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30.

EMILY SAINZ
📍Barcelona, Espanha
"Verdade."

Aos poucos, a minha volta começava a fazer um pouco mais de sentido. Esse último mês foi repleto de rostos familiares, conversas e objetos trazidos pela minha família e pelos médicos na tentativa de despertar algo, qualquer lembrança que pudesse me ajudar. Mas, por mais que me esforçasse, nada parecia funcionar. Às vezes me pergunto se algum dia vou conseguir lembrar de algo. Essa sensação de vazio é sufocante. Parece até cruel estar cercada de pessoas que se importam, sentir que já vivi tanto, mas não poder me lembrar de nada.

Enquanto caminhávamos pelo paddock, senti o braço de Lando envolver meu ombro, e seu toque foi como um lembrete de que eu não estava sozinha nisso. Olhei ao redor e fiquei feliz, ao menos, por estar ali, para ver uma corrida de perto.

— Que tal a gente ir almoçar juntos? — Ele sugeriu, sorrindo. — E aí você me conta o que está passando pela sua cabeça.

Sorri de volta, talvez mais para mostrar a ele que estava tentando realmente estar bem.

— Acho uma boa ideia — Respondi, sentindo-me grata por sua companhia constante. —

— Ele é o Pierre — Lando indicou discretamente o rapaz que vinha em nossa direção com um sorriso fácil. — Provavelmente você não vai lembrar, mas ele é um bom amigo nosso. Só uma coisa, ele fala demais, então não liga.

Olhei para Lando, um pouco confusa, enquanto ele me dava um sorriso rápido, como se já estivesse acostumado com o estilo animado de Pierre.

— E aí, casal... — Pierre começou, mas parou no meio da frase, percebendo o erro. — Emily e Lando!

Olhei para ele e depois para Lando, meio confusa com a troca, mas Pierre abriu um sorriso meio sem graça, percebendo que havia errado.

— Desculpa aí, Emily. Acho que me empolguei e esqueci... Você não lembra dessas coisas ainda, né? — Ele disse, coçando a nuca, um tanto desconfortável. —

Lando rapidamente captou o desconforto no ar e, sem perder o ritmo, deu um tapinha nas costas de Pierre, sorrindo.

— Pois é, Pierre, mas olha, a gente realmente precisa ir agora. Prometi um almoço e, se a Emily ficar com fome, quem vai ter que aguentar depois sou eu. — Ele brincou, puxando-me suavemente para continuar andando. — Mas depois a gente se fala, beleza?

Pierre assentiu, ainda meio embaraçado.

— Claro, claro, sem problemas. Divirtam-se! — Ele respondeu, acenando e claramente aliviado por escapar do deslize. —

Enquanto seguíamos em direção ao restaurante da McLaren, as palavras de Pierre ecoavam na minha mente. O jeito que ele nos chamou de "casal" parecia estranho, quase familiar demais, como se houvesse algo que eu deveria lembrar. E o fato de Lando ter se apressado em nos afastar daquela situação só aumentava a minha curiosidade.

Assim que nos sentamos no restaurante, não consegui mais segurar a pergunta.

— Lando, o que o Pierre quis dizer quando nos chamou de casal? — Perguntei, tentando soar casual, mas meu tom acabava entregando a seriedade com que eu queria entender aquilo. —

Lando fez uma pausa, visivelmente buscando as palavras certas. Ele desviou o olhar por um instante, coçando a nuca.

— Ah, Emily, não foi nada — Disse, dando um sorriso tranquilizador. — Pierre só se confundiu, sabe como ele é... Vive falando o que vem à cabeça. Não precisa se preocupar com isso.

Mas a resposta dele, ao invés de me acalmar, só alimentava ainda mais minha dúvida. Olhei diretamente para ele, tentando decifrar se ele estava escondendo alguma coisa.

— Lando... é só isso mesmo? — Insisti, mantendo o olhar firme. — 

— Sim, Lily, é só isso — Respondeu ele, mas seu olhar desviou por um instante, e notei uma leve hesitação que não passou despercebida. —

— Porque algo me diz que você não está sendo sincero comigo — Insisti, levantando uma sobrancelha e observando-o com atenção. —

Lando suspirou, passando a mão pelos cabelos com um leve desconforto antes de responder.

— Olha, a gente conversa sobre isso mais tarde, ok? — Disse ele, em tom tranquilo, mas firme. — Viemos aqui para almoçar, e eu realmente não quero entrar nesse assunto agora.

— Tudo bem, eu seguro a curiosidade... por enquanto. — Sorri levemente, tentando aliviar o clima. — 

Conforme o clima se acalmava entre nós, Lando parecia mais à vontade. Enquanto aproveitávamos o almoço, ele fez uma pausa e me olhou com uma expressão leve, mas cheia de expectativa.

— E aí, o que acha de passar alguns dias comigo em Mônaco? — Perguntou, casualmente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. —

Fiquei surpresa pela proposta repentina, mas também curiosa. Desde que perdi a memória, ele tem sido uma das poucas pessoas que me fazem sentir segura, e a ideia de uma mudança de ares, ainda mais ao lado dele, me soou tentadora.

— Em Mônaco? — Repeti, olhando para ele com um sorriso. — Sabe, acho que seria ótimo... Vai ser bom conhecer novos lugares.

Lando assentiu, claramente satisfeito com minha resposta, enquanto brincava com o guardanapo sobre a mesa.

— Você vai adorar. Prometo te mostrar os melhores pontos de lá. — Ele fez uma pausa, inclinando-se levemente para frente. — E, quem sabe, isso também te ajude a se sentir mais à vontade com tudo.

Assenti, apreciando a ideia e o cuidado dele em sempre tentar me ajudar.

— Você é um guia de turismo também? — Brinquei, arqueando uma sobrancelha. —

— Ah, claro! — Ele deu de ombros, fingindo confiança. — Posso não ser profissional, mas sou especialista em passeios exclusivos. Comigo, você só vê o melhor.

— Então tá combinado — Concordei, ainda sorrindo, enquanto Lando parecia animado com o plano. —

— A gente consegue passar alguns dias em Mônaco antes da próxima corrida. Depois seguimos para a Áustria, onde vou te mostrar a magia de mais um Grande Prêmio. — Ele disse, com aquele entusiasmo típico dele. —

— Magia, é? — Brinquei, inclinando-me levemente na cadeira. — Vai me dizer que tem truques de mágica escondidos no paddock também?

— Não exatamente, mas posso te garantir que tem muita coisa incrível por lá. Além disso, a Áustria é um lugar especial. — Lando sorriu, balançando a cabeça, com aquele brilho no olhar de quem já estava planejando cada detalhe. —

— Especial como? — Perguntei, curiosa. — É onde a mágica realmente acontece?

— Pode ser — Ele respondeu, inclinando-se ligeiramente na minha direção. — Mas só se você estiver disposta a descobrir.

— Hum, misterioso agora? — Retruquei, cruzando os braços. — Tá começando a parecer que você tá escondendo algo.

— Eu jamais esconderia algo, sou totalmente transparente. — Lando respondeu, colocando a mão no peito como se estivesse ofendido, mas com um sorriso que entregava o contrário. —

Eu o observei por um momento, tentando decidir se ele estava falando sério ou apenas alimentando o mistério de propósito. Havia algo na maneira como ele sorria que fazia parecer que ele sempre sabia mais do que dizia, mas nunca entregava tudo de uma vez. Era frustrante e encantador ao mesmo tempo, como se ele fosse um quebra-cabeça esperando para ser resolvido.

— Transparente, hein? — Murmurei, estreitando os olhos em uma provocação leve. — Vamos ver até onde vai essa transparência, então.

— Ah, Emily, algumas coisas são melhores quando descobertas no momento certo. Confia em mim. — Ele riu, inclinando-se para trás na cadeira, relaxado. —

— Eu confio... acho que até demais. — Respondi, deixando escapar um sorriso leve. —

Lando sorriu de volta, mas não disse nada, apenas me observou por alguns segundos, como se tentasse decifrar o que eu estava pensando. Confesso, nesse último mês, tudo nele chamava minha atenção. Era como se, a cada dia, eu descobrisse algo novo, algo que me fazia querer conhecê-lo ainda mais.

