𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐄𝐍: 𝐓𝐡𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐠𝐢𝐯𝐞𝐧𝐞𝐬𝐬
OK, EU NÃO TINHA IDEIA DE PARA onde estava indo.
A única coisa que eu queria era correr o máximo possível para longe daquele lugar, na verdade pedalar.
Após esse pensamento, eu acabo passando por uma pequena pedra no meio da rua e para melhorar meu dia, ela acaba furando o pneu da bicicleta e eu caio no chão.
— Sério? Tem como piorar? — Assim que eu digo isso meu telefone começa a tocar — Para que eu fui falar? — Resmungo e atendo.
— Alexa? — Escuto Lydia na outra linha e suspiro.
— Sim Lydia, o que houve? — Questiono enquanto me levantava e pegava minha bicicleta agora com um pneu furado.
— Por que tem que ter acontecido algo? — Reviro os olhos.
— Lydia diga logo, eu estou meio ocupada no momento — Olho ao meu redor para ver se alguém havia me seguido e começo a andar sem rumo.
— Ok, o Jackson terminou comigo.
— Como? — Pergunto chocada, por que ele faria isso? — Como assim? Explica isso direito.
— Ele me mandou uma mensagem terminando comigo e pedindo a chave de volta, ele terminou comigo por mensagem! — Diz em repleto repúdio.
— Não estou surpresa, ele é um babaca. Por que você gosta dele mesmo? — Eu sei que para a maioria das pessoas a Lydia pode só estar com o Jackson por popularidade, mas não é isso, ela realmente gosta dele, só não entendo o porquê.
— Eu não gosto dele.
— E eu sou a Scarlett Johansson — Escuto ela bufar do outro lado da linha.
— Enfim, você pode vim para cá? — Hesitante eu concordo — Tudo bem, venha logo — Desliga o telefone e olho ao meu redor para me localizar.
Fico confusa ao me encontrar no meio da floresta, eu não lembro de ter andado até aqui. Mesmo confusa, continuo a andar pelo local por curiosidade e em busca de uma saída viável.
Ao andar um pouco mais a frente, encontro um enorme tronco cortado em meio de um grande espaço plano com apenas grama. Por incrível que pareça, aquele tronco estava me atraindo e inconscientemente fui em sua direção. Toco no estranho tronco e imagens começam a passar diante dos meus olhos.
Elas não eram muito perceptíveis, passavam de formas muio rápidas e quando me dei conta estava na recepção do hospital, mas estava... diferente.
Logo após pensar isso, uma criança passa correndo através de mim, eu sou um fantasma? Quando olho para criança me surpreendo por me ver pequena, era uma memória, eu me lembro desse dia.
— Mamãe, o Jackson ficará bem? — A pequena eu pergunta quando depois de correr até minha mãe.
— Claro querida, ele só quebrou o braço, ficará bem — Ela acaricia levemente meu cabelo, mas para quando vê meu desconforto.
Nesse dia, eu e Jackson havíamos descoberto que éramos adotados. No começo, eu não os entendia muito bem, não havíamos ainda aceitado esse fato. Na verdade, acho que Jackson ainda não aceitou.
Para nos fazer aliviar a tensão da descoberta, nossos pais nos levaram até o parque para brincarmos. De início, estávamos nos divertindo e esquecendo dos acontecimentos, até que Jackson acabou escorregando de um brinquedo e caiu, se machucando.
Após isso, viemos para o hospital e cá estamos nós, no dia que tudo havia começado, pelo menos para mim.
— Querida, por que não pega um doce na máquina de comida? — Aponta para a máquina a alguns metros de distancia oferecendo a pequena eu uma nota de 10 dólares, eu pego e vou saltitando em direção a máquina, obviamente a sigo, ou me sigo, mas não antes de olhar para triste expressão da minha mãe.
Após minha antiga eu pegar seu doce da máquina, ela começa a andar na direção contrária a que minha mãe estava, e eu me lembro bem o porque. Na época, algo parecia estar me chamando até lá, uma voz. Provavelmente da pessoa que eu acabei encontrando no quarto de recuperação avançada, o Peter. Esse era o motivo dessa memória estar aparecendo agora?
