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ㅤ ㅤ──── CAPÍTULO DOIS: UM ERRO.

⸺ ✧ ა 𝑷𝑶𝑹 𝑫𝑶 𝑺𝑶𝑳 ❜ ◟🌅

✦⸝⸝ ▌❛ ❛ CAPÍTULO DOIS: O ERRO.

O quarto estava um pouco escuro, iluminado apenas pela luz suave do amanhecer que atravessava as cortinas semi abertas. O ar tinha um perfume delicado de lavanda, vindo do difusor na mesa de cabeceira. O tecido macio dos lençóis parecia abraçar Heloísa enquanto ela despertava, um sorriso malicioso curvando seus lábios ao sentir os beijos quentes em seu pescoço, logo mãos sorrateiras deslizavam suavemente até sua cintura com um toque possessivo, fazendo-a suspirar de desejo. A quietude da manhã era quebrada apenas pela respiração próxima e o som sutil dos lençóis se movimentando.

━━ É tão bom te ter de volta, meu amor ━━ A voz familiar ecoou pelo quarto, mas Heloísa não conseguia associar ninguém e pensou apenas ser algum conhecido ━━ Viola?

O quarto parecia ter mudado completamente de atmosfera. A voz grave e familiar ainda ecoava na mente de Heloísa, trazendo uma enxurrada de emoções conflitantes. Seus olhos se arregalaram quando ela olhou para trás e viu aquele rosto que nunca mais queria encontrar. Era ele, justo o homem que ela tanto despreza, esparramado na cama com um sorriso confuso nos lábios enquanto começava a entender a situação.

Heloísa se desvencilhou rapidamente, afastando as mãos de Mavi, que ainda pareciam confusas com a brusquidão do movimento.

━━ Viola? Você só pode estar brincando comigo, porra! ━━ ela exclamou, sua voz carregada de incredulidade e raiva.

Sem perder mais tempo, ela começou a recolher suas roupas apressadamente, o coração batendo forte no peito. Cada peça parecia estar mais longe do que a última, como se o próprio quarto conspirasse contra ela. O homem se sentou na cama, passando as mãos pelo rosto, atordoado, enquanto gaguejava algo que Heloísa se recusava a ouvir.

Finalmente, com as roupas firmemente pressionadas contra o peito, ela lançou um último olhar para ele, cheio de desprezo.

━━ Se você contar isso para alguém eu te mato! ━━ disse, antes de sair do quarto batendo a porta com força.

Heloísa não conseguia identificar onde estava realmente, mas ao ver uma possível recepção se aproximou.

A recepção do lugar era acolhedora, com móveis de madeira clara e um ambiente levemente iluminado por luzes mornas. Um homem bonito, usando um uniforme simples e um crachá com o nome "Rafael", estava atrás do balcão, digitando algo no computador. Ele levantou os olhos ao ouvir os passos apressados de Heloísa e imediatamente percebeu a raiva estampada no rosto dela.

━━ Bom dia. Posso ajudar com alguma coisa? ━━ perguntou, com um tom educado, mas atento.

Heloísa olhou ao redor, tentando encontrar pistas de onde exatamente estava, mas tudo ainda parecia um borrão.

━━ Que lugar é esse? ━━ perguntou, com uma voz que oscilava entre o pânico e a irritação. ━━ Eu não deveria estar aqui.

Rafael franziu a testa, claramente confuso.

━━ Este é o Hotel Águas Claras. Você chegou ontem à noite com um acompanhante. É... tudo bem? Posso chamar alguém para ajudar?

A menção de sua chegada e de um acompanhante fez o estômago de Heloísa revirar. As imagens da noite anterior estavam fragmentadas em sua mente, como peças de um quebra-cabeça incompleto. Ela precisava se recompor, e rápido.

━━ Não, não precisa chamar ninguém. Só quero saber qual é a saída ━━ respondeu, secamente.

Rafael apontou para um corredor à esquerda, mas antes que Heloísa pudesse se afastar.

━━ Se precisar de um táxi ou de qualquer outra coisa, estou aqui.

Heloísa assentiu sem olhar para ele e seguiu para a saída, sentindo o ar fresco da manhã tocar sua pele assim que passou pela porta do hotel. Agora, do lado de fora, ela finalmente conseguiu respirar fundo, tentando organizar seus pensamentos.

Por que de todos ele? E, mais importante, como tinha acabado naquela cama com ele? O perfume de lavanda que ainda impregnava sua pele parecia zombar dela, um lembrete cruel de sua vulnerabilidade.

Ela tirou o celular do bolso, as mãos tremendo enquanto desbloqueia a tela. Precisava de ajuda, de respostas, ou talvez de alguém que pudesse simplesmente ouvi-la sem julgamentos. E havia apenas uma pessoa que vinha à mente naquele momento era sua irmã, Clarisse.

Heloísa discou o número, com o coração acelerado. Depois de alguns toques, a voz familiar de Clarisse atendeu.

━━ Lô? Tá tudo bem? Você não estava no seu quarto quando eu fui ontem a noite.

