Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11 | ultraviolence

✧ · ° ✧ · ° . ✧ · ° ✧ · ° ✧ · ° . ✧ · ° ✧ · ° . ✧ · ° ✧

╰─╮ ✧ · ° ✧ · ° . ✧╭─╯

GRACE EVERDEEN POV'S

Na manhã seguinte na Árvore Suspensa, Snow e eu nos encontramos para fugirmos do Distrito 12 para irmos em direção ao Norte para recomeçarmos uma nova vida longe de todo aquele caos.

— Adeus, Distrito 12. Adeus, árvore-foca e Jogos Vorazes e prefeito Lipp. Um dia, alguma coisa vai me matar, mas não vai ser você. — digo me virando e caminhando para a floresta.

— Não tem muita coisa pra sentir falta mesmo — concordou Coriolanus. — Sabe de que não vou sentir falta? Das pessoas, exceto algumas. A maioria é horrível se você pensar bem.

— As pessoas não são ruins, na verdade - digo segurando a mão dele. — É o que o mundo faz com elas. Como nós, na arena. Nós fizemos coisas lá dentro que nunca consideraríamos fazer se tivessem nos deixado em paz.

— Eu não sei. Eu matei Mayfair, e não havia arena por perto. — olho para ele com um pequeno sorriso no rosto.

— Como você mesmo disse pra mim, você fez isso para me salvar. Você não quis matar por que você quis, você não é assim. — sorrio soltando as nossas mãos e volto a caminhar. — Acho que existe uma bondade natural nos seres humanos. A gente sabe quando ultrapassou o limite do mal e é nosso desafio de vida tentar ficar do lado certo dessa linha.

— As vezes, temos que tomar decisões difíceis. — afirma Snow parando de andar enquanto eu ainda caminhava dando passos lentos.

— Eu sei disso. Claro que sei. Sou uma vitoriosa — digo pensando no que eu havia passado na arena. — Seria bom, na nossa nova vida, não ter que matar mais ninguém.

— Estou com você nisso. Três parece bom por uma vida. — paro de caminhar estranhando o comentário do rapaz. Três? Como assim três? — Vou fazer uma bengala para caminhar. Quer uma? — questiona se aproximando de mim e o encaro seriamente.

— Quem é a terceira? — pergunto olhando para ele um pouco nervosa. — A pessoa que você matou. Você disse que matou três pessoas este verão.

— Você consegue tirar isso? - Snow esticou a mão, balançando a unha machucada na esperança de distraí-la.

— Bobbin, a Mayfair... quem é a terceira? — questiono encarando ele esperando por uma explicação.

— Eu mesmo. Matei meu antigo eu pra poder te acompanhar. — falou tirando a farpa que estava em seu dedo.

— Bom, eu espero que o seu antigo eu não assombre seu novo eu. Já temos fantasmas demais entre nós. — olho para ele que começou a caminhar em minha frente.

A resposta que ele havia dito era muito estranha, não sabia se ele estava falando a verdade ou estava tentando esconder mais uma morte que ele havia causado.

Fiquei tão perdida em meus pensamentos que quando parei os pensamentos, me toquei de que já havíamos chegamos no nosso destino e estávamos encharcados da chuva.

Decidimos entrar na cabana para não aquecermos da chuva que havia nos molhado por completo.

— Se quiser pescar, há varas embaixo do piso. — afirmo fechando a porta e começo a guardar a minha mochila na mesa.

Enquanto eu me organizava na mesa, Snow se agachou para achar varas para pescar porém ele encontrou outra coisa que estava embaixo do piso.

Snow tirou de dentro de uma sacola a sua arma de quando era um Pacificador. Fiquei olhando para ele que olhava admirando a arma em suas mãos, por algum motivo, comecei a sentir um pequeno medo dele segurando aquilo.

Apesar de ele me prometer nunca me machucar e sempre me proteger, algo dentro de mim sentia que não poderia mais confiar nele, de que ele não era mais o mesmo cara por quem eu havia conhecido.

Snow me olhou por alguns segundos antes de se levantar e mostrar a arma para mim. Minha única reação foi engolir seco e tentar reagir aquilo naturalmente.

— É a arma. — fala Snow olhando para a arma.

— Aquela que você usou para atirar na Mayfair. — digo me enrolando no xale da mãe de Snow. — Spruce devia saber deste lugar. Se destruir a arma, você vai estar livre. Você vai poder voltar para casa, não vai?

— Sem pontas soltas. — diz sorrindo aliviado para a arma.

— Além de mim. — digo olhando para ele com lágrimas surgirem em meus olhos.

— Além de você? Você não contaria a ninguém, você nunca faria algo para me prejudicar.

— Eu sei disso... — abro um pequeno sorriso no rosto e puxo uma faca da bancada. — Coriolanus... eu tava pensando e queria que você me respondesse honestamente.

— Pode me perguntar qualquer coisa, meu bem. — suspiro levando meus olhos de encontro com os dele.

