❁ 𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓤𝓶 ❁
A gente morou e cresceu
Na mesma rua
Como se fosse o sol e a lua
Dividindo o mesmo céu
Marcos foi um menino que aproveitou muito bem a sua infância, ele morou em um lugar não muito movimentado do Rio de Janeiro.
Mais um dia normal ele poderia dizer correto? Errado.
Tinha uma movimentação diferente naquele dia, uma nova família acabou de se mudar a duas casas da sua.
Os meninos da rua de baixo o chamou pra jogar bola, porque Marcos era o único que tinha uma bola inteira, sem nenhum rasgo.
Um dos meninos apareceu com dois golzinhos pequenos, o outro apareceu com um giz pra marcar os lugares (meio de campo, área, entre outros.).
O futebol começou, aquele tanto de menino correndo, gritando ou xingando os companheiros de time, até que a bola fica com Marcos pra marcar o primeiro gol, mas seu pé entortou, a força que bateu na bola a fez virar e acertar a cara da menina que estava observado.
A bolada foi tão bem certa, que deu em cheio na coitada, todos os meninos olharam assustados, pensando "ferrou". Marcos não demorou muito e foi ajudar a menina desconhecida, não tinha aconteceu nada de mais.
O pai da menina vendo isso, teve atitude nessa ocasião, ele riu, a menina com a cara vermelha pela bolada e o pai da mesma, dizendo que a cara dela era tão grande que confundiram com o gol.
Marcos pediu desculpas, dizendo pra menina com o que ela precisasse poderia falar com ele.
Se ele soubesse que ela ia precisar muito dele.
Os meninos continuaram com o jogo, até teve uma participação especial do vizinho novo, os meninos deram tanto olé no coitado, que a esposa do mesmo falava pra ele sair dessa humilhação.
Depois de um bom tempo, ele teve que voltar pra casa, sua mãe já gritava na rua pro mesmo ir tomar banho, para irem a igreja.
Naquele dia, a sua única curiosidade era em saber, quem era aquelas pessoas, de onde viam e o principal, aquele menina era alguém legal?.
Só com a convivência vai mostrar muitas coisas para ele.
─⋅Quebra de tempo⋅─
No outro dia, os meninos voltaram a jogar na rua, Marcos dessa vez estava sem a bola, porque o mesmo explicou que ela tinha furado no prego da garagem.
Todos estavam pensando em uma maneira de arrumar uma bola, até que uma menina baixinha de tranças e banguela, estava com uma bola, parecendo ser nova:
- Vocês precisam de uma bola? Eu posso emprestar a minha.
- A gente aceita. - Diz um dos meninos que se identificava como Rafael.
- Mas tem uma condição. - Ela fez o número um com o dedo. - Eu quero jogar também.
- Você sabe jogar bola?. - Outro menino que se identificava como Julio, pergunta.
- Não, mas vocês podem me ensinar. - A garota fala toda animada.
- Mas menina não joga bola, voces gostam de boneca. - Kevin o menino perto do portão fala.
- Você não assiste futebol na tv bocó, mulher joga bola sim. - Ela fala cruzando os braços e fazendo um bico.
- Os meninos são ignorantes, eles vão bater em você sem querer.- Marcos fala.
- Não tenho medo, é apanhando que a gente aprende. - Ela diz olhando para Marcos.
Naquele momento, ele teve a certeza que aquela menina não abaixava a cabeça pra ninguém, quando ela tinha sua opinião, nada fazia ela mudar.
- Eu posso jogar com vocês? Ou vão querer ficar sem a bola?
- Tá bom, você pode, só não vale chorar. - Outro menino chamado Felipe disse.
- Ebaa. - Dava pra sentir a alegria da menina de longe.
Não demorou muito, eles montaram o "campo" e começaram a partida. A menina demonstrou que tinha vontade de aprender, até quando sem querer levava um empurrão, ela levantava e corria atrás da bola.
Depois de um tempo jogando, ela consegue fazer um gol debaixo das pernas de Marcos, que fica indignado com a situação.
Logo escuta o grito do pai da mesma dizendo "essa é a minha garota", "mostra pra eles como faz Lele". Então o nome da garota era Lele alguma coisa, já poderia decorar.
O final de tarde chegou, já estava escurecendo, a mãe de Lele a chamou, a menina toda descabelada e suada, se despede do seus novos amigos. Os mesmos já combinaram de jogar com ela amanhã.
Quando todo mundo já tinha ido embora, Marcos e Lele, estavam no portão, ele decidiu fazer algumas perguntas para a mesma:
- Você jogou muito bem, até fez um gol em mim. - Ele escuta sua risadinha. - Aliás, qual é o seu nome?
- Meu nome é Letícia, mas meus pais me chamam de Lele e você?.
- Eu me chamo Marcos.
- Que nem o relâmpago marquinhos?
- É o que?.- Ele a olha sem entender.
- Meu pai chama o relâmpago do desenho de marquinhos, combina com você.
- Ah, obrigado eu acho. - Ele continua analisando a casa em sua frente.
- Você tem quantos anos?
- Eu tenho sete anos e você?
Parecia uma entrevista de emprego.
- Eu tenho quatro, mas vou fazer cinco esse ano. - Ela pega a bola e joga na garagem. - Vou fazer uma festa, você está convidado.
- Obrigado, gosto muito de festas.
- Você tem uma melhor amiga? - Ela o olha esperando uma resposta.
- Acho que não, por que?.
- Você pode virar o meu melhor amigo, nao conheço ninguém no bairro e nem na escolinha nova.
- Tá bom, vamos virar amigos. - Ele escuta sua mãe gritando no portão. - Você vai estudar em qual escola?
- Na escola perto de um posto, não sei o nome ainda.
- A gente vai estudar na mesma escola, quem sabe vamos juntos pra lá.
- Meu pai tem um carrão, ele pode te levar.
- Beleza então. - Ele escuta mais uma vez sua mãe gritando. - Eu tenho que ir, a gente se ver amanhã na escola.
- Tá bom, até amanhã. - Ela acena com a sua pequena mão.
Ele retribui e sai correndo pra casa, antes que sua mãe o proíba de brincar amanhã.
Marcos percebeu que aquele nanica, cheia de atitude e boa de bola, ia marcar a sua vida por completo.
Eu a vi desabrochar
Ser desejada
Uma joia cobiçada
O mais lindo dos troféus
.
.
.
Primeiro capítulo concluído, eu espero que gostem.
Comentem o que vocês acharam, votem para ajudar a amiguinha aqui.
Vocês gostam de fics curtas ou longas?
Se quiserem, no meu perfil tem uma fic completa do Lasers e uma em andamento do Coringa, vão lá ♡
Acho que é só, se cuidem, bebam água.
Até terça que vem♡
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