━━ Clarisse, preciso de você agora, mas você não pode contar para o vovô! Não sei o que aconteceu, mas preciso que você venha me buscar. Vou te mandar a localização ━━ disse, tentando manter a voz firme.

Clarisse não fez perguntas, apenas respondeu com a determinação que Heloísa sabia que podia esperar dela.

━━ Estou indo. Me espera.

Enquanto aguardava, Heloísa sentou-se em um banco próximo, tentando juntar as peças do quebra-cabeça. E não demorou muito para que sua irmã chegasse em sua Ram Rampage nada chamativa vermelha, Heloísa viu Anna acenando para ela e assim que o carro parou ao seu lado ela respirou fundo abrindo a porta traseira e entrando.

━━ O que você está fazendo aqui? ━━ Anna pergunta sabendo que o bairro não era bem o local que Heloísa frequentava.

━━ Com certeza ela transou ontem ━━ A mulher ruiva no volante comentou irônica, recebendo um tapa no ombro da namorada.

━━ Não é da sua conta, Clarisse! ━━ Heloísa rebateu, o tom afiado enquanto lançava um olhar de advertência à irmã mais velha. ━━ E você, Anna, nem comece! Não estou no humor pra isso. ━━ completou, afundando no banco de trás e cruzando os braços.

Clarisse olhou para Heloísa pelo retrovisor com um sorriso zombeteiro, mas não insistiu, embora a curiosidade brilhasse em seus olhos castanhos. Anna, por outro lado, apenas riu baixo, girando o volante para manobrar o carro.

━━ Ei, sem julgamentos. Mas sério, você tá bem? Parece meio... sei lá, perdida. ━━ disse Anna, agora com um tom mais suave.

Heloísa fechou os olhos e respirou fundo. O perfume de lavanda ainda persistia, cada inspiração um lembrete irritante do que havia acontecido.

━━ Eu só... ━━ hesitou, procurando as palavras. ━━ Preciso ir pra casa. Não quero falar sobre isso agora.

Clarisse, percebendo o desconforto da irmã, mudou de assunto, mas sua curiosidade estava longe de ser saciada.

━━ Certo, sem perguntas. Mas se precisar conversar, você sabe onde me encontrar. ━━ disse, desviando os olhos para Anna, que arqueou uma sobrancelha como se quisesse provocar mais uma vez, mas se conteve.

O caminho de volta foi silencioso, exceto pelo som do motor e de Anna cantarolando baixinho a música que tocava no rádio. Heloísa olhava pela janela, as imagens do hotel e de Mavi ainda rodopiando em sua mente, ela fechou os olhos enquanto fragmentos da noite anterior começavam a emergir de sua memória como imagens desfocadas. O som de risadas, o brilho suave de luzes douradas e o toque quente de uma bebida alcoólica queimando sua garganta formavam o pano de fundo daquilo que parecia ser um bar.

Ela se lembrava de estar sentada no balcão, a cabeça cheia de pensamentos enquanto observava sua amiga dançando com outro homem. Mas logo a voz rouca de um Mavi chamou sua atenção, pedindo algo ao bartender enquanto se aproximava. Os olhos escuros que pareciam observar mais do que deveriam, um sorriso confiante e aquele jeito descontraído que fazia parecer que nada no mundo podia afetá-lo.

Como ele poderia ser tão bonito assim?

Uma amiga de Heloísa se aproximou entregando um pacote para ela e a garota não tardou em colocar o pó branco na boca.

As imagens seguintes estavam borradas. Ela se recordava de algumas palavras trocadas - com comentários sarcásticos. Ele havia tocado sua mão em algum momento, de forma casual, mas o suficiente para fazer seu coração disparar. E depois...?

Heloísa franziu a testa, tentando vasculhar as partes faltantes. Mais bebidas, drogas, risadas e, finalmente, os dois saindo juntos. Ela lembrava da sensação do ar fresco da noite em sua pele e do calor da mão dele segurando a sua, conduzindo-a pela rua. Parecia ter sido algo consensual, pelo menos até aquele ponto. Mas, então, a memória escureceu de novo.

Ela se forçou a lembrar mais, o coração batendo descompassado enquanto a sensação de algo escapando de seu controle tomava conta. A cena seguinte era no quarto do hotel. A lavanda. Os lençóis. E o toque dele em sua pele, os lábios no seu pescoço e a maneira como sua mão descia sobre para seu quadril o apertando firme. Uma mistura de sensações - o calor, o tesão, mas também a culpa e o desconforto que surgiram logo depois com ele chamando o nome de outra mulher.

Ao chegar na casa de seus avós, Heloísa desceu do carro rapidamente, sem esperar as despedidas. Clarisse e Anna trocaram olhares, mas decidiram deixá-la em paz, pelo menos por enquanto.

Heloísa subiu as escadas de dois em dois degraus, fechando a porta do quarto atrás de si. Encostou-se contra ela, escorregando até o chão enquanto o peso do que havia acontecido finalmente a atingia.

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