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50 | Uma História Já Contada

𖤍 T a l i s s a 𖤍

Heimdall estava mesmo com pressa. Não havia dito sequer uma palavra desde que montei no cavalo ainda no palácio, e ele comandava o corcel com nervosismo e rapidez. Talvez o receio do retorno de Odin ou Frigga pudesse acabar com seus planos para a mina volta. Bom, eu não sei exatamente, e nem iria questionar.

Paramos próximo à cúpula e eu desci do cavalo, acompanhando-o para dentro do local. Heimdall segurou a espada próximo à entrada, onde ele controlava a ponte, e seus olhos brilharam. Ele estava vendo algo. Talvez tentando se comunicar com minha mãe, avisar que eu já estava retornando. Não sei. Mas seu olhar logo se voltou para mim, sério e silencioso.

— Heimdall, não acha que isso será um problema? Odin achar que estou fugindo, principalmente após descobrir sobre Surtur? — Questiono, preocupada.

— Não. Ele vai entender quando eu explicar tudo.

— Mas ele achava que eu era uma ameaça por ser filha de Surtur.

— Ele tirou essas conclusões sozinho, Talissa.

— O quê? Mas ele disse que conversou com você!

— E conversou, mas nunca saiu da minha boca que você era filha de Surtur. — Heimdall responde, me encarando sério, mas o sorriso que ousava aparecer em seus lábios contrastava sua feição.

— Mas eu sou filha dele, não sou?

— Não. Sua mãe apenas se encontrou com Surtur. Conversaram, ele explicou de onde veio, ela explicou sobre o seu mundo, mas foi só isso. Mas Odin precisava acreditar que sim, ele era seu pai. Tudo precisava acontecer exatamente como aconteceu. Tudo, Lissa. — Ele afirma, segurando minhas mãos e me passando calma. Sabia exatamente do que ele estava falando.

— Mas então... Se não é ele, quem é meu pai? — Questiono.

Heimdall permanece em silêncio, mas com um sorriso no rosto. Ele apoia a espada e gira, tomando a direção de Midgard, pronto para me levar de volta. Ele me encara com as sobrancelhas arqueadas, como se fosse óbvio, ou como se a resposta estivesse bem ali, na minha frente. Bom, estava sim. E eu me sentia burra em não ter imaginado isso antes.

— De quem acha que puxou a cor da pele e esses olhos, hum?!

— Então... Sempre foi você...

— Sempre. Não podia dizer a verdade porque sabia o que tinha que acontecer, eu não podia alterar o curso do destino. Mas sempre estive olhando por você, minha filha. Desde o momento em que sua mãe começou a ter os sintomas da gravidez. Eu fiquei tão feliz, meu amor. Vi a profecia, seus treinos, suas batalhas... Eu sempre estive fazendo tudo o que estava ao meu alcance para que ficasse bem.

— Mas... Como eu tenho tantos poderes?

— Vamos voltar antes. Isso é algo que sua mãe também tem que saber. — Ele diz, e eu assinto. Heimdall toca minha mão e gira a espada.

A mesma sensação de deslocamento me atinge. As cores ao meu redor me fazem perceber que já estávamos viajando pela bifrost, e logo atingimos o solo. Estávamos em frente à um acampamento. Era grande, imenso, em marrom e branco, contrastando com o enorme lago azul à esquerda, e a floresta que abraçava as cabanas e chalés.

A estética era similar ao Olimpo, com algumas modificações vindas da civilização. As runas nas portas de cada chalé indicavam que cada um pertencia à um deus em específico. Heimdall caminhou comigo até o maior de todos, no centro, onde podia-se ver uma grande movimentação dentro. Ele bateu na porta e aguardou até que fosse aberta.

Ver minha mãe após tanto tempo me trouxe um estranho conforto no peito. Não era nada comparado a vez em que consegui vê-la pela viagem dimensional. Ela estava aqui, na minha frente. Eu pude abraçá-la depois de quase seis meses afastadas. Pude sentir seu calor e conforto após tudo o que passei. Pude me sentir segura de novo. Realmente segura.

— Achei que viriam mais tarde. — Ela diz, tocando meu rosto assim que os afastamos.

— Tinha que aproveitar o momento, não sei se conseguiria vir depois. — Heimdall diz, e adentra a casa assim que ela abre espaço. Faço o mesmo, vendo Poseidon e Ártemis sentados à uma mesa grande.

