xii. broken romance
CAPÍTULO DOZE
broken romance
Hogwarts/Hogsmeade
- Novembro de 1975
Era sábado e os alunos, a partir do terceiro ano e com autorização dos responsáveis, haviam acordado bastante animados com sua saída a Hogsmeade naquele fim de semana.
Regulus Black estava no pátio de Hogwarts, vestindo suas roupas adequadas ao clima frio após entregar duas autorizações para McGonagall. Ele se virou quando sentiu algo redondo e fofo atingir suas costas, em seguida uma risadinha feminina.
─ Precisa ser mais atento! ─ dizia Marilyn Bessi, uma Sonserina do mesmo ano que Regulus.
Ele sorriu ao vê-la. Marilyn havia o entregado sua autorização enquanto voltava a comunal da Sonserina para buscar suas luvas que havia esquecido.
─ Você não devia ter feito isso ─ Regulus ameaçou falsamente, se abaixando e pagando um punhado de neve com a mão. Bessi levantou as mãos, se rendendo, mas quando Regulus jogou, ela desviou prontamente.
Um garoto da Grifinória foi atingido em seu lugar. Marilyn riu alto, agarrando uma mão de Regulus para correrem.
─ Você entregou nossas autorizações, não foi? ─ a menina perguntou, antes de cruzarem o portão.
─ Claro, você atrasou de novo.
Marilyn revirou os olhos, mas não soltou a mão de Regulus enquanto andavam deixando suas pegadas para trás até a estrada e a Hogsmeade.
A menina sempre foi muito carinhosa com ele, tentando demonstrar sempre o que sentia. Ela criava planos sobre o futuro, pensava e nunca agia por impulso. Dava valor aos seus sentimentos e aos sentimentos de Regulus, mas ela preferia pensar no que poderia acontecer depois; e Regulus odiava pensar no que aconteceria, porque ele sabia que nunca era coisa boa.
Ele já havia se deixado levar por ela enquanto criavam seus planos para o futuro após Hogwarts, mas haviam tantas dúvidas pelo caminho que os dois gostariam de percorrer.
Se eles fossem ficar juntos, Regulus teria que deixar seus pais. Eles jamais aprovariam Regulus ficar com Marilyn Bessi, mestiça, e que era de uma família pouco conhecida no mundo bruxo. Os Bessi não tinham cargos importantes no Ministério da Magia e, além de tudo, tinham algum contato com trouxas. Walburga enlouqueceria se soubesse a companhia que Regulus tinha naquele dia, se soubesse que seu querido filho beijava uma garota mestiça.
Apesar de, na maioria das vezes, ser uma garota doce, Marilyn podia fingir, manipular algumas pessoas para que pensassem que ela agia como elas. Mas ela jamais poderia manipular Walburga e Orion.
─ Que escolha terrível fizemos, Marilyn ─ Regulus falou enquanto os dois entravam no Três Vassouras e procuravam uma mesa vazia. ─ Está tão frio.
─ Eu te esquento, Regulus ─ Bessi abraçou o garoto de lado.
Regulus passou uma mão pelos cabelos dela, em seguida a afastou.
─ Você quer chocolate quente? ─ ele perguntou.
─ Por favor ─ ela respondeu, sorrindo.
Regulus assentiu, deixando Bessi em uma das mesas do fundo do local, e levantou-se na direção do balcão onde havia outros alunos fazendo seus pedidos.
Logo ele segurava dois copos de chocolate quente nas mãos. Mas, infelizmente, quando se virou não foi a tempo de ver uma dupla de amigos passar por ele. Regulus tombou na garota. Foi rápido o suficiente para que ele só percebesse que havia derramado a bebida de Marilyn nas roupas de frio da garota ruiva. Ele a conhecia. Era Daphne Armstrong, da casa Sonserina e do mesmo ano que ele.
Daphne levantou as mãos, mas suas roupas eram grossas graças ao frio que, por sorte, o chocolate quente não penetrou nos tecidos.
─ Olha por onde anda! ─ Daphne exclamou, sem ao menos olhar para Regulus.
