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47 | Do Perdão Para o Acordo

⚠️ Aviso de conteúdo sensível. Não é muito, mas é sempre bom avisar sabe... ⚠️

४ L o k i ४

Um dia. Um dia inteiro levado a pensar numa possibilidade. Um dia inteiro quase enlouquecendo, quase sem conseguir dormir, pensando em Lis. E quando dormia, sonhava com ela. Por isso acordava exasperado, suado, cansado e ofegante. Não conseguia relaxar um segundo sequer, pois era só aquilo que vinha na minha cabeça.

Lis.

Grávida.

Um bebê nosso.

Uma minúscula parte de mim se aquecia ao pensar naquilo. Eu até gostava de imaginar isso. Em como Lis passaria por todas as fases. Em como a gravidez iria deixá-la com o humor estourado, mas linda. Sabia que havia instabilidade na possibilidade, não tinha certeza alguma agora. Mas minha mãe tinha suas apostas, e se ela sentira algo em Lis, é um bom motivo para acreditar que esteja certa.

Não queria que isso a fizesse desistir de retornar para Midgard. Não mesmo. Ela tinha a sua vida perfeita lá. Não queria de forma alguma que se sentisse presa a Asgard apenas por mim, pois sei que se algum dia eu convencer Odin a me tirar daqui, eu irei para o Hel se for necessário. Viajarei quantos mundos forem necessários para chegar a ela.

Me impedindo de continuar meus devaneios, ouvi o som de passos subindo as escadas em direção à minha cela. Já sabia quem era, e me preparava psicologicamente para a conversa que ele queria ter. Já imaginava todos os seus argumentos, todas as suas palavras sobre eu ser um homem bom novamente. O que eu já havia me cansado de escutar.

Sua imagem se fez presente do lado de fora da cela, e ele acenou para um dos guardas, deixando suas armas do lado de fora. Odin passou pela cela mágica e, em silêncio, sentou-se em uma cadeira de frente para a minha cama, onde eu estava. Deitado e completamente desinteressado.

— Meu filho... Eu... Eu não sei nem como lhe dizer...

— Achei que já viria com um discurso pronto.

— Não desdenhe da situação, Loki. O que tenho para dizer é sério.

— Estou ouvindo.

Odin suspirou. Parecia mesmo cansado, o que me preocupou um pouco. Das vezes em que Odin vinha me dar sermões sobre o que eu havia feito para ser preso, ele sempre era direto. Sempre chegava no ponto em que queria chegar, sempre falava bonitas e inspiradoras frases, que mal entravam por meu ouvido. E se entravam, saíam logo pelo outro lado.

— Talissa estava grávida, como sua mãe imaginava. — Ele diz, e eu me sinto... nervoso. Enjoado, talvez.

Sinto o sangue se esvair parcialmente de mim. Parar de correr por minhas veias. Me sinto trêmulo e fraco. Até que foco na forma em como a palavra fora conjugada em sua frase.

Estava?

— O processo de aborto espontâneo deve ter começado no dia em que ela usou de toda a sua força para salvar a vida de Mani. Fez muitos esforços aquele dia, e o misto de emoções e sentimentos também podem ter influenciado isso. Ela teve sangramentos fortes, e o processo começou com ela sozinha. Sua mãe a socorreu como pode mas já era tarde. Ela fez a operação com Eira pela noite de ontem. Lis está descansando hoje.

Eu não conseguia pensar com coerência. Meu cérebro parecia estar congelado, completamente paralisado. Meu estômago parecia ter dado um nó, me fazendo sentir um leve refluxo ao repensar nisso tudo. Meu coração batia tão lentamente que eu mal poderia sentir. Eu queria explodir agora. E talvez nem assim eu conseguisse relaxar.

— Diga algo, meu filho. — Odin pede.

Em meio à todo o caos que estava instalado naquela cela, eu sorrio. De desdém, claro. Era minimamente engraçado ver Odin querer ser carinhoso e se auto-intitular meu pai. Piada de péssimo gosto.

— Não tenho o que dizer. Ela já perdeu o bebê, não há nada que eu possa fazer, certo?!

— Se expresse, Loki! Sua dor, sua mágoa! Deixe sair o que você está sentindo. Você perdeu mais um filho!

— Ao menos este não morreu por suas mãos. Jormungand é seu próximo alvo?

— Escute... Eu sinto muito por Fenrir e Hela. Não me orgulho do que fiz, com nenhum dos dois. Não foi minha intenção.

— Reconfortante.

