73 | O Adeus | Epílogo
Oioi!
Então, eu procurei muitas referências para os filhos de Lis e Loki já mais velhos, adolescentes, etc., mas não encontrei nenhuma que me agradasse bem (pelo que eu imaginava deles na minha cabeça), então eu mesma fiz usando o Artbreeder, e vou deixar aqui pra vcs mentalizarem, da mais velha para o mais novo:
Amelie Lokidóttir ☝🏼
Cassian Lokison (gêmeo 1) ☝🏼
Damian Lokison (gêmeo 2) ☝🏼
Dominic Lokison ☝🏼
É isso! E agora ao capítulo (sem gif ou meu Wattpad vai crashar pela milionésima vez)
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Anos depois…
༻ T a l i s s a ༺
Há muito tempo eu achava que já tinha tudo na vida. E, de certa forma, tinha. Eu já havia feito muitas coisas, já havia viajado Midgard inteira, e três dos outros nove reinos da Yggdrasil. Vivia uma vida de luxo, tinha do que queria e, sinceramente, não precisava de nada.
Além de ter Loki ao meu lado. Nossa história sempre passava diversas vezes por minha mente, me lembrando o quanto eu o amava, e conseguindo sentir seu amor por mim. Nunca cansava de olhá-lo, ou de dormir abraçada com ele, de lhe beijar, acariciar seus cabelos, cozinhar com ele… Tudo sempre parecia animador e atrativo, quase como um sentimento novo. Era tão bom. Sempre.
Mas, hoje cedo, quando nós tomamos café com nossos filhos, tudo pareceu ainda mais certo. Eu sentia que estava onde deveria estar. Com as pessoas que deveria estar. Com as nossas quatro pestinhas — como Loki costumava chamar carinhosamente —, nosso cachorro e gato, que já estavam um tanto velhinhos, a manhã me trouxe um sentimento de conforto.
Passamos todo o dia juntos. Nossos filhos já eram grandes, não brincavam mais como crianças, então nossos programas se baseavam em assistir filmes, ou jogar algum jogo de tabuleiro. Nos dias comuns, eu praticava luta com eles, os ensinando a empunhar espadas, clavas e escudos, e Loki os ensinava magia. Os quatro eram muito bons em ambas coisas.
Agora com o cair da noite, nós nos sentamos no jardim, na área externa da casa, bem próximos da piscina. Trouxemos o jantar para cá, fazendo uma espécie de piquenique noturno, como costumávamos fazer na véspera do aniversário de cada um deles. Amanhã seria o dos gêmeos, e hoje acontecia a superlua. O que era um bom evento cósmico para que eu mostrasse um dos meus poderes a eles, um que sempre falei, mas eles nunca viram.
— Estão prontos? — Pergunto, vendo os quatro olharem ansiosos para mim e assentirem.
Loki estava sentado atrás de mim, e acariciou minha cintura, sorrindo. Virei as mãos, deixando as duas palmas para cima, e fechei os olhos, me concentrando. Fiz a conexão e não demorei mais tempo em sentir a energia passar por mim. Minhas mãos brilhavam, e eu pude ver o sorriso dos quatro a minha frente, admirados com o feitiço.
— A gente consegue também?
— Tentem! — Digo, desfazendo a conexão aos poucos.
Eles se concentraram, um ao lado do outro, e quem chegou mais perto foi Damian, mas não conseguiu nada mais que alguns brilhos. Eu os confortei. Era mesmo uma magia difícil. Os auxiliei e os ensinei sobre magias da natureza, passando para eles ainda mais do que eu já havia passado, e meus conhecimentos do que estudei com Ártemis quando mais nova.
— Não sei como consegue fazer isso parecer fácil. — Amelie diz, deitando sobre o gramado, com a cabeça sobre a minha perna.
— Muito costume, muitas vezes que já fiz.
— Sua mãe já salvou Mani com essa magia. — Loki diz, e ela levanta de supetão, surpresa.
— É sério? — Cassian questiona, e eu assinto, sorrindo ao ver os dois se entreolharem. Eles adoravam ouvir essas histórias.
— A mãe é uma fênix, vocês ainda se surpreendem com isso? — Domi questiona os irmãos.
— Sim? Mani é um deus mais velho que o nosso avô, Dominic. — Damian diz, empolgado.
— E o vovô Odin é bem velho. — Amelie diz, e Loki assente em concordância.
— Como foi viver em Asgard, mãe? — Damian pergunta, também deitando sobre a minha perna.
A essa altura, os quatro já estavam assim, dois de cada lado deitados com a cabeça na minha perna, me usando de travesseiro, e Loki agora ao meu lado esquerdo, intercalando a nossa conversa com uma guerra de dedão com Cassian.
— Foi muito diferente. Era um mundo estranho, com pessoas e costumes diferentes do Olimpo. Seu pai foi a minha maior companhia lá.
— E como foi se apaixonar por ela, pai? — Amelie pergunta. Já havíamos contado muitas das nossas histórias, mas eles adoravam ouvir mais.
— Eu me senti perdido no início. Nunca havia sentido o que senti por sua mãe, nem tão rápido. Me pegou muito de surpresa, mas… A cada dia que passava com ela ao meu lado, a cada conversa que tínhamos sobre qualquer assunto, a cada vez que eu olhava para ela, que eu via tudo o que ela era capaz de fazer, tudo o que eu conseguia pensar é… Por Bor, eu não quero e nem posso perder essa mulher. Nunca. — Loki diz, me encarando, e eu ouço nossos filhos cochichando e sorrindo.
— Não aceitem carinho e atenção menor que esse. — Digo, e eles sorriem mais.
— A meta é essa. — Cassian diz, sorrindo. — Já sabe como tratar aquela sua namoradinha, Dominic.
— E você já sabe como conquistar Thrud! — Dominic rebate.
— Ei! Eu nunca gostei dela. — Cassian responde, e Loki e eu nos entreolhamos.
— Ah, vai começar. — Amelie diz, e Damian ri.
— Ah, chata! — Cassian provoca. — Só está reclamando porque não namora ninguém, e aquele seu amiguinho não te dá trela.
— Eu vou enfiar a adaga do papai no seu pescoço. — Amelie ameaça, virando de bruços, dando um tapa na testa do irmão e abrindo as asas, como eu costumava fazer quando brigava com eles ou com Loki. Ela era um espelho meu.
— Ela é mesmo minha filha. — Loki diz, sorrindo, claramente orgulhoso.
— Ainda tinha dúvidas?! — Pergunto, e ele nega. — Ok, ok… Primeiro, Amelie, sem adagas no seu irmão, meu amor.
— Facas?
— Não.
— O Cetro, então?!
— Amelie! — Loki briga, embora quisesse rir. Eu sei que queria.
— Ok, ok! Que chato...
— Segundo, Cassian, você gosta da Thrud? — Continuo.
— Não, Dominic diz isso porque eu estava ensinando-a a tocar guitarra outro dia, quando o tio Thor veio e-
— Está tudo bem, só preciso saber. Ela é sua prima então… Não. Ok? Não. — Digo, e ele assente.
— Eu sei, mãe.
— Ótimo. Dominic? Está gostando de alguém, é? — Pergunto, e ele encolhe os ombros.
— Oh, ele está. — Damian diz, sorridente. — É uma menina daqui de Midgard, mas ele não sabe como chegar nela. Ele tem medo.
— Não precisa ter medo, meu filho! — Loki o encoraja.
— Você tinha medo de chegar na mamãe. — Domi rebate, astuto, e eu prendo o riso.
— Sim, mas sua mãe era uma guerreira, tinha uma espada de empunhadura dupla maior que o meu braço, asas e mais poderes do que eu conseguia contar nos dedos. Quem não teria medo?! — Loki disse, tentando argumentar, e os quatro sorriram.
— Não siga os conselhos do seu pai, ele me conquistou gaguejando e usando magia, conjurando borboletas e coisas bonitinhas.
— Não é uma má ideia… — Dom diz, mais para si, e eu sorrio. Era bom ver que ele estava sendo muito mais sociável a esse ponto.
— Vocês ignoraram um ponto importante dessa conversa. — Damian diz, e nós o olhamos. — A Amelie está gostando de alguém! Não questionam ela só porque ela é a mais velha?
— Não, porque ela é a mais consciente dos quatro. — Digo, e ele bufa e cruza os braços. Um perfeito espelho do pai.
— Amelie, quem é esse? Qual o nome dele? O quê os pais dele fazem? — Loki questiona, enciumado com a filha.
— Ai pai, me erra. Ethan é só um amigo.
— Ethan... Ethan do quê? Filho de quem?
— Loki! — Brigo, vendo o homem me olhar indignado.
— Ela é um bebê e já está namorando, não está vendo isso?
— Não sou um bebê. E não estou namorando. — Ames se defende.
— Mas fez sexo. — Damian rebate e segundos depois percebe que falou besteira.
— Ah céus, Lis eu vou desmaiar. — Loki diz, dramático. — Acho que minha pressão baixou. É verdade isso, Amelie?
— É. — Ela diz, acanhada. Eu já sabia, havíamos conversado abertamente sobre isso e eu a instruí a se proteger.
— Lis eu acho que estou vendo os portões de Valhalla.
— Loki, deixa de drama! Todo mundo já sabia, menos você.
— Estou no meio de um ninho de cobras. — Loki dramatiza mais, rolando o corpo pelo gramado, para longe de nós.
— Vocês, andem, me ajudem a guardar isso. Minha idade de ficar acordada até a madrugada já passou.
— E o papai? — Ames pergunta.
— Quando o drama acabar, ele vira um passarinho e volta para dentro de casa. Vamos, vamos!
『••✎••』
A manhã foi agitada aqui. Amelie e Dominic me ajudaram a cozinhar tudo para o dia, enquanto Loki organizava tudo com os gêmeos na área externa, pendurando balões em prateado e branco, e pequenas fitas de luz brancas, evitando que ficasse escuro ao cair a noite. Conseguimos deixar tudo pronto até o início da tarde, e então fomos nos arrumar, ficar prontos para esperar cada parte da família chegar e então começar a festa.
Meu vestido era todo em branco, de forro escuro e tecido leve. O tecido franzido caía da cintura aos meus pés, com uma fenda em cada perna. Da cintura para cima, era extremamente decotado, e puxava para uma curta capa atrás. O detalhe da cintura eram vinhas em cobre e dourado, prendiam no tecido ao redor do meu corpo. Não pus saltos, odiava usá-los para andar no gramado.
— Lis, amor?! Seus pais chegaram!
— Oi, estou pronta!
Vejo Loki adentrar o closet, vestido em um dos ternos caros que eu o havia dado. Blusa social preta, gravata vinho, colete, blazer e calça brancos com detalhes em dourado, e o sapato preto, bem lustrado. O cabelo parcialmente preso, em um pequeno coque, deixando mais da metade caída sobre os ombros e costas.
— Vamos, então. Você está lindo. — Digo, ajustando a gravata e lhe dando um selinho.
— Você está muito mais, minha rainha. — Diz, segurando minha cintura com cuidado. — Vem logo, está difícil de me controlar. Essas fendas, esse perfume… Eu vou mesmo ter de esperar até mais tarde?
— Ah, vai sim! Vem, anda.
O puxei, saindo do quarto e seguindo o corredor, descendo as escadas e encontrando minha mãe, Heimdall, Timothy, Frigga, Odin, Thor, Sif, Thrud, Magni e Modi — os dois filhos mais novos do casal — na sala de estar. Nós dois cumprimentamos todos com abraços calorosos e sorrisos, trazendo os nossos quatro filhos para revê-los.
O tópico inicial de toda conversa com a família sempre era sobre como os quatro pareciam muito conosco. Amelie era minha cópia de aparência e cor dos olhos, com o olhar mortal de Loki, e asas retráteis mais escuras que as minhas. Cassian e Damian, os gêmeos, era um caso ainda mais interessante. Foram bivitelinos, então não eram idênticos, nem mesmo de personalidade.
Cassian adotou o cabelo longo do pai, mas o dele era ondulado e cheio como o meu, e sua personalidade era irritantemente igual à minha, era o engraçadinho piadista da casa, e com os olhos azuis céu. Já Damian era Loki em um cabelo curto, mas o olhar verde como esmeralda, bruto e raivoso, escondia apenas sensibilidade e gentileza. Nenhum dos dois nasceu com ou ganhou asas, porém tinham os poderes de gelo, e após atingir certa idade, conseguiam se transmutar para a forma jötun, assim como Loki.
E Dominic, o mais novo. Também estava sendo adepto do cabelo grande. A personalidade mudava constantemente, de uma onda de humor e energia para um cansaço e tédio imenso, assim como o pai. Tinha os olhos cinzas, quase mórbidos e sem cor, mas que no fundo puxavam para azul. E nasceu com asas avermelhadas como as minhas.
Cada um deles tinha um pouco de nós em si, e ainda assim eram únicos.
— Como tem sido tudo aqui? — Frigga pergunta, me ajudando a levar as comidas para a área externa.
— Tranquilo. Loki anda mais ocupado ensinando magia aos meninos, eu sigo com os quadros…
— Que bom, Lissa. Fico muito feliz!
— E lá? Como estão as coisas?
— Bem. Eu sigo instruindo Eira e Fulla, Odin no trono, liberando seu pai para descer e ver vocês, Thor, Sif e as crianças estão bem… Tudo está bem.
— É mesmo ótimo.
Nós voltamos para a cozinha, conversando sobre assuntos menores. Com tudo pronto, deixamos o som ligado em um volume médio, nada alto demais. Poseidon e Zeus chegaram juntos pouco depois, trazendo bons presentes para Dom, e cumprimentando todos, sentando na enorme mesa. Por último, chegou Hades e Perséfone, os “tios” favoritos de Dominic, junto com Melinoe e Zagreu.
Bebemos e comemos juntos, vimos os karaokês em família começarem, e vimos Zagreu, Cassian e Thrud tocando guitarra, baixo e bateria juntos, com Amelie cantando. Dariam uma ótima banda, sendo bem sincera. A tarde estava sendo extremamente agradável, em boa companhia, e compartilhando histórias que os mais novos ainda não sabiam e ficavam maravilhados em ouvir — e quase não acreditavam que nós havíamos feito várias daquelas coisas.
Em um momento mais quieto, me afastei um pouco da mesa, dando por falta de Loki, mas logo o vi, de costas, caminhando pelo jardim ao lado de Odin. Os observei por curtos segundos e voltei minha atenção para Hades, que se aproximava com uma garrafa de vinho na mão, um dos presentes de Dionísio para Dominic — que sequer gostava de bebida alcoólica.
— Você está bem? — Ele perguntou, enquanto servia a minha taça, e eu assenti.
— Sim, só vim respirar um pouco. Você está bem?
— Estou. O garoto gostou mesmo da guitarra, não foi?! — Pergunta, olhando para Dominic, que ajustava as cordas da guitarra que havia ganho.
— Sim. Ele ficou animado quando soube que ganharia. Pediu para Cass o ajudar a aprender.
— Que bom que eles são bem unidos. — Ele diz, e eu o vejo rapidamente desviar o olhar para Poseidon e Zeus, dando um breve sorriso. — Ei… Eu queria conversar com você sobre uma coisa.
— Pode falar.
— Quando você nasceu, você era a bebê prodígio, a prometida da paz, etc., etc., etc. Fizeram com você o ritual das bençãos, não fizeram?
— Sim. Até hoje eu não entendo o motivo.
— É uma forma de congratular um bebê possivelmente poderoso e futuro defensor do Olimpo. — Explica. — Bom, eu… Eu não pude estar lá nesse dia. E… Nos anos seguintes eu deixei que uma raiva incomum sobre você me dominasse. Eu odiava você. Uma simples criança, apenas por ser poderosa e bem-aceita lá. Quis e sei que te fiz muito mal, e sei que você age como se nada tivesse acontecido entre nós…
— Eu só não guardo mágoas, Hades. Depois de entender Loki, eu entendi você.
— E eu agradeço por isso. Mas… Eu não parei de pensar nos últimos dias… Então, estou quase oitocentos anos atrasado, mas quero te dar minha bênção, Talissa. Do amor, da paz, mas também da ira, do fogo, da paciência, e o mais importante, de uma vida tranquila daqui para frente. Algumas das coisas estão além dos meus poderes, mas as quero na sua vida. Que você seja feliz, minha sobrinha. Mais do que já é. — Ele deseja, tocando minhas mãos com delicadeza e sorrindo gentil.
