013. Comunicado
ANY
Os dedos de Noah massageando minha cabeça e em seguida deslizando pelos meus cabelos era uma das tantas demonstrações de carinho que ele resolveu me dar essa noite. Porque a forma como ele fez amor comigo foi sem sombra de duvida uma demonstração de muito carinho.
Além disso só o fato de passar um pouco das oito da manhã e ele ainda estar ao meu lado na cama, pra mim já era outra prova de carinho. Minha cabeça continuava em seu peito. Sua mão estava sobre a minha e eu não me cansava de olhar a grossa aliança em seu dedo.
- Noah?
- Hum?
- Que tipo de serviço Sabina irá prestar a você?
- Isso não é assunto seu, Any.
- Eu não posso saber por...
- Já falei: isso não te diz respeito. Não é sua conta.
- Aff... Sinceramente, Noah. Se você tivesse demorado mais cinco minutos pra nascer, teria nascido relinchando.
Me arrependi em seguida. Mas ele gargalhou.
- Gostei. Essa é nova pra mim.
Até eu acabei rindo da minha idiotice. Mas me deu tanta raiva. Noah era um cavalo, às vezes.
Ele suspirou pesadamente antes de falar.
- Não é que não pode saber, Any. Mas não quero falar sobre isso nesse momento, entende? Uma outra hora eu te direi? Está bem assim?
- Assim é melhor.
- Não vai se levantar? Precisamos sair.
- Está tão bom aqui.
- Olhe pra mim.
Ergui meu rosto pra ele. Apertou a ponta do meu nariz.
- A gente volta mais cedo. Hoje não irei sair. Ficarei com você.
Meu coração, obviamente pulou feito um louco dentro do peito. Deus... esse homem era tão delicioso, que eu como a desavergonhada que era não sabia o que era melhor: bravo e me dando coice ou todo dengoso assim.
Na verdade, acho que uma coisa completava a outra. Ele não seria o mesmo se uma dessas partes faltasse.
- Adorei ouvir isso. Então venha pro banho, meu mafioso.
Ele se levantou de um pulo, me pegando no colo e me fazendo gritar de susto. Rapidamente abriu a ducha sobre nós. Resolvi provocá-lo e apertei sua bochecha.
- Bonitinho da Any...
- Deixa de ser boba... imagina se alguém ouve você falar assim.
- O que tem? você é bonitinho... e é meu. Palavras suas.
- Não vou retrucar. Resolveu bancar a palhaça hoje. Se fizer uma gracinha dessas na frente dos meus pais, ficará de castigo.
- Vou me comportar. Prometo. Aliás isso me lembrou uma coisa.
- O que?
- Aquela garota que você falou... que sabia sobre quem... assassinou a Jully...
- Joalin.
- Sim. Eu gostaria de vê-la.
Seu rosto se fechou.
- Não sei se será possível.
- Por que não?
- Ela quase não conversa com ninguém, Any. E se souber que você é filha e irmã daqueles...
- É só você não dizer quem eu sou.
- Sabe que não gosto de mentiras.
- Não estará mentindo... apenas... ocultando.
- A troco de que quer vê-la?
Dei de ombros.
- Sei lá... talvez... ah... Noah, por favor.
- Vou pensar sobre isso.
- Aiinnn... você pensa demais, Noah.
- Se eu não pensasse sairia metendo os pés pelas mãos feito você.
- Sua delicadeza me assusta às vezes.
- Ah... tá... até parece que gosta mesmo de delicadeza. Não pede delicadeza quando eu como você.
Nossa... só de falar assim eu senti meu sexo palpitar. Como seu eu não tivesse passado a noite toda sentada no pau dele.
-Não estou falando de cunho sexual, Urrea.
- Ah... deixa de conversa mole e anda rápido.
Bufei.
Era impressionante como ele mudava da água para o vinho em questão de segundos.
Mas confesso... eu achava isso um charme. Eu era uma vagabunda... mulher de malandro, só pode.
Meia hora mais tarde chegávamos à casa dos pais de Noah. Entramos de mãos dados e ao chegarmos na sala não somente seus pais como Bailey e Josh estavam lá.
-Bom dia.
- Bom dia, filho... Any. Nossa como demoraram.
Noah deu de ombros.
- Culpa da Any. Essa daí parece que nasceu primeiro que a cama.
Pela expressão de todos percebi que esse não era o tipo de conversa descontraída que Noah costumava ter.
Marco me abraçou e Wendy beijou meu rosto. Bailey acenou com a cabeça e Noah deu uma piscadela marota.
- Fiquei preocupada quando ligou querendo a família reunida.
- Preocupada ou curiosa, mãe?
-Os dois.
Noah e eu continuávamos de mãos dadas e foi assim que nos sentamos. Nossas mãos permaneceram entrelaçadas.
-Vou direto ao ponto,não posso me demorar. Tenho um comunicado a fazer.
Noah olhou para cada um dos rostos ansiosos antes de finalmente falar.
-Any e eu iremos nos casar. Em breve.
- Casar? Como assim?
-Como é que se casa, pai? Civil... igreja... vestido... festa... essas parafernália toda.
- Espera aí... vão se casar com direito a tudo?
- Por que não, mãe? Não é o correto?
Bailey e Josh olhavam de mim para Noah mas eu podia jurar que eles estavam se divertindo, e muito. Quem diria, o todo poderoso querendo se casar?
Ron me olhou, sorrindo.
-Como conseguiu essa proeza, garota?
-Eu não...
Noah me interrompeu.
-Nunca fui contra o casamento, pai. Só não tinha encontrado a mulher ideal.
Marco balançava a cabeça, satisfeito. Wendy ainda não saira do transe.
-Any, minha norinha querida... você é... porreta.
Senti minhas bochechas queimarem. Para minha surpresa Noah levou minha mãos aos lábios e beijou.
-AH... MEU DEUS!!
Wendy praticamente berrou... os olhos fixos no dedo de noah.
-Com aliança e tudo o mais?
Noah revirou os olhos e bufou.
-Mãe... não é assim que funciona um casamento? Meu Deus... não entendo a surpresa de vocês.
-Any... já te falei que sou seu fã, não é?
Josh falou e Noah fuzilou-o com os olhos. Ele e Bailey se contorciam, loucos para rir de Noah, é óbvio.
-E para quando será o casamento?
-O mais rápido possível, mãe. Mas como não entendo nada disso... ficará por sua conta e da Any. Igreja, vestido, festa, convite... tudo.
- Ah... meu pai. E eu que já tinha perdido as esperanças de vê-lo casado.
-Vocês são afoitos demais. Não poderia simplesmente casar com qualquer uma.
Marco se levantou e abriu os braços para mim. Fui até ele e recebi seu abraço caloroso,assim como dos demais.
-Bem vinda a família, Any. Dessa vez com uma Urrea.
-Obrigada, Marco. É... uma honra fazer parte dessa família.
Mordi meus lábios e encarando Noah vi que ele ficara satisfeito por ouvir isso.
-E o herdeiro? Como fica?
Dessa vez eu me adiantei a Noah.
-Bom... Noah e eu estamos trabalhando nisso há tempos, Marco.
Os três homens: Bailey, Marco e Noah se olharam e depois explodiram numa gargalhada. Os olhos de Noah se estreitaram.
-Gente... essa daí vai dar trabalho.
-Já acabaram as palhaçadas ou vou precisar esperar as meninas se acalmarem?
Noah olhava para eles com raiva. Wendy estava ao meu lado segurando minha mão e ainda olhando a aliança como se não acreditasse no que via.
-Isso definitivamente merece um brinde, filho.
Marco chamou uma das empregadas que rapidamente trouxe champanhe. Brindamos e acho que quase sem pensar no que fazia, Noah me puxou pela cintura colando sua boca na minha. Eu suspirei de puro prazer enlaçando seu pescoço.
- Hanhã...
Alguém pigarreou, provavelmente Marco e Noah me soltou.
-Mãe... combine com Any o que acham que deve ser feito. O que ela decidir... está decidido.
Olhei pra ele sem acreditar.
-Carta branca, Urrea?
-Vocês é quem entendem disso, Any.
Sorri, satisfeita.
Mais alguns minutos de conversa e Noah despachou Bailey e Josh para alguma missão.
-Mãe... como está Joalin?
-Não desceu hoje. Estava lendo quando fui até lá.
-Vou vê-la um pouco.
Ele se levantou e continuei sentada. Afinal ele disse que iria pensar se me deixaria falar com ela.
No entanto ele estendeu a mão pra mim.
-Vem, Any.
Ergui-me imediatamente.
-Com licença, Wendy... Marco...
Subi com Noah. Ele parou em frente a uma porta,deu uma leve batida e abriu.
-Joalin? Posso entrar?
Provavelmente ela assentiu, já que ele entrou. Foi direto até a cama. Vi uma coisinha miúda de cabelos curtos e loiros sentada na cama com um livro no colo. Parei para observar a cena, refletindo sobre como Noah estava sempre a me surpreender.
Gestos, atitudes, palavras... tudo tão diferente do que estava acostumada a ver e que contribuía e muito para aumentar ainda mais meu amor por ele.
Noah abraçou a garota e beijou seu cabelo.
-Como você está?
-Bem.
-Quero que conheça alguém.
Olhou para mim e me aproximei. Noah segurou minha mão.
-Essa é Any Gabrielly Soares, Joalin.
