Será que eu sou o problema? Será que eu deveria ter morrido no mesmo dia em que eu matei o meu irmão? Eu já estou farta de tudo isso, de ser feita de experimentos para tudo, de ser maltratada por quase todos desse maldito lugar.

Eu tento todos os dias ser o melhor que posso para agradar os meus pais, mas parece que nada que eu faça importa para eles. A Teresa e o Theodore eram os únicos adolescentes que Ava e Jason se importavam, parecia que eram eles que eram seus filhos e não eu ou o meu irmão.

Os desgraçados nem se importaram quando eu tive que matar o meu irmão, pois ele tinha virado um crank. Afinal quem era a porra dos filhos deles, era eu e meu irmão, ou a minha namorada e o meu melhor amigo.

Eu não culpava a Teresa e nem o Theodore, mas caramba aquilo me fazia ficar cheia de inveja e ciúmes deles. Eles tinham tudo o que eu queria….atenção dos meus pais.

O que eu tinha que fazer para que eu pudesse ter? Talvez se eu me matasse no escritório da mamãe, ela poderia finalmente olhar para mim, ou simplesmente ignorar o corpo como se não fosse nada, como fizeram com o Vinnie.

Ao dar um suspiro raivoso me levanto da minha cama já farta de ficar trancada naquele quarto. Fico andando à volta sem saber o que fazer até que ouço um barulho de porta destrancando, Teresa aparece na fresta da porta de ferro e então entra deixando o guarda a fechar de novo.

— Como está? — perguntou depois de me dar um selinho

— Como acha Teresa? Com raiva, eu estou fechada aqui à mais de 5 anos o que preciso para fazer para poder sair desse maldito cofre — falei com raiva

— É só para o seu bem — diz chegando para colocar a mão na minha bochecha

— Não venha com essa Teresa Agnes, não vejo os meus amigos a bastante tempo. Eu tô com saudades do Newt, Minho, Thomas e de todos os outros — suspirei vendo sua cara furiosa — Por favor amor, me deixe sair só um pouco, eles não precisam de saber 

A garota olha para mim por um tempo, até que ela parece que recebe alguma mensagem de voz pelo fone e então vai até a porta e antes de sair ela olha para mim.

— Eu não tenho essa permissão Sophia, infelizmente você terá que ficar aqui por muito mais tempo — falou abrindo a porta 

— Mas que caralho Teresa, você é a minha namorada ou o meu guarda costas. Para que isso tudo, você tá sendo uma idiota sem senso — gritei na sua cara agarrando os seus braços

— Está me magoando amo- —  disse baixo antes de ser interrompida por mim

— Eu não quero saber se estou te magoando ou não, você é uma vadia que só se importa consigo mesma. Você já não dá a mínima para mim, pensa que eu não vejo aquele idiota do Aris olhando para você de uma maneira nojenta e assim mesmo você sorri para ele como uma vagabunda que nem parece que namora — gritei enferocia a jogando no chão 

Antes que eu avançasse nela um guarda entra no quarto me agarrando e outro vai até a Teresa para ver se estava bem.

A morena olha para mim com os olhos cheios de lágrimas e colocando a mão na sua cabeça, parecia que eu a tinha magoado. Ainda bem, aquela garota ainda vai pagar por muitas, eu tento ser uma namorada boa e bem cuidadosa com a madame.

Mas comigo ela só se importa com beijos e para ver se as minhas agilidade estão melhores. Eu amava a Teresa mas agora….agora ela se mostrou quem era mesmo, bem que eu devia ter dado ouvidos ao Minho e a Brenda.

— Isso não é você — falou Teresa chegando perto de mim com o guarda ainda me assegurando 

— Chega mais perto para você ver se não sou eu — ameacei — Eu segurei muitas coisas esses anos todos Agnes, mas eu irei esfregar tudo na sua cara na hora certa. Eu sei de muitas coisas que mais ninguém sabe de você amorzinho, eu tenho a habilidade de escanear o seu lindo rostinho e de saber muitas coisas sobre você.

A morena engoliu em seco olhando nos meus olhos antes de virar o rosto e tentar esconder de mim. Ela sabia que eu estava certa, por isso não conseguia nem olhar na minha cara.

— Você não olha para mim porque sabe que é verdade — olhei ela de cima a baixo

— Traga uma seringa para Sophia Kali Paige, para que possa descansar — disse Teresa clicando no fone de ouvido 

Eu olhei para ela desesperada tentando me soltar do guarda que me segurava mas ele colocou umas algemas nos meus braços sem eu perceber e ainda pior aquilo bloqueia os meus poderes.

— Não, não, não. Teresa não faça isso — gritei desesperada — Você sabe que aquilo me faz ter pesadelos horríveis. Porfavor eu só tenho 14 anos, porquê que eu tenho que passar por isso tudo — gritei mais ainda e chorando 

O guarda fazia força para me segurar pois eu me remexia tentando sair do aperto dele a todo o custo. Como a porta estava aberta eu vi uma imagem ao longe de uma mulher segurando algo em suas mãos e de meu pai vindo até nós.

Meu pai entra no quarto e antes de fechar a porta, ela dá a passagem à enfermeira para que entre. A mulher vem até mim com a seringa e aponta para o meu pescoço.

— Eu faço tudo que posso para te agradar, mas parece que nada funciona. Sua criança insolente — disse papai me dando um tapa na minha cara 

As lágrimas que estavam escorrendo sobre minhas bochechas caiam sem parar ainda mais agora que minha cara doía e ardia. 

— Você nunca foi um pai bom Janson, não venha agora bancar o melhor que isso você não é — falei com a voz embarcada 

Antes que ele me desse outro tapa a Teresa assegurou sua mão e olhou para ele pedindo com olhos para que não fizesse mais aquilo. Janson um pau mandado pela sua garotinha é claro que parou.

Em um piscar de olhos sinto uma picada no meu pescoço e o líquido é inserido em mim direto na minha veia. 

— Porquê? — perguntei fraca para Teresa me pondo de joelhos

A morena veio até mim e se ajoelhou ao meu lado fazendo um carinho no meio cabelo dando um sorriso pequeno. Ela também era uma criança, porque me tratava como eu fosse uma bebê e ela fosse uma adulta sendo que eu sou a mais velha, porque ela agia como fosse a rainha da razão e a mais poderosa daquele lugar.

ELA É UMA CRIANÇA TAMBÉM 

— Como eu disse, é para o seu bem, Sophia. Não se esqueça de uma coisa……….O CRUEL é bom — falou no meu ouvido 

Meus olhos começaram a fechar e comecei a ficar tonta, não conseguindo ficar nem de joelhos. Não, isso de novo não. Desesperadamente tento ficar acordada, mas foi em vão, agora eu estava oficialmente não mãos do CRUEL, de novo. 

Será que eu serei mandada para o labirinto, eu serei a primeira a estrear eles? Isso não será uma boa ideia, eu construí aquilo de uma maneira perigosa de se viver, os verdugos, as paredes enormes….

E AGORA, O QUE EU FAÇO. POR FAVOR ME ACORDE, EU NÃO TENHO TEMPO PARA MORRER