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𝐢𝐢𝐢. 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐓𝐈𝐍𝐆 𝐑𝐄𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓𝐒

ERA MANHÃ, LO OUVIU A MÃE CONVERSAR AO TELEFONE SOBRE UM CERTO RETIRO PARA MENINAS. Ela gostaria de ouvir mais sobre os detalhes que sua mãe discutia por telefone, mas Louise tinha a patética função de preparar o desjejum de Jason. Era uma piada aquilo tudo, ninguém preparava café da manhã para ela, nem mesmo seu próprio pai, quando vivo, recebeu desjejum em seus aposentos. Lo estava certa de que Lorraine queria passar a melhor das impressões para o homem, talvez assim ele ignorasse as loucuras que possuíam os Lemony.

Ela segurou firme a bandeja e subiu as escadas rumo ao quarto de Jason. Imaginou que seria uma pena se toda a comida fosse para o chão em um "acidente proposital". A porta estava aberta e Lo entrou pigarreando alto, Jason estava sentado em uma poltrona com o jornal do dia nas mãos, ele sorriu malicioso para a garota com a bandeja nas mãos.

— Seu desjejum, senhor Delarue. — A garota disse cantarolando e nitidamente forçando simpatia. Ao colocar a bandeja no colo do homem sem demora, ela se inclinou sobre Jason, o suficiente para que o joelho do homem estivesse entre suas pernas. Lo se aproximou do ouvido dele, antes de sentir o perfume masculino que o rondava. — Não fique chateado, mas comi os seus ovos mexidos e bebi um pouco do seu café... Bon appétit.

Ela se afastou de Jason pisando firme no chão de carvalho, tinha um sorriso debochado no rosto e satisfeito, pois havia deixado o homem sem palavras. Lorraine subiu até o andar de cima, checou rapidamente se Jason havia recebido seu café da manhã como ela havia pedido, tudo parecia está em ordem pelo menos. A mulher caminhou até o quarto da enteada, Louise estava sentada na cadeira do seu quarto mexendo no celular com um semblante entediado.

— Adivinha quem estava falando comigo no telefone? — Lorraine cruzou os braços tomando atenção da jovem.

— Eu já sou a empregada, agora tenho que fazer o papel de adivinha? — Lo falou rispidamente.

— Não fale nesse tom comigo, mocinha! — Lorraine a repreendeu, então se aproximou da garota retirando o celular de suas mãos, Lo grunhiu de raiva como um animal selvagem. — Está vendo, é por esse motivo que eu estou pensando em mandar-lhe para o retiro, um pouco de convivência com Deus pode mudar sua vida!

— Eu não quero ir a um retiro! Tenho certeza de que Deus não vai estar no meio de adolescentes! — vociferou Lo. Ela odiava colônias de férias mais que tudo.

— Você está impossível Louise Lemony, aposto que seu pai está se revirando no caixão tendo que ver que a princesinha dele, a qual sempre mimou, se tornar uma adolescente intolerável.

— Com certeza ele está se revirando no caixão, assim como minha mãe também está, cada vez que vê você controlando minha vida! — Louise continuou. – A minha mãe de verdade!

Lo passou pela mulher descendo as escadas rumo ao jardim, seus olhos queimavam de raiva, fazia um tempo que seu pai havia morrido e sua madrasta havia se apossado da sua vida. Louise se lembrava muito pouco da sua verdadeira mãe, mas sabia que era semelhante em todos os modos. Seu próprio pai dizia em muitos momentos descontraídos que ela havia herdado os olhos bipolares dela: hora castanhos hipnotizantes, hora verdes intensos, isso dependia do seu humor.

Lorraine não era uma madrasta má como as de contos de fada, mas tão pouco chegava a ser a mãe mais amorosa que ela sempre quis ter. A mulher sempre foi exigente com ela, sempre a treinou para ser uma dama e conquistar um marido rico. Por infelicidade do destino, Lorraine nunca havia conseguido dar um filho ao esposo, então tinha que se contentar em cuidar muito bem da única herdeira e primogênita do marido.

Louise já havia completado seus dezoito anos, mas não possuía independência ainda. No testamento do seu pai, ele havia deixado claro que Lo deveria ficar sob responsabilidade de Lorraine Lemony até os vinte anos, onde receberia sua emancipação, sendo assim, ela teria idade e maturidade suficiente para receber o dinheiro guardado a sete chaves, uma quantia maior que sua herança recebida.

Talvez aquele fosse o único motivo que Lorraine ainda a suportasse sob o mesmo teto, a fortuna que a mulher iria receber em alguns anos poderia trazer seu conforto novamente e quitar muitas dívidas criadas pelo seu espírito consumidor.

Enquanto isso, a menina iria continuar a viver sob as regras e gritos irritantes de Lorraine, sua tutora legal. Era um verdadeiro inferno na vida de Louise.

╰───────╮ ✧ ╭───────╯

Lorraine virou um copo de uísque sem pensar duas vezes, então ouviu passos pesados. Jason surgiu na escada com um olhar preocupado, querendo ou não, ele havia ouvido o pequeno desaforo entre mãe e filha a alguns minutos atrás.

— Está tudo bem? — Jason perguntou sutilmente. A mulher parecia cansada, embora um riso bem ensaiado estivesse em seu rosto.

— Adolescentes. Sabe como são as meninas nessa idade, eu já passei por essas mesmas rebeldias. — Lorraine tentou justificar. Jason sentou-se em um sofá encarando a mulher.

— Sei que meninas como a Louise estão com os hormônios a flor da pele, mas ela realmente parece aborrecida com algo.

Lorraine travou o maxilar e cruzou as pernas irritada. Louise havia mudado da água para o vinho após a morte do pai e do assédio que havia sofrido na escola. A mulher havia herdado um verdadeiro problema do falecido marido e não eram só as dívidas.

Louise estava se tornando uma verdadeira pedra em seu caminho, ambas estavam amarradas por um contrato elaborado escondido pelo falecido patriarca Lemony. Mas por toda sua vida, a mulher havia aprendido a engolir sapos e manter um riso impecável no rosto.

— Eu sinto muito, Jason. Você parece disposto a ajudar, mas tudo que acontece com Louise só diz respeito a mim, eu sou a tutora dela até seus vinte anos... e mãe, querendo ela ou não. — Lorraine levantou-se de onde estava. Jason apertou a ponta do nariz brevemente e acompanhou os passados da mulher desaparecer ao subir as escadas.

O tempo se arrastou como uma corrente pesada, o clima na casa dos Lemony era fúnebre. Jason se sentia em um campo minado onde ele não pretendia jogar. Quando a noite finalmente caiu, Lo caminhou até o quarto de Jason. Três batidas suaves despertaram a atenção do professor que lia em sua cama. Jason caminhou suspirando, imaginando que Lorraine estaria em sua porta, mas não era ela. Louise tinha olhos brilhantes, suas sobrancelhas bem feitas se ergueram para Jason.

— Não vai me convidar para entrar? — Ela mordeu os lábios carnudos.

— A casa é sua, não precisa pedir para entrar. — Ele disse dando um meio sorriso.

Jason se afastou para que Lo entrasse, ele encostou a porta, mas antes procurou checar se a do quarto da matriarca da família estava bem fechada, passava da meia noite e provavelmente Lorraine estaria em seu mais profundo sono.

Louise virou-se para Jason, ele usava apenas uma cueca samba canção e uma camisa verde. O homem passou por ela pegando o livro que estava sobre a cama, para Jason era prazeroso ter a jovem ninfeta em seu quarto. Ele a observou ir até uma pilha de livros sobre a escrivaninha, então quando escolheu um do seu agrado, ela entregou para Jason.

Ele franziu o rosto encarando o livro que ela o havia entregado.

— O Retrato de Dorian Gray. — Jason pronunciou o título, então Lo deu um sorriso torto.

— Leia para mim, estou com dificuldade para dormir.

Era apenas um pedido, Jason supôs, que mal havia nisso?

— Não achei que gostasse de gêneros como esse ou... de ler. — Ele disse sorridente. Lo revirou os olhos indo até a cama levemente bagunçada do homem.

Jason acompanhou com o olhar a jovem se deitar sobre seus lençóis. Naquela noite ela usava apenas um baby-doll de seda branco, o short curto revelava suas pernas torneadas e a blusa de alça fina deixava evidente seu decote que era valorizado pelo bojo da blusa.

— Meu pai sempre lia para mim antes de dormir, ele era um amante de livros. Como você. — Ela disse, seu olhar brilhou um tanto triste. Jason duvidou se a garota fosse realmente chorar em sua frente, ele se aproximou cauteloso até ela, então se sentou ao seu lado da cama.

— Sente falta dele?

— Ele era meu herói, minha base. Quando ele se foi eu senti que metade de mim havia ido também... — Ela estava lutando contra as lágrimas, não queria chorar na frente de Delarue. Lo levantou uma sobrancelha encarando-o. — Vai ler ou não?