— A terceira pessoa que você falou era o Sejanus? — questiono o rapaz que soltou uma risada nasal achando que era uma piada.

— Não, é claro que não! Sejanus era meu amigo, porque acha que eu faria isso? — disse se aproximando de mim mas eu recuo.

— Porque você parecia muito estranho na Árvore Suspensa como se tivesse escondendo algo que ninguém deveria saber.

— Você está imaginando coisa, Grace. Eu nunca machucaria as pessoas que eu gosto. — disse Snow olhando para mim com lágrimas se formando nos olhos.

— Tem certeza? Porque você parece ter muito mais sangue nas mãos do que você diz que tem. — Snow se enfureceu com o meu comentário, enchendo o pulmão para me dizer.

— Eu nunca mataria meu melhor amigo! Eu não sou um assasino! Tudo que eu fiz foi por você, por nós, Grace! — grita usando a arma e acertando uma janela, me fazendo dar um pulo para trás.

Coriolanus percebe que eu estava com medo do seu novo comportamento, ele guarda a arma encima da mesa e vem caminhando em minha direção, parando de frente para mim.

Olho para ele com lágrimas nos olhos por vê-lo gritar comigo, algo que ele nunca havia feito antes. Senti que era muito perigoso ficar ao lado dele e isso poderia me trazer problemas pelo resto da vida.

— Me desculpe, Grace. Eu não queria ter feito nada disso mas você não me deu outra escolha. — disse me puxando para um abraço no qual eu não retribui de volta.

Me afasto do abraço evitando olhar em seus olhos azuis e suspiro olhando para a faca que estava em minhas mãos.

— Grace, está tudo bem entre nós, não é? — questiona segurando meus ombros e eu finalmente o encaro de volta, lançando um pequeno sorriso no rosto.

— Sim, mais é claro que estamos bem. — digo limpando as lágrimas que escorreram do meu rosto. — Acho que vou cavar um pouco de katniss, preciso pegar um pouco de ar fresco.

— Achei que elas não estavam maduras. — pergunta enquanto eu ia em direção à porta.

— Duas semanas podem fazer muita diferença, não é? — pergunto abrindo a porta e sentindo o vento gelado da chuva entrar na cabana.

— Grace! — Snow me chama e o olho com um pequeno sorriso no rosto. — Ainda está chovendo. Você vai ficar encharcada.

— Um pouquinho de chuva não mata ninguém, gato. — sorrio saindo da cabana indo em direção da chuva.

🏹

CORIOLANUS SNOW POV'S

Eu não queria ter deixado ela ir caçar katniss sozinha por ai, estava preocupado de ela se perder e acabar sendo morta por algo ou alguém.

Além de que, ela parecia bem insistente sobre a terceira pessoa que matei e ela estava certa, Sejanus está morto por minha causa mas ela não precisava saber disso.

Mesmo se ela acabar descobrindo, eu sei que ela iria me perdoar até porque ela fez uma música que dizia que ela precisava, amava e confiava em mim, mas será mesmo que ela me perdoaria? Mesmo que eu a abandonasse?

Alguns minutos se passaram verificando o fuzil do Pacificador e o guardo em seguida, abrindo a porta da cabana para procurar por Grace que não estava em lugar nenhum. Caminhei até o lago, tentando lembrar onde Clerk Carmine estava cavando antes de levar a tal planta katniss, porém não tinha nenhum sinal de que Grace havia passado pro aquelas plantas.

— Grace? — chamo pela garota que não estava perto o suficiente para escutar. — Grace, isso não tem graça nenhuma.

Sem dúvida ela estava se escondendo dele. Mas por quê? Nada passava pela minha cabeça a não ser que ela tinha descoberto tudo. Literalmente tudo. Ela descobriu que destruir a armas acabaria com toda evidência fisica de sua ligação com os assassinatos. Que eu não queria mais fugir. Que ela era a última testemunha que o ligava ao crime. Mas eles sempre cuidaram um do outro, então por que Grace acharia de repente que eu poderia fazer mal a ela? Por que se, no dia anterior mesmo, Grace havia escrito uma música dizendo que eu era puro como a neve fresca?

Sejanus. Ela devia ter certeza absoluta de que Sejanus era a terceira pessoa que eu havia matado. Ela não precisaria saber nada da história dos pássaros tagarelas, só que eu era amigo de Sejanus que era um rebelde, mas tudo que eu fiz foi para ajudar a Capital.

Ainda assim, Grace achava mesmo que eu a mataria? Olhei para a arma carregada nas minhas mãos. Talvez eu devesse ter deixado na cabana pois isso não deixa uma impressão boa , ir atrás dela com um fuzil como se eu estivesse caçando.

Eu não queria mata-lá ou machucá-la, eu apenas queria conversar com ela e fazer com que ela entendesse meu lado.

— Grace! Está tudo bem? Você está me assustando! Onde você está? Grace!

Ainda nenhum sinal de Grace. Ela não estava lhe dando escolha além de caçá-la na floresta. A chuva já havia parado agora, deixando o ar úmido e a terra lamacenta.

Acabei voltando para a cabana e procurei algum sinal dela no chão até encontrar a marca leve dos sapatos dela, segui as pegadas até chegar à vegetação onde a floresta recomeçava de verdade e passou silenciosamente através das árvores molhadas.

Enquanto eu procurava pela garota, a única coisa que eu pensei foi sobre como ela estaria agora. O que ela estava fazendo? Ela tremia nos arbustos enquanto tentava sufocar o choro? A ideia da vida sem ele devia estar partindo o coração da pequena Grace Everdeen.

Uma mancha laranja chamou a minha atenção e caminhei rápido indo até xale da minha mãe que havia dado de presente para Grace, mas agora estava no jogado no chão. Me agachei no chão olhando para o xale laranja e puxei o pano.

Puxando rapidamente, acabei sendo surpreendido por uma serpente que se desenrolou do chão e enfiou os dentes no meu antebraço, fazendo eu largar o pano laranja.

— Aa! — grito de dor. A cobra se soltou imediatamente e deslizou para a vegetação antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de dar uma boa olhada nela. — Ela é venenosa? Você está tentando me matar? Grace? Grace! — começo a gritar o mais alto que podia para ter chance da garota escutar. — Eu disse, você está tentando me matar? Depois de tudo o que eu fiz por você!

Começo a sentir lágrimas surgirem em meus olhos ao pensar que o nosso romance estava caminhando para o fim, por que ela fez isso? Depois de tudo que fiz para ela? É assim que ela me agradece depois de tudo?

Segurei o xale de minha mãe com as duas minhas e a aproximei perto do meu rosto, o cheiro de Grace estava fixado intensamente no xale, podia sentir o cheiro de pêonias no xale.

De repente, uma raiva intensa cresce dentro de mim e jogo com força o xale no chão. Começando a ficar mais motivado em caçar Grace pela floresta que não deveria estar muito longe até que escuto um barulho de galho quebrando.

Agarro o fuzil em minhas mãos e miro em direção para o barulho, vi que era Grace correndo pela floresta sem perceber que eu estava ali. Não pensei duas vezes antes de atirar na garota que soltou um grito caindo no chão.

Caminhei em direção ao corpo de Grace que havia caído no chão enquanto apontava a arma para a garota, assim que me aproximei, Grace não estava mais lá, porém, a única coisa que tinha no chão era seu lenço que ela sempre levava para qualquer lugar.

Agarrei o lenço e o guardei em meu bolso, desviando o olhar para a esquerda e vendo algumas pegadas que provavelmente eram de Grace. Levantei a arma na mesma hora e comecei a seguir suas pegadas que acabaram sumindo.

— Grace, eu só quero conversar, por favor. — digo segurando o fuzil enquanto rodeava meus olhos pelo lugar.

— Você está, você está vindo para a árvore. — escuto a voz de Grace surgindo ao redor daquela imensa floresta. — Onde colar de esperança, lado a lado comigo?

— Grace? Eu já entendi o seu recado, você já sabe sobre o Sejanus. Nós só podemos conversar? Prometo não te machucar. — grito frustado enquanto ela cantava com a maior tranquilidade no peito.

— Coisas estranhas aconteceram aqui, não seria estranho. — a loira cantava enquanto diversos pássaros sobrevoavam sobre mim cantarolando junto.

— Grace Everdeen, eu disse... — paro percebendo o quão irritado estava por causa daqueles pássaros e começo a atirar neles. — Calem a boca!

— Se nos encontrássemos à meia-noite na Árvore Suspensa. — a garota disse suas últimas palavras enquanto eu atirava loucamente e gritava com ódio de tudo que estava acontecendo.

Infelizmente, não pude me livrar de todos os pássaros que sobrevoavam sobre mim pois a munição do fuzil havia acabado, o que me deixou mais frustado ainda.

—  Eu nunca vou esquecer o que você fez, eu nunca vou deixar você. Eu vou assombrar você pelo resto da sua vida, Coriolanus Snow.  — escutei a voz de Grace dentro da minha cabeça, que estava me enlouquecendo cada vez mais. — Sabe que som é esse? É o som da neve caindo!

Eu nunca vou saber o que realmente aconteceu com Grace naquele dia, se ela morreu sendo atingido? Fugiu para longe de Panem? Voltou para o Distrito 12? Acho que nunca descobrirei o que de fato aconteceu com ela.

°•~━━✥❖✥━━~•°

.
.
.

notas da autora
━━━━━━━━━━

Ainda falta mais um capítulo, leitores.
Precisamos saber qual foi o final da história de Grace, comentem o que estão achando da fic.

• TikTok: iovecasss.

• comentem e deixem a estrelinha.

• não sejam um leitor fantasma.

• desculpe por qualquer erro de escrita.

Obrigada por ler,
Beijos<3

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro