
Pre-national
4166 mil palavras
Maya estava com um humor mais azedo que o comum e quem teve que pagar o preço por isso foram seus irmãos, na verdade, todos que estavam à sua volta. Nem os pais da garota a julgava, graças a uma zagueira idiota que não aceitava a derrota fez a Carson mais nova perder uma grande oportunidade de jogar os primeiros jogos da nacional.
A bota ortopédica no pé da garota fazia ela se irritar, a voz dos irmãos a irritava, a voz do namorado a irritava, olhar para a cara das suas colegas de time sabendo que elas iriam jogar os primeiros jogos a irritava, tudo ao seu redor a deixa mais amargurada do que como estava há dois anos no evento católico com seus pais biológicos.
Isso era muito irritante, a garota sentia vontade de bater em tudo e todos, isso com certeza era um traço do DNA dos filhos da puta dos seus pais.
— Você poderia ser menos amargurada, o que acha? — A não resposta de Maya foi o suficiente para Mitchell ficar em silêncio, percebendo que sua irmã estava realmente com um péssimo humor.
— Vai querer carona May? — A pergunta genuína de Ruby foi o suficiente para irritar a morena.
— Adivinha. — A irmã mais velha encolhe os ombros pelo tom ácido da voz da mais nova.
— Por que a briga das crianças? É a hora do café, sem brigas na mesa. — A matriarca da casa pergunta se se senta ao lado da mesa de sempre.
— Por que não pergunta para sua filha mau-humor? — Maya revira os olhos com o comentário do seu irmão mais velho.
— Maya... — A mais velha começa, mas é interrompida por seu marido que chega cantarolando na cozinha.
— Bom dia família linda, como todos estão?
— Maya tá uma merda. — Mikael cutuca, recebendo um chute de resposta da mais nova da perna boa. —
Aquela pequena escola de Nova Jérsei poderia surpreender muitas pessoas, principalmente quando o maior foco da escola não era o time de futebol masculino e sim o time de futebol feminino, claro que isso não mudava o fato que a escola prioriza seu time de basquete masculino, mas se você ignorar esse lado, você pensará que aquela escola era uma das melhores para se estudar.
Toni Shalifoe não achava nada disso sobre aquele lugar, a garota fazia parte do time reserva do time principal, muitas vezes ficando no banco, finalmente sua oportunidade tinha chegado de mostrar seus talentos no último jogo, mas foi arrancada por um dos astros do time, Maya Carson. Ela não achou realmente ruim, por partes até gostou pois ela ainda nem sabia se conseguiria fazer o que Maya tinha conseguido fazer naquele jogo.
Mesmo sendo uma velha conhecida do time, e sendo "popular", entre as aspas, na escola por fazer parte do time da escola, isso não tirava o fato que a garota ainda era discriminada naquele lugar por conta da sua sexualidade, ela estava em 1996, ela achou o que? Que simplesmente iam aceitar ela ser ela?
Por incrível que pareça, Toni teve amigos mesmo falando da sua sexualidade tão abertamente, e novamente, por incrível que pareça, seus únicos amigos eram Maya, Louis e Laura Lee, 3 pessoas extremamente religiosas.
Toni estava escutando suas músicas em seu walkman quando sua cabeça foi acertada com força por uma bola de basquete, Kirin O'Connor um jogador do time oficial de basquete e Bobby Farleigh, seu amigo idiota, começaram a rir, a garota apenas suspira já acostumada com isso.
Kirin era um clássico padrão hetero idiota americano, cabelos loiros, olhos claros, corpo grande e musculoso, um sorriso branco e cheio de dentes que Toni já se imaginou quebrando diversas vezes, já Bobby, Toni se perguntou diversas vezes como que foi que ele conseguia ficar com alguma se quer garota, ele até poderia ser alto e meio forte, mas ele era nojento, seu rosto malcuidado e barba por fazer revelava que ele estava pouco se fudendo para sua aparência e higiene.
— Que desperdício é esse em Shalifoe — Um dos amigos de Kirin grita, fazendo ele e seus grupinhos rir. — Isso foi porque não encontrou um homem de verdade. — O mesmo garoto grita novamente.