— O que foi? — Perguntei, notando seu olhar fixo em mim. —

— Nada, só... — Ele deu de ombros, ainda sorrindo. — Você tá diferente. Parece mais à vontade, mais... você.

Suas palavras me pegaram de surpresa, e por um momento não soube o que responder. Era estranho pensar que ele podia me enxergar de formas que nem eu conseguia.

— Talvez seja porque eu estou começando a aceitar quem sou agora. — Respondi, finalmente. — Mesmo que isso signifique não lembrar de quem eu fui antes.

— Isso é bom. — Lando disse, com uma seriedade inesperada. — E eu prometo estar aqui pra te ajudar, seja quem for que você decida ser.

Olhei para ele, tocada pela sinceridade. Era impossível não sentir uma pontada de gratidão.

— Obrigada, Lando. Isso significa muito pra mim. — Murmurei, com um sorriso. —

Acho que tudo o que eu estava vivendo, por mais confuso e incerto que fosse, tinha uma forma de se tornar mais leve quando ele estava por perto. Lando tinha essa habilidade estranha de transformar o caos em algo suportável, até mesmo bonito, às vezes.

Enquanto ele começava a falar sobre o circuito da Áustria, explicando os detalhes técnicos e a história da pista, eu me perdi nos gestos dele, na paixão com que falava do que amava. Era impossível não sentir o quanto ele se importava, não apenas com o esporte, mas também comigo.

— Então, é isso. É uma das minhas pistas favoritas. Espero que você goste tanto quanto eu. — Ele concluiu, com aquele sorriso característico. —

— Parece incrível. — Respondi, ainda meio distraída com meus próprios pensamentos. — Mas acho que vou gostar mais pela companhia.

— Tá tentando me convencer de que é minha fã número um agora? — Ele arqueou uma sobrancelha, divertido. — 

— Acho que isso já é evidente, não? — Ri, balançando a cabeça. — 

Lando riu também, mas, por um momento, seus olhos encontraram os meus com uma intensidade que me deixou sem palavras. Parecia que ele queria dizer algo mais, mas decidiu guardar para si.

¤¤ 🇪🇸 ¤¤

Enquanto observava toda a movimentação ao meu redor, com mecânicos indo e vindo carregando equipamentos, eu girava lentamente na cadeira em que estava sentada. Uma caneta estava em minhas mãos, que eu apertava distraidamente enquanto esperava Lando voltar das entrevistas que precisava cumprir.

De repente, meu olhar se fixou em um casal de mãos dadas se aproximando. Reconheci-os imediatamente, Oscar e Seraphina. Pelo menos foi assim que Lando os apresentou. Eles pareciam descontraídos e simpáticos, como sempre.

— Ei, Emily, está tudo bem? — Perguntou Oscar, com um sorriso fácil. —

— Oi, Oscar. Está sim, só tentando não morrer de tédio enquanto espero o Lando voltar. — Sorri de leve e me virei para Seraphina. — Oi, Seraphina.

— Oi! — Ela respondeu, com a mesma simpatia. — Bom, a gente acabou de vir da área de entrevistas. Pelo que vimos, ele já deve estar terminando.

— Graças a Deus, porque esperar aqui é mais entediante do que eu imaginava. — Suspirei aliviada e ri. — 

— Ah, o paddock pode ser bem monótono quando não tem corrida rolando. Mas, se quiser, podemos ficar aqui conversando até ele aparecer — Oscar riu junto. — 

— Boa ideia — Concordou Seraphina, puxando uma cadeira e sentando ao meu lado. — Então, Emily, está gostando da experiência aqui?

Olhei para ela e sorri, pensando em como era complicado resumir tudo o que eu estava sentindo naquele momento.

— Está sendo... diferente. No bom sentido, claro. Mas também confuso, sabe? Ainda estou tentando me ajustar a tudo. — Respondi, sorrindo. — 

— Imagino que não deva ser fácil. Mas, pelo que ouvi, você está lidando muito bem com tudo — Oscar assentiu, compreensivo. — 

— Obrigada. Eu só espero continuar assim... — Murmurei, distraída, enquanto via de longe Lando finalmente saindo da área de entrevistas. —

Ele olhou em nossa direção, e o sorriso que surgiu em seu rosto ao me ver fez meu coração aquecer.