Ao ouvir meu nome o terror tomou se rosto e ela se encolheu, o livro caindo ao chão.
-Hey... Joalin... calma, Any não vai machucar você. Ela não é... como os outros.
-Oi Joalin.
Ela continuava encolhida, me olhando.
-Oi Any.
Finalmente ela respondeu e eu sorri. Noah segurou nas mãos dela.
-Já te falei que ninguém irá te machucar, fadinha. E tenho uma novidade para te contar.
Ela desviou o olhar de mim para Noah.
-Any e eu iremos nos casar.
Beijou minha mão.
-Será minha esposa em breve.
Ela abriu um largo sorriso e abraçou Noah. Eu estava realmente admirada com o carinho dele para com ela.
Fiquei parada sem saber se dizia alguma coisa, se tentava dar um abraço nela também. Mas Joalin se adiantou e me pegou completamente de guarda baixa. Encarou-me.
-Ele não é mau. Cuida dele.
Uma onda imensa de carinho tomou conta de mim. Pelos dois. Sentei-me na beirada da cama e arrisquei a segurar sua mão. Ela não se esquivou.
-Eu sei que ele não é mau. É apenas... meio ranzinza.
Ela riu tapando a boca e concordando silenciosamente.
-Mas... ele é muito...
Olhei para Noah. Ele me olhava intensamente e quase perdi o fôlego.
-Ele é muito especial pra mim, Joalin Pode ter certeza que cuidarei dele.
Evitei olhar para Noah. Eu sabia que ele me encarava.
-Eu tenho que ir fadinha. Prometi a Any que passaria o dia com ela.
-Tudo bem.
Noah deu um beijo em sua cabeça e se levantou. Eu dei um beijo em seu rosto que foi prontamente retribuído.
-Tchau, Joalin. Foi bom conhecer você.
-Tchau Any.
Quando estávamos na porta, prontos para sair ela falou e fez Noah parar e olhar para mim.
-Eu posso ajudar? No casamento.
Noah virou-se para ela, visivelmente surpreso.
-Nos preparativos?
Ela assentiu.
-Sabe... já trabalhei numa casa de festas... eu fazia essas coisas.
Não esperei que Noah respondesse, afinal ele me dera carta branca.
-Eu vou adorar ter sua ajuda, Joalin. Vou avisar pra Wendy que irá nos ajudar.
-Obrigada.
Noah estava mudo. Sua expressão era de quem pensava, sem chegar a conclusão alguma.
-O que foi?
Perguntei assim que nos afastamos.
-Pensei que ela não fosse aceitar você... principalmente por ser filha de quem é. E além do mais... ela nunca deu atenção às minhas outras... hã... companheiras.
-Elas também vieram aqui?
-Sim. Sempre tive vontade de levar Joalin para viver comigo. Aprendi a... gostar dela. Então trazia as outras para que se conhecessem e talvez ela aceitasse ir comigo. Mas ela nunca aceitou.
- E por que não tentou de novo agora?
Ele parou, provavelmente se perguntando por que não pensou nisso.
-Você...
-Ela parece ser quase da minha idade, Noah. E você passa tanto tempo fora. Seria bom ter companhia.
Ele girou imediatamente e foi em direção ao quarto. Joalin lia novamente.
-Joalin...
Ele sentou-se na poltrona ao lado da cama.
-Eu já te perguntei isso milhares de vezes. Mas... Any pediu então vou perguntar mais uma vez.
Não gostaria de morar comigo e com Any?
Ela olhou com olhos arregalados para Noah, depois pra mim e... assentiu.
-VOCÊ QUER?
Noah praticamente gritou.
-Sim.
Noah estava petrificado.Fui até ele e abracei-o, sorrindo para Joalin.
-Obrigada por aceitar, Joalin. Irá me fazer companhia. Tenho certeza que seremos grandes amigas.
-Obrigada, Any.
Quando saiu do transe, Noah se levantou.
-Obrigado, Noah. Vou começar a preparar tudo para poder levá-la.
-Vou esperar.
Já fora do quarto Noah simplesmente me abraçou pela cintura e invadiu minha boca. Os momentos de carinho da parte dele eram raros e rápidos então tratei de aproveitar, puxando seu rosto mais para o meu.
- Obrigado.
Ele falou com a testa colada na minha.
- Por quê?
- Por me ajudar a levá-la. Sempre quis isso e agora consegui.
- Gosta dela, não é?
- Tenho muito carinho por ela. É como se fosse a irmã que não tivemos.
Descemos até a sala e nos despedimos de Wendy e Marco. ficou combinado que já no dia seguinte iríamos começar os preparativos para o casamento.
- Irei precisar dos seus documentos pessoais, Any.
- Estão todos comigo.
- Ótimo.
