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CORIOLANUS SNOW POV'S

Estávamos no bar onde encontrei Grace, ela iria se apresentar naquela noite pois disse que ela tinha uma surpresa para mim.

Quando Grace apareceu no palco com o seu vestido amarelo que ela havia usado na arena. Ela estava simplesmente perfeita com aquele vestido, ela era a única mulher daquele lugar que me chamava atenção.

Grace começou a cantar uma nova música que eu nunca havia escutado, ela tocava seu violão enquanto mantinha contato visual comigo. Suspirei começando a prestar atenção na letra que ela cantava.

Não demorou muito para perceber que Grace havia composto aquela canção para mim. Senti meus olhos se encherem de lágrimas ao escutar a canção, me sentia a pessoa mais especial de todas por receber uma música só para mim.

— Eu te amo tanto, Grace. — murmurei olhando para Grace com o sorrio mais bobo no meu rosto.

Quando Grace havia terminado de cantar a sua nova canção, todos aplaudiram a garota que faz uma reverência para o público como agradecimento, antes de começar a cantar outra canção.

Me virei pra olhar para Sejanus que não estava mais ali sentado do meu lado, dei uma última olhada em Grace antes de ir atrás de Sejanus que caminhou em direção à um corredor escuro.

Aproximei-me de uma porta que arrastava para o lado e logo a abri, vendo Sejanus conversando com a filha do prefeito e seu namorado.

— Você disse que o dinheiro era para os suprimentos chegarem ao norte. — escuto Sejanus reclamando para o mesmo imbecil que havia agarrado Grace.

— Ei! — exclamo me aproximando deles que se assustam ao me ver. — O que você está fazendo? Armas, Sejanus?

— Eu não sabia que haveria armas, Coryo. Eles mentiram para mim. — solto uma risada nasal olhando para o amigo.

— Você pensou que eles seriam honestos? Vocês está louco? Existem Pacificadores por aí. — exclamo para Sejanus que suspirava decepcionado consigo mesmo.

— E tem outro bem aqui também. — disse uma voz de um homem surgindo atrás de mim, ele apontava uma arma em minha direção. — E a filha do prefeito?

— Ei, está tudo bem, Spruce. Ele está comigo. — Sejanus avisa ao homem que apontava a arma em meu estômago. — Eu o chamei aqui para ajudar.

De repente, escuto alguns passos vindo em direção à sala e já pensei em ser um dos Pacificadores que acabariam com a nossa raça naquele exato momento mas me enganei ao ouvir a voz doce e angelical de Grace.

— Snow, está tudo... — antes que ela pudesse terminar de falar, a puxei pelo braço para ficar atrás de mim.

— Você convida toda a cidade, Plinto? — questiona o homem que ainda apontava a arma para nós dois agora.

— Ela é inocente, Spruce. Ela também está se juntando a nós. Ela está comigo. — diz o imbecil que olhava para Grace, o que fez meu sangue ferver com aquilo.

— Como é que é? — exclama Mayfair para o homem que a segurava pelo braço.

— Calma, Mayfair. Vou explicar mais tarde. — responde o rapaz e Mayfair solta sua mão bruscamente.

— Eu cansei de ouvir as suas explicações, ela não vai a lugar nenhum. Meu pai vai amarrar vocês por isso.

Spruce desvia a arma em direção da Mayfair mas Billy Taupe o impede dizendo que iríamos acabar sendo mortos se fizermos algo com ela.

Senti Grace agarrando meu braço tentando se proteger da arma que estava nas mãos de Spruce, senti que naquele momento apenas eu podia protegê-la e mais ninguém.

— O que você acha, Grace? Que eu só estou falando, sem ação? Aliás, como foi na Capital? Você gostou? Vejo vocês na árvore da suspensa. — afirma Mayfair se virando para ir embora com o maior sorriso no rosto.

— Acabou, nós vamos morrer. — sussurrou Grace olhando para mim com medo do que poderia acontecer.

Spruce e Taupe começaram a brigar para quem ficaria com a arma. Estava com sangue nos olhos de tudo aquilo, não pensei duas vezes antes de pegar uma a arma nova e atirar no peito de Mayfair.

— Coriolanus, o que foi que você fez? — Grace pergunta em completo choque. — O que você acabou de fazer? — Olhei para Grace que estava desesperada e a abracei tentando acalma-lá.

— Ele atirou na filha do prefeito, garotão. — diz Spruce segurando a arma enquanto Billy Taupe corria até Mayfair. — Se você não era um rebelde antes, agora é.

— Você a matou. — murmura Billy Taupe que estava com sangue nos olhos.

— Quieto, Billy Taupe. — Grace começou a chorar descontroladamente, ela estava com muito medo de ser culpada por isso.

— Grace, vai ficar tudo bem! Você e eu, vamos ficar bem. Ninguém vai suspeitar de nós, eu prometo. — disse encostando nossas testas uma na outra.

— Você realmente acha que vai sair daqui de graça? — diz Billy ainda agachado no chão ao lado do corpo de Mayfair. — Vai jogar a culpa em mim? Se eu vou cair para isso, você cai comigo.

Billy Taupe corre em nossa direção porém Spruce acaba atirando em Billy que é jogado contra a parede.

— Ai, meu Deus! — exclama Grace que esconde seu rosto em meu peitoral.

— Eu não confiava nele de qualquer maneira. — fala Spruce com a maior naturalidade.

— Ele matou o Billy! — diz Grace com lágrimas nos olhos, me afastei dela segurando em seu rosto com as minhas duas mãos.

— Ei, olha para mim, Grace! — digo a garota que me olha ainda chorando. — Você vai voltar para aquele palco e vai cantar como se nada tivesse acontecido, me entendeu bem? Eu vou encontrar uma maneira de sair disso, ninguém vai encostar em você.

— Tudo bem... tudo bem. — Grace corre para fora do cômodo enquanto limpava suas lágrimas.

— Some com essas armas, agora. — ordeno a Spruce. — Vá, agora!

— Não era pra ser assim! Ninguém deveria ter se machucado! É tudo culpa minha! — exclama Sejanus que choramingava.

— Pela primeira vez, cale a boca! Tudo isso é culpa sua e só vai piorar se você não se recompor. Se você disser uma palavra agora, nós dois, estamos acabados. Então vamos voltar pra lá e agir normal como se nada tivesse errado.

— Eu não sei. — disse Sejanus que deixava lágrimas escorrerem pelo seu rosto e me aproximo dele, segurando em seu ombro.

— Ei, você precisa se recompor. Você veio aqui por minha causa, certo? Nós somos irmãos? — questiono a Sejanus que assente com a cabeça.

— Irmãos. — balanço a cabeça positivamente para Sejanus que limpa suas lágrimