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40 | Cães Infernais

Acorde, fique comigo,

Através da inundação e do medo.

Agora preciso de você aqui

Eu preciso que você fique forte

Para me lembrar de onde eu vim

E de onde eu pertenço

Então, acorde e fique comigo.

Porque eu estou começando a pensar

Que, na verdade, eu nunca tive você

Você não está na escuridão

Mas, longe da luz

E eu preciso saber agora

Você está comigo?

Você está dentro ou está fora?

Você está passando pela dúvida?

Não desista, ainda não,

Não importa o quanto isso seja difícil...

Mas as guerras de nossos pais

Não são para nós suportarmos.

Não desista, não ainda não...

Are You With Me; Nilu

𖤍 T a l i s s a 𖤍

A forma como humores podem mudar em questão de segundos me espanta e muito, mesmo sabendo que também acontece comigo. Mas Loki estava tão bem há pouquíssimo tempo, e por conta de um comentário sobre pretendentes e um olhar sugestivo, ele virou outra pessoa.

Confesso que eu também fiquei encabulada com o comentário, mas em defesa de Tyr, ele não sabia que Loki e eu estávamos oficialmente juntos. O que certamente não significa que ele pode sair por aí falando o que quiser, mas não dá razão para uma crise de ciúmes.

Frigga, percebendo o incômodo que causou a mim e ao filho, confirmou comigo que já havíamos assumido um relacionamento, e Tyr então se desculpou várias vezes, comigo e com ele. Mas nada serviu para mudar o humor e os ânimos de Loki. Terminamos o jantar mais cedo, e ele me acompanhou até a porta do meu quarto em completo silêncio. Me deu boa noite, um curto beijo no topo da cabeça e seguiu de volta para o seu quarto, alegando que iríamos dormir separados hoje.

— Vai mesmo ficar assim por conta de um comentário? Ele até já se desculpou.

— Vou. Algo contra?

— Sim. Tudo. Você está sendo idiota por ciúmes, mais uma vez. — Bato o pé, e Loki revira os olhos.

— Idiota? Você sabe como eu odeio Tyr, e como ele me odeia. Ele já sabia que estamos juntos, Talissa. Não seja inocente.

— Loki, sabendo ou não, ele se desculpou! Não entendo sua dificuldade em aceitar desculpas dos outros.

— Dos outros não. Dele.

— O que ele fez para você? — Questiono, e ele se cala, encarando os próprios pés. Era mais um dos assuntos que ele não queria me contar agora. — Loki... Tudo bem, você está com ciúmes, com raiva, mas... Eu não quero dormir sozinha. Por favor?

Minha feição de dó parece convencê-lo, já que ele me abraça e me puxa para dentro do próprio quarto, fechando a porta. Nós dois caminhamos em silêncio para o banheiro do quarto dele, e Loki põe a banheira para encher com água morna enquanto nos despimos.

Ele ainda estava com raiva, eu sabia que estava e seu semblante o entregava completamente. O cenho franzido, o olhar azulado raivoso como os raios que cortavam o céu lá fora, e o silêncio descomunal eram claros sinais de sua irritação. Eu não ousava falar mais sobre o assunto, não queria deixar a situação pior do que já estava.

Entramos juntos na banheira e ele se sentou, encostando as costas em um dos cantos, e abraçou meu corpo, me molhando pouco a pouco, tocando minha pele com uma delicadeza que destoava do seu humor. Ficamos em silêncio por muito tempo, e tudo o que podia se ouvir era a chuva agressiva do lado de fora, os trovões que acompanhavam, e alguns raios que corriam no céu.

Ergui meu olhar para ele, finalmente o encarando, vendo seus olhos refletirem a tempestade. Tanto a que cobria o céu asgardiano quanto a que se instalava dentro dele. O brilho das estrelas no olhar de Loki em conjunto com os clarões dos relâmpagos lhe davam um ar misterioso, poderoso, bonito.

— Que tanto está olhando? — Questiona, após me tirar de transe com um selinho.

— Seus olhos. São tão lindos. É como se o universo fosse feito para ser visto por eles. É um espelho da calmaria e confusão que você é. Eu amo isso. — Digo, completamente hipnotizada, e ele sorri pela primeira vez após a pequena briga.

— Você é um doce, meu bem. As vezes parece que tudo isso é uma ilusão. — Diz, pensativo, encarando o teto, e logo volta o olhar para mim.

— Impossível. O que eu sinto por você é real demais. — Digo, e ele sorri, alisando minha bochecha.

Loki puxa minha cintura, me fazendo ficar sentada sobre o corpo dele, e massageia minha cintura, subindo e descendo as mãos por minha pele. Movi o quadril contra ele me apoiando nos meus joelhos, vendo seu olhar tranquilo percorrer meu corpo, e sorri com isso, me levantando da banheira e puxando sua mão.

— Por que ainda está tão sério? — Questiono, vendo-o desviar o olhar para a janela, enquanto envolve o robe no corpo.

— Só pensando. — Ele diz, voltando a me encarar.

Ergo minha mão para ele e entrelaço nossos dedos, indo para o quarto. Seco o corpo e me deito na cama, ficando imersa entre os lençóis. Loki fecha as janelas, e mantém as cortinas meio abertas para clarearem o quarto amanhã. Ele não demora a vir se deitar, mas permanece um pouco distante na enorme cama, me fazendo encará-lo.

Loki cruza os braços por trás da cabeça e continua encarando o teto amadeirado e escuro do dossel de sua cama, enquanto eu não consigo desprender meus olhos dele. O vejo suspirar pesado e fundo diversas vezes, e fechar e abrir os olhos de forma nervosa. E no único momento em que devolveu o olhar para mim, sorriu doce e terno, destoando da feição séria de segundos atrás.

Tudo sobre você é magnético,

Você agora realmente me pegou...

Você faz isso comigo tão bem,

Hipnótico, tomando conta de mim.

Me faz sentir como outra pessoa,

Você me pegou falando acordada.

Eu não quero voltar para baixo,

Eu não quero tocar o chão,

Oceano Pacífico, cavado tão fundo,

Hipnótico, tomando conta de mim...

Canto baixo e lento, segurando suas mãos e encarando seus olhos. Loki sorri, mas não diz nada. Tudo o que tenho de si como resposta é seu abraço, finalmente me puxando para perto. Deito-me com a cabeça em seu peito, e abraço seu corpo, sentindo seu calor, e ele faz o mesmo comigo, me aninhado em seus braços.

— Boa noite, Lis. — Deseja, me dando um rápido selinho.

— Boa noite, Loki.

『••✎••』

Eu não havia dormido bem. Nem um pouco. Acordei diversas vezes pela madrugada sentindo falta do calor de Loki contra mim — pois ele se afastava durante a noite — e sempre vendo os clarões que adentravam o quarto pelas brechas da cortina. Isso me fez finalmente despertar muito cedo, eu queria sair, caminhar ou voar, mas a chuva forte ainda pairava sobre Asgard. Então tudo o que fiz foi me vestir e retornar para o meu quarto.

Aqui, sozinha, finalmente pude me sentar e encarar o céu escuro e pensar. Pensar em tudo. No que estava me deixando feliz, triste, curiosa e cansada. Pensar em casa, pensar nos meus poderes, no meu relacionamento e em minha mãe. Sentir a saudade do meu lar, da minha família, e sentir a dor de cabeça forte que há muito me acompanhava.

As batidas na porta do quarto me despertaram, e eu caminhei até lá. Abri, vendo uma das serventes do palácio perguntar sobre minha preferência para o café da manhã. Decidi comer sozinha, aqui, então a pedi que viesse trazer, como a mesma se dispôs. E felizmente isso não demorou muito tempo.

— Muito obrigada, querida. — Agradeço educadamente, assim que ela põe a bandeja na mesa próxima a janela.

Ela sai do quarto e eu me sento. Tomo calmamente o chá que havia pedido por conta da dor de cabeça, e logo começo a comer. Intercalo o café com uma leitura, usando os versos da Edda em prosa para me distrair um pouco, e tentar entender um pouco mais sobre as profecias de Asgard.

As sutis batidas na porta me tiraram o foco, e com preguiça de me levantar, eu apenas pedi para que quem quer que fosse, entrar, mesmo já imaginando quem seria. E estava certa. Os olhos estavam inchados de sono, o cabelo arrumado, ainda úmido, e a roupa diferente da qual foi dormir ontem.

— Bom dia. — Desejo, vendo-o se aproximar.

— Bom... O que está fazendo aqui?

— Tomando café?!

— Por que não me acordou? Por que veio para cá? — Questiona, se aproximando receoso, com as mãos unidas.

— Imaginei que quisesse um tempo sozinho.

— De onde tirou isso?

— Dos seus pensamentos que você não faz questão em compartilhar. Do seu afastamento repentino. Da sua má vontade em estar comigo. De muitas coisas, Loki. — Respondo, estranhamente calma, sem tirar os olhos do livro.

— Lis, não seja imatura.

— Vai dizer que estou mentindo?! Não quis um tempo sozinho?

— Tudo bem, eu quis. Mas... Eu não queria acordar sozinho. Eu ia conversar com você sobre isso, mas você não estava lá.

— É, eu precisei do meu tempo sozinha também.

— Lis... Porque isso agora, meu bem? Achei que estava tudo tão bem entre a gente.

— E está.

— Mesmo?

— Por minha parte, sim. Embora ainda receosa com aquele assunto, mas sim.

— Eu andei pensando nisso. E sim, foi o que me manteve distante. Eu estive preocupado com a nossa situação, com o nosso relacionamento em meio a tudo isso.

— E qual foi a sua conclusão?

— A mesma de sempre. Eu vou fazer o possível e o impossível para que você não seja prejudicada com nada disso. Não quero me afastar de você, Lis. Não quero e não vou. — Ele garante, e eu suspiro.