— Loki, o que eu preciso fazer para que entenda que estou falando a verdade? Acha que eu me orgulho de ter tirado a vida dos dois? Acha que eu queria estar aqui, nessa cela, dizendo ao meu filho que ele perdeu um outro bebê? Sei que pode parecer difícil de acreditar, mas é verdade!

— Não preciso que faça nada pois o problema não é você. Eu não aceito suas desculpas, não acredito na verdade que você diz. Porque não quero. Pode sentir-se mal o quanto quiser, eu não me importo.

— E com o que se importa? Porque consigo mesmo claramente não é. — Rebate, e eu solto o ar preso em meus pulmões. Eu queria responder, mas não iria. Aquelas palavras não sairiam por minha boca. — Sua mãe estava certa em tantas coisas... Mas completamente errada em achar que você não seria arrogante consigo e com os outros após tudo o que aconteceu.

— Não tenho motivos para não ser.

— Não? E o sofrimento da Lis, não é motivo?

— Então é assim que vai jogar? Vai usar seus argumentos baseados nela? Que sujo.

— Eu não quero jogar, Loki! Tudo o que eu quero é sua compreensão, meu filho. Quero aquele homem a qual eu me senti orgulhoso de volta. Não se isole. Não faça isso com você mesmo.

— Você é engraçado tentando me fazer falar.

— É um motivo para não desistir.

— Porque está fazendo isso? Porque está sendo tão compreensivo depois de tudo o que fiz?

— Porque você é meu filho, e é isso que um pai faz quando se arrepende. Eu perdoo você, eu perdoo a mim mesmo. E você deveria seguir esse passo. Eu não me orgulho, e me envergonho de agir com a emoção. Sei que feri você, e outras pessoas, fazendo isso, pois lhe obriguei a tomar a decisão que mais o machucou, e que mais machucou Talissa.

— O que quer dizer com isso?

— Que você mentiu, é claro. Fez o que mais sabe, e convenceu a todos nós para salvar sua companheira.

Eu não esboço uma reação sequer. Não mudaria nada. Ele já sabia da verdade e não importava o que eu dissesse, ele saberia que estava mentindo mais uma vez.

— Minha mãe quem o contou?

— Não. Após o seu julgamento eu me isolei. Pensei com clareza. Entendi toda a situação. Me desculpei com todos pela forma como agi, e me desculpei com Lissa pelo que fiz com ela, e pelo que fiz ela passar. Ela entendeu, e nós até chegamos a rir sobre ela ter me dado um choque que poderia me matar. Mas isso foi antes da perda. Enfim... Eu pude perceber que você não teria posto tudo a perder por nada. E conhecendo você e tudo o que você já fez, logo cheguei a conclusão que era mais uma de suas mentiras, para proteger ela.

— E o que quer? Precisa da minha confissão?

— Não, não precisa confessar nada, porque eu já sei da verdade. O que eu preciso, hoje, é do seu perdão.

Eu poderia olhar quantas vezes para a cena a minha frente, não acreditaria no que estava vendo. Não era mentira, não era ilusão. Odin estava ajoelhado, com a cabeça baixa sob a perna direita. Estava com a guarda aberta. Pela primeira vez, me pedindo perdão de verdade.

— Me perdoe pelo pai que fui para você e Thor, pois falhei com vocês e reconheço isso, eu os fiz rivais, não deveria ter sido assim. Me perdoe por ter lhe escondido a sua verdadeira linhagem por tanto tempo, e por ter sido sua mãe à lhe revelar tudo, não eu. Me perdoe pela forma diferente como tratei você diferente de seu irmão, por como isso os separou, e pelo que causou à você. Sei que guarda cicatrizes disso até hoje. Me perdoe por não ser o pai que você merecia, meu filho. Por não ter lhe dado abrigo em um abraço, como você precisava. Por não ter lhe dado carinho e atenção o suficiente. Você é meu menino e merece isso mais do que qualquer outro. Me perdoe por não ter dado atenção aos seus desenhos, às suas cartas, por não ter sido atento a como você sempre foi uma criança extraordinária, um perfeito feiticeiro. Um um excelente combatente. Um perfeito homem. Eu estou arrependido de só ter enxergado isso agora, mas grato que consegui fazê-lo antes de ser tarde demais para mim. Você se provou um grande homem nos últimos tempos, Loki. Verdadeiro, apaixonado, honesto, tudo o que sua mãe sempre me disse que você era, mas eu estava cego demais para ver além das aparências. E ter feito o que fez só prova isso. Então eu lhe peço perdão por tudo o que fiz. Peço perdão por como fui cego, por como deixei a emoção me guiar. Peço perdão por ter lhe feito mal, por ter dito tudo o que já disse a você, mesmo sabendo que isso ainda continuará em sua memória. Peço perdão por toda a mágoa que já lhe causei. É só isso que quero, meu filho. Seu perdão.