Os olhares dos dois se voltam para minha mãe quando Heimdall a puxa pela cintura e lhe beija, e a reação de surpresa não é diferente da minha, embora eu já imaginasse que eles ainda estavam se envolvendo. Poseidon se levantou, observando a cena, claramente enciumado.

— Como você está? — Heimdall questiona, e minha mãe parece confusa.

— Eu estou bem, mas... Talissa...

— Ela já sabe, Atena. Já estava na hora de contar.

— Já sabe? O-o que ela sabe? — Poseidon questiona, cruzando os braços em nervosismo.

— Este é Heimdall, é o guardião asgardiano da ponte arco-íris. Ele é pai de Talissa. — Minha mãe diz, e Ártemis encara o deus, depois minha mãe, e depois a mim. Poseidon faz o mesmo.

— Agora eu entendi todo o suspense. De qualquer forma, é um prazer finalmente conhecê-lo.

— Digo o mesmo, milady. — Ele responde, e os dois se sentam a mesa. — Eu preciso vos contar algumas coisas.

— Sobre?

— Talissa, seus poderes e suas profecias.

Eu os acompanhei e me sentei. Estava curiosa sobre o que ele sabia, e em como aquilo iria mudar o rumo da minha história no Olimpo. Minha vida já era confusa o suficiente, e muitas histórias rondavam por aí, cada uma dizendo algo diferente sobre o que eu faria no lar dos deuses.

— Eu conversei com uma Entidade poderosa, ela finalmente me explicou algumas coisas. A sua primeira profecia na verdade falava sobre os dois bebês. Vocês deveriam ser unidos e trabalhar em conjunto para o bem da Terra. Seriam os gêmeos mais poderosos que existiria na história dos deuses gregos.

— Mas... Por que ele morreu?

— Quando você recebeu a força fênix, o excesso de poder matou ele, e o seu corpo absorveu somente e unicamente os poderes dele. Então, você, Talissa, deveria ser apenas estrategista, com extrema força e o meu poder herdado, de viagem dimensional. Ele teria o poder dos raios e das tempestades, herdado pelo sangue de Zeus. — Heimdall explica, e eu vejo minha mãe o observar em silêncio.
Na verdade, todos ali faziam isso. Era a história que já sabíamos, mas agora mais completa.

— Suas asas e o poder de fogo vêm da força fênix dentro de você. Por isso é tão poderosa assim. E ainda guarda mais dentro de si.

— Por isso Zeus não a quer mais aqui. — Poseidon completa, e meu pai assente.

— E a sua segunda profecia, filha... Nos faz temer a destruição que trará.

— Não temam. Tudo o que tem que fazer é deter Zeus e suas tropas. Atrasá-lo o máximo possível, para que Talissa possa agir. — Heimdall explica.

— Mas eu ainda não sei o que fazer!

— Tem que pensar sozinha, minha filha. No fundo, você sabe qual é a destruição que vem acometer o Olimpo. Só precisa de clareza nos seus pensamentos. E muita, muita calma.

Permaneci quieta, enquanto os quatro pensavam e falavam sobre o que precisavam fazer e para onde precisavam ir. Ouvi eles falarem sobre os titãs e o perigo que seu despertar trazia para o mundo. Isso eles já sabiam o que fazer e como deter os anciões. Mas fiquei surpresa ao saber que não havia interferência de Hades na invasão.

Ao que parecia, o deus não havia feito nada sobre o assunto. Estava isento. Pela primeira vez, não tentara destruir o Olimpo agora que estava tendo a chance. E isso era estranho demais. Ele me disse que tinha um plano, não disse?

— Odin está me chamando. — Heimdall diz, ao ver a espada brilhar. Sinto meu coração acelerar e ele me encara calmo. — Explicarei toda a situação e consertarei as coisas por lá, não se preocupe.

— Tome cuidado. — Peço, o abraçando. — Certifique-se de que Thor fez o que pedi, sim?

— Irei. Lembre-se do que prometi. Ainda poderão se despedir. — Ele diz, e eu assinto. Meu pai abraça minha mãe e lhe dá um rápido beijo no topo da cabeça, em sinal de cuidado. — Olharei vocês por todo o tempo possível. Sabe o que precisam fazer se precisarem da minha ajuda.

— Sim. — Minha mãe e eu respondemos juntas.