— Olha só quem está vindo aí — Brincou Seraphina, dando um leve toque no braço de Oscar. —

— Acho que é nossa deixa, né? — Oscar riu, levantando-se. —

— Foi bom falar com você, Emily. Nos vemos por aí. — Seraphina acenou antes de se afastar com Oscar. —

Lando chegou logo depois, com aquele brilho nos olhos de quem estava feliz por me ver.

— Ei, desculpa a demora. Prometo compensar pelo tédio. — Ele disse, se inclinando para deixar um beijo rápido na minha testa. — 

— Você tem muito o que compensar, Norris. — Sorri para ele, sentindo o alívio de finalmente tê-lo ali. — 

— Então é melhor eu começar agora. — Ele respondeu, oferecendo a mão para mim. — Vamos?

Peguei sua mão, e ele me puxou, guiando-me pelo motorhome até a sala de descanso dele. Era um espaço aconchegante, com um sofá grande e alguns itens pessoais espalhados. Lando soltou minha mão e começou a pegar algumas coisas em uma mochila que estava sobre uma cadeira próxima.

— Vou pegar minhas coisas rapidinho, e já podemos ir embora. — Ele disse, sem me olhar diretamente, concentrado no que estava fazendo. — 

— Antes disso, vem aqui. Senta um pouquinho comigo. — Aproveitei o momento e me joguei no sofá, batendo de leve no lugar ao meu lado. — 

Lando parou por um segundo, olhando para mim com um sorriso hesitante.

— Você não vai me deixar escapar dessa vez, né? — Ele brincou, mas obedeceu, sentando-se ao meu lado. — 

— Não mesmo. Então, Lando... sobre o que Pierre disse mais cedo. É verdade? Aquele "casal" que ele mencionou… — Cruzei os braços e o encarei, séria, mas com um toque de diversão no olhar. — 

Ele suspirou, encostando-se no sofá e esfregando a nuca, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

— Eu já disse que não era nada pra se preocupar, Emily. Foi só um deslize dele. — Ele tentou, desconversar. — 

— Deslize ou não, pareceu importante. — Insisti, inclinando-me um pouco na direção dele. — Você sempre desvia desse assunto. Por quê?

Ele hesitou, olhando para as próprias mãos antes de finalmente voltar os olhos para mim.

— Porque não quero te sobrecarregar com mais coisas. Você já tem muita coisa na cabeça agora, Emily. E eu só... — Ele fez uma pausa, respirando fundo. — Só quero que você aproveite o presente, sem se sentir pressionada pelo que pode ou não lembrar.

Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo suas palavras.

— Lando, eu entendo que você quer me proteger, mas não posso ignorar essa sensação de que tem algo que não estou entendendo completamente. — Murmurei. — Só quero saber a verdade.

Ele olhou para mim, seus olhos azuis carregando uma incerteza.

Ele suspirou profundamente, e seu tom ficou visivelmente afetado, como se cada palavra trouxesse à tona uma dor ainda latente.

— Emily... é complicado pra mim falar sobre isso, mas se você quer saber, eu vou te contar. — Ele fez uma pausa, ajeitando-se no sofá antes de continuar. — Digamos que o Pierre estava parcialmente certo. A gente quase chegou a ser um casal, mas nunca oficializamos nada. Nós ficávamos... sem compromisso. Você sempre deixou claro que não queria algo sério.

Fiquei em silêncio, tentando assimilar as palavras que vinham carregadas de um peso que eu ainda não entendia por completo.

— Mas aí... — Ele continuou, com a voz levemente embargada. — Eu acabei me apaixonando por você. E, um dia, me declarei. Só que, pouco tempo depois, você decidiu seguir em frente sem mim. Escolheu outro cara... e, sabe, eu demorei a enteder. Só que isso… Isso doeu.

Lando fez uma pausa, respirando fundo, antes de prosseguir, agora com um tom mais baixo.

— Você sempre teve medo de machucar as pessoas... e de ser machucada. Tinha medo até de ser amada, Emily. Era como se você não soubesse lidar com isso. Então, você se afastou. A gente quase não se falava mais, e quando você começou a namorar aquele outro cara, eu... bom, eu respeitei. Mas aquilo me afastou de você por meses.