Regulus estava prestes a responde-la de volta, dizer que a culpa era totalmente dela por andar(talvez ele trocasse a palavra por "rastejar") tão sorrateiramente. Mas isso não fazia mais sentido quando ela e Nikolai Schenker saíram do bar. Agora restava Regulus com um copo e meio de chocolate quente e com nenhuma vontade de permanecer ali.
Daphne e ele nunca haviam falado diretamente um com o outro, apenas quando realmente necessitavam. Eles não se conheciam e Regulus imaginava que seria difícil mudar isso.
Mas o destino podia rir dele.
Havia falado com Marilyn e em alguns minutos os dois estavam fora do Três Vassouras. Ela, como esperado, entrelaçou suas mãos enquanto caminhavam. A neve que caia mais cedo já havia parado, apesar do solo continuar fofo desenhando as suas pegadas.
Regulus percebeu que eles estavam praticamente sozinhos naquela parte de Hogsmeade, bem próximos ao Cabeça de Javali, um bar um pouco suspeito, alguns bruxos diziam; ele não acreditava muito nisso. Qualquer lugar podia ser frequentado por pessoas boas ou más. E ele gostava de ficar sozinho com Marilyn, assim ele não precisava fingir.
Os dois apenas caminharam e caminharam. Mas havia um limite para o quão longe eles poderiam ir. As cercas indicavam que era proibido atravessar para o outro lado do terreno, onde ficava A Casa dos Gritos. Regulus imaginou que Sirius, sendo um rebelde sem causa como era, iria cruzar aquela cerca e ainda rir dos supostos espíritos ameaçadores e violentos do outro lado. Regulus poderia desafiá-lo a fazer isso, se ele não o tivesse abandonado há um ano.
─ Esses são os pombinhos mais fofos que eu já tive o desagrado de ver, você não acha, Narcisa?
Regulus, ouvindo a voz de sua prima, largou imediatamente a mão de Marilyn, antes mesmo de se virar.
─ Bella, Narcisa... ─ ele as cumprimentou, nervoso.
Marilyn pensou duas vezes antes de se virar. Ela não conhecia as primas de Regulus, mas ele já havia falado sobre elas, principalmente sobre como Bellatrix normalmente se comportava.
─ Primo ─ a morena sorriu, mostrando todos os dentes. ─ Fico feliz por ver você tão saudável depois de tanto tempo. A única parte triste é saber que anda com certos tipos de bruxos.
Bessi baixou o olhar para a neve cobrindo o solado de seus sapatos quando Bellatrix a encarou diretamente nos olhos, antes de olha-la de cima a baixo.
─ Estamos voltando para Hogwarts, já está tarde ─ disse Regulus.
Bellatrix deu um passo, ficando na frente dos garotos. Narcisa imediatamente cochichou algo no ouvido dela, mas sua irmã só deu de ombros.
─ Tão bonita, seria uma pena se...
─ Estamos de saída, Bella ─ Regulus não tocou a mão de Marilyn como antes, ele a pegou pelo braço para que passassem pelas duas mulheres mais velhas.
Bellatrix parou de rir instantaneamente, ficando na frente deles novamente, bloqueando seu caminho, odiando a maneira como seu primo a tratou.
─ Bella... ─ mas Narcissa murmurou e segurou seu braço enquanto alguns outros alunos de Hogwarts apareciam voltando para o castelo.
─ É tarde, primo ─ Bellatrix sussurrou, mas ela ainda estava olhando para Marilyn, ─ e nós sabemos o que geralmente se esconde na escuridão da noite.
Ela riu, observando quando Regulus puxou Marilyn.
Hogwarts - Março de 1978
- Atualmente
Regulus e Daphne estavam definitivamente muito ocupados para conversar sobre o beijo na casa de campo dos Black no dia anterior. E, mesmo se não tivessem tantos trabalhos acumulados devido sua saída no fim de semana, era improvável que conversassem sobre isso.
─ Você entende que é uma de minhas melhores alunas, assim como Regulus é um dos meus, Daphne. Prezo muito pela amizade que tenho com vocês dois, mas fiquei magoado por não saber de primeira mão sobre essa união.