A maior parte do caminho de volta pra casa ele fez em silêncio. Mas sua expressão era tão tranquila e serena que não me importei com a falta de assunto.
Chegamos em casa e segurando-me pela mão ele foi direto ao nosso quarto. Me abraçou com força erguendo meu corpo do chão.
- Nunca vou conseguir te agradecer. Joalin nunca aceitou. Acho que no fundo ela não gostou das outras.
- E acha que ela gostou de mim?
- É impossível não gostar de você, Any.
Aquilo me encheu de esperança. Acariciei seu rosto perfeito, passando meus dedos pelo lábios dele. Noah fechou meus olhos, aparentemente satisfeito com minhas carícias.
- O que você quer? Preciso retribui de alguma forma. Peça o que quiser e terá... dentro do meu alcance, óbvio.
- Por que dentro do seu alcance?
- Eu não conseguiria te dar o céu, por exemplo.
Nossos corpos estavam tão colados que eu sentia perfeitamente nosso coração batendo em sincronia.
- Sim... não conseguiria, mas você já me levou lá diversas vezes.
Ele riu, mas continuou me olhando intensamente.
- O céu está descartado, de qualquer forma.
Eu pensei por um momento. Eu iria me casar com ele, ter um filho com ele... não me faltava muita coisa, exceto... uma quase impossível.
- Me ame, Noah. Apenas me ame.
Seus braços me pegaram no colo e fui colocada na cama.
- Eu sempre amo, Any... sempre.
Seu corpo cobriu o meu e sua boca desceu beijos pelo meu corpo a medida que suas mãos me despiam.
Fiquei completamente nua e tratei de despi-lo também. Noah deitou -se de costas na cama e então entendi.
Ele estava me deixando tomar as rédeas. Não perdi a chance e em pouco tempo eu me vi diante de seu corpo nu.
Não me cansava de admirá-lo. Noah era perfeito. Desci minhas unhas pelo seu peito arrancando um gemido dele.
Sua pele se arrepiava ao toque das minhas mãos. Suas mãos me apertavam a cintura e depois deslizavam pelo meu corpo.
Inclinei-me um pouco sobre ele, buscando sua boca. Sua língua úmida e quente massageou a minha, fazendo-me contorcer sobre ele.
Seus dedos emaranharam-se nos meus cabelos impedindo que eu me afastasse dele. Quando seu aperto afrouxou, eu ergui minha cabeça e encontrei seus olhos quase escuros de desejo.
- Preciso sentir você, Noah. Agora.
Ele girou seu corpo sobre o meu, sua boca desceu ao meu seio ao mesmo tempo em que penetrava de uma única vez, fazendo meu corpo arquear.
Mordi meus lábios e apertei os cabelos da sua nuca, sentindo-o se enterrar cada vez mais fundo dentro de mim.
Quando a boca desgrudou-se do meu seio nossos olhos se encontraram, entrelaçando nossas mãos. Noah entrava e sai de mim lentamente, mas mesmo assim o fato de ter seu olhar febril conectado ao meu me fez um dos orgasmos mais intensos da minha vida.
Noah gemeu alto e demoradamente no momento em que seu sêmen abandonou seu corpo, que estremeceu sobre o meu.
Caiu ao meu lado e não dissemos nada. Ele apenas me puxou para junto do seu peito.
Mas eu mal pude curtir o momento. Quinze minutos depois ele acariciava meus cabelos quando seu celular tocou. Um vinco profundo marcou sua testa ao olhar o visor.
- Espero que seja algo realmente importante.
Ele ouvia atentamente e logo em seguida levantou-se procurando suas roupas.
- Onde estão?
- E a Hidalgo?
- Estou indo pra aí.
Ele terminou de se vestir, falando comigo ao mesmo tempo.
- Tenho que ir. Sei que prometi mas é importante.
- O que a Hidalgo tem a ver?
- Agora não tenho tempo pra isso.
- Se ela está lá também vou.
Ele me olhou com frieza.
- Já falei que odeio cenas de mulherzinha. Eu volto logo.
Caminhou até a porta e se virou novamente.
- É melhor que não coloque essa cabecinha oca para funcionar e apronte besteiras. Sei que não estarei com paciência.
- Nunca está não é?
- Na mosca.
Ele saiu e enterrei minha cabeça no travesseiro... frustrada. Já era uma constante eu dizer isso, mas era verdade: A porra do mafioso estava de volta.
Any conheceu a Jojo... Tão fofas, meus Deus... Jojo SÓ parece tímida kkkk.
Deixem a ⭐ e compartilhem a história!!! Vai me ajudar muito!!!
Em breve trago novidades 😉
Desculpa a demora para atualizar, a maioria dos capítulos tem quase 4K de palavras e da trabalho adaptar tudo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro