aproveitar o jogo, no meu caso eu estava pronta para a tortura.
¤¤ 🇬🇧 ¤¤
Eu sabia que ir assistir ao jogo do Real Madrid não seria uma boa ideia. Mesmo que eu soubesse que Emily já teve vários relacionamentos, ver Vinícius Júnior, um dos ex-namorados dela, olhando para ela durante a partida, me deixou irritado. Não sei por que, mas algo naquela situação me incomodou profundamente. Eu estava com ciúmes, e tinha todo o direito de estar.
Chegamos em casa, e eu abri a porta com um pouco mais de força do que o normal, fechando-a logo depois e deixando as chaves na cômoda. Emily entrou atrás de mim, e o silêncio do caminho agora parecia ainda mais pesado.
Ela olhou para mim com uma expressão de curiosidade, percebendo o que eu estava tentando esconder.
— Tá bom, quer me contar o motivo dessa cara fechada o caminho todo? — Ela perguntou, uma pitada de preocupação e diversão na voz. —
Eu parei por um momento, tentando encontrar as palavras certas, mas, no fundo, sabia que não conseguiria esconder o que estava sentindo. Ela percebeu tudo, claro. Com um suspiro, eu virei para ela.
— Eu só... Eu não gostei de ver o Vinícius olhando para você o tempo todo. — Minha voz soou mais intensa do que eu esperava, e ela me observou em silêncio por um momento. —
Ela levantou uma sobrancelha, começando a entender o que estava acontecendo.
— Lando, sério? — Ela disse, com um sorriso divertido, mas também com um toque de compreensão. — Estamos falando de um cara que faz parte do meu passado. Isso é sobre ciúmes, não é?
— Não é só isso. É que ele estava... te olhando de um jeito que me incomodou. Eu sei que é besteira, mas não pude evitar. — Eu balancei a cabeça, tentando argumentar, mas sabia que estava sendo um pouco irracional. —
Ela riu baixinho, se aproximando de mim e colocando uma mão sobre o meu peito.
— Você é impossível, sabia? — Ela disse, mas havia algo suave no seu olhar. — Mas, olha, eu estou com você agora. Ele faz parte do passado, e eu estou aqui, com você. Nada mais importa.
Eu suspirei, finalmente sentindo a tensão se dissipando. Era só mais uma dessas inseguranças bobas que, no fundo, eu sabia que não precisava ter. Ela me olhou com carinho e paciência, como sempre fazia.
— Eu sei, mas ainda assim... — Falei, agora mais tranquilo. — Eu não gosto de vê-la sendo olhada assim.
Ela sorriu e se aproximou mais, tocando minha bochecha com a ponta dos dedos.
— Eu te amo, Lando. E é com você que eu quero estar. — Ela falou suavemente, me fazendo esquecer qualquer outra coisa que estivesse me incomodando. —
Eu sorri de volta, sentindo a calma voltar. Talvez fosse só um momento bobo de ciúmes.
Eu sorri, ainda segurando Emily perto de mim, sentindo o calor do seu corpo contra o meu. Por mais que o momento fosse simples, algo em mim me fez querer brincar, como sempre.
— Que tal começarmos a planejar um mini baby? — Disse, puxando ela para mais perto, deixando um leve sorriso escapar enquanto olhava nos olhos dela. —
Emily riu, afastando um pouco o rosto para me encarar, mas ainda mantendo aquele olhar divertido.
— Ah, não começa com isso, Lando. Já te falei que, por enquanto, sem filhos. — Ela balançou a cabeça, mas a risada ainda estava presente na voz dela. —
Eu sorri, imaginando como seria interessante pensar no futuro, mesmo que ainda fosse cedo para falar sobre isso. A ideia de uma vida com ela, de formar uma família, me encantava, mas sabia que ela tinha sua própria visão sobre o momento certo.
— Eu sei, eu sei. — Falei, tocando o rosto dela com carinho. — Mas, se vier, será muito bem recebido. Vai ser o nosso mini baby, pronto para dominar o mundo.
Emily riu mais uma vez, soltando um suspiro divertido, mas com aquele brilho no olhar que só ela tinha.
— Certo, mas veremos isso mais para frente, Lando. — Ela colocou a cabeça no meu peito, descansando ali, e eu a abracei com mais força. — Mas quem sabe, no futuro, poderemos conversar sobre isso.
Eu ri, puxando-a um pouco mais para perto.