As mãos da garota se transformam em punhos, ela sentia raiva, ela queria rebater, mas sabia que ia acabar sendo colocada como culpada pela iminente briga, que ninguém ficaria do seu lado, até mesmo Maya, Laura Lee e principalmente Louis, Louis era melhor amigo de Kirin, sendo apenas seu amigo porque era namorado de Maya.
Antes que Toni reaja de uma maneira que não devia, Louis se senta em sua frente, tampando a visão daquele grupinho de idiotas. Logo Maya e Laura Lee se juntam aos dois. Quando Laura Lee sorri para garota ela sente seus sentidos ir embora, sua respiração trava.
Laura Lee era um anjo. Palavras dos outros, não de Toni.
— Eu estava me perguntando se você iria para a festa de comemoração que nós vamos para as nacionais – Louis fala sem realmente se importar, ele não gostava de Toni e não era por causa da sua sexualidade, ele simplesmente não gostava de Toni por causa que a garota já beijou Daniel, o ex-melhor amigo do garoto, o pior, foi quando ela estava confusa, ela ousou machucar o ex-melhor amigo dele, Louis já deixou bem claro que não gostava dela e apenasandava com ela por causa da sua namorada.
— Eu prefiro ficar em casa. — A garota responde enquanto tirava seu fone.
— Qual é Toni, até Laura Lee vai. — Maya disse com um sorriso que não chegava em seus olhos.
Louis olha rapidamente para a namorada, ele ainda se lembra quando Maya simplesmente explodiu com ele sem mais e sem menos, ela estava sendo mal-humorada com todo mundo, até os irmãos estavam falando sobre o mal humor dela hoje, na cabeça de Louis não fazia sentindo de maneira alguma, mas à pergunta real era porque Maya foi tão legal com Laura Lee enquanto ela estava ignorante com todo o resto das pessoas.
— Não sei você sabe que festas não e muito a minha praia. — A Shalifoe fala sem muito ânimo.
— Vai ser legal Toni, pela primeira vez meus pais me deixaram sair sem muito questionamento, não vai ser a mesma coisa sem você. — A loira do grupinho fala animada enquanto segurava a mão da garota em sua frente.
A morena que tinha a mão segurada se sente nervosa com a aproximação de repente, suas bochechas ficam vermelha enquanto o ar sai dos seus pulmões, até parecia que Laura Lee tinha todo o ar de seu corpo, por um momento Toni se permite olhar nos olhos da sua querida amiga, aqueles olhos azuis implorando para ela ir naquela maldita festa onde a mais alta sabia que ia dar algo errado, sempre que tem festas na floresta nunca dá bom.
— Beleza, eu vou — Maya e Laura Lee comemora com uma batida de mãos. — mas Maya tem que cumprir a promessa de pintar o cabelo pra Nacional.
O sorriso de Maya morreu, seu semblante ficou sério, ela estava pronta pra xingar a amiga quando Louis a interrompeu.
— Combinado. Vocês prometeu. — O garoto lembra olhando nos olhos da namorada que resmunga e deita a cabeça em seu ombro.
— A gente vai buscar você, Louis me buscar primeiro, depois a Laura e por fim você, fica pronta às 19. — Maya falava desanimada.
A promessa de pintar o cabelo estava fazendo ela se arrepender.
— 19 horas não é muito cedo? — A garota questiona, mas sua resposta vem de um Louis sarcástico.
— Deve ser cedo para pessoas como você que não sai de casa. — O garoto solta um gemido de dor quando Maya pisa em seu pé.
— Está realmente cedo, mas a gente tem que passar para comprar bebida e suco natural para Laura Lee. — Aponta para a garota que concorda — Às 19, não se esqueça!
Maya fala uma última vez antes de se levantar para sair, com ajuda de Louis a garota sai mancando.
Toni e Laura Lee ficam em silêncio, por um breve momento os olhos da morena foram para anteriormente estava o babaca do Kirin e seus amigos, mas eles não estavam ali fazia um tempo.
A loira ainda segurava a mão de Toni que começava a suar de nervosismo, ela nunca teve nenhuma garota tão perto assim, como falar, as garotas daquela escola era um bando de idiota preconceituosa que achava que só por ela ser lésbica tentaria algo, Toni se recusava a ter qualquer coisa com qualquer garota ali, elas eram tudo de ruim e pior, claro que tinha as exceções, mas até agora, as que Toni conheceu era tudo pessoas péssimas.