— Muito obrigada, Hades. Espero que saiba que ter você por perto me mudou e me ajudou muito.
— Fez o mesmo e muito mais por mim também. — Diz, sincero, me dando um leve abraço de lado. — Obrigado, Passarinha. Por tudo.
— Não há de quê. — O respondo, vendo seu sorriso.
— Rena! — Hades diz, vendo Loki se aproximar. — Parece tenso. Vou deixar vocês a sós. Com licença.
Loki assente, e se aproxima de mim, me abraçando e beijando o topo da minha cabeça como costumava fazer quando estava nervoso. Mas ele parecia bem. Extremamente calmo. Talvez até estranhamente calmo.
— Está tudo bem? — Pergunto, e ele assente. — O que Odin queria?
— Conversar sobre Asgard. Ele quer deixar o posto de rei, e agora que Thor já é casado e tem filhos, pensou ser uma boa hora para que ele pudesse assumir, como primogênito.
— Mas?
— Mas Odin disse que Thor não está tão firme na decisão. E ele pensou, eu também estou casado, tenho filhos e, em algum grau, sou seu herdeiro.
— Ele propôs o trono?
— Deixou a decisão nas minhas mãos. Ele me entregou o trono de bandeja. — Loki diz, me fazendo encará-lo om os olhos arregalados. — Eu recusei.
— Era o que você mais queria.
— Era, há muitos, muitos anos atrás. Eu teria matado para ser o rei de Asgard. Mas hoje eu já tenho tudo o que quero e preciso bem longe de lá. Sei que a minha felicidade é onde você está, onde nossos filhos estão, mas eu prefiro ficar, continuar na nossa mansão, com o nosso trabalho, a nossa vida.
— Disse isso a ele?
— Com as mesmas palavras. Ele entendeu, e disse que conversará com Thor. Eu sei que Thor não queria aceitar por achar que eu seria um rei melhor, mais estudado, que tenho mais conhecimentos que ele. Eu seria o cérebro, ele os músculos.
— Como sabe disso?
— Ele me disse tudo isso. — Responde, óbvio, e eu assinto. Loki solta um longo suspiro e me dá outro beijo no topo da cabeça. — Dominic não para de sorrir.
— Eu sei. Estou feliz por ele também. — Digo, e ele assente.
— O que Hades queria? — Pergunta, e eu posso sentir uma leve pontada de ciúmes.
— Me dar sua benção. Oitocentos anos atrasado, mas ao menos ele foi sincero. — Digo, e Loki sorri.
— Muitos motivos para estar feliz hoje.
— Muitos.
Ouço os passos agitados e em questão de segundos, sinto Thor nos puxar para a pista de dança, alegando que estávamos muito quietos. Ele nos soltou e deixou a caneca de cerveja na mesa, puxando Sif para dançar também. A música era latina, agitada e bonita. Fez as mãos de Loki descerem para o meu quadril, guiando meus movimentos, girando e trocando passos quase ensaiados pelo gramado.
Eu não podia estar mais feliz. Verdadeira e genuinamente. Todos a qual eu me importava estavam ali. Meu pai, minha mãe, tios e tias, sogra, cunhado, marido, filhos… Minha vida girava em torno de todos aqueles no gramado de casa. Do meu lar. Tudo o que eu precisasse em toda essa minha longa vida, poderia contar com eles. E eles comigo. Era a família pacífica e unida que no início disso tudo eu não tinha, apenas sonhava. Hoje esse sonho era mais que realidade.
Eu estava realizada. Com tudo. Com a minha evolução e meus poderes também, e com tudo o que vi e vivi. Com a mulher que sou hoje, e tudo o que passei para poder estar aqui. Sei que aquela menininha acuada se sentiria orgulhosa. E se eu pudesse dar um conselho a ela, dos mais simples possíveis, apenas diria: “Ei, se acalma. Tudo vai dar certo”. Era só isso que eu precisava ouvir. Porque não era mentira.
Quando há de ser, tudo dá certo.
FIM
◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦
Oie!
Agradecimentos no próximo capítulo!
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