— É claro! — Jason piscou se acomodando melhor na cama. Lo fez o mesmo, deitou o rosto sobre o ombro do homem suspirando seu cheiro de sabonete e perfume. — Sua mãe não vai ficar irritada com você aqui, certo?

— Ela não vai ficar se você não contar. — Lo disse brincando com os dedos sobre o peito do homem.

Ela o enlouquecia sem muitos esforços. Em muitos pontos Louise lembrava sua Lolita da juventude, aquela garota de olhos azuis que ele havia conhecido nas suas férias em Paris, a mesma garota que ele havia prometido amar por toda vida, a mesma que havia tirado sua pureza na praia ao crepúsculo, a dita ninfeta que havia lhe deixado sem dizer um adeus. Mas era o que diziam sobre o primeiro amor, não era a primeira pessoa a quem você prometia seu coração, mas sim a primeira que o quebrava.

— Não vou contar, boneca. — Jason deu uma piscadela para a garota. — Esse será mais um dos nossos segredinhos.

Louise sorriu de lado se alinhando perfeitamente ao corpo de Jason, ele abriu o livro e começou a recitar os primeiros parágrafos. Jason parecia ter um modo único de ler, sua voz era suave e rouca, ele falava baixo de modo que sua voz rodeasse Lo.

Era como um embalo suave de uma rede sobre ondas, aos poucos o corpo de Louise foi relaxando e suas pálpebras pesando. Quando Jason se deu conta, a jovem havia adormecido em seus braços, respirando profundamente com os lábios entreabertos. Era uma visão perfeita, certamente Jason nunca se cansaria de admirá-la dormindo.

╰───────╮ ✧ ╭───────╯

Era um belo dia, Louise se sentou ao lado de Jason no balanço que ficava na varanda. Ele sorriu para ela encarando suas pernas nuas, havia percebido que vestidos e saias floridas eram peças fundamentais em seu armário. Ele não reclamava da bela visão que ambas vestimentas podiam lhe dar, Lo possuía belas pernas e certa inocência ainda, coisas que ele gostaria profundamente de provar.

— Por que está sorrindo, seu bobão? — Ela perguntou para ele, então encolheu as pernas colocando sobre o balanço.

— Tive um boa noite de sono e você? — indagou em bom tom, a garota deu de ombros mordendo brevemente os lábios naturalmente rosados.

— Hum... — Ela pareceu pensativa por um momento. — Foi como qualquer noite.

Jason estava preste a respondê-la até Lorraine se acomodar sem ser convidada ao lado da garota com um cigarro em mãos. Ela olhou de soslaio para a filha repreendendo sua postura.

— Louise sente-se como uma moça. Temos uma pessoa diferente em casa. — Lorraine disse severamente. A menina rangeu os dentes ainda encarando o jardim em sua frente.

— Jason não é uma pessoa diferente... Ele já é da família. Não é mesmo Jayjay? — Lo disse sarcasticamente encarando a mãe e em seguida Jason, ele apertou os lábios reprimindo o sorriso ao mesmo tempo que ouviu Lorraine bufar irritada.

— Jayjay? — Lorraine perguntou chocada após tragar seu cigarro. — Certamente mocinha, tenha mais respeito!

— Está tudo bem, Lorraine. — Jason disse risonho. Lo encarou a mãe com um olhar vitorioso, então ela cruzou as pernas deixando que seu joelho tocasse sutilmente dos dedos de Jason. Ele sorriu entendendo o recado da garota, então passou o braço pelo ombro de Lo de modo discreto. — Me chamavam de Jay na escola e Jayjay na faculdade, terríveis anos aqueles.

— Mas que grande merda, Jason! — Lo disse sorrindo. Ele teve que confirmar.

— Olha a boca, mocinha! — Lorraine repreendeu novamente, Lo revirou os olhos.

— Quer dizer, sinto muito por sua fase atroz na memorável propriedade composta por indivíduos insignificantes, senhor Delarue. — Lo forçou sua voz. Jason sorriu divertido ao lado da garota. Ela tinha um adorável e ácido senso de humor.

— Já pensou que carreira vai seguir? — Ele perguntou para a garota.

— Penso em ser dançarina... ou talvez atriz... ou até mesmo uma cantora. — A garota respondeu ainda pensativa. — É... Porque eu tenho um talento natural, como uma beleza melancólica para esse tipo de arte.

— Melancólica com certeza .— Lorraine confirmou com a jovem. — Você deve pensar em uma profissão de verdade, medicina é o que você irá fazer!

— Profissão é profissão, aliás Lo, eu adoraria vê-la dançar ou assistir algum filme seu... Quem sabe ir a um show. — Jason disse motivador. A garota sorriu para ele.