— Fico feliz que você vai. — Laura Lee fala fazendo Toni voltar para a realidade.
— Sim, sim, eu fico feliz de ir. — A Shalifoe responde sem mesmo notar o que falava, ela estava distraída demais, tentando não pensar na mão de Laura Lee na sua, como os dedos da loira fazia carinho na palma da sua mão e de como o sol que entrava na janela batia no rosto da garota em sua frente a fazer parecee angelical.
O principal, Toni não conseguia fazer aqueles nervosismos que eram estar perto de Laura Lee parar.
— Eu vou indo. — A loira fala e se inclina deixando um beijo na bochecha de Toni. — Não se atrase pra apresentação.
A morena simplesmente trava, ela ainda sentia sua bochecha queimar, o perfume de Laura Lee ainda invadia seus sentidos mesmo que a garota tivesse saído fazia mais de 10 minutos, falando em 10 minutos, Toni pensou tanto em Laura Lee, em seus lábios macios, em seu cheiro, como ela ficava linda com aquele vestido, aquele laço em sua cabeça apenas a deixando mais adorável, que ela não notou o tempo passando, por fim sua consequência final foi ter se atrasado para a aula de francês.
NATALIE SCATORCCIO ESTAVA ATRÁS DE UMA LOJA DE CONVENIÊNCIA ENQUANTO BEBIA EM UMA GARRAFA DE BEBIDA ALCOÓLICA PURA.
— Cara, Natalie. — Um de seus amigos falam enquanto a garota fazia uma careta.
— O que é isso? — A loira pergunta ainda sentindo o gosto amargo da bebida em seu paladar, sem pensar muito um dos seus amigos pega a garrafa de sua mão.
— Pensei que a grande Natalie Scatorccio sabia festejar. — Natalie solta uma tosse por conta do álcool continua em seu paladar, o amigo mais alto não é diferente, ele acaba fazendo uma careta e cuspindo a bebida no chão quando sente o gosto daquilo.
— Vai se fuder Sammy. — A loira tingida rebate, o garoto rir antes começar a tossir devido à bebida, talvez também por tanto que ele fumava.
— Jesus. Cara, isso é horrível. — Kevyn, o mais baixo dos amigos faz uma careta enquanto Sammy entrega novamente a garrafa para Natalie para voltar a fumar seu cigarro.
— Querem saber, ambos podem ir chupar um pau. — Kevyn rebate, ofendido
— É talvez possamos. — O mais alto responde sarcástico, fazendo o garoto com cabelos longos o empurrar.
Um som começa a tocar na cintura de Kevyn que rapidamente olha.
— Oh, merda, é meu primo.
— Conseguiu a parada? — A jogadora pergunta com um sorriso animado no rosto.
— Sim. Esta noite.
Um carro azul para na frente dos três, dois garotos que tinham ali olham para Natalie e abre um sorriso nojento.
— Ei, Vadia. Mostra os peitinhos! — Os dois rapazes do carro apenas rir enquanto Natalie se mantinha seria, a loira continua com a garrafa de bebida em mãos. — Qual é! Não seja tímida! — A garota desvia o olhar dos dois caras, sentindo algo que ela não conseguiu decifrar, mas aquilo com certeza era algo ruim.
— Merda, se realmente quiserem ver. — Kevyn fala parecendo envergonhado, devagar ele levanta a blusa mostrando sua frente nu, ele solta um gemido e os idiotas do carro faz uma careta enquanto dirigem para longe. Sammy xinga aqueles dois enquanto volta a fumar.
Natalie olha rápido para os amigos, meio agradecida por saber que eles sempre estavam ali. Aí, sim, ela percebe o que é aquele sentimento, não era nada mais e nada menos que raiva.
A garota é rápida, fecha a garrafa de bebida, aquilo já era ruim, então jogar fora no carro de dois idiotas deixaria a bebida boa. Com força a loira joga a garrafa no carro, fazendo quebrar contra o vidro do automóvel, assim o carro para.
— Que porra, Natalie? Ele vai nos arrebentar, não você! — Kevyn fala assutado, fazendo Sammy rir por um momento, a garota não liga muito, um sorriso se forma em seus lábios enquanto ela se vira.
— Só se eles nos pegarem. Vamos!
O carro começa a dar ré, porém Natalie incentiva aos amigos a correr em direção à escola para fugir logo dali.
