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Desligo a chamada e recebo logo uma notificação de Lisa com o endereço do local.

Suspiro com o que ela me fazia passar.

Saio do meu banheiro, cheirosa e banhada. Vou ao meu closet e vejo qual roupa eu iria escolher, já que Lisa falou que esse lugar era famoso e chique.

Eu não gostaria de ir tão arrumada como se estivesse indo para um casamento, até por que, geralmente não uso coisas tão detalhadas e extravagantes para ir em restaurantes e bares, apenas em ocasiões especiais.

Vi algumas peças nas estantes, mas o meu vestido preto preferido havia chamado minha atenção.

Ele era um vestido longo e que me deixava com imensas curvas, valorizava meu corpo de uma forma indescritível. Pego alguns acessórios, como brincos e colares, afinal, essas peças eram essenciais para formar um look completo e bonito.

Já pronta, me olhei no espelho e fiquei impressionada comigo mesma. Eu estava linda, assim como chique e sexy ao mesmo tempo.

Passei meu perfume e deixei meu cabelo solto, já que eu estava bastante satisfeita com ele.

Saio de meu apartamento e desço até a garagem do prédio, entro e ligo o meu carro já dando partida.

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Pelo endereço que Lisa havia me mandado, eu estava na rua certa. Vejo um bar com um nome em inglês "Dose of lust", desço de meu carro o trancando e indo até o bar, acreditando que seja esse.

Assim que abro a porta, consigo ver o ambiente exatamente como Lisa descreveu. Um ambiente mais sensual, atrevido, mas ao mesmo tempo, elegante e chique. Podia observar o balcão cheio de bebidas diferentes e o ambiente com aquela luz vermelha que deixava tudo cada vez melhor.

Olho para os lados e vejo no fundo risadas, parece ser uma turma grande, e quando dou mais alguns passos vejo três mesas grandes juntas e muitas pessoas reunidas.

Vi alguns colegas de escola que estudavam comigo e com Lisa, e por falar nela, também estava lá, sentada e rindo ao lado de algumas garotas que não conheço.

Assim que eu chego, a mesma percebe e se levanta, vindo em minha direção e pegando em meu braço.

— Você chegou, ainda bem. Pensei que demoraria mais um século, senhora noiva. - disse debochando do meu pequeno atraso, digamos.

— Mal chego e você já está enchendo meu saco. Não mereço isso!

— Pessoal, pessoal! Essa daqui é Jennie, ela também estudava em nossa escola. Provavelmente poucos de vocês a irão conhecer, já que ela sempre foi muito quieta na escola, não é, Jennie? - a morena disse anunciando a minha chegada.

Apenas assenti a cabeça com vergonha e com ódio da cara de Lisa. Ela não perde uma chance de me fazer passar vergonha!

Logo ela me puxa, e pede para eu sentar em uma cadeira que estava ao seu lado, e assim faço.

A mesa estava cheia de bebidas e petiscos para a entrada. Ao meu lado tinha uma garota que estudava em minha sala, a mesma começa a olhar para mim e sem escolha, me comunico com ela.

— Olá, tudo bem? Acho que você estudava na minha classe, certo?

— Ah, olá. Sim, eu me chamo Jisoo, também lembro de você, Jennie. - disse a garota com um pequeno sorriso em seus lábios de coração, era tão contagiante que era impossível não sorrir junto.

— Ah, Jisoo, Kim Jisoo!

— Isso. Você ainda lembra de como me salvou naquele dia? Sou muito grata, acho que hoje nem estaria aqui se você não tivesse me salvado daquilo.

— Não seja por isso, não foi nada. Eu faria por qualquer pessoa.

Na época, eu estava saindo da escola e segui um caminho diferente para ir para casa, quando vi algumas garotas a espancando. Não pensei duas vezes e, mesmo que eu não fosse tão boa com brigas, eu encarei todas as sete garotas e consegui bater em cada uma das mesmas. Talvez ver aquela cena, de Jisoo chorando e o sangue se derramando em seu rosto, me deixou desesperada e forte.

— De qualquer forma, muito obrigada. - ela agradece.

Eu apenas lhe dou um sorriso gentil e sincero.

Olho para Lisa que estava conversando com mais pessoas. Na época de escola ela era realmente bem popular, tinha vários amigos...

Já eu, era mais calada e mais tímida, mas Lisa com seu jeito intrometido e curioso, conseguiu fazer amizade comigo. Nem me pergunte como, mas conseguiu.

Pego um copo de soju que estava ali, e coloco a bebida em meu copo. Viro tudo com apenas uma golada e como alguns amendoins que haviam ali.

De repente e magicamente eu sinto um frio na barriga e um peso em minha espinha. Olho para as mesas que estavam cheias de pessoas gargalhando e conversando sobre os tempos passados, e nisso, consigo ver um homem me observando.

Ele era extremamente encantador e tinha um olhar feroz e sexy. O jeito que estava me olhando, ou melhor, me secando, deu até medo.

Tinha cabelos negros que pareciam ser demasiados macios, vestia um terno preto, uma camisa preta de gola alta e uma calça social preta. Estava usando uma simples corrente de ouro que o deixava mais atraente ainda. Para completar, um cinto preto que também deu toda a diferença em sua roupa. Seu corpo era musculoso e ele aparentava ser alto. Totalmente o meu padrão de homem.

Mesmo vendo que eu havia percebido seus olhares em mim, ele continuou me encarando mais ainda. Envergonhada, eu baixo a cabeça sem ar e começo a bater a ponta de meus dedos na mesa. Eu sempre fazia coisas desse tipo quando estava nervosa.

Toco no ombro de Lisa e aviso que iria ao banheiro, a mesma concorda e eu me levanto, fazendo o que lhe disse.

[...]

Volto ao local, já mais calma, e percebo que as pessoas estavam se levantando.

— Lisa, já irão embora?

— Sim, inicialmente duraria bem mais, porém, parece que uma mãe de uma garota que estava connosco se suicidou, e em respeito a gente está encerrando por hoje. - falou seria.

Meu Deus... que pena, deve ter sido horrível para ela.

— Verdade. - diz em voz baixa.

— Então eu vou indo, vou ter que acordar cedo amanhã. Depois nos falamos, beijos.

— Tudo bem, beijos, depois me manda mensagem. - pediu a mesma.

Assenti e fui embora do local, atravessando a rua e indo até a ponta da outra esquina, aonde tinha deixado o meu carro, já que não tinha vaga suficiente na frente do bar.

Assim que abro minha bolsa e procuro a chave de meu carro, sou puxada por uma mão grande e quente, que me leva até a outra rua que estava ao nosso lado.

A rua estava silenciosa e escura, com medo eu tento gritar, mas logo sou impedida, com a mão grande pousada em minha boca.

A escuridão toma conta e com muita dificuldade, consigo enxergar apenas olhos marcantes e profundos, que contavam mais do que uma simples história com apenas um olhar.

Aqueles olhos... eles eram tão familiares.

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