❁ 𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓓𝓸𝓲𝓼 ❁
Eu fui seu guardião
Eu fui seu anjo amigo
Mas não sabia
Que comigo
Por ela carregava
Uma paixão
O tempo passou, Marcos e Letícia ficaram muito amigos, ao ponto de que eles sabiam fazer sinais com o corpo, a onde só os dois entendiam.
Letícia cresceu, estava se tornando uma garota muito bela, Marcos não estava diferente, ficava belo a cada ano, fazendo muitas garotas caírem aos seus pés.
A amizade deles eram de se invejar, muitas meninas queriam está no lugar dela, assim como os garotos daquela rua queriam ser o Marcos.
Os amigos do garoto gostavam de ficar mexendo com o mesmo dizendo que queriam ajuda dele pra conquistar a amig. O menino ficava irritado, na cabeça dele estava protegendo a melhor amiga, se ele soubesse...
A formatura estava chegando, Marcos estava pra se formar, enquanto Letícia termina o ensino fundamental e na porta do médio. Ele estava muito animado, porque depois da colação teria uma festa de despedida da turma.
- Você acha que tá bom? Esse terno não está tão chamativo?.
- Deixa de ser bobo garoto. - Minha mãe fala tentando arrumar minha gravata.
- Aí mãe puxa muito não, eu vou morrer sufocado.
- Olha o drama Marcos. - Ela da último ajuste. - Pronto meu menino você está lindo.
- Desde quando eu não sou lindo dona Ceia?. - Falo me virando para o espelho.
- Teve uma época que você era judiado. - Me vira e ela da uma risada. - Mas tá melhorando aos poucos.
- Concordo dona Ceia. - Diz uma voz que já reconhecia de longe. - O garoto pra ser convencido.
- Meu amor, eu faço um sucesso entre suas amigas.
- Pipipopo. - Letícia revira os olhos e vem sorrindo em minha direção. - Não está nada mal em Marquinhos.
- Você tá espetacular. - Pego em sua mão e dou uma giradinha.
- Eu sou sensacional. - Letícia da uma piscada.
- Tá aprendendo a ser convencida com o Marcos?. - Minha mãe fala.
- Tá ligada que a Lele é minha aprendiz. - Abraço a mesma de lado. - Vamos indo? Ainda temos uma festa pra curtir.
- Só se for agora. - Letícia entrelaça os nossos braços.
- Calma aí vocês dois. - Minha mãe põe a mão na nossa frente. - Tenho que tirar foto do meu bebê.
- A não mãe. - Reviro meu olho.
- Claro que vou. - Ela pega a câmera ao seu lado. - Não é todo dia que meu bebê termina o ensino médio.
- Sinceramente, eu vou surtar. - Falo cruzando meus braços.
- Para de ser um pé no saco, faz uma pose e sorria. - Lele se vira para a câmera e abre um sorriso.
Como eu gostava do seu sorriso.
Depois da pequena sessão de fotos, minha mãe nos liberou e fomos para a formatura, o pai de Letícia já me parabeniza e diz que sou um rapaz de ouro.
Entramos no carro do meu pai, minha mãe estava tão animada dizendo que eu era o orgulho dela e entre outras frases. Chegamos no local da formatura, tive que me separar do pessoal, porque iria buscar a beca.
Depois de me arrumar, vou no corredor a onde estava o pessoal do terceiro ano, meus amigos estavam todos cantando de alegria, como sempre esse povo não fica sossegado.
- Já começou a bagunça de vocês?. - Falo chegando e cumprimentando cada um.
- Se você fosse quieto, até poderia te defender. - Kevin fala arrumando o chapéu. - Tá gatão em meu amigo.
- Eu sou sensacional. - Falo dando um giro.
- Nem é convencido esse safado. - Felipe fala e me dá um empurrão leve.
- Hoje é dia da gente beijar com a desculpa que não iremos nos ver nunca mais. - Kevin fala.
- Uma ótima desculpa. - Felipe fala. - Aliás Marcos, a Letícia venho com você?.
- Lá vem você com a história da Lele, já te falei que ela não te quer meu amigo.
- Você não fala pra ela. - Ele cruza os braços. - Se tu chegar nela e perguntar, pode ser que eu tenha chance.
- Larga a mão de ser besta, ela não quer ninguém. - Dou uma olhada pro chão. - A menina só tem quatorze anos, jaja ela completa quinze, tá nova ainda.
- A pronto, e desde quando você liga pra idade?.
- Ala o moleque gosta das crianças, sai daí zé. - Kevin da um tapa na nuca de Felipe.
- Maluco é doido. - Eu falo dando um tapa nele também.
Os meninos vão no embalo e batem no garoto que já fica irritado, sempre que acontece alguma coisa, a gente tinha uma mania de bater na nuca de alguém.
Começaram a chamar cada um por ordem alfabética, eu me separei dos meninos para fazer a fila e entrar no salão a onde ficaríamos a colação inteira.
Os nossos professores fizeram um discurso rápido, todos desejavam boa sorte, que a gente conquistasse o mundo inteiro se for possível, pelo menos a minha sala era sempre elogiada.