Shoop (Salt-N-Pepa)
Lottie coloca uma música para descontrair o clima do vestiário antes do treino. As garotas começam a dançar animada enquanto se arruma.
Maya estava sentada sem a bota ortopédica no pé, apenas para Ruby que estava abaixada em sua frente, com cuidado passar a pomada para massagem que o médico recomendo. Por algum milagre, a Carson mais nova estava com um bom humor esquisito, talvez seja a atmosfera do vestiário, ela não saberia.
As meninas cantavam animadas a música, Taissa é rápida em se aproximar de Maya e ajudar ela se levantar quando Ruby termina, a Carson mais nova rir levemente ante de ser contagiada pela amiga e começa a cantar junto.
Taissa Turner era contagiando, talvez o sorriso de Maya se alargou quando Van chegou dançando fazendo a Carson rir.
Jackie estava no banheiro fazendo um desenho de abelha no rosto de Allie.
— Allie. — Rapidamente a garota desvia o olhar do chão para Jackie. — Você está bem? É apenas um apoio ao time. Acho que o objetivo é dar aos calouros algo para se masturbar mais tarde.
— Jackie, o treinador quer ver você em seu escritório. — Lottie aparece na porta do banheiro, mas antes que Jackie saía, Allie para ela.
— Eu não estou nervosa.
A loira deixa um sorriso enquanto concorda e saí entregando as coisas para Van, que pega para terminar o desenho de abelha no rosto da garota.
— Sou a única caloura convidada. — Van para um momento de fazer o desenho.
Ela tinha que contar que ela não era a única? Tinha vários novatos calouros no time de basquete.
— Eu sei. — A ruiva olha para a porta do banheiro, Lottie ainda estava ali, agora encostada na porta sem preocupação alguma, enquanto olhava para Van com a sobrancelha levantada.
— É tão injusto. Meu vestido ia ser incrível. — A ruiva termina de fazer os desenhos e se afasta apenas para olhar a abelha desenhada e depois olhar para Allie.
— Bem, pelo menos, você pode usá-lo no próximo ano.
— Você não entende, Van, porque ninguém te chamou. — Maya entra no banheiro acompanhada por Taissa e Ruby.
— Certo, acabamos. — Allie sorrir animada e saí, a morena que o tempo todo estava ali abre a boca com indignação.
— Puta merda. — A ruiva apenas rir enquanto Lottie se olha no espelho. — Alguém quer dizer à Kelly Kapowski se preocupar menos com o baile e mais em não foder com os Nacionais?
Taissa aparece no espelho e logo também estava arrumando o cabelo com as outro duas ao seu lado. Já Maya saía de uma cabine com Ruby a olhando preocupada.
— Qual é. — Van tenta amenizar para o lado da caloura.
— Juro por tudo, se ela foder com as nacionais vou fuder aquele rostinho bonito dela. — As meninas que estavam no banheiro levam um susto quando ver Maya ali, se apoiando na porta.
Por um momento Lottie sente sua garganta secar, seus olhos apenas desviando quando Van deu uma leve toque na Matthews que sai do seu transe.
Com cuidado a Carson coloca o pé no chão, fazendo uma careta logo em seguida. Doía? Sim. Dava para aguentar essa maldita apresentação? Sim. Então, ótimo, ela não colocaria aquela maldita bota novamente.
— Se ela jogar como no Estadual... — Lottie fala e logo um olhar de desgosto passou por seus olhos, a maneira que Allie jogou foi horrível. — Maya tinha que entrar em todo jogo para recompensar o que a caloura fez. E por fim, olhe para ela como está, com uma bota ortopédica no pé.
— Não se preocupe. — Taissa fala rápido com um sorriso malicioso nos lábios. — Isso não vai rolar.
— Cadê sua bota? — Lottie é a única a notar a falta da bota da Carson, Van rapidamente olha para o rosto da amiga que estava ao seu lado, a Matthews tentava ao máximo não olhar demais, pois ela sabia que ficaria coroada com qualquer contato visual que fizesse com sua colega de time.
— Vou jogar essa porcaria no lixo. —Maya fala após levantar a bota que estava agora segurando.
— Nathan vai me matar. — Ruby surge atrás das costas da irmã, fazendo a garota da um pulinho de susto e em consequência fazer seu pé bater levemente no chão, a Carson mais velha já estava imaginando o show que seu gêmeo faria quando visse que sua irmãzinha não estava usando a bota.
— Vou falar com você como um adulto. — O treinador começa. — Está tudo bem para você? — Jackie apenas acena em concordância. — Você faz ideia do porquê fiz você capitã do time este ano? Obviamente, não é porque você é a nossa melhor jogadora. Shauna é mais rápida. Lottie tem melhor jogo de pernas por quilômetros. Maya consegue pensar em jogadas rápidas, executar passos ótimos, e ainda foi melhor meio-campo da estadual com o pé machucado. E Taissa, agora...
— É uma conversa motivacional? — Jackie sabia que suas colegas de time poderiam ser melhores que ela. (Principalmente Maya, a garota tinha pensamentos rápidos demais), mas jogar isso na cara dela já a incomodava.
— Jackie, você possui algo que ninguém mais nesta equipe possui: influência. Quando as coisas ficarem difíceis, elas precisarão de alguém para orientá-las. Você pode lidar com isso. — Jackie pensa por um momento.
Existe 3 cabeças duras no time, que normalmente faz o que achar melhor. Natalie, Taissa e Maya. Com Natalie e Maya ela conseguia dá um jeito, mas com Taissa...
A loira apenas concorda com um sorriso, o treinador sorrir também.
— Tudo bem, aplausos para os garotos. Uma salva de palmas aos meninos! — No corredor as garotas já estavam em fila para entrar.
Mitchell conversava animado com seu gêmeo quando ver a irmã no final da fila, ele arregala os olhos e corre até ela.
— Porra, cadê a bota? Nathan vai te matar. — Maya apenas sorrir, Mikael apenas revira os olhos e fica em sua posição.
— Manda-o vim que vou enfiar aquela bota no cu dele. — Seu irmão se afasta rápido quando seu gêmeo o puxa.
Logo o time de basquete fica ao lado do time de futebol feminino, alguns meninos ali abre um sorriso malicioso nojento olhando para as meninas, mas os sorrisos deles muda quando Nathaniel passa correndo batendo na cabeça de cada um ficando na frente.
Nathan havia visto o pé da irmã, agora só faltava ele ter a oportunidade de brigar com ela.
— Você está linda. — Louis para o lado de Maya que apenas olha para ele.
— Você está parecendo um bebê. — Maya aperta a bochecha do garoto que sente o rosto esquentando de vergonha, mas gostando do contato da mão dela com a pele dele.
Louis Dickson amava Maya Carson como ele nunca imaginou.
— Agora, nossos próximos não precisam de apresentação. Então, vamos todos fazer barulho para os dois times do estado de Nova Jersey as campeãs do futebol feminino! E os campeões do basquete masculino!
Logo os dois times correm lado a lado, Maya tinha que ignorar as pontadas que sentia no pé. Ela já tinha tomado duas injeções de morfina e uns 4 comprimidos para dor, então, por que ainda doía?
Os aplausos eram mais animados do que para o time de futebol masculino, a mascote da escola agora se animava e os alunos gritava com orgulho e animação.
— Parece que você tá nem aí. — Taissa, Natalie, Lottie e Maya discutia sobre Allie, a situação era que ela não sabia jogar.
— Tá de sacanagem? Você tá sendo escrota. — Natalie rebate Taissa, que apenas ignora e continua.
— É para isso que trabalhamos durante toda temporada. — Taissa rebate Natalie, que apenas continua a olhando. — Você quer realmente arriscar?
Maya estava sentada em uma mesa com Louis, que abraçava seus outros sem se preocupar com as outras garotas.
— Quero, porque eu não sou uma filha da puta. — Shauna aparece logo em seguida, por um momento, Maya se perde observando a Natalie que estava a sua frente, rapidamente a morena percebe que a loira tingida havia bebido, como ela sabia? Simples, a voz rouca demais de Natalie e suas pernas não estavam muito firme no chão, além que claramente o modo que ela falava rápido a denunciava.
— Do que vocês estão falando? — Shauna pergunta olhando para as colegas de time.
Maya não admitiria para ela mesmo nunca, mas um arrepio passou por seu corpo quando ouviu a voz rouca de Natalie.
— Allie. — Lottie responde após um instante de silêncio, pensando se contaria ou não.
— O que tem ela?
— Você desmaiou nos estaduais? Ela não conseguiu manter a bola no pé, não conseguiu fazer se quer um passe, chegar até o meio de campo, não conseguiu fazer uma assistência, e não conseguiu fazer um bom jogo em nenhuma parte do campo. — As garotas olham para Maya, os olhos de Lottie demonstrava uma ponta se desgosto ao ver o namorado da jogadora ali, fazendo tranças em seu cabelo.
— Ela é uma caloura. — Natalie é rápido em defender Allie, os olhos da Carson em todo momento estavam na loira, que também olhava para ela com certa indignação.
Lottie se afasta um pouco para o lado para todos ter a imagem de Maya completamente.
— Eu nunca disse que ela era ruim. — A ruiva tenta se defender, mas Louis rir.
— Apenas disse que ela não sabe jogar. — O garoto sente uma ardência na coxa, fazendo o soltar um resmungo de dor pela cotovelada que Maya havia dado nele.
— Ela é um risco. — Taissa disse ignorando Maya e Louis na mesa.
— Então, o que você quer fazer a respeito? — Shauna pergunta tendo a atenção das garotas para si.
— Ela não pode estragar se não pegar na bola. — Foi aí que Maya conseguiu prestar atenção na conversa de verdade.
— Essa ideia é horrível. — A Carson fala com agora um Louis apenas com as mãos em seus ombros.
— Ao menos saberíamos com quem jogamos. —Taissa rebate, tendo a certeza que aquela era a melhor ideia possível.
— Ela é meio ruim, mas... eu não sei. — Lottie fala de braços cruzados, seus olhos param em Maya por breve segundos, novamente a Carson não prestava atenção no que as garotas falavam, ela estava concentrada demais em tirar o único pelo do queixo do namorado.
— Claro porque é besteira. — Natalie rebate, a ruiva desvia a atenção do namorado bem a tempo de ver Lottie desviando o olhar dela.
— Mesmo? Qual é o seu plano, então? — Taissa pergunta com sarcasmo.
— Ty, sem ofensa, qualquer plano é melhor que esse. — Maya rebate desviando o olhar da Matthews.
— Não sei. — A loira fala com sarcasmo. — Jogar como a porra de uma equipe e vencer?
— Essa também é ruim. — A ruiva fala fazendo Natalie olhar para ela.
— Então dê uma ideia melhor, Carson.
— Treino, ninguém nasce bom.
— Você nasceu boa no futebol. — Louis interrompe.
— São detalhes, eu melhorei com treino, mas voltando, tem como ajudar ela a melhorar, depois, colocamos seu plano em ação, Scatorccio, não tocar para ela não vai dar em nada Ty, o time ficará em desvantagem, além de sermos um time, sabe, não agir como um vai fuder com a gente nas nacionais. — A garota se vira de uma vez para Maya que tinha o mesmo semblante de sempre, algo como olhar sereno, sem preocupação.
— Olha, não sei se vai ajudar, mas Liam era um péssimo ala, então a gente o ensinou a jogar e agora ele é do time titular. — Louis se intromete na conversa, mas rapidamente Taissa aponta o dedo para ele com ignorância.
— É meio complicado se ela não quiser ajuda... — Lottie fala lembrando da maneira egocêntrica de Allie no banheiro mais cedo.
— Aí a gente bota o osso da perna dela pra fora, se ela não quer ajuda, tem outras pessoas no banco. – Natalie encarou Maya que olhava para as colegas de time ali.
— A ideia de Maya é boa. – Shauna se manifesta, a Carson sorrir agradecida pra Shipman que apenas sorrir envergonhada.
— Olha só, uncionou até agora a gente jogar como a porra de um time. — Natalie fala fazendo a atenção que estava em Maya ser desviada para ela.
— Tudo funciona até deixar de funcionar. E só para saber, você cheira à bebida. — Maya suspira vendo a ignorância da amiga e apenas nao olhou pra Carson, talvez um pouco envergonhada percebendo que passou da linha.
— Quer saber? Que se foda. — Natalie pega suas coisas e saí dali.
— Não parece certo. — Lottie fala e pega sua mochila, logo seguindo Natalie que andava rápido para sair dali.
— Jackie não vai gostar. — Shauna fala com certa preocupação.
— Então provavelmente não deveríamos contar a ela.
Maya suspirou, aquilo daria merda.
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