— Olá? — A pequena garota entra no quarto que Peter estava.
— Quem é você e o que está fazendo aqui? — Questiona Peter com curiosidade pela aparição da garota em seu quarto.
— Meu nome é Alexa e o seu? — Diz a garota animada querendo fazer uma nova amizade, eu era uma criança tão bobinha.
— Peter, meu nome é Peter — Se apresenta ainda questionando a presença da garota ali.
Bem, após nossa apresentação, conversamos, eu contei a ele o fato de eu ser adotada e pode te surpreender, mas ele me ajudou a entender tudo, acho que quem eu sou hoje em parte é graças a ele, mas eu sinto que não o conheço mais, ele mentiu para mim.
Após esse pensamento, tudo a minha volta começa a desaparecer e o cenário volta a ser a vasta floresta.
— Não entende o porque te mostrei isso, entende? — A voz da mulher que tem me artomentado a dias pode ser escutada atrás de mim.
— Você? Você me mostrou isso? — Ela assente séria e eu suspiro com raiva — Por que?
— Você não entenderia, não acreditaria, mas isso não é o que importa agora — A olho com raiva.
— Então me diga o que importa! — Exclamo já cansada de todos os segredos e mistério — Me diga o motivo disso tudo estar acontecendo comigo — Ela me olha com pena, o que me faz ficar com mais raiva.
— Não posso responder suas perguntas agora e espero nunca precisar responder, mas o que importa é que precisa impedi-lo. Precisa fazer ele parar, pode dizer que não se importa, mas sei que é mentira. O impeça, ou tanto seu destino quanto o dele estará selado — Diz antes desaparecer no ar e eu pego minha bicicleta ainda abalada, devo perdoa-lo?
Após todos os acontecimentos dessa noite, procuro pela saída da floresta para enfim ir a casa de Lydia, tenho que ir apoia-la agora.
•°•°•
— Vai me dizer ou não o motivo de ter cancelado a tarde de shopping para virmos parar no meio do mato? — Pergunta Lydia andando de forma desengonçada pela floresta enquanto seguíamos Alisson, a mesma havia nos chamado para a floresta por um motivo ainda desconhecido.
— Quero testar algo — Diz com aquele olhar desafiador dela — Falando nisso, Lydia, eu e Jackson vamos ir para o baile de inverno juntos como amigos, tudo bem para você, né? — Lydia pareceu ficar um pouco desconfortável, isso não vai dar certo.
— Só como amigos, certo? — Questiona hesitante e eu reviro os olhos, e ela ainda tem coragem de dizer que não gosta dele.
— Fica calma, não é como se no meio do treino eu fosse beijar ele na sala do treinador — Lydia para em choque e eu prendo a risada.
— Sobre isso... — Ela começa a andar mais rápido para acompanhar Alisson e eu ando mais devagar para deixar elas se resolverem.
Após alguns segundos andando atrás de Alisson e Lydia que ainda pareciam estar se resolvendo, escuto um galho se quebrando atrás de mim.
Assim que me viro para a direção do som vejo Peter me pedindo para fazer silêncio, talvez para que Lydia e Alisson não nos escutasse.
— O que quer? — Questiono grosseiramente e ele revira os olhos.
— Dá para você parar de drama? Aquelas pessoas mereciam morrer, ok?
— Ok — Ele me olha confuso.
— Como? — Dou de ombros.
— Ok, eu te perdôo — Ele fica ainda mais confuso.
— Isso foi fácil demais, qual é a pegadinha? — Reviro os olhos.
— Prefere que eu fique brava com você?
— É, esse era o esperado — Bufo.
— Ok, eu fiquei brava que tenha mentido para mim, decepcionada que tenha escondido todo de mim e muito, mas muito furiosa que tenha matado todas aquelas pessoas! Teve momentos que eu queria te afogar em ácido sulfúrico... — Ele me interrompe.
