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Capítulo 10 - Take a Chance on Me

Dia 3 de abril de 2001 – Milão, Itália

(Contém alguns breves agracimentos nas notas finais)

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O GP do Brasil iria ter um espaço guardado em meu coração para todo o sempre. David Coulthard havia vencido a corrida, com Schumacher em segundo e, pasmem... meu ex-teammate na West Competition, Nick Heidfeld, em P3. Nem preciso dizer que, depois de nossas equipes fazerem festa, nos encontramos para continuar comemorando.

     Terminei em um impensável P6, conquistando um ponto pilotando o que era, provavelmente, um dos três piores carros do ano. Aquilo era um milagre.

     Juan Pablo havia abandonado o grande prêmio por falhas no carro, mas tinha feito um trabalho fenomenal. Era como se ele tivesse se apresentado às pessoas e ganhado um motivo ainda mais óbvio para alugar um triplex na mente dos entusiastas do esporte.

     Bom, ele não era o único estreante excepcional naquela temporada. Kimi Räikkönen estava arrebentando na Sauber, realmente causando um terremoto no meio do grid. Aquele rapaz era um dos pilotos mais naturais que eu já havia conhecido. Ele simplesmente era muito talentoso, e, a cada vez que o via, me sentia ainda mais tentada a pedir seu número de telefone.

     Enrique Bernoldi não estava indo muito bem, mas fazia bonito o suficiente para se manter. Não tinha muito brilho, nem destaque, mas havia ali potencial para o futuro.

     E talvez uma das coisas mais interessantes da temporada... eu e Fernando Alonso. Bom, sou suspeita para falar sobre mim mesma e também sobre meu companheiro de equipe. O que posso dizer é que ele era realmente promissor, e tentar superá-lo dia após dia vinha se tornando uma tarefa complicada.

     Mas, naquele dia em Interlagos, eu havia conseguido muito mais do que isso.

     – Isso mesmo, querida – um fotógrafo disse. – Não, tá perfeito.

     Continuei na mesma pose, com o cotovelo apoiado na parede, uma das mãos na cintura e fitando o outro lado.

     – Olhe para cá agora. – bateu mais algumas fotografias. – Pronto. Vamos naquele banquinho de madeira, o que parece de uma praça. Recomendo cruzar as pernas, mas, ao mesmo tempo, ficar numa pose levemente descontraída. Entendeu?

     – Não muito – brinquei –, mas vou tentar.

     Fiz o que ele indicou, também levando um dos antebraços ao apoio.

     – Não é bem isso – falou. – Dê uma entortadinha e coloque a mão no joelho de um jeito formal.

     – Assim? – Me movi.

     Ele ficou observando durante alguns segundos, apontando a câmera.

     – Ótimo. – Fotografou. – Que tal sairmos um pouco da seriedade? Você pode estar modelando para a Armani, mas certeza que vai ser uma recordação bem bonita para ti.

     Abri um sorriso. Na verdade, vários. Iríamos ver qual havia ficado melhor depois do ensaio.

     Naquele momento, eu estava usando um vestido longo e branco, muito bem arrumado e de ótimo gosto. O plano inicial de Giorgio Armani era que eu vestisse um mais curto, na altura do joelho. Por mais que fosse bonito, algumas cicatrizes bem feias em minha canela acabaram ficando expostas.

     Eles não se importavam com elas. Na verdade, falaram que aquele vestido havia ficado maravilhoso em mim. Mesmo assim, preferi fazer a sessão oficial com um mais comprido, por mais que tenha pedido algumas fotos com o preto mais curto para guardar de recordação.

     – A senhorita deu uma entrevista para a Vogue, fiquei sabendo – comentou. – Vai sair na capa dessa edição.

     – Pois bem – disse, bem-humorada –, e não é a primeira vez.

     – Estou por dentro e ansioso para poder ler apenas por sua causa.

     Fiquei surpresa.

     – Sério?

     – Como um bom italiano, a segunda religião de meu pai é a Ferrari – brincou. – Quando vi que você seria a primeira mulher em muito tempo na Fórmula 1, logo quis conhecer mais sobre sua história, por mais que não acompanhasse muito. Poderia até dizer que acabou se tornando um modelo a ser seguido para mim.

     Sorri, de jeito sincero daquela vez. Sabia que muitos me viam com admiração, mas não passava na minha cabeça que poderia me tornar um exemplo para as pessoas.

     – Nossa, er... muito obrigada – falei, sem reação.

     – Eu que agradeço – tampou a lente da câmera, começando a guardá-la. – Hum, acho que podemos encerrar por aqui. Temos bastante material para a campanha.

     Bem naquele instante, uma moça chegou no estúdio, pedindo licença e me abordando com educação.

     – Boa tarde, Alexandra. Tem uma ligação para a senhorita lá na recepção. É de Paul Stoddart.

     – Okey, já vou – sorri, me levantando.

     Me despedi do fotógrafo e agradeci à secretária, me perguntando sobre o que seria. A Minardi esperava os equipamentos chegarem do Brasil e, por isso, não poderíamos testar o carro.

     Bom, não aquele PS01, e nem no circuito habitual de Vairano. Houve uma pequena mudança de planos.

     E que mudança, hein?

     – Trago ótimas notícias para você, e estou tão satisfeito com elas que vou contar tudo de uma vez – falou. – Como sabe, nossa bagagem vai chegar atrasada da América do Sul e não teremos muito tempo para desenvolver o projeto. Porém, Giancarlo falou umas coisas comigo que podem lhe soar bem.

     Fiquei muito curiosa, quase perdendo o ar de tanta ansiedade.

     – Bom, a questão é que, com aquele seu rendimento muito bom em Interlagos, algumas portas foram abertas – Pareceu sorrir do outro lado da linha. – Você foi recomendada para dar umas voltas de teste com a McLaren em Silverstone, por alguém bem influente de lá.

     Congelei, sem acreditar no que estava ouvindo.

     – Isso é sério? – falei, atônita.

     – Espere, tem mais. Seu amigo, Michael, também convenceu Jean Todt a te deixar acompanhar os testes em Fiorano. Não vai dirigir, mas pode ser uma experiência bem interessante e importante para que crie bons laços.

     – Caramba, que incrível!

     – Bom, só há algumas questões em aberto. O teste da McLaren não será remunerado, e lhe cobrarão uma taxa para que guie o carro. Não vai ser muita coisa, apenas despesas básicas, mesmo se bater. Então, fique tranquila.

     Em muitas situações, a Minardi não poderia bancar oportunidades como aquela. O orçamento era apertadíssimo e, por isso, eles tentavam economizar o máximo. Como eu tinha dinheiro e bons patrocinadores, a equipe acabava jogando algumas coisas para mim.

     Giancarlo arranjava as oportunidades, o que era mais difícil, e eu ficava por conta delas. Não era ruim.

     – Isso é normal – sorri. – Considere resolvido.

     – Também tem uma coisa sobre a visita à Maranello que preciso te contar.

     Já me sentia absurdamente feliz apenas com a primeira notícia. Tudo estava mais que perfeito, uma verdadeira utopia.

     E quem era a pessoa que havia me recomendado para a McLaren? Sabia que Ron Dennis tinha uma quedinha pelo meu jeito de pilotar desde 1997, quando entrei na academia de jovens talentos da equipe, mas não achava que poderia ser apenas ele. Era difícil convencer os executivos a darem tal oportunidade a uma iniciante.

     – Bom, Todt achou a ideia de Schumi realmente bacana e disse que faria de um tudo para dar certo. Porém, ele me exigiu uma coisa, mas nada preocupante.

     – Confidencialidade, eu presumo.

     – Na verdade, não. Jean apenas me falou que gostaria de receber uma visita em dobro da Minardi. Ou seja, o Fernando também vai. Como você fala italiano e também disse que daria umas aulas e auxílios para ele, dá muito certo.

     Fiquei em silêncio durante alguns segundos, sentindo meu estômago revirar dentro de mim.

     Não pude nem ao menos suspirar, pois assim Paul logo perceberia minha insatisfação.

     Que porcaria. De piloto de Fórmula 1 a babá de team-mate.


     – Bom – me recompus, falando com plenitude –, e para que dia está marcado?

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O tempo estava instável naquele quatro de abril, fazendo com que eu me sentisse meio relutante em entrar no MP4-16 de David Coulthard. O receio de bater o carro dele me fazia refletir se deveria ir com tudo ou administrar a potência daquela máquina.

     – Seja bem-vinda, Alex – Häkkinen me cumprimentou, carregando algo embaixo do braço. – É muito bom te ver por aqui.

     – Como o senhor está? – perguntei, animada.

