vinnie hacker • point of view
                𝑠𝑒𝑎𝑡𝑡𝑙𝑒, 𝑤𝑎𝑠𝒉𝑖𝑛𝑔𝑡𝑜𝑛 𝐷𝐶.

   Mais tarde, naquela madrugada, eu não conseguia dormir. De novo. Na adolescência, tinha o costume de ficar acordado até tarde no computador. Mas, agora, era diferente. Não entendia bem do porque não estar conseguindo pregar os olhos durante á noite, e não era mais tão divertido quanto antes. Muito pelo contrário. Bufo, colocando o travesseiro em meu rosto e rolando pela cama na intenção de procurar uma posição confortável para dormir, porém, não ajudou em nada. Quando dei por mim, os sol já estava invadindo o meu quarto.

   Sem esperança de conseguir dormir, decidi que ia ficar acordado até que conseguisse ter um pingo de sono novamente. Sentei no colchão, olhando para um ponto fixo, solto um suspiro tão longo que nem sabia estar guardado. Levantei, caminhando até a escrivaninha ao lado da cama e tirei o celular da tomada, olhando as notificações descendo na tela de bloqueio onde tinha uma foto minha com a minha gatinha, Hera, na casa dos meus pais. Sorri ao ver a foto, desbloqueando o aparelho e entrando no aplicativo de mensagens, respondendo-as.

   Separei a roupa, colocando em uma poltrona, seguindo de encontro ao banheiro no corredor. Entro, jogo as duas peças que vestia dentro do cesto e posicionei-me debaixo do chuveiro, ligando e começando a tomar banho. Fechei os olhos conforme esfregava os meus cabelos, e a imagem de Alessandra veio á tona. Por quê ela convidou o Noah para a noite de tacos? Sei que Avani quem pediu, mas isso me incomodou. Não entendia bem do porque estar me sentindo assim em relação á eles, talvez seja porque não confiava em Noah. Abri os olhos, balançando a cabeça e tentando tirar os dois da minha cabeça e continuei a tomar o meu banho.

   Desliguei o registro, pescando a toalha do cabideiro ao lado do box. Enrolei uma cintura abaixo e outra esfreguei em minhas madeixas enquanto saia do banheiro e retornava ao meu quarto. Sequei, trajo a vestimenta que separei e pendurei a toalha onde estava anterior e deixei o telefone no bolso da frente da minha calça jeans. Passei um perfume, pego a carteira e a chave do carro, seguindo para fora do alojamento. Ao sair, dei de cara com a mesma pessoa que vêm dominando os meus pensamentos nos últimos dias.

⸻ Oi... ⸺ Disse ela, meio sem jeito e com um sorriso fraco no rosto. Retribui, guardando a chave ao lado da carteira após trancar a porta. ⸻ Você vai sábado? Quer dizer, é no seu apartamento. Então, é claro que você vai estar lá. ⸺ Começou a se atropelar nas suas próprias palavras, e segurei o riso por ter achado fofo.

⸻ Oi, sim! Eu vou!

⸻ Que bom... te vejo sábado, então? ⸺ Concordei. ⸻ Ok!

   Ela saiu, me deixando sozinho naquele corredor e eu quis me xingar mentalmente por não ter conseguido dizer nada além de ''oi, sim'' e ''eu vou''. Era sempre assim, todas ás vezes em que tentava ter uma conversa ''normal'' com uma garota.