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𝗣𝗥𝗢́𝗟𝗢𝗚𝗢

𝟐𝟎𝟎𝟎𝐍𝐎𝐕𝐀 𝐈𝐎𝐑𝐐𝐔𝐄

ELEANOR HARTLEY

O sol brilhava no céu de Nova Iorque, a temperatura escaldante provocava gotículas de suor em minha pele, escorrendo e se acumulando na ponta de meus dedos. Mas eu não podia evitar o sorriso que enfeitava minhas feições, eu amava essa estação, amava a felicidade, amava o calor, amava correr e rolar pela grama do Central Park, amava tomar sorvete no Brooklyn e tomar banhos com a água gelada da mangueira no quintal.

Neste momento meu coração palpitava com a ansiedade para voltar para casa depois do toda uma semana no internato, mal podia esperar para abraçar minha mãe e ganhar um beijo na testa de boas-vindas. Hoje era meu aniversário, a data em que eu mais esperava chegar o ano inteiro, eu agora era uma jovem garota de sete anos, para mim, essa era a idade de ouro.

Havia ainda aquela pequena esperança de que ele viesse me ver, meu pai, o único homem que eu sentia a verdadeira vontade de conhecer, como eu queria poder ver seu rosto, ser abraçada, ser beijada e ouvir suas afirmações de carinho e amor. Todos os anos eu o esperava, ficava acordada até o último segundo do dia o esperando. Ele nunca veio, mas ainda sim eu o esperava, torcia e rezava por nosso encontro.

Um barulho de discussão ao meu lado atraiu meu olhar, virei minha cabeça para o lado e agucei minha visão, tentando entender o que se desenrolava na cena a minha frente. Dois garotos pareciam estar brigando, um deles era muito mais alto, forte e claramente mais velho, ele pressionava o outro garoto contra a parede de tijolos vermelhos da escola, usando seu braço para o prender naquela posição. Reconheci o mais velho como sendo Marco Smith, um valentão de quatorze anos que pareciam ter prazer em atormentar crianças mais novas, eu o detestava.

O outro garoto eu não conhecia, já havia o visto pelos corredores, mas nunca havíamos trocado nenhuma palavra, ele devia ser da minha altura, com cabelos loiros rebeldes e olhos tão azuis quando o mar, o suor também cobria seu corpo, os cabelos na testa estavam empapados e grudados uns nos outros, as bochechas estavam vermelhas e ele parecia realmente estar com raiva, mas também com muito medo.

Nossos olhares se cruzaram por cerce de três segundos, e o primeiro pensamento que me ocorreu foi algo como, "Ele consegue se virar sozinho, não quero apanhar também.", mas seu olhar me deixou angustiada, como se me implorasse por ajuda em um pedido silencioso. Resolvi engolir os pensamentos de medo e procurar uma maneira de ajudar. Analisei a situação por alguns segundos, pensando em como eu poderia ajudar alguém que estava sendo uma vítima de intimidação, pensei em chamar algum professor, mas tive a certeza de que me colocariam como causadora do impasse, todos os professores me abominavam.

Foi então que aquele pensamento me atingiu, um pouco diabólico, eu sabia que seria errado, sabia que machucaria Marco e que ele provavelmente sangraria, mas foi o que acreditei ser minha melhor escolha. Peguei uma das pedras que estavam organizadas em círculos no entorno da árvore na qual eu apoiava minhas costas e a segurei com toda a força que uma garotinha de sete anos recém completados pode ter.

Respirei profundamente, buscando coragem e força para fazer o que tinha em mente, me coloquei de pé e dei dois passos para frente. Atirei a pedra com toda a força que consegui reunir, acertando na cabeça de Marco no mesmo instante em que ele empurrou o garoto contra os tijolos, ambos os meninos soltaram gemidos de dor no mesmo instante. Marco soltou o garoto e levou as mãos até a ferida que derramava o sangue quente. Eu corri para trás da árvore, me escondendo dele antes que também recebesse um pedra na cabeça.

O vi correndo para dentro da escola novamente, o outro garoto ainda no mesmo lugar, paralisado. Inspirei novamente e caminhei até ele, torcendo para que ele reconheça o perigo em que me coloquei para ajudá-lo e me agradeça. Parei em frente a ele e tentei dar meu sorriso mais receptivo, éramos da mesma altura, então nossos olhos estavam conectados.

—— Oi, eu sou Eleanor, mas todo mundo me chama de Ellie. Qual seu nome? — Estendi minha mão para ele, depois de colocar alguns dos meus cachos rebeldes atrás da orelha.

—— Oi, meu nome é Perseus, mas pode me chamar de Percy. — Ele me respondeu com a voz baixa e parecendo cansada, os olhos piscando de maneira mais lenta do que eu considerei normal.

—— Esse Marco é um pé no saco, mas acho que ele vai te deixar em paz, pelo menos por um tempo. Você estuda aqui a muito tempo?

—— É meu primeiro ano, e provavelmente vai ser o último, já arrumei muitos problemas. — Não consegui evitar o riso quando ouvi sua resposta, eu também não tinha um histórico ideal aqui.

—— Entendi. Quer ser meu amigo? Eu não tenho muitos amigos, nenhum, na verdade. — Ofereci o que eu achei que tinha de melhor naquele momento, e no fundo, eu realmente queria ter amigos, eu era somente uma criança que vivia perdida na solidão.

—— Quero, eu também não tenho outros amigos.

Quando ele me respondeu foi como se uma onda de felicidade me atingisse e me deixasse totalmente extasiada. Antes que eu pudesse pensar com clareza me joguei para frente e o abracei, sacudindo nossos corpos juntos, me afastei antes mesmo que ele pudesse retribuir, eu sorria genuinamente. Meu aniversário acabava de se tornar ainda melhor, e se meu pai não viesse me buscar, pelo menos uma amizade eu teria feito, para mim, isso era o suficiente para me manter feliz pelo restante do dia, talvez eu até fosse dormir mais cedo.

—— Ah Percy, estou tão feliz que agora tenho um amigo, esse foi o melhor presente de aniversário que eu esperaria ganhar, obrigada.

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