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02 | O Segredo

N a r r a d o r

O crescimento de Talissa gerou um grande debate por longos anos. Ela cresceu em tempo normal, sim, mas não apresentava poderes. Nada similar à Atena além da estratégia, mas apenas isso não a faria vencer uma batalha. Precisava de força, de resistência, mas não tinha.

Para o declínio de sua situação, nada se sabia sobre o seu pai, visto que Atena nunca revelou sua identidade, o que preocupava demais a cúpula dos doze grandes deuses. Como a pessoa que estava destinada à trazer paz ao Olimpo não tinha poder ou sequer alguma grande habilidade?

— Como estão os progressos da menina? — Zeus questionou à filha, que observava a jovem deusa treinar com crianças da sua idade.

— Melhores. Ela está mais ágil, os reflexos estão cada vez mais rápidos.

— Só isso?

— ""? Já é muito melhor do que qualquer uma destas outras crianças.

— É melhor, mas não é isso que eu quero dela!

— E o que você quer? Sei que está bem tranquilo em saber que ela não será mais poderosa que você.

— Ainda está com isso em sua cabeça? Atena, eu amo a menina!

— Assim como me amava, meu pai?

— É tão difícil assim aceitar que eu mudei? — Perguntou, já ficando irritado. Odiava a persistência da filha e odiava ainda mais saber que ela havia puxado isso dele.

— Um pouco... Acha mesmo que ela terá poderes?

— Acho. Só não sei porquê não despertaram ainda.

— Ela está mudando. Talvez seja isso.

— Aliás, ela está mudando muito. O que aconteceu com o seu gene dominante?

— O que quer dizer?

Zeus à olhou sério, e logo após arqueou as sobrancelhas, olhando de volta para a neta, como se aquilo explicasse muita coisa. Ela rolou os olhos, suspirando e ignorando o pai.

— A menina não parece nada com nenhum dos irmãos.

— Ela tem um pai diferente.

— Atena, todos eles tem um pai diferente. E todos eles são como cópias suas. Loiros, olhos cinzas e pele branca. Talissa já nasceu negra. Os cabelos castanho escuros e os olhos laranjas. — O deus diz, de forma paciente. — O que não está me contando?

Atena odiava ser pressionada, e já inventara tantas outras desculpas para não falar sobre o seu último amante que parecia ser quase impossível fugir de mais uma pergunta. Ela suspirou, decidia à finalmente falar a verdade. Bom, parte dela. Uma pequena parte.

— Eu o conheci no mundo mortal. Na cidade de Creta. Ele estava de passagem e parecia interessante. Acabei me envolvendo mais do que deveria...

— Ela se parece com ele?

— É idêntica.

— Então.. Ela é uma semideusa?

— Não. Eu tenho plena certeza de que ele era um deus. Eu consegui sentir. Eu só.. Não consegui reconhecê-lo.

— Atena... Minha filha, me diga, pelo amor de Cronos, que Talissa não é filha de um deus não olimpiano.

— Está sugerindo que o pai dela é um egípcio, por exemplo?

— Me diz você! Afinal, não há suspense para contar se ele for um dos nossos.

— Tudo o que eu sei eu já lhe contei, meu pai. Se ele pertencia à outra mitologia, nunca saberemos.

— Mas sabe os problemas que pode enfrentar se for, não sabe? Os perigos que essa menina corre? Se os titãs descobrirem da união de duas mitologias, ela está morta.

Aquilo fez Atena pensar, ou melhor, fingir que estava pensando. Zeus precisava acreditar na sua dúvida, e isso pareceu funcionar. O deus disse que iria procurar respostas no Oráculo, para evitar que a neta corresse riscos, e se afastou da filha, subindo para a sala do trono.

Atena sabia perfeitamente quem era o pai de Talissa, mas não podia contar. Era perigoso e levantaria diversos olhares para a menina. Além de que deixaria Zeus furioso com ambas. O poder que Talissa carregava dentro de si era imenso, e poderia acabar com o Olimpo se caísse em conhecimento.

Ela sabia que tinha que manter os poderes da filha escondidos dela mesma se fosse necessário, e já estava decidida. Não iria contar à Talissa sobre seu pai. Um lado seu reconhecia que era egoísmo, o outro apenas ignorava e prezava pela segurança de sua filha, e também pela segurança daqueles que viviam no Olimpo.

— Mamãe! Mamãe! Viu o que eu fiz? Viu meu treino? — A menina chamou, animada, pulando na direção da mãe, que sorriu.

— Vi sim, meu amor! Você foi perfeita hoje.

— Obrigada. — A pequena deusa responde, envergonhada. — O que vamos estudar hoje?

— Já terminou seu livro sobre a hidra de lerna e espécimes semelhantes?

— Há dois dias, minha mãe! Afrodite devolveu o livro à biblioteca.

— Ótimo, então hoje eu quero te introduzir à quimeras.

— Quimeras? Que nome esquisito... O que são?

— No contexto básico, é um monstro bem estranho. Tem um corpo de leão, uma cabeça ao lado similar à um bode, e o rabo é a cabeça de uma serpente. Consegue imaginar isso?

— Não! É real?

— É sim. Lembra que seu tio-avô uma vez contou sobre um de seus filhos, um grande herói que monta o Pégaso?

— Lembro sim! Belerofonte!

— Pois bem, ele matou uma quimera uma vez.

— Mesmo? Como? Deve ter sido difícil. — A pequena diz, distraída com seus pensamentos.

— Seu tio conta que ele derreteu chumbo e pôs goela abaixo do bicho. — Atena conta, de forma divertida, atraindo a atenção da menina. — Acredita nisso?

— Não sei... Como ele derreteu o chumbo?

— Não faço ideia, meu amor.

Hmpf... Talvez eu acredite. Vou conversar com tio Poseidon assim que vê-lo. — Diz decidida, fazendo a mãe rir.

As duas caminharam até o quarto de Atena, onde a pequena deusa tomou um longo banho, tirando os vestígios de suor e sujeita do treino. Vestiu sua bata roxa e calçou sua sandália. Atena prendeu seu cabelo como costumava fazer, pondo de volta sua pequena coroa dourada e logo saíram do quarto, em direção à grande biblioteca.

Atena treinava a filha todos os dias. Ela era boa na batalha, mas sem seus poderes não podia fazer muito. Por isso também era treinada intelectualmente. Lia livros boa parte do dia, e já sabia muitas histórias sobre seus antecessores e tudo o que envolvia os deuses olimpianos e um pouco dos titãs também - Zeus havia comentado com ela sobre histórias de seu pai, Cronos, mas Atena achava que assustava a menina.

Talissa sabia também da existência de outros deuses, como os egípcios, hindu e orientais no mundo dos mortais, mas também sabia que os deuses não podiam interagir entre si e respeitava a regra. Não havia sido muito ensinada sobre os outros deuses além do básico, mas nada que não pudesse ser mudado com o tempo.

Já na biblioteca, as duas pegaram uma mesa próxima à janela e sentaram. Atena pegou os livros que falavam especificamente sobre as tais quimeras e começou à lê-los para Talissa, de forma que prendesse a atenção da menina.  Ela gostava de aprender. Sempre ficava curiosa sobre novas histórias e super animada quando descobria algo novo. Adorava também descobrir palavras novas e sempre buscava o significado delas, e quando finalmente descobria, aquela palavra não saía de seu vocabulário por cerca de dois dias, até ela esquecer completamente.

— Ah, aí está você! — Ambas ouvem a voz de Poseidon vinda da porta da sala e levam sua atenção até o deus. O cheiro de mar invade o local e Atena revira os olhos, mas deixa um pequeno sorriso escapar. — Estive te procurando por todo esse lugar!

— Estou estudando, tio!

— Tudo bem, só quero te dar um presente. Posso, Atena?

— À vontade.

O deus de cabelos cinzentos logo se aproxima, trazendo consigo uma concha grande fechada. Ele faz um certo suspense ao abri-la, e revela um lindo par de brincos.

— Eu sei que se parece muito com os que você já tem, mas esses são especiais.

— Por quê?

— É feito de pérolas negras, que só são produzidas por uma ostra específica, num mar específico. São muito raras.

— Obrigada. — A pequena agradece, dando um abraço no deus.

— Quero ver como vai ficar.

— Mãe, posso testar?

— Pode sim, meu amor. No fim do corredor tem um espelho na parede. Teste e venha mostrar pra nós, sim?

— Já volto.

Talissa saiu em curtos e animados passos e logo os deuses mais velhos estavam sozinhos. Poseidon desviou o olhar dos grandes livros para Atena, que estava distraída com as ilustrações de quimeras, e se aproximou da deusa. Pôde ver seu meio sorriso e levou as mãos até sua cintura, girando o corpo dela de forma gentil.

— Sentiu minha falta?

— Nem um pouco, cabeça de alga. — Ela rebate, bagunçando os cabelos cinzentos do homem.

— Seu carinho me sufoca, sabia? — O deus diz irônico, puxando sutilmente o rosto dela, lhe dando um beijo.

O contato é rápido, e Atena logo o afasta, semicerrando os olhos na sua direção. Sabia dos riscos de estar exposta com Poseidon, riscos esses que não queria correr.

— Ainda com essa paranóia?

— Tenho meus motivos. E nós temos um trato. Apenas à sos, lembra?

— Estamos à sos.

— Não completamente. — Atena maneia a cabeça na direção que a filha estava. — Ela já deve estar voltando...

— Nada ainda dos poderes dela?

— Não. Zeus está ficando preocupado. Disse que iria consultar o Oráculo.

— Meu irmão é um pouco impaciente. Ela ainda é uma criança, tem muito o que crescer. — Explica, e logo vê a menina voltar quase correndo. — E então? Ah, está linda!

— Acha mesmo?

— Tenho certeza! A deusa mais linda de todas. — Poseidon mima a menina, vendo seu sorriso se alargar.

— Afrodite ficaria furiosa... — Atena diz, quase num sussurro. — Agora vamos tirar esses brincos e continuar os estudos, sim?

— Tudo bem, mamãe. Obrigada de novo, tio!

— Fico feliz que gostou, meu amor. Te vejo nos treinos amanhã! — Se despede, bagunçando o cabelo da menina, que ri. — E você, até depois.

— Some daqui. — Atena manda, sorrindo.

A deusa logo volta à ensinar sua filha sobre o monstro que estudavam antes, fazendo-a se concentrar na leitura. Se perguntava mentalmente se Talissa um dia teria poderes, e não sabia se ficaria feliz se tivesse. Tinha medo que os poderes do pai despertassem nela, assim como estão despertando em suas características físicas. Não poderia guardar sua mentira e segredo por muito tempo caso isso acontecesse. Zeus ficaria tão furioso...

"Melhor nem pensar nisso!"

◦◦◦◦ ◎ ◦◦◦◦

Olá minhas criaturinhas! Como estão?

Consegui reescrever o capítulo o mais próximo possível, espero que tenham gostado!

Quero aproveitar a ficção pra explorar um lado mais amoroso de Zeus com a neta, e a relação entre Atena e Poseidon (que não existe na realidade, mas esses dois estão sempre em pé de guerra e isso só pode ser amor).

No próximo capítulo teremos uma descoberta, e a primeira aparição da minha preciosa Ártemis! Prometo que não demoro à postar e vou tentar não apagar o capítulo inteiro dessa vez.

Até o próximo! Um beijão 💚

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