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Está boquiaberta ao que rodopia lentamente e observa o local, apenas a influência de protagonistas de filmes românticos as quais chegam a lugares novos e os apreciam com graça. Então o Jeager se vira para você, sorrindo gracioso.
— Bem vinda ao Le Petite Ceinture.
O Petite Ceinture está lotado, no entanto isso não é problema para Eren Jeager. Visto que por onde ele passa, as pessoas abrem caminho, até que um homem tenta conseguir a atenção do moreno, quem por sua vez encara a miserável alma de cima a baixo com tamanho desdém que o rapaz visivelmente se esquece do que ia falar e recua, caminhando para longe.
Essa talvez seja a parte em que externamente abomine esse tipo de comportamento arrogante, mas o balão de seus pensamentos está dizendo o quanto você fica atraída por esse lado imponente dele, mas o caralho que vai dizer isso em voz alta.
Pare, Barbara! Lembre-se, sem imbecis gostosos!
Ainda que quando se dê por si e pare de praticamente venerar o Jeager, percebe que todos os outros chamam bastante atenção também. Ninguém olha diretamente para Levi, como se fosse desrespeitoso, enquanto alguns grupos de mulheres dão risadinhas entre seus burburinhos, jogando beijos para Mikasa. Quanto a Jean, ele brinca com sua jaqueta como se estivesse desfilando para alguma marca de luxo ou posando para ser capa de revista do ano, mesmo que ele definitivamente já seja conhecido aqui por baixo, apenas parece ser seu jeito casual.
— Armin. — Eren chama — Você disse que a avaliadora estaria aqui.
— Ela estará.
Exatamente nesse momento, alguém emerge da multidão, quase como se houvesse atravessado a parede. Uma mulher muito alta, esbelta, esguia e muito bonita, seus fios loiros em um corte de cabelo cuia e a vestimenta: um bonito e elegante smoking. Embora você perceba de cara que ela é uma pessoa séria e intimidante.
— Yelena. — Eren profere simples em uma saudação.
— Eu estou com a informação que você queria, Lorde Ladrão. — Ela diz com um aceno respeitoso, primeiro a Eren e depois ao restante da Asas da Liberdade.
Todavia, você fica pasma com um detalhe, chegando até a se engasgar.
— Espere, esse não é apenas um nome de tabloide? Eren, as pessoas realmente te chamam assim?! — Você não pode manter o riso fora da voz.
O Jeager não disfarça em ignorá-la, enquanto a tal Yelena parece perturbada pela sua impertinência. Talvez ninguém fale assim com ele, e isso meio que a faz sorrir.
— Eu tenho seu pagamento aqui. — O acastanhado enfia a mão no sobretudo e tira uma pequena tela embrulhada em um pano. Com um puxão furtivo, ele revela a pintura abaixo. Isso é-! — Você tem certeza de que tudo que você quer é esse Monet? Não é grande, e o furtamos há muitos anos, além disso.
— Vai valer a pena pelo valor que vou vendê-lo. — A mulher loira sorri de canto, presunçosa.
— Você não quer ficar com ele? — Não pode conter sua curiosidade logo em seguida escapando de seus lábios — Eu nunca vi um Claude Monet pessoalmente. Posso tocar, bem rapidinho?
— Há muitas obras de arte para você na sede. — Seu sorriso estava apenas começando a aparecer em suas bochechas quando ele some, apenas como um balão estourado por um alfinete, interrompendo-a na sua linha de excitação. Eren então estica a pintura para Yelena, quem por sua vez apanha o objeto com uma lentidão calculada, como se houvesse treinado toda a sua vida para não parecer ansiosa em uma situação suspeita.
Se ela quiser checar a autenticidade, Yelena é inteligente em dar uma boa averiguada na frente de Eren. A presença do moreno neste ambiente é como ferro frio, duro e impossível de forçar. A loira sorri sugestiva.
— Então, quem é essa? — Sutilmente ela gesticula para você — Deve haver algo de especial sobre ela, se ela está com você.
O Jeager franze o cenho.
— Não estou aqui para conversa fiada. Você está entregando informações hoje, não eu.