Suas palavras me atravessavam como uma luz extremamente forte e viva, espantando todos os fantasmas e monstros que viviam no escuro dentro de mim, no âmago de minha alma, guardados, esperando para serem libertos. Isso, junto a visão dele ainda ajoelhado, encarando meus olhos, me traspassando verdade e sinceridade em tudo o que dizia, me abalou. Tirou minhas estruturas que eu ergui por mais de mil anos. Demoliu todas as paredes que cercavam meus verdadeiros sentimentos. Expôs as feridas ainda abertas, e as cicatrizes que apenas o tempo e e paciência haviam curado, mas que ainda estavam sensíveis.

Eu apenas assenti para ele, sem qualquer força para dizer uma só palavra. Ele sorriu, sincero e feliz. Levantou-se e deu dois passos antes de me puxar para si. O corpo grande quase me escondeu em um abraço. Os braços fortes me envolveram, como fizera da última vez há também mais de mil anos, quando eu ainda era criança. Sua destra tocou meu cabelo, afagando, me passando carinho, e seu corpo tremeu contra o meu.

Odin estava chorando.

— Eu amo você, minha criança. Mesmo com todos os pesares, eu sou orgulhoso do homem que é hoje, e sou grato por ter visto sua evolução de perto, mesmo me cegando para isso. Meu filho, eu o amo.

Há muito eu não me sentia confortável com Odin me chamando assim, mas agora... Agora algo se aquecera dentro de mim. Algo antigo. Talvez a saudade inconsciente de uma figura paterna presente. Talvez a saudade do carinho, do toque, das palavras. Não sei. Mas eu não consegui responder.

Bom, não com palavras.

Meus olhos se encheram de lágrimas também, inevitavelmente, ao finalmente perceber que eu ainda esperava por esse momento, mesmo sem querer, aliás, mesmo sem saber. A sensação era como a de uma correnteza lavando a minha alma. Como se todas as mágoas fossem agora irrelevantes. Como se aquela briga estúpida não fizesse mais sentido.

E não fazia.

Eu o havia perdoado, afinal. E ele a mim.

Retribui o abraço de forma automática, e pude ouvir um outro suspiro dele. Agora de tranquilidade. O momento até que demorou algum tempo, e logo que nos afastamos, ele tocou meu rosto, sorrindo por entre a barba cheia e grisalha, com os olhos avermelhados por volta das íris azuis.

— Obrigado por isso. — Ele diz, e eu apenas assinto.

Ele torna a se afastar e sentar na mesma cadeira de antes, e eu agora me sento de frente para ele, na cama. Suspiro, encarando as minhas próprias mãos, ainda com a cabeça completamente cheia de pensamentos e ideias.

— E então... Como vai ser agora? — Questiona, e eu o encaro com a sobrancelha arqueada.

— O que quer dizer?

— Você está aqui injustamente. Talissa precisa de você.

— Sei disso... Mas não posso voltar agora. Ela não pode desistir de retornar para Midgard.

— Thor contou-me que ela gostaria que você fosse com ela...

— É, mas isso pode piorar as coisas com a família dela.

— Então o que propõe?

Ele me faz pensar em possibilidades. No que eu poderia fazer para apoiar Lis, mas ainda assim permitir que suas vontades não mudassem. Então pensei no óbvio.

— Eu vou vê-la hoje. Podemos passar o dia juntos e... E eu retorno para a cela a noite. Fico aqui até que ela volte para casa. Depois saio.

— Loki... Sabe que não poderá ir para Midgard depois que ela se for, não sabe? Estamos em cima da convergência.

— Eu sei... Eu... Eu entendo. Não irei para lá.

— Tem certeza?

— Absoluta. Irei apenas quando for seguro. Temos um acordo? — Pergunto, e ele me encara, sorrindo. Apertamos as mãos e eu me levanto.

— Ande. Vá ver sua deusa.

◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦

Ai papito

Como vocês estão, bebês?

Eu disse que a surpresa de hoje envolvia o véi rabugento. A intenção não é fazer vocês perdoarem ele, entendam, é apenas mostrar como o Loki se sente com relação à ele, e O QUE A MARVEL DEVERIA TER FEITO!

Ainda tenho um leve ranço do pulguento, mas um pouco menos agora.

Espero que tenham gostado, mesmo com toda essa emoçãozinha e mais uma vez um final em aberto.

O próximo cap é o reencontro, então fiquem ligadas, não vou demorar a postar!

Beijooos 💚💚

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