A dor em sua voz era palpável agora, e meu coração apertou. Era como se cada palavra fosse um reflexo do que ele tinha guardado por tanto tempo.

— Depois de um tempo, você terminou com ele. E foi aí que... aconteceu o acidente. — Ele abaixou a cabeça, passando as mãos pelos cabelos, como se quisesse afastar as memórias. — E bom... cá estamos nós hoje.

As palavras pairaram no ar, carregadas de um peso que eu não sabia como aliviar. Vê-lo assim, tão vulnerável, me afetou de uma forma que eu não esperava.

Eu fiquei imóvel, tentando assimilar tudo o que ele havia dito. A imagem do Lando alegre e sempre sorrindo, que eu conhecia, contrastava dolorosamente com o homem vulnerável à minha frente. E, mais do que isso, era difícil aceitar que, de alguma forma, eu havia causado tanto sofrimento a ele.

Era como se a pessoa que ele descrevia, essa "Emily" que havia se afastado, machucado e escolhido outro, não fosse eu. Eu não conseguia reconhecê-la. Não parecia algo que eu faria, ignorar os sentimentos de alguém como ele.

— Lando... — Comecei, minha voz um sussurro, ainda processando tudo. — Eu não sei o que dizer. É como se você estivesse falando de outra pessoa.

Ele levantou o olhar, me estudando por um momento antes de dar um sorriso pequeno, mas cheio de compreensão.

— Eu sei. Você não lembra disso, Emily. E talvez seja melhor assim. — Ele respondeu, suspirando. — 

As palavras dele me atingiram de uma maneira inesperada, quase como uma confirmação de algo que eu temia.

— Isso ainda te machuca, não é? — Perguntei, quase num sussurro. —

Ele desviou o olhar, mas sua expressão respondeu antes das palavras.

— Eu aprendi a lidar com isso. — Ele finalmente disse, com um sorriso forçado. — Porque estar com você, do jeito que for, já é melhor do que não ter você na minha vida.

A sinceridade em suas palavras fez meu coração apertar ainda mais. Eu sentia como se tivesse que encontrar uma maneira de compensar tudo aquilo, mesmo sem lembrar de nada.

— Eu quero... eu quero tentar ser diferente agora. — Sussurrei, minha voz carregada de emoção. —

— Você já está sendo. — Ele respondeu, com um sorriso que, pela primeira vez desde o início da conversa, parecia genuíno. —

Sem pensar duas vezes, me inclinei para frente e o abracei. Não era um gesto planejado, mas parecia a única coisa certa a fazer naquele momento. Sentir o calor dele contra mim, o leve hesitar antes de seus braços finalmente me envolverem, trouxe uma sensação estranha de conforto misturado à culpa.

— Desculpa... — Murmurei contra o ombro dele, minha voz quase se perdendo. —

Ele não respondeu de imediato, mas seus braços apertaram ao meu redor, como se estivesse tentando transmitir o que as palavras não poderiam dizer.

— Você não precisa se desculpar, Lily — Ele sussurrou, com a voz suave, mas firme. — O passado ficou lá atrás. O que importa é o agora.

Fiquei em silêncio, sentindo o peso das palavras dele, enquanto o som suave de sua respiração me envolvia. Por um instante, foi como se o tempo tivesse parado, e o motorhome lá fora, com toda a correria e barulho, desaparecesse completamente.

— Eu prometo que vou tentar... — Comecei, recuando ligeiramente para encará-lo. — Tentar ser alguém melhor, alguém que mereça tudo isso que você está me oferecendo agora.

— Você já é, Emily. Só precisa acreditar nisso. — Ele sorriu de leve, com aquele olhar que parecia enxergar através de mim. —

Eu apenas assenti, sentindo uma onda de emoções que eu ainda não sabia como nomear. Talvez estivesse redescobrindo algo que havia sido perdido ou construindo algo completamente novo. De qualquer forma, naquele momento, eu sabia que não estava sozinha.

001. Esse capítulo me deixou tão tristinha pelo o Lando, Pierre é um Gavi na vida nas minhas fanfics, um fofoqueiro.

002. Desculpa qualquer qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.

003. Votem e comentem muito para liberação do próximo capítulo ser rápido. Bjos da Bia.

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