     Deu de ombros, num tom brincalhão.

     – Bem, à medida do possível.

     Fomos andando circuito adentro, o vento frio insinuando que uma precipitação logo viria. Aproveitamos para colocar o papo em dia, fazer algumas piadas e debater sobre as condições climáticas daqueles dias.

     – Eu trouxe uma coisinha para você – o finlandês me entregou um embrulho de tamanho considerável, um pouco antes de chegarmos aos boxes. – Não é grande coisa, só uma lembrança mesmo.

     – Uau – falei, surpresa. – Obrigada.

     Comecei a abrir a caixa com cuidado. Ao tirar a tampa, me deparei com um boné e um casaco da McLaren West, além de mais alguns mimos, como cartões postais autografados, uma barra de chocolate Toblerone meio amargo e até mesmo a miniatura 1/24 do carro que eu iria testar.

     – E então, o que achou? – ele disse. – Não sabia muito bem o que colocar aí para um presente de boas-vindas.

     – Eu adorei, Mika – respondi, muito feliz. – De verdade. Nem sei como agradecer.

     O semblante do rapaz se iluminou.

     – É uma honra te ter conosco novamente.

     – Digo o mesmo – sorri.

     Chegando perto de uma das garagens, visualizei três figuras bem familiares para mim. Primeiro, cumprimentei Ron Dennis, depois David Coulthard, com seu inconfundível rosto quadrado. E a outra pessoa...

     – Nigel! – O abracei bem forte.

     – Que saudades – riu. – Como você está, Alex?

     – Melhor que isso, impossível. E o senhor?

     – Sentindo a idade chegar – brincou. – Vim te ver acelerar essa belezinha.

     Coulthard fez uma careta.

     – A lindeza ali tem dono, então cuidado – apontou para seu monoposto.

     "Isso eu não posso garantir", pensei, rindo de nervoso.

     – Estou brincando – o escocês falou, bem-humorado. – Fique à vontade. Bata aonde tiver de bater, arranhe, acelere, leve o carro até o limite. Estou ansioso para ver você dirigindo ele.

     – Muito obrigada, David – assenti.

     – Então, ainda falta um bom tempo até os testes – Ron olhou seu relógio. – Vamos fazer os acertos necessários para lhe acomodar da forma correta.

     Pus o boné que ganhei em minha cabeça, ajustando-o. Senhor Dennis deu um sorriso discreto, o que fez minha moral aumentar ainda mais.

     – Ficou bonito em você – Mansell disse. – Na verdade, tudo acaba ficando.

     E eu esperava que continuasse assim dentro daquele carro. Podia parecer apenas um passeio empolgante para ganhar experiência, mas aquela era uma oportunidade única, uma vitrine para mostrar meu talento.

     O problema? O céu estava fechado. A pista, com algumas poças d’água. Não era o ambiente ideal, mas eu não iria dar o braço a torcer.

     Enquanto os ajustes no MP4-16 eram feitos, fui bater um papo com Jarno Trulli, meu compatriota da Jordan. Logo após, fui ver Jacques Villeneuve, na garagem da BAR. Como bons amigos de grid na infância, nos falávamos sempre que dava.

     – Sortuda – cochichou, rindo. – E eu aqui, testando essa carroça.

     – Pare de reclamar – lhe dei um empurrãozinho. – Você tem um título!

     – Poderia bem ter a chance de conquistar outro. Mas ando com dificuldade até de manter o carro na pista, imagina a liderança do campeonato.

     – Não pense assim.

     – Eu já sei que estou ferrado, Alex – falou. – Mas você, aí, é outra história. Coloco fé que, pelo menos, uma moça vá sair bem feliz desse autódromo após os testes.

     Apreciei seu otimismo.

     – Que Deus nos abençõe.

     Algumas horas depois, com tudo resolvido, pus o uniforme cinza que a McLaren havia dado para mim e fiz minha habitual oração.

     Antes de entrar na pista, tiraram algumas fotos minhas com o monoposto. Os mecânicos haviam colocado um adesivo com meu nome no lugar onde ficava o de Coulthard, e uma pequena bandeirinha italiana fazia companhia a ele.

     A. de Angelis. Era uma visão maravilhosa.

     Depois disso, pus meu equipamento e me ajeitei dentro do carro. Admito que senti ansiedade naquele momento, mas não era do tipo ruim. Simplesmente não via a hora de poder pilotar.

