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— Esse lugar? Uh...Esse lugar é onde você pode ser quem quiser, ou melhor, fazer o que quiser e expor todas as fantasias peculiares que existem na sua cabeça.

O que? Fantasias peculiares? Ser quem eu quiser? Claro, ele deve ser outro maluco igual ao Kim Taehyung.

— Ah, entendo. Bem, se me der licença eu já vou indo...

— Espere. Com quem veio? Tome cuidado, melhor não andar sozinha por aqui. - fala.

— Eu não estou sozinha.

— Está com quem? Aposto que Taehyung não irá gostar nem um pouco de saber que você está aqui. - diz rindo e colocando sua mão em seu bolso direito da calça.

— E o que ele tem haver com a minha vida?

— Tudo, Jennie. Você ainda não sabe, mas irá descobrir na hora certa. - ele explica.

Como ele sabia meu nome? E do que eu não estou sabendo?

— O que? Como assim?

Sou interrompida rapidamente com os gritos de Lalisa lá do outro lado da boate. Ela estava vindo em nossa direção, e apenas em vê-lá, solto um suspiro de alívio.

— Jennie, aonde você estava? Eu te procurei, te liguei, fiz tudo! Eu já estava ficando louca pensando que você tinha se metido em alguma transa louca e não me chamado, ou pior, sido até mesma sequestrada. - ela diz em prantos e com raiva, com os braços entrelaçados em torno de seu corpo.

— Você sumiu, sua vaca! E que lugar é esse? Por que sumiu? Sabe que eu fui quase barrada na entrada? Se não fosse por causa do..

Eu olho para o homem e percebo que nem sequer perguntei seu nome, ou os apresentei.

— Jungkook! Jeon Jungkook. - ele fala, já percebendo o que eu queria saber.

— Jungkook, essa é minha amiga Lisa. Lisa, esse é Jungkook. Foi ele que me ajudou na entrada, ou se não, eu nem teria conseguido entrar no puteir...digo, na boate.

— Prazer, Lisa. - ele falou olhando descaradamente para o corpo de minha amiga.

— Prazer, Sr. Jungkook - Lisa fala por fim.

— Apenas Jungkook, por favor. - pede.

— Como quiser. - responde educadamente.

Que tensão é essa? É isso mesmo? Está rolando um clima entre os dois? Olho discretamente para Jungkook que não parava de observar Lisa. Já minha amiga parecia estar curiosa sobre ele, a conheço bem, e aquele olhar já dizia tudo.

Jungkook a comia com os olhos, e então, lembrei do momento em que Taehyung fazia o mesmo comigo na entrevista. É, eu tinha razão. Taehyung deve ser um maluco, e Jungkook herdou todos os defeitos do amigo.

B-Bem, se nos der licença, nós já vamos. Aproveite a festa, Jungkook.

— Oh, tudo bem. Você também, Jennie. Tomem cuidado e... nos vemos por aí, Lisa. - fala.

— Nos vemos por aí! - ela diz, dando um sorriso maroto que dizia que com certeza eles se veriam novamente.

Puxo Lisa para o fundo da balada. Lá estava mais calmo, por mais que estivesse verdadeiramente agitado. Avistei um bar e alguns bancos, então tive a ideia de puxar Lisa para lá e colocar todos os papos em dia.

Ela senta ainda sem perguntar nada, e eu faço o mesmo.

— Por que me puxou dali igual uma maluca? - questiona com dúvida.

— Você não viu como o tal do Jungkook lhe olhava?

— Vi. E meu Deus, você o conhece? Que homem era aquele? De outro mundo! Quase perdi o fôlego apenas com seus olhares. Você precisa me apresentar para ele depois. - ela fala abanando o corpo e revirando os olhos, como se estivesse um calor infernal no local, mas não estava.

— Recomponha-se! Eu nem o conheço, ele é amigo daquele maluco do Taehyung, e aposto que deve ser outro maluco. Melhor não se envolver com ele.

Ai, Jennie! Deixe de ser tão puritana. Ele não tem cara de maluco, tem cara de gostoso, e não me parece ofensivo. Aposto que o Taehyung também, mas você fica vendo coisas aonde não tem, apenas para fugir do perigo. - diz com raiva e cansada do que eu estava falando.

— Estou falando sério! Ele sabia o meu nome sem nem me conhecer, e ficou falando umas coisas estranhas...

— Coisas estranhas? Que tipo de coisas estranhas? - pergunta.

— Sei lá, coisas estranhas.

Vejo a morena rir e colocar a mão na testa em negação. Ela sempre era assim. Lisa e eu tínhamos personalidades totalmente diferentes. Ela era mais louca, gostava de aventura e adrenalina. Já eu, sou uma pessoa mais fechada e tímida. Sempre é Lisa que me puxa para esses lugares e me mete nesse tipo de coisa.

— Eu vou no banheiro rapidinho, já volto. - diz se levantando do banco e eu apenas assinto.

Vejo o barman preparando algumas bebidas então tomo coragem e pego o cardápio, vendo as inúmeras opções. A verdade era que eu não conhecia nenhuma, mas tomo coragem e peço qualquer uma que vejo pela frente.

— Olá, vou querer um mojito, por favor.

— Para já. - o barman diz indo preparar a bebida.

Depois de uns dois minutos esperando, ele coloca a bebida na mesa e eu agradeço. Pego a taça e dou um gole curiosa para desfrutar daquilo.

Parece que fiz a escolha certa. Tinha uma quantidade ótima de álcool mas era doce e cheirava a hortelã.

Olho para o lado e me assusto quando vejo uma pessoa, ou melhor, um homem, sentar ao meu lado. Ele era bonito, estava com uma roupa preta casual mas parecia levemente arrumado.

— Olá, está sozinha? Posso me sentar aqui? - o homem pergunta brevemente.

Olho para o outro lado da boate, aonde ficava o banheiro, e vejo Lisa conversando na maior intimidade com o tal do Jungkook. Volto para o homem que ainda tinha uma expressão de dúvida, mas já estava sentado o banco, apenas esperando a resposta de que eu estava sozinha.

— Bem, vejo que já se acomodou. E sim, estou sozinha.

Observo o homem coçar a nuca e rir de vergonha com o que eu havia falado. Irei apenas dizer que estou sozinha, já que sei que Lisa não irá voltar nem tão cedo para cá, conheço muito bem a peça.

— Sou Kai, muito prazer. E você? - se apresenta e questiona meu nome.

— Jennie, prazer.

— Você é extremamente linda, sabia? - ele fala olhando para minha boca.

O-Obrigada.

Ele desce os olhos para o meu corpo e fica vendo a minha roupa. O que esse cara quer? Que desconforto!

— Essa roupa ficou linda em seu corpo...

— Agradeço. - digo fazendo uma simples reverência como um gesto de respeito.

Ele se aproxima de mim, perto o suficiente para sussurrar algo em meu ouvido. Não me afasto, por que fiquei curiosa.

— Eu adoraria fuder esse corpinho, até você chorar e implorar por mais. Até a sua buceta jorrar de sangue. - ele fala sorrindo e com pequenos sussurros.

Fico sem palavras com o que o homem acabou de dizer para mim. A minha vontade naquele momento era apenas de espanca-ló e fazê-lo pedir perdão para mim, ou apenas ir para minha casa e passar a noite vomitando pelo que ele havia dito.

Fico olhando incrédula para o mesmo, mas logo eu o vejo se afastar e ele abaixa a cabeça, ficando na altura de minha saia.

— Sem calcinha? - pergunta com um sorriso de convencido no rosto.

— Não é da sua conta. - falo pegando a minha bolsa e me levantando rapidamente do banco, mas minha tentativa falha quando eu vejo a sua mão podre parar em meu braço esquerdo.

— Ei, docinho. Que agressão toda é essa? Está com medo? Ou... é carne virgem? - pergunta dando uma leve risada como se aquilo fosse engraçado.

— Carne? Eu sou uma carne para você comer? E se eu sou virgem ou não, não é da sua conta, seu porco sujo! Fique longe de mim.

Digo umas boas para o mesmo e me viro para ir embora, mas eu sou impedida novamente por ele, que me puxa com uma certa força que não havia me mostrado antes.

— Porco sujo? - ele gargalha - Quem você pensa que é para falar comigo assim? Você é apenas uma vadiazinha, está tentando ganhar a minha atenção? Então conseguiu, por que hoje irei me certificar de que eu irei lhe comer e dar umas boas palmadas nessa boca atrevida!

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