— Ok, mas no futuro, eu vou querer, no mínimo, uns seis mini baby. — Brinquei, já imaginando a reação dela. —
— Seis? Você está maluco, Lando. Não vamos nem começar com isso agora! — Emily soltou uma gargalhada abafada contra o meu peito, balançando a cabeça com um sorriso divertido. —
— Ah, vai ser uma equipe de futebol perfeita, com direito a torcida, claro. — Falei, fazendo uma cara de quem já estava planejando o futuro. —
Ela riu, levantando a cabeça para me olhar com um sorriso travesso.
— Você realmente é um sonhador, hein? Mas, quem sabe, no futuro… — Ela pausou, dando uma piscadinha. — Talvez eu esteja disposta a ter uns dois ou três mini baby.
— Dois ou três? Isso é o começo! — Respondi, rindo. — Mas tudo bem, vamos com calma. Um dia, quando você estiver pronta, a gente vai começar a planejar nossa futura equipe de futebol.
— Quem sabe... Mas por enquanto, vou me contentar com você. — Ela riu novamente, se aconchegando mais em mim. —
— Claro, mas por enquanto, vamos deixar isso de lado. — Sorri, brincando. — Agora, eu só quero descansar desse dia torturante.
Me joguei no sofá, soltando um suspiro exagerado, como se tivesse acabado de correr uma maratona. Emily me olhou com aquele sorrisinho divertido, cruzando os braços enquanto permanecia de pé.
— Dia torturante? — Ela levantou uma sobrancelha, fingindo estar incrédula. — O que foi tão exaustivo assim, Lando? Assistir ao jogo ou reclamar do Real Madrid?
— Ah, claro, como se você não soubesse como é desgastante ser o namorado mais incrível do mundo. — Eu revirei os olhos, encostando a cabeça no encosto do sofá. —
Ela riu, caminhando até o sofá e sentando ao meu lado.
— Bem, pelo menos você tem consciência da sua grandeza. — Ela brincou, inclinando-se levemente para bagunçar meu cabelo.
— Ei, não é assim que você deveria tratar o namorado exausto. — Fingi protestar, segurando sua mão e trazendo-a para mais perto. —
— Certo. — Emily respondeu, tentando conter o riso. — Então, como eu deveria te tratar, senhor "melhor namorado do mundo"?
— Talvez simplesmente ficando aqui comigo, sem implicar muito. — Eu a encarei com um sorriso brincalhão, fingindo pensar enquanto segurava sua mão. —
Ela bufou, fingindo estar ofendida, mas logo seu sorriso denunciou que estava se divertindo.
— Ah, claro, porque você merece tudo isso depois de passar o jogo inteiro bufando contra o Real Madrid. — Ela provocou, mas então se inclinou, encostando a cabeça no meu ombro. — Mas talvez, só talvez, eu possa te perdoar... se você prometer não reclamar da próxima vez.
Eu ri, puxando-a para um abraço mais apertado, enquanto o cansaço do dia parecia desaparecer.
— Tudo bem, eu prometo. Mas só porque você pediu com jeitinho. — Respondi, deixando o momento simples e confortável. —
Foi quando senti meu celular vibrar no bolso. Suspirei, achando que seria alguma notificação boba, mas tirei o aparelho para conferir. Quando olhei para a tela, vi que era uma mensagem da Magui.
Estranhei. Fazia um bom tempo que não recebia nada dela, e, para ser honesto, nem esperava.
"Oi, Lando. Precisamos conversar. É importante."
Fiquei olhando para a mensagem por alguns segundos, sem saber ao certo como reagir. Não era algo comum. Magui e eu não nós falávamos a alguns meses, era estranho ela me mandar mensagem agora.
Emily percebeu meu silêncio e ergueu a cabeça, me observando com curiosidade.
— Algo importante? — Ela perguntou, apontando para o celular. —
Fiz o possível para não parecer desconfortável e coloquei o celular de volta no bolso, sem responder.
— Nada demais. — Respondi, tentando soar casual. — Só uma mensagem aleatória.
Não queria preocupá-la com algo que provavelmente não significava nada. Além disso, não queria causar um desconforto desnecessário, especialmente porque sabia que Emily e Magui nunca se deram muito bem. O fato de eu ainda ter o número dela no celular já seria motivo suficiente para uma discussão desnecessária.
001. É tão bom escrever capítulos felizes, ainda mais com eles.
002. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
003. Votem e comentem muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro