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Capítulo 4 - Good Times, Bad Times

Dia 2 de março de 2001. Circuito de Albert Park, Austrália.

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Igualdade. Isso foi o que me prometeram, e estava na cara que Giancarlo e Paul haviam cumprido com o acordo. Tal coisa me dava segurança para poder começar a temporada, não com o pé direito ou o esquerdo, mas com os dois juntos.

     – Seja bem-vinda, Alex – Michael Schumacher sorriu ao me ver. – Seu primeiro treino livre por aqui.

     Senti vontade de abraçá-lo, mas não queria fazer com que ele se sentisse desconfortável. Porém, para minha surpresa, o alemão fez isso.

     – Estou muito feliz que tenha conseguido – falou, gesticulando um pouco. – Há um tempo atrás, você era desse tamaninho, correndo de um lado para o outro na garagem da Benetton... e agora? Caramba, vamos disputar o mesmo grande prêmio.

     – É incrível, só para dizer o mínimo – disse, deixando toda a minha animação em evidência.

     Michael ficou pensativo durante alguns segundos.

     – Está com muita pressa?

     – Não – dei de ombros. – Eu meio que estou andando pela pit-lane de bobeira, mesmo.

     – Hum, será que podemos pôr o papo em dia? Achar um lugar para escorarmos e ficar de boa?

     Abri um sorrisinho.

     – Se eu o convidasse para ir aos boxes de minha equipe, aceitaria?

     – Com certeza. Eu só espero que eles não me coloquem para correr de lá – brincou. – A cozinha de vocês é literalmente a melhor do paddock todo.

     – Não vão, relaxa – ri. – Seria uma honra, na verdade.

     Ele deu uma ajeitada em seu boné da Ferrari e, em seguida, nós dois fomos para a garagem da Minardi. Conversamos bastante, e sobre muitas coisas.

     Como sempre, o pessoal foi bem receptivo. O bate-papo logo se tornou um segundo café da manhã, tamanha a quantidade de comida que nos ofereceram.

     Uma coisa que gostaria de destacar foi o momento em que Fernando nos viu, ficando com um semblante de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Eu podia não gostar dele, mas fiquei com pena e o chamei para se juntar a nós.

     A primeira coisa que ele fez depois de se sentar foi sorrir, e muito. Dava para ver a felicidade que Alonso sentia quando escutava Michael falar sobre qualquer coisa.

     Alguns minutos depois, tivemos o primeiro treino livre oficial da temporada. Eu estava um pouco nervosa, mas até aí, tudo bem. A ansiedade causada por (finalmente) voltar a correr era muita, mas dava para controlar.

     A verdade é que eu não via a hora para meu comeback.

     Depois de fazer uma oração, prendi meu cabelo, pus a balaclava e afivelei o capacete com firmeza. Em seguida, coloquei as luvas e esperei dar o horário.

     Não me sentia tensa, apenas queria que aquilo começasse logo. No começo de minha carreira, eu era muito afobada. Ficava horas e horas remoendo o que deveria fazer, e no fim, eu me sentia mal pelos bons resultados não estarem vindo.

     “Uma possível herdeira ao trono... será? Filha do falecido piloto de Fórmula 1 Elio de Angelis, também conhecido como ‘O Príncipe Negro’, Alexandra está tendo problemas em sua primeira temporada no campeonato italiano de kart”, li em um jornal, em 1989.

     Ainda tinha aquele recorte, emoldurado em meu quarto e bem conservado. Não era apenas eu que ficava decepcionada com os meus resultados, mas também os outros. Muitas vezes, era abandono atrás de abandono.

     Como era o esperado de uma garotinha insegura, tudo piorou. Tinha dias que eu simplesmente me escondia no banheiro da garagem, para que ninguém me visse chorar.

     “E se o meu pai estiver vendo tudo isso lá de cima? Devo estar sendo uma decepção sem tamanho para ele”, eu pensava naqueles momentos.

     Notando todo este turbilhão em minha vida, que me corroía de dentro para fora, Riccardo Patrese decidiu intervir. Um dia, quando tive uma classificação agridoce em P16, ele me chamou em um canto.

     Não me lembrava bem de toda a conversa, mas havia uma coisa que nunca mais sairia de minha cabeça a partir daquele momento:

     “Pare de se preocupar. O que for para ser, será. Essa tensão toda só te atrapalha. Se lembra do Andrea, o de Cesaris? Teve uma corrida... em Long Beach, que ele fez a pole e liderou uma boa parte do GP. Por uma distração no retrovisor, ele perdeu o foco e acabou batendo. Você tem esse mesmo problema.”

     Eu não consegui entender bem o que ele havia dito.

     “Alex, você precisa relaxar, voltar a encarar as corridas como algo divertido e saudável, sem cobranças”, continuou. “Pare de ligar com os resultados, mas continue treinando. As coisas não mudam do dia para a noite, e peço também que não dê ouvidos à imprensa. A maioria dos repórteres daqui nunca passaram de 120km por hora em uma rodovia, então não devem ser levados a sério ao darem opiniões sobre coisas que não entendem. O seu pai não travava luta contra as coisas externas, mas apenas contra ele mesmo. Então, pare de se importar com os de fora, e tente se concentrar nesse fogo que há em você. Nunca o deixe apagar.”

     Nunca mais esqueci daquilo, e no momento em que vi Fernando quieto em um canto, me recordei da fala de Riccardo.

     A questão é que ele não parecia ansioso, mas sim concentrado. Aquele era do tipo mais perigoso de piloto. Niki Lauda era da mesma laia, enquanto papai era extremamente tranquilo.

     Mas, eu não tinha medo dele ser assim. O que valia não era a pré-corrida, mas sim o que fazíamos dentro da pista.

     No momento em que entrei no carro, senti tudo ficar mais plano e simples. Sorri intensamente por baixo do capacete, percebendo que aquilo estava mesmo acontecendo.

     Eu havia acabado de me sentar no lugar que mais almejava estar durante muitos e muitos anos. Depois daquela batida, que me impossibilitou de seguir meus planos com afinco, muitos falaram que nunca poderia chegar tão longe.

     Às vezes, era um prazer provar que eles estavam errados.

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O brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari, liderou a primeira sessão de treinos livres, pela manhã. Os palpites de quem faria o melhor tempo da tarde iam, em sua maioria, ao campeão do ano passado, Michael Schumacher.

     Eu torcia muito por ele. Na verdade, pelo grid inteiro. Sempre pedia a Deus para que todos nós saíssemos bem da pista, e de preferência, com bons resultados.

     Fernando era uma exceção desconcertante. Ao mesmo tempo em que o queria bem, também desejava, bem lá no fundo, para que meu parceiro de equipe não me superasse. Eu me repreendia nas vezes que isso vinha à minha cabeça, mas era impossível evitar.

     Porque, mesmo que não gostasse de admitir tal coisa, era verdade. Não queria que Alonso se ferrasse, porém... podemos controlar muitas coisas, mas os pensamentos intrusivos são bem mais difíceis.

     O começo da segunda sessão foi empolgante. Eu estava me adaptando bem naquele circuito de rua, mas não deixava minhas expectativas ficarem altas demais. Não poderia fazer muita coisa com a minha falta de experiência e a de um monoposto competitivo, mas ainda assim, as coisas estavam indo em um ótimo ritmo.

     – Foi uma volta legal para um aquecimento – um dos engenheiros me falou, via rádio. – Os seus pneus estão bons?

     – Sim, no ponto.

     – Bom... – Ele pareceu consultar algumas anotações. – Tente fazer uma volta rápida.

     Abri um sorriso por baixo do capacete.

     – Okey – falei.

     Passei por algumas curvas até ver a linha de chegada, onde minha volta começaria a ser cronometrada.

     Depois de perceber se a pista estava limpa, comecei a acelerar. Tentei levar o motor à toda sua potência.

     Ouvir o barulhão que aquele V10 produzia era como se todos os problemas simplesmente sumissem. Era apenas eu, o carro e a pista.

     Me concentrei ao máximo em tentar fazer um bom tempo, um pelo menos melhor que o meu anterior. Curva 1, curva 2, 3, 4, 5... estava tudo fluindo de forma perfeita.

     Isso até eu sentir que estava perdendo potência, desacelerando de pouco em pouco e sem aviso prévio.

     – Alfredo, o motor não está bom – comuniquei.

     – É visível, infelizmente – falou. – Consegue voltar aos boxes?

     Eu estava a uns trinta quilômetros por hora, e parando. Não daria para retirar o carro do circuito, então estacionei em um cantinho na pista.

     – Okey, Alex – disse. – Há sinais de fumaça ou algo do tipo?

     Saí do monoposto, com os ombros pesados e desprovida de ânimo.

     “É só um treino, relaxe”, pensei. Mas, mesmo assim, ainda era decepcionante.

     – Não vejo nada demais – notei, vendo alguns marshalls correrem como malucos em minha direção. – Apenas óleo.

     – Entendido. Venha para a garagem assim que sair daí.

     Tirei meu capacete e a balaclava, me permitindo suspirar fundo. Aquele tipo de coisa acontecia mesmo, e não era nada incomum. Porém, a classificação do treino não me assustava... mas a do grid de largada, sim. E não apenas a mim, mas a quase todos.

     Mais tarde, naquele mesmo dia, Michael sofreu uma capotagem bem preocupante. O mais impressionante foi o fato de que o piloto da Ferrari saiu ileso da batida, enquanto seu companheiro de equipe dominava novamente outra bateria de treinos.

     Em seguida, Schumacher foi conversar sobre a questão de segurança da curva 6, onde havia se acidentado. Aquilo não estava legal, era evidente.

     Depois de conversar com Juan Pablo Montoya, um amigo de longa data, entrei nos boxes da Minardi e me topei com um quadro branco. Nele, alguém havia escrito um pequeno relatório daquele dia:

Resultados no TL1
1 - De Angelis / 2 - Alonso.

Resultados no TL2
1 - Alonso / DNF - De Angelis. Falha no motor. Favor, diagnosticar e consertar até às 6 (seis) da manhã.

Atenciosamente, A. Rossi.

     Se era do jeito difícil que aquele jogo estava sendo montado... ótimo. Independente das provações, meu pai havia me ensinado muitas coisas sobre como lidar com isso.

     E uma delas era, justamente, nunca desistir, e que sempre haveria um amanhã se lutássemos por ele.

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Enfim, mais um capítulo KAKSKAK. Dessa vez, não teve um final tão feliz, apenas otimista mesmo.

Curiosidade: Riccardo Patrese e Michael Schumacher foram team-mates na Benetton, só me esqueci o ano... 1992?

Espero que estejam curtindo, pessoal!!!

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