Horácio Slughorn era realmente o professor que Daphne mais gostava em Hogwarts, mas, assim como todas as pessoas que conhecia, ele tinha defeitos, um deles era se interessar demais pela vida de seus alunos favoritos. E ela sabia que ele não mentia quando dizia que ela era uma das melhores ── talvez não necessariamente uma das melhores alunas, mas definitivamente melhor do que qualquer outro aluno em qualquer coisa.
(Bem, Daphne tinha três espíritos característicos, primeiro: o que não se importava em achar absolutamente nada sobre ninguém, ignorando tudo e todos ao seu redor, inclusive a si própria. Segundo: o narcisista, que achava que ela era melhor do que qualquer outra pessoa em qualquer coisa que tentasse fazer. E o terceiro: o que a colocava para baixo, o que dizia que ela era realmente uma pessoa ruim e que merecia qualquer castigo que o destino lhe desse).
Mas ela podia considerar Horácio como um amigo para algumas horas, horas essas das aulas ou das ceias que ele fazia em sua sala, convidando seus alunos favoritos para o seu pequeno clube. Mas não havia realmente um motivo para que ele se chateasse por não saber sobre o noivado, isso sim era desnecessário, Daphne só não diria isso para ele.
─ Queríamos primeiro deixar tudo pronto antes de falar com as pessoas. Espero que compreenda, professor Slughorn, eu jamais deixaria de lhe contar algo assim ─ uma grande mentirosa.
─ Claro que sim, senhorita ─ o professor disse, enquanto sentava na cadeira atrás da escrivaninha. Sua aula já havia acabado e estavam apenas Daphne, Horácio e Nikolai na sala. ─ E fico feliz por vocês dois. Vejo como Regulus olha para você. É profundo. Como se ousasse ler todos os seus pensamentos e medos. É realmente muito bom saber que, apesar da pouca idade, estão tão apaixonados.
๑
Era óbvio que Nikolai não deixaria a conversa com Slughorn parar naquela sala. Ele riu e zombou de Daphne o caminho inteiro até sua comunal, até o momento em que Daphne o xingou, o deu um soco no braço e correu para o dormitório.
Nikolai sabia sobre o beijo, essa havia sido a única parte que ele não usou como piada. Isso por que ele também sabia como as coisas podiam ficar seria após isso. Daphne e Regulus haviam se beijado por que queriam, e não por causa de seus pais.
Quando Daphne entrou no quarto, avistou Marilyn Bessi arrumando os próprios lençóis na cama. A menina a olhou e rapidamente desviou o olhar. Era raro Marilyn não cumprimentar Daphne quando se encontravam, ou sequer apenas um sorriso. E, fazendo a mesma coisa que fez pela manhã, ela se retirou do quarto, deixando Armstrong sozinha mais uma vez.
Haviam mais duas garotas com quem Daphne dividia o quarto. Hall e Daisy, mas nenhuma delas conversava com ela, normalmente só a cumprimentava com bons dias ou boas noites.. Marilyn era a única que ainda tentava ter uma conversa que durasse mais de cinco minutos... até aquele momento.
E isso se seguiu pelo resto do mês. Marilyn Bessi não cumprimentou ou tentou conversar com Daphne. Não que Armstrong sentisse falta, mas com o passar dos dias ela finalmente começou a achar o comportamento de sua colega de quarto estranho.
E havia apenas uma razão para isso. Uma razão que todos em Hogwarts agora conheciam.
Daphne arruinou o romance de Marilyn com Regulus.
olá, meus leitores lindos! tudo bem com vocês?
o capítulo de hoje foi mais curto, eu sei, é que o próximo eles estarão em abril e eu prefiro não fazer toda essa mistura. também quero dizer que não é simplesmente por acaso esse flashback do Regulus com Marilyn, fiquem de olhos abertos para os próximos capítulos!
uma curiosidade que eu tenho sobre meus leitores maravilhosos, quero saber a média da idade de vcs. quantos anos vocês têm?
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