— Espera, isso foi muito específico, pensou muito sobre isso? — Fico alguns segundos pensando em uma boa resposta para aquela pergunta.
— Isso não importa agora! — Ele ri ironicamente — A questão é que se eu estivesse no seu lugar, faria o mesmo, se não pior — Ele assente ainda meio desconfiado.
— Alexa?! — Escuto Alisson me chamar.
— Tenho que ir, até sei lá quando — Me despeço e vou em direção aonde escutei o grito de Alisson — Já se resolveram? — Pergunto assim que as vejo.
— Não tinha o que resolver — Fala Alisson não dando importância a minha fala e se concentrando em adicionar uma ponta estranha em sua flecha.
— O que é isso? — Pergunto com curiosidade.
— É o que vamos descobrir — Ela arma seu arco e flecha, atira e para nossa surpresa, ocorre uma pequena explosão na ponta da flecha sinalizando que aquilo era um tipo de explosivo, levamos um susto.
— Achei tendência — Digo sarcasticamente enquanto Ainda olhava para o local com curiosidade e Alisson ri.
Nosso momento de tensão logo retorna quando escutamos o barulho de galhos quebrando, espero que não seja o Peter novamente.
— Pega — Ergue o arco para mim e eu obedeço.
— Aonde você vai? — Pergunta Lydia assustada.
— Ver o que foi esse baralho — Indaga indo em direção ao barulho.
— E se for algo perigoso?
— Aí vocês atiram — Lydia fica mais desesperada e Alisson anda até que não possamos mais a ver.
— Eu achei legal — Ergo o arco e flecha apontando para Lydia de brincadeira.
— Para com isso! — Ela empurra o arco para o outro lado e sem querer acabo atirando em algo que estava próximo a uma árvore.
— Meu Deus, você está bem? — Digo largando o arco em choque indo em sua direção.
— Bem, eu estou vivo — Diz Isaac sarcasticamente e eu retiro a flecha que havia apenas atingido sua camisa e a prendido na árvore — Sério, eu realmente acho que temos que parar de nos encontrarmos assim — Eu rio.
— Eu sinto muito, de verdade, mas o que faz aqui? — O questiono com curiosidade.
— O que você faz aqui? — Rebate a pergunta e eu fico sem o que dizer.
— Sinceramente? Também queria saber — Ele ri de mim.
— Bem, eu tenho que ir — Aponta para a direção contrária a nossa.
— Ah sim, tchau — Digo um tanto decepcionada pela curta duração de sua aparição.
— Mas antes, eu queria saber uma coisa — O olho com curiosidade — Pode parecer meio idiota por pensar que eu teria alguma chance com você, mas quer ir ao baile comigo? — Se embola um pouco nas palavras me fazendo rir levemente — Isso foi uma pergunta idiota, esquece — Ele começa a andar na direção contrária, mas eu o impeço segurando seu pulso.
— Eu adoraria — Tento conter minha animação, muitos garotos desistiram de me chamar por medo do meu irmão ou por saber que eu não vou a esses eventos, mas ele me chamou, é tão fofo.
— Sério? — Ele parecia surpreso com a minha resposta e eu assinto — Ah ok... acho que eu tenho que ir agora, né? — Aponta de forma desengonçada e acaba colidindo com a árvore a sua traseira quando estava indo embora me fazendo rir do seu jeito desengonçado.
Assim que ele sai Lydia vem até mim curiosa para saber quem era provavelmente.
— Quem é ele e por que não me contou nada? — Diz observando Isaac sair.
— Porque a Alisson te contou sobre o Scott — Bato levemente no seu ombro e ela me olha revoltada.
— Olha só, foi um deslize — Reviro os olhos e concordo voltando para a nossa antiga posição para que Alisson pudesse nos achar.
Após alguns minutos, a mesma volta toda alegre e saltitante, como se tivesse acabado de encontrar um palhaço... ah não, isso seria assustador.
— O que houve lá para voltar tão animada? — Pergunto e ela pega o arco no chão aturdida.
— Nada demais, vamos — Dá um sorriso bobo e eu logo entendo o motivo, Scott.
Após isso, todas nós vamos em direção a saída da floresta para que cada una seguisse até seu destino, o meu era minha confortável cama.
•°•°•
Acordo e me espreguiço enquanto via uma linda lua crescente no céu iluminando alguns pontos do meu quarto. Sim, eu literalmente troquei o dia pela noite.
Assim que me levanto estranho pela estranha calma e silêncio na casa, normalmente Jackson está aqui para ter certeza de que isso não será possível.
Percebendo que o mesmo não está em casa, vou até seu computador e procuro a ferramenta para encontrar seu celular, não me julguem, sou uma irmã superprotetora.
Assim que vejo sua localização corro até meu quarto, pego uma calça jeans qualquer no chão e um casaco o colocando, e assim vou correndo até a casa de Derek, que merda Jackson.
Percebendo que não chegaria lá a tempo correndo, volto, pego a chave do carro de Jackson, que graças a Deus ele havia deixado em casa, e o utilizo para dirigir na maior velocidade até Derek, ele vai me matar.
Eu corria pelas ruas na maior velocidade possível, é uma sorte que o xerife não esteja por perto.
Após alguns minutos eu finalmente chego ao local que eu desejava e entro rapidamente encontrando Scott atacando Derek e Jackson em choque na escada.
— Qual o seu problema para vim até aqui sem ao menos com alguma proteção? — Pego Jackson pelo braço que parecia aturdido, assim que tento sair com ele uma flecha atravessa a janela da casa — Corre! — Exclamo para Jackson, dou a chave do seu carro e ele obedece saindo pelos fundos.
— TAMPEM OS OLHOS! — Grita Derek quando uma granada passa pela janela e uma luz tremendamente clara invade invade o local nos deixando aturdidos.
E assim começa um ataque a casa dos Hale, provavelmente os caçadores a procura de Peter, Derek e Scott.
Cada um se esconde atrás de algo e os caçadores começam a atirar por todos os lados, mas nunca entrando na casa. Infelizmente, Scott acaba sendo atingido.
— Leve-o! — Derek se direciona a mim me mandando ir embora da casa, mas eu hesito não querendo o deixar sozinho, então ele puxa meu braço, me joga ao lado de Scott e nos empurra até a saída traseira — Vão! — Pela primeira vez, o obedeço e saio da casa com Scott.
Assim que saímos, corro com ele pelas matas até uma distância segura e o deito no chão para ver seus ferimentos.
— A... — Scott sussurra algo.
— Sim?
— Al... — Segura meu braço e eu o olho confusa.
— Que é garoto? — Digo já começando a me estressar.
— Alisson... — Fica inconsciente e eu reviro os olhos.
— Sabe que depois disso eu estaria no meu direito em te deixar aqui, né? — Pergunto mesmo sabendo que ele não me responderia — Mas como eu sou uma ótima amiga, não irei.
— Olá? — Alguém toca no meu ombro e eu me viro em defesa lhe dando um soco sem antes ver quem é.
— Ai meu Deus, Deaton, sinto muito — Tampo minha boca em choque pelo o que havia feito.
— Então, precisa de ajuda? — Questiona olhando para Scott se contorcendo no chão e eu o olho como uma criança que havia acabado de ser pega roubando doces.
— Eu posso explicar... — Ele me interrompe.
— Não precisa, eu sei de tudo. Então, vai querer a ajuda para deixar seu amigo vivo? — Eu concordo meio relutante e ele apoia Scott em seus ombros indo em uma direção ainda desconhecida por mim — Não se preocupe, ele ficará bem.
— Espero mesmo, Stiles me mata se souber que eu deixei o único amigo dele morrer — Ele ri e eu não entendo o motivo, não estava brincando.
•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•
Notas da autora:
Espero que tenham gostado do capítulo e me desculpem a demora para postar, estou planejando um calendário de postagens.
O capítulo ficou meio ruinzinho, me desculpem.
Falta tão pouco para vocês descobrirem o que a Alexa é, mal posso esperar.
Se houver algum erro, irei corrigi-lo.
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