Abro os braços, vendo-o se aproximar e me abraçar, me tirando de onde eu estava. Seus dedos afagaram meus cabelos, e eu corri os meus por suas costas, subindo por sua nuca e tocando seus fios negros. Senti Loki sorrir, e acabei fazendo o mesmo, o abraçando mais. Ele me pôs apoiada na janela, soltando meu corpo, mas mantendo as mãos em minhas costas, me impedindo de cair.

— Não faz mais isso. Você me assustou.

— Por quê?

— Achei que estava desistindo de nós.

— Acredite, meu bem, se for possível me fazer desistir de nós, não vai ser nada fácil. — Digo, e ele sorri.

— Baby, eu...

Loki começara a falar, mas seus olhos focaram na cidade atrás de nós. Sua feição calma se desfez, e eu, em curiosidade, me virei na direção da Bifrost. Arregalei os olhos com a visão que tive e voltei a encarar Loki, que não esboçava nada além de espanto.

Na ponte? Um lobo. Enorme, de pelagem negra reluzente contra a luz do sol, que aos poucos se fazia notável no céu. Ele estava de costas para nós, rosnando alto e caminhando lentamente na direção da cúpula de Heimdall.

— O que diabos é aquilo? — Questionei, já tirando minhas roupas com pressa, indo vestir minha armadura.

— É Fenrir. — Loki diz, ainda perplexo.

— O lobo do ragnarok? Ele não estava preso?

— Estava! Vai se vestindo, eu preciso avisar aos outros. Te encontro na entrada da ponte. — Diz, me dando um rápido selinho e saindo do quarto.

Me vesti o mais rápido que pude e peguei minha espada e escudo, abrindo as asas e indo voando para a entrada da ponte, já vendo Tyr, os três guerreiros, Thor e Loki em seus cavalos, na direção do lugar. Pousei, vendo os outros encararem o lobo, e me aproximei.

— Precisamos chamar a atenção dele. — Thor sugere.

— Para onde? Se fizermos ele correr em direção ao bosque, ele pode se atrair para a cidade. — Tyr diz.

— É perigoso, Thor. — Hogun adverte.

— Mas ele está certo. — Digo, observando bem a situação.

— E você tem algum plano? — Volstagg questiona.

— Sim. Preciso que vocês cinco fiquem de prontidão aqui, caso não dê certo. Thor, joga um raio nele, e eu vou acender minhas asas. Quando ele vier, você se afasta, e quando ele chegar perto o suficiente, atinja-o no queixo com o martelo. Forte o suficiente para derrubá-lo no rio. Se ele me seguir direto pela água, não tem perigo de atacar a cidade. — Explico, vendo Thor assentir em concordância.

Não esperei mais uma palavra sequer, apenas subi, fazendo minhas asas arderem em chamas laranjas. Os cinco se afastaram, e Thor clamou por um raio, acertando Fenrir nas costas. Seu uivo alto com certeza pôde ser ouvido pelo mais distante dos povoados. Ele se virou na nossa direção, e seus olhos verdes focaram em mim.

Mais uma vez Fenrir rosnou e começou a correr na nossa direção, raivoso. Girei a espada em minha mão, energizando-a com um raio vermelho, mas como o combinado, antes que ele pudesse chegar até mim, Thor o atingiu fortemente na mandíbula. O corpo dele caiu no rio com o impacto do martelo, e segundos depois mais um uivo.

Voei em direção a margem, e pude ver Loki e os outros correndo com seus cavalos em nossa direção. Fenrir me seguia, tentando me alcançar com saltos e mordidas, e desviava o focinho dos golpes da minha espada. Era inteligente. Mas não o suficiente para evitar um ataque combinado de raios meus e de Thor.

Estávamos quase certos de ele estava desmaiado ou morto, por isso nós dois pousamos e os outros desceram de seus cavalos, mas suas patas tornaram a se mover. Assim como suas orelhas, e logo ele abriu os olhos. Um outro uivo nos chamou a atenção, tão alto quanto o de Fenrir, e tão amedrontador quanto. O lobo gigante seguiu o chamado, e Thor e eu fomos atrás, sendo seguidos pelos cinco bosque adentro. 

No campo, pude finalmente ver o outro lobo que chamara Fenrir. Bom, não era exatamente um lobo, mas não deixava de ser um cão gigante, mitológico, infernal e poderoso. Porém este tinha três cabeças e costumava pertencer à um dos deuses que me queria morta.

— O que é aquilo? — Ouvi a voz ofegante de Thor e suspirei, ainda me recusando a acreditar.

— O Cérbero.

◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦

Oláaaa!!

Como vão vocês? Por aqui tudo na mesma, procrastinação e preguiça.

O que acharam do cap? DRs, lobos, promessas, músicas... Prestem atenção nas músicas...

No próximo tem mais ação, um reencontro, a volta de um certo alguém, e outro certo alguém muito furioso. Mal posso esperar para postar!

Espero que tenham gostado. Nos vemos logo mais!

Beijoss 💚💚

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