— Eu queria muitas coisas na sua idade, Louise... e não pude alcançar todas. — Lorraine disse antes de se levantar do balanço ao ouvir o telefone tocar. — Já volto.

A mulher deixou a varanda. Lo levou uma mão para a coxa de Jason assustando-o um pouco, apertou levemente o joelho do homem, com um riso paquerador nos lábios e olhar chamejante.

— Nos leve para o lago Hampshire amanhã. — Lo exigiu. Jason levantou uma sobrancelha não entendendo o pedido.

— Eu? — Jason perguntou confuso. Lo suspirou um pouco impaciente.

— Ela vai fazer qualquer coisa que você pedir, ela não transa há um bom tempo e você aqui a faz ter esperanças. — Lo sorriu ao notar a expressão confusa e constrangida do homem. — Não finja que não percebeu, ela está caidinha por você.

— Bem, se é o que diz, então levarei vocês duas para o lago. — Jason disse. Não era segredo o modo como Lorraine se comportava ao seu lado, ele havia percebido seu interesse desde o primeiro dia que havia colocado os pés naquela casa.

— Viu só? — Lo disse, sorriu e encarou Jason. — Eu sei do que os garotos gostam, mas também sei o que homens como você querem.

Aquilo foi como uma verdadeira bomba arremessada em seu refúgio. Jason encarou a menina, ela tinha o mais belo sorriso em seus lábios, até então, ele estava bancando o bom homem, mas as investidas de Louise eram impossíveis de resistir. Ele colocou uma mão sobre a perna da garota, ela suspirou e passou a ponta da língua entre os dentes com um riso malicioso.

— E o que você acha que homens como eu querem? — Jason perguntou quase em sussurro, então subiu a mão um pouco mais para baixo da saia da garota.

Louise queria ser tocada profundamente, ele entendeu isso quando ela afastou as pernas um pouco mais para que sua mão subisse, e ele o fez. Sua mão seguiu por dentro da saia da menina até que sentisse o calor feminino e inocente dela em sua mão.

Lo fechou os olhos sentindo a mão grossa apertar sua coxa e vibrou quando o dedo de Jason subiu e desceu de modo delicado no tecido da sua calcinha. Barulhos de saltos foram ouvidos em direção ao lado de fora, Jason tentou puxar a mão para fora da saia de Lo, mas a garota foi rápida em fechar as pernas, prendendo a mão de Jason entre suas coxas.

— Isso responde sua pergunta? — Lo provocou Jason, a porta da varanda foi aberta no instante que Lo abriu as pernas para Jason retirar sua mão.

Lorraine se sentou ao lado da enteada com um celular em mãos, mas antes observou que Jason parecia nervoso com algo, ela deduziu então que sua enteada com certeza havia feito perguntas inconvenientes ao homem. Louise não possuía filtros, falava o que vinha em sua mente sem se importa com as consequências, ela era exatamente como o pai.

— O que aconteceu? — Lorraine perguntou.

— Vamos amanhã ao lago Hampshire? — Jason perguntou sem demora, Lorraine sorriu com a ideia.

— Jason, adoraríamos! — A mulher respondeu agradecida.

— Isso merece uma comemoração! — Lo pulou do balanço sorridente, então correu para dentro de casa e ligou a TV em um canal de música.

— Peço que me perdoe os modos dela. — Lorraine passou a mão pela sobrancelha visivelmente irritada com a enteada. Jason sorriu amarelo para a mulher.

— Jayjay — gritou a garota de onde estava, Jason ouviu Lorraine protestar ao seu lado —, me veja dançar.

Jason se esticou na cadeira espiando pela porta, a garota girava e pulava, fazendo sua saia voar, uma música agitada tocava ao fundo, ele reconheceu como Cherry Bomb. Lo seguia o ritmo da música, subindo as mãos pelas pernas fazendo com que a sua saia se levantasse no momento que ela girava, ele sorriu.

Dorian Gray estava certo, para se lembrar da sua juventude ele teria que cometer as mesmas loucuras daquela época. Nestes dias, a maioria das pessoas morria de uma espécie de consenso servil, e, quando já era tarde demais, descobriam que as únicas coisas que não se arrependem são os próprios erros.


──𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒

AWNNN gente muito obrigado pelos +100 likes e +400 visus que a fic ganhou <3 Estou muito feliz mesmo, que bom que estão gostando da historia, mas devo avisar que as coisas por aqui não são só "amores" ...

E ai gente me digam o que estão achando da Louise e do Jason?

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