— Boa ida, e cuidado. — Ela pede, e ele assente.

No jardim, Heimdall toma uma distância segura e ergue a espada, logo sendo envolto por uma luz colorida, a ponte. Ele some, deixando a marca de runas nórdicas no solo. Nós duas voltamos para dentro e nos sentamos na mesa, pensando.

— Como foi lá, querida?

— Foi estranho. No início eu me sentia muito deslocada, não fazia muitas coisas porque cheguei machucada e tive que passar um tempo de recuperação. Mas Frigga e Loki cuidaram de mim.

— Frigga, a rainha?

— Sim. Nos aproximamos bastante nesse tempo lá. Ela foi boa para mim. Me acolheu, cuidou de mim. Me deu o que eu precisava lá.

— E sobre quem você e Heimdall estavam falando? Era esse Loki?

— Era.

— Você se envolveu com ele?

— Sim. Ele me tratou muito bem, foi gentil comigo. Nós conversamos, brigamos, lutamos juntos, defendemos Asgard... Boa parte desses meses que passei lá, estive com ele. Só ficamos afastados um mês, na verdade.

— Você e ele... Vocês já...

— Sim. — Respondo, dando de ombros.

— E como foi brincar de romance por lá?

— Por favor, não comece com esse seu lado de mãe possessiva agora. Eu odeio isso.

— Eu só quero saber! Eu te mandei para lá no intuito de te ajudarem. Imaginei que iria aproveitar o tempo que estava longe para poder treinar, melhorar suas habilidades!

— Não é só porque eu não falei sobre isso que eu não fiz. Eu treinei quase todo santo dia. Evolui muito mais minhas habilidades do que poderia fazer aqui, já que lá tinha amigos com poderes similares. Mas minha vida lá não foi levada apenas em treinos ou romances, eu soube conciliar tudo. Eu li, estudei, aprendi mais sobre outros mundos, conheci pessoas boas e ruins, e passei por certos momentos que nunca quero passar de novo. Eu vivi o que tinha de viver lá, aproveitei ao lado de quem me queria, de quem me tratava bem.

— Ao lado do deus percursor da discórdia. É, eu também sei.

— Sabe o que leu, não o que eu vi lá. Sei o que Loki era para mim, sei o que ele sentia por mim. Sei o que está passando agora por ter me defendido quando eu quase fui presa por engano. Não fale mais dele como se soubesse quem ele é pelo que leu em algum livro antigo. Um dia irá conhecê-lo e perceberá que está errada.

Ela fica em silêncio, e Poseidon e Ártemis ainda mais. Sentia que todos absorviam as informações que dei e os argumentos que fizeram minha mãe se calar, e não podia estar mais satisfeita com isso. Já bastava o julgamento que Loki recebia de todos em Asgard. Não o deixaria ser malvisto assim quando sabia da realidade.

Não após tudo o que passamos lá. Após tudo o que perdemos e após tudo o que sofremos separados.

Nem mesmo após defender Asgard de todos aqueles monstros e de... Hades!

Minha mente dera um imenso estalo para a realidade. Eu começava a entender o que a profecia queria dizer. Começava a entender o que Hades queria dizer. Seu plano nunca foi para derrotar o Olimpo ou causar ainda mais destruição. Seu plano é de derrotar os titãs. Hades teme eles tanto quanto nós, sabe que sua ascensão não iria beneficiar ninguém, nem mesmo ele.

Ele não é o vilão!

E a destruição que tenho que levar ao Olimpo... É isso! É ele. Hades é a resposta!

— O que descobriu? — Ártemis questiona, me encarando. Ela conhecia minhas expressões corporais muito bem.

— A equação de todos os problemas. Preciso que prossigam com o plano. Eu já sei o que preciso fazer. Já sei onde preciso ir.

◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦

Oioi!

Postando um capítulo bem corrido hoje pq tenho compromisso agora.

Perdão se houver algum erro no cap, não pude revisar esse. Espero que tenham gostado, e gostado também da surpresa.

Sei que imaginavam desde os primeiros capítulos de Heimdall era o pai da Talissinha, e realmente não estavam erradas. Aliás, como viram, ele e a Atena ainda estão juntos. Será que futuramente vem um irmão pra a Tali?

Nos vemos no próximo, bebês. O gostoso do Hades vai voltar!

Fuuui, beijos 💚💚

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