Quando pegamos nossos diplomas, fizemos a tradição para finalizar aquela etapa, que era jogar os nossos chapéus para cima e torcer pra achar novamente.
─⋅Quebra de tempo⋅─
Chegamos no salão a onde estaria acontecendo a festa, minha família decidiu que ia ficar pouco tempo e me deixaria pra curtir aquele momento com os meus amigos.
Kevin não demorou muito e já foi se enturmar com uma das meninas, Felipe foi no embalo, ficando apenas eu e meus outros dois amigos.
Tento encontrar algum rosto conhecido naquele lugar, vejo que Letícia me olhava do outro lado do salão, ela estava do lado de suas amigas, também tinha se formado no ensino fundamental, só que na outra parte da escola.
Ela me manda um sorriso, fazendo umas borboletas no meu estômago surgirem, alguma coisa estava errado comigo, isso nunca tinha acontecido.
Desvio de seu olhar, até que Kevin aparece novamente e se joga ao meu lado, o menino estava com um sorriso de orelha a orelha.
- Eae meu mano, vai fazer alguma coisa? Ou quer ficar parado?.
- Mano, eu to de boa. - Encosto minhas costas na cadeira. - Não tem ninguém interessante aqui.
- Tem sim, você sabe que tem. - Kevin olha para frente. - Lele tá sozinha, não tem nenhum rapaz perto.
- E daí?
- Deixa de ser sonso Marcos, você não precisa mentir pra mim. - Ele se vira pra mim. - Tu tá afim dela né?.
- Como afim? A Lele é minha melhor amiga, não tem sentindo.
- Meu amigo, desde quando sentimento tem sentindo?. - Ele faz uma pausa. - Calma, ficou confuso.
- Realmente. - Dou uma risada alta.
- Marcos, desde quando você precisa ter um motivo pro sentimento, acontece natural.
- Mas a Lele é como se fosse minha irmã, a gente foi criado juntos.
- Você quer enganar quem? Já tem um tempo que você já vem encarando a garota de outro jeito.
- Como é?. - Faço uma careta.
- Você tá gostando da Letícia meu amigo, eu ja tô percebendo a um tempo. - Ele me dá um tapinha nas costas. - Tu tá querendo fingir, mas sabe que é verdade.
- É passageiro, jaja eu perco a atração. - Falo cruzando meus braços.
- Sei. - Ele dá risada e vira um gole do refrigerante. - Por que você não chama ela pra dançar? Só pra finalizar sua noite.
- Será?. - Dou uma olhada pra mesa de Letícia e a mesma estava conversando com suas amigas.
- Vai lá meu filho, se não alguém chega primeiro e você vai ficar chupando dedo.
- Bom incentivo Kevin. - Dou risada. - Quem sabe eu vou.
- Aí Lele, você deveria apresentar o Marquinhos pra gente. - Rebeca minha amiga fala. - Ele é um pedaço de mal caminho.
- Se controla sua salafraia. - Falo dando um tapinha no seu braço. - Marcos é muita areia pro seu caminhãozinho, além de que ele gosta de meninas mais velhas.
- Lá vem você dizendo que a gente é nova demais. - Ela revira os olhos. - O amigo dele não liga pra essas coisas.
- Porque o amigo dele é retardado. - Bebo um pouco do refri. - Por que você não vai procurar a Giva pra gente tirar foto? Estamos bonitas demais pra ficar sentadas atoa.
- Tô indo madame. - Ela se levanta. - Vê se não some.
Confirmo com a cabeça e começo a olhar em volta, meus olhos cruzam com o de Marcos, ele estava tão lindo com aquele terno.
Meu melhor amigo era uma pessoa sensacional, a presença em qualquer lugar mudava o clima do ambiente. Eu imaginava o dia que alguém conquistasse o seu coração, ele ia se assustar tanto.
Apesar da gente ser muito amigos, claro que não poderia faltar o pequeno interesse que tinha em sua pessoa, não sou de ferro. Mas só de ter sua amizade, já era o bastante.
Estava perdidas em meus pensamentos, até que uma mão para em minha frente, olho pra cima para saber quem era o dono e vejo meu melhor amigo sorrindo em minha direção.
- Você me dá a honra de dançar contigo?.
- Claro cavalheiro. - Dou risada de sua pose.
Ele segura em minha mão com firmeza e me conduz até o meio da pista, uma de minhas mãos fica envolta de seu pescoço, enquanto uma de suas mãos estavam na minha cintura.
Apesar da gente nunca levar a sério esse tipo de dança, sempre brincávamos ou outra hora ficávamos pisando nos nossos pés, naquele momento a gente dançou como se fôssemos um casal de verdade.
Aquele momento eu ia guardar pelo resto da minha vida.
Eu a vi se aconchegar
Em outros braços
E saí contando os passos
Me sentindo, tão sozinho
No corpo o sabor amargo do ciúme
A gente quando não se assume
Fica chorando sem carinho
.
.
.
Demorei três anos pra escrever esse capítulo, espero que gostem
Falta apenas mais dois e já finalizo
Comentem e votem pra ajudar a amiguinha aqui
Se cuidem e bebam água
Até o próximo♡
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