— Claro. — A mulher se aproxima de Eren o suficiente para sussurrar em seu ouvido e algo pesa em seu peito. E se isso explica porquê Eren é tão reservado? Ele precisa ser frio e distante caso ele queira que todos aqui embaixo respeitem ele, certo? No entanto, antes que possa pensar sobre isso, Yelena termina de derramar seus segredos na orelha do Lorde Ladrão — Isso é tudo que sei.
Um sorriso de canto ilumina o rosto do Jeager.
— É um prazer fazer negócios com você.
— Igualmente.
Com um aceno sutil, ela mergulha de volta na multidão, segurando o Monet. Enquanto você ainda está meio atordoada.
— Espere, é isso? — Você balança sua mão de forma curiosa, tentando fazer mímica de alguns dos itens dos quais menciona, inconscientemente — Você não pega uma pasta confidencial, um pendrive ou qualquer outra coisa?!
— Tudo facilmente roubado. Ninguém pode roubar o que só existe na minha mente.
— E é uma armadilha de aço. — Arlert entra na conversa, com seu sorriso brilhante usual.
— Já basta de piadas. Vou receber elogios o suficiente por hoje.
— Ere, eu nunca faria isso. — Suas vozes transbordam ironia. Armin finge choque, sua mão pressionada no próprio peito como se estivesse indignado que o amigo sugeriu tal coisa, antes de deixar de lado a expressão com uma velocidade de especialista — De qualquer forma, estou indo. Tenho alguns contatos que quero trocar uma conversa.
— Eu tenho que pegar alguns ingredientes por aí, também. — Jean aproveita o embalo do amigo, já começando a se mover. Assim como os outros, que partem para suas próprias tarefas separadas.
Seus lábios se separam, assustada demais com a maneira a qual se dispersaram em um milissegundo. Bastou você piscar os olhos e todos eles haviam sumido, inclusive o moreno metido a arrogante. Assim que você se vira para ele, ou onde ele estava agora mesmo, ele sumiu! Claro! Óbvio que ele está fugindo!
Entretanto, por ter sido o último a se movimentar, você ainda o tem em vista e corre para alcançá-lo. O que foi? Ele é o mais fácil de alcançar!! As pessoas ainda estão dando a ele um espaço amplo e respeitoso, então não é difícil perceber a maré de pessoas abrindo caminho como se Eren fosse o próprio Moisés. De repente, como se ele soubesse que você está logo, mas logo atrás dele, as írises cor de jade a encaram com precisão quando ele vira o queixo por cima do ombro para fitá-la com um sorriso no rosto.
— Sou um homem ocupado, senhorita Quinn. Mas suponho que posso te apresentar os arredores... — Espere, ele realmente faria isso por mim? — Se você puder acompanhar.
Claro que posso acompanhar!
Uma vez que a multidão atrás de Eren começa a se fechar, você corre até ele, alguns passinhos e então está ao seu lado. Não, não atrás dele. Atrás de nós.
Assim que começam a caminhar, as pessoas começam a tratá-la como se estivesse com ele.
— Mantenha o queixo erguido. Confiança é tudo, aqui.
Você acena, dando seu melhor. No entanto, o topo de suas sobrancelhas se erguem em uma espécime de careta triste e seus lábios se esticam em um mini muxoxo. Você mal percebeu que era autoconsciente, mas definitivamente sente que não se encaixa aqui. Com Eren, todavia, você não é só uma estranha perdida.
Você é praticamente realeza.
— Por aqui. — O moreno gesticula entre duas barracas: um espaço grande o suficiente para apenas uma pessoa se espremer por vez.
Seu corpo estava paralisado, apenas esperando que o arrogante passasse primeiro sem pensar, não foi algo que cogitou, seu corpo apenas agiu, portanto, você meio que se assusta quando ele a guia primeiro com um toque contra a parte inferior das suas costas, especificamente na sua lombar, e é tão rápido que mal sente. Duvida que tenha acontecido, mas sabe que sim quando sente sua pele formigar. Fora apenas um sinal para você ir na frente, porém ainda lhe acende como se fosse os piscas piscas de uma árvore de natal.
Talvez essa seja a primeira vez que está vendo o Jeager tocar fisicamente em alguém — de sua espécie — e esse alguém é você. As barracas são todas cobertas por lençóis de tecido grosso e vibrantes, forçando lhe a espiar cada barraca para ver o que está à venda. Um cheiro imediatamente aguça suas narinas: gengibre, cedro e outra coisa que não pode identificar.
— Lorde Ladrão. — Uma mulher tatuada o chama de uma das barracas e o Jeager faz uma pausa longa o suficiente para ela murmurar algo que não alcança sua audição.
— Tenho certeza que você vai cuidar disso. — O acastanhado sorri largamente para ela.
A jovem acena antes de sair correndo. Você vira sua cabeça para trás, ainda seguindo Eren de modo automático quando ele volta a caminhar, embora não esteja olhando para frente. A tal mulher já sumiu no breu das linhas ferroviárias abandonadas, e você, pobre alma ainda está tão perdida, tentando processar qualquer movimento minúsculo de músculos da Asas da Liberdade, porém com sorte ou um pensamento otimista demais, você eventualmente vai se acostumar. Por conseguinte, assim que se vira para frente, já volteia sua atenção para algo novo:
— Oliver! — Eren grita quando ambos passam por um homem com o dobro do seu tamanho em uma fantasia esquisita de viking, completa da cabeça aos pés, até que o moreno joga para ele algo do próprio bolso. Você vê brilhar antes de Oliver pegar entre as mãos — Seu pagamento.
— Até a próxima vez, Lorde Ladrão.
Você já sabia que Eren Jeager não é pouca coisa, mas... Ainda é pega de surpresa por sua fama, seja no submundo do crime, no mercado negro, nas manchetes ou artigos de noticiários. Isso a faz se perguntar se ele é a pessoa de mais alto escalão nesse Petite Ceinture.
A multidão murmura enquanto se enche atrás de ambos novamente, ao que o moreno a observa com divertimento.
— Eles estão falando sobre você.
Imediatamente você tenta ouvir, porém é um emaranhado impossível de inúmeras línguas para você sequer compreender.
— O que eles estão falando?
O Jeager abre a boca para responder, mas só então vocês passam por um leilão no meio de uma oferta tensa. Então, entre o leiloeiro e a multidão gritando, ele tem que se aproximar para se fazer ouvir:
— Os russos se perguntam de onde você é, mas os americanos reconhecem sua caminhada e já os italianos acham você muito bonita.
Com isso, você arrepia ao que a respiração dele escova sua orelha, borboletas subindo em seu estômago com a repentina proximidade. Eren teria uma voz muito deleitável para fazer elogios, caso soubesse ser educado. Contudo, o momento se foi como areia fina escorrendo entre seus dedos antes que possa se recuperar.
No segundo seguinte, Eren salta sobre uma pilha de caixas de madeira em seu caminho, cheia de sabe se lá o que só Deus sabe. Antes que você possa descobrir como passar por elas em um vestidinho de verão com saia de tule, o acastanhado oferece a mão do outro lado, seus dedos mais quentes do que você esperava quando ele a ajuda passar pelas palhas escorregadias das embalagens no chão.
— Ok, Lorde Ladrão. Conte-me um segredo do Submundo.
— Hmm... — Eren prensa os lábios, quase pensativo, mas você sabe que o maldito opera como uma máquina computacional, os resultados em sua mente aparecendo em milésimos de segundos apenas como um navegador faria — Eu suponho que você já não saberia os segredos dos batedores de carteira?
— Não, eu sou uma garota do bem. — Você sorri de canto, realmente divertida pela brincadeira de ambos. Já pode prever que entre você e o Jeager vai se estabelecer um clima de provocações e rebatimentos com ressalvas ácidas, e não pode evitar gostar disso.
— Oh, você não é. Bem, vou te dizer então: é tudo sobre a arte da distração. Vou começar com uma metáfora. — Ele se vira para a barraca mais próxima, abrindo a cortina e revelando pedras cintilantes em pilhas, separados por divisórias apenas como se estivessem em uma joalheria de grife — Veja essas pedras preciosas, por exemplo. — Essas são diamantes negros?!
— Jóias, furto... Estou ouvindo.
— Mas você não está prestando atenção. — O acastanhado balança sua pequena bolsa de mão, pendurada na ponta dos dedos como se pessase o peso de uma pena. Você franze o cenho, indignada ao bufar enquanto pega o acessório de volta.
— Como você tirou isso do meu ombro?!
— Exatamente como eu disse.. As jóias não tinham nada a ver com isso. Eu estava só te distraindo.
— Mas você disse que..–
— Você realmente queria que houvesse uma metáfora? — Cretino estúpido e esperto que sabe pôr em palavras o que você sente e deseja! — Claro que você queria.
Ele sai com uma pequena risada sinuosa, deixando-a para recuperar o atraso novamente. Apesar das brincadeiras confusas, entretanto, é de fato esclarecedor andar pelo Petite Ceinture com Eren. O rapaz aponta as coisas à medida que passam pelas barracas diversas com os mais variados itens enquanto estuda suas reações. Há corantes para moeda falsificada, intrumentos de cordas dos quais nunca viu antes, antiguidades da Segunda Guerra Mundial e muitos outros. Até que a conversa entre duas pessoas americanas chama sua atenção:
— Não pode ser feito.
— Você já perguntou à Asas da Liberdade?!
— Eu não posso pagar pelo serviço deles!
Isso a arranca um riso de canto, já que, bem... é uma espécie de impulso de ego, também, uma vez que faz parte deles agora.
— Bem, senhorita Quinn? É tudo o que você sonhou que seria?
Você nem se esforça em ser sarcástica sobre isso, sua genuína felicidade tomando voz.
— Eu acho que é ainda melhor.
Quando vocês se reencontram com os outros, é praticamente um alívio, já que o lugar não parece ter fim e duvidada que fossem se encontrar eventualmente no mesmo ambiente. E sua cabeça ainda está zumbindo da atmosfera e sobre o novo status de celebridade. Após horas de caminhada, está exausta, completamente derrotada.
Tão completamente derrotada que mal percebe um homem quem está se aproximando de vocês até que ele esteja bem no meio do seu caminho.
— Eu ouvi dizer que a Asas da Liberdade tem uma nova integrante.
— As notícias viajam rápido, eu vejo. — Você é pega de surpresa quando é Armin quem fala, e não o Eren. O moreno está com as mãos atrás das costas, suas luvas de couro ainda bem coladas em seus dedos esguios, ele está com seu corpo virado de lado, sua atenção vidrada em uma mesa examinando frascos de vidro com líquidos coloridos com um foco preciso.
— Devemos continuar nosso caminho. — O jovem ignora Mikasa, volteando-se para você em vez disso.
Ele ocupa muito espaço, porém ainda é diferente da maneira majestosa, sem esforço e natural como Eren faz isso. Não, nada como Eren... Isso é agressivo.
Ele questiona algo em Francês.
— Uh? — Seus olhos se arregalam, atônita. Você aprendeu um pouco sobre o idioma no ensino médio, mas é só isso!
Todavia, antes que possa desvendar o que ele disse, ele muda para o inglês.
— Então, de quem é o novo brinquedo?
— Com licença? — Nem reconhece a própria voz quando seu corpo dá um solavanco para frente, e está praticamente rosnando. Ainda, as palavras mal saíram de sua boca antes de Eren se colocar entre vocês. Eu sabia que você estava ouvindo!
— Você vai tomar cuidado com a sua boca, Forster.
— Eu vou falar como eu quiser, Jeager. — Então nenhum "Lorde Ladrão" vai sair desse cara, aparentemente — Ela parece ingênua. Ou ela é um brinquedo... Ou você está verdadeiramente ficando desesperado para encontrar pessoas para recrutar e trabalharem com você.
— Barbara Quinn é uma prodígio não descoberta.
As palavras deixam as cordas vocais do acastanhado tão óbvias e claras como se ele estivesse dizendo que "dois mais dois é quatro".
Eu sou o quê?!
Ao que o Jeager e Forster conversam, todo o Petite Ceinture pausa sua atividade e presta atenção no tumulto. Até que você perceba que cada conjunto de olhos de repente pesa em você.
— Eu a contratei pelo seu talento inexplorado. É simples como o dia, para um olho perspicaz. Então não estou surpreso que você não tenha notado. — Eren ergue o queixo, esnobe com toda sua arrogância, cruzando os braços enquanto abana a mão desenhosamente — As noites de insônia estão lhe afetando, Forster?
— Eu durmo muito bem.
— Então essa pele terrível e aparência miserável é como você costuma parecer no dia-a-dia. Eu devo ter esquecido. — O acastanhado não pergunta, ele afirma ao dar uma batidinha em sua testa de forma sarcástica, a voz no limite — Para ser honesto eu admiro isso em você. É realmente incrível que você possa dormir à noite.
Em súbito, vidro se estilhaça e as pessoas gritam. Você leva um segundo para se dar conta que Forster pegou o item mais próximo – uma pequena jarra de cristal – e o jogou no chão com raiva. Enquanto você está logo atrás de Eren, quem nem sequer recuou.
— Você não faz ideia! Paris deveria ser minha!
— Que trágico, então, que eu pude ganhar algo que foi entregue a você de mão beijada em uma bandeja de prata.
O moreno soa calmo e tranquilo diante dos gritos repentinos e ataque de furor do tal Forster. No entanto, tão rápido quanto sua voz se elevou, ela se acalma.
— Você continua tão presunçoso como sempre. Não vai demorar muito para eu te derrubar da escada, Jeager. — Há algo estranho na maneira como ele pronuncia o nome do Senhor dos Ladrões, dessa vez. Ele sorri maníaco, os olhos castanhos dourados crepitando com uma chama de ódio profunda e avermelhada assim como seus cabelos. A voz de Forster transbora ironia maléfica — Descobri que seus papéis de identidade foram forjados. Um cidadão francês de origem inglesa... Esse não é você. E o nome que você usa não é europeu.
Nesse momento alguém deixa cair uma moeda, e todos estão imersos em um silêncio ensurdecedor que o som ecoa pelo telo alto.
O que tudo isso significa?
Você sente que perdeu o início de um filme promissor, daqueles que não pode piscar o olho ou vai perder alguma informação relevante. Logo, mal avista a mandíbula de Eren cerrada antes que ele suavize a expressão.
— Você quer tanto ser meu rival, Forster. É, de fato, injusto, quando estou tão entediado com você.
Dito isso, um murmúrio é enviado pela multidão, apenas as centenas, senão milhares de pessoas, assistindo como um show ou uma peça esplendorosa de teatro dramático. É então quando Eren se move, seus ombros batendo rigidamente contra os de Forster ao que o mesmo se recusa a sair do caminho. Algo lhe diz que o Jeager está realmente interessado nesse cara, afinal de contas, talvez até preocupado por ser um inimigo em potencial. Já que, claramente ele não teria desperdiçado o próprio fôlego com alguém tão mesquinho, caso contrário.
Eu super não quero mais estar aqui, com todos esses criminosos e olhar furioso de Forster.
Você se apressa atrás de Jeager como uma sombra, dando um salto lateral em Forster, contornando o corpo dele quase como se pudesse ser queimada. Os outros a seguem, até agora em silêncio como você, sem contestarem ou se dirigirem ao rapaz de fios vermelhos como fogo.
Juntos, todos sobem a ampla e escadaria e deixam o Le Petite Ceinture para trás, sendo imediatamente acolhidos pelo céu azul marinho em uma transição do pôr do sol para uma noite clara. Uma vez que colocam uma distância considerável entre vocês e o Petite Ceinture, Eren sai em disparada sem uma única palavra.
— Olhe para a caminhada dele. — Armin suspira, um pouco teatral demais — Um homem com muita coisa em mente, que gostaria de poder ser seguido por alguém que se importa com ele... Mas não sabe como pedir.
— Então por quê você não vai atrás dele?
Em um piscar de olhos, Arlert empina o rosto e sorri ardiloso, cutucando-a com o cotovelo.
— Porque você deveria ir atrás dele.
— Acho que ele não quer que eu faça isso.
— Claro que ele quer. Você ouviu o que ele disse sobre você hoje, não ouviu?
Certo.
Ele a defendeu na frente de todo o Petite Ceinture! E se algo estiver o incomodando, ele pode precisar conversar sobre isso, não é?
Você está na metade da rua alguns metros atrás do moreno, quase flutuando em uma nuvem antes de vacilar.
Por que diabos estou confiando no Armin?! Tudo o que ele fez até agora foi armar contra mim!!
No entanto, dar meia volta agora só tornaria tudo muito mais estranho. Já veio longe demais para recuar e pode literalmente sentir o sorriso petulante de Armin em suas costas. Argh!!
Você encalça Eren na ponte Alexandre III, o acastanhado está encostado pelos cotovelos no guarda-corpo, o corpo sutilmente inclinado, encarando o horizonte como se seus olhos excepcionais pudessem avistar o Louvre dali mesmo. Está decidido, não vai perturbá-lo. Basta estar nesse recinto, aproveitando a beleza da ponte e se embebedando das luzes calorosas da cidade. Assim, nessa pose, Eren é bem adorável e pacífico, à sua própria maneira afiada, enquanto o vento agita seus fios chocolates.
— Por quanto tempo você vai me seguir por aí?
Putamerda, fui vista!
— Eu posso voltar ao hotel, se você quiser ficar sozinho. Eu não queria me intrometer.
— Eu não me importo com o que você faz. — A boca do Jeager está em uma carranca severa, e seus ombros são uma linha dura.
Eren obviamente não quer conversar, mas...
— Eu quero te agradecer. Por me defender na frente de Forster, e tudo mais... — Talento inexplorado... Ele realmente acha que eu poderia ser tão especial? — Significa muito que você acredita em mim.
O acastanhado encolhe os ombros.
— Não foi um elogio. Eu simplesmente não posso ter pessoas questionando minhas decisões. Você ainda tem que provar a si mesma.
Argh! Você é o pior!!!
— Enfim, quem era aquele cara? Ele realmente te deu nos nervos.
Ele faz uma careta, olhando para você de forma quase odiosa.
— Ele não deu. Floch Forster é um mosquito no meu ouvido. Nada mais. — A julgar pela planicidade na voz dele, Eren não vai dizê-la mais nada. Você também encolhe os ombros e se apoia no parapeito em uma imitação da pose dele alguns passos ao lado. Depois de um minuto inteiro em silêncio, as írises esmeraldas a fitam de forma travessa — Isso não é como você. Por que pensar no Petite Ceinture quando você está na ponte mais famosa de Paris com um homem magnífico? Apresse-se e desmaie com os pequenos detalhes nos postes de iluminação ou algo assim.
Você franze as sobrancelhas.
— Me provoque o quanto quiser, mas é uma boa maneira de viver! — Às vezes, a única maneira de viver. De qualquer maneira, sacode o pensamento — Além disso, você é o único aqui a divagar.
— Eu não estou divagando.
— Se um homem está em uma ponte, olhando para longe em silêncio, então ele está divagando. — Você sorri vitoriosa — Eu não faço as regras. E é melhor do que chamá-lo de rabugento, certo?
— Rabugento me serve muito bem, senhorita Quinn.
— Você pode usar meu primeiro nome. Eu uso o seu.
— E está tudo bem quanto a isso. Mas do meu lado, eu prefiro uma certa distância.
— Eu acho que seria bom se pudéssemos ser amigos.
O Jeager faz uma pausa repentinamente e então olha para você, quase como se ultrapassaase o seu corpo. Devagar, deliberadamente, o moreno estende a mão como se quisesse tocar seus cabelos e seu coração salta para sua garganta. Antes que ele caia em queda livre para o seu estômago quando ele a afasta.
— Se você acha que isso está acontecendo, você está muito enganada.
O quê?!
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