     Quando me liberaram para minhas voltas, saí pela pit lane e segui o caminho até a pista.

     E aí, depois de aquecer bastante os pneus, me acostumar com o balanço daquele carro e dar umas voltinhas preliminares, eu acelerei... acelerei o máximo que conseguia, apesar dos respingos de chuva que molhavam o asfalto.

     Uma coisa que Riccardo Patrese vivia me dizendo era que tudo era experiência, uma chance de aprender algo novo ou melhorar. Independentemente de ser algo agradável ou ruim, evoluíamos de alguma forma com isso.

     Aquela chuva não iria me parar, nem ferrando.

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Opaaa, como vocês estão? Por aqui, uma bagunça, mas ainda consegui postar uma coisinha ou outra.

Entre planos de treinos intensivos para a nova temporada de competições, engenharia de pedigree de cavalos, maratonas dos trabalhos de Vince Gilligan e minha mãe querendo que eu vire CLT, estou aqui! E quer saber?  Ando feliz.

Comprei até um Chandon na promoção para estourar e confraternizar se eu for bem (DEUS AJUDE, PORQUE OLHA... TÔ TIPO O STROLL KAKAKAKA).

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Bom, o recadinho foi dado, e agora irei dar alguns breves agradecimentos. É só que, como chegamos a marca de 10 capítulos publicados, achei que era uma boa hora (esse livro ainda vai demorar um pouco para acabar, então...)

ClaraBlinnk, isautora12 e Hakari1199; vocês foram os primeiros amigos que tive neste app, que considerava uma terra de ninguém antes de conhecer vocês. Sou eternamente grata!

Kimi_Zalewski, lucityheart, griwzmannx, autorakalisa, ddrugov, v3ttelocean, s0_b0red, Roitman_leclerc, Karolqueenfics, mulherdakelly, Ghot_kitty,
maxiel_charlosgasly, Vhaggar, NikikoVenerato, Tan_ce, Audrey_Ridlle13245; muito obrigada, mesmo, por todo o carinho e apoio. Se não fosse por vocês, eu nem teria escrito isto. São demais!

Elias e Henrique (dos Instagrams @Nelsonpiquet_monsterracing e @Ohenriquepiquet); sério, rapazes, vocês são show de bola! Obrigada pelas ótimas conversas, companhia e piadas internas zoadas ("Eita, Gilles" e "Como sacar o pino do coquilho traseiro do guindaste Zuleide 75?", por exemplo KKWRJJ3JS). Muita resenha boa.

Daniel (Liwysz); OBRIGADA POR ME APRESENTAR O CAOS QUE É O Ao3! Você me fez perceber que há muito mais do que o óbvio, e que é bom pensar um pouco mais longe às vezes. Por você, essa e mais algumas histórias estão sendo lidas também pelo pessoal lá de fora, e sou muito grata por ter me convencido.

Raíssa; admito que me inspirei em partes de sua personalidade para escrever a da Alex (os seus "pitís" quando a professora de Introdução ao Mundo do Trabalho sabotava a nossa nota, por exemplo Aksksksksk). Você é uma das pessoas mais especiais que já conheci na vida, e mesmo com a distancia enorme entre a gente, continuamos juntas.

Acho que te devo um pôster em tamanho real do Sainz, não?

Karen Fernandes (vulgo "minha autora favorita"); muito obrigada pelas dicas, conselhos e a sua amizade no geral. Você é uma pessoa incrível, e suas obras me inspiram dia após dia. Apesar de eu ainda não ter lido TENP, planejo isso o quanto antes. Não vejo a hora de finalmente conhecer Alina e Matteo ✨️

A Unfinished Symphony, a melhor página de tributo ao Elio de Angelis no Instagram; Elio foi um dos primeiros pilotos da década de 80 pelo qual me apeguei, e inevitavelmente, tanto o site quanto o perfil viraram uns de meus destinos mais visitados na Internet. Vivo me deleitando em cada entrevista que leio, extremamente feliz por poder conhecer mais e mais sobre este piloto fenomenal. Admiro muito o seu trabalho!

E agradeço a você, leitor, que chegou até aqui, acreditando em mim, nesta história e acolhendo Alex e Nando como o (futuro) casal da vez. Espero, de coração, que esteja gostando. Independente se comenta, apenas lê ou vota, sua presença aqui é muito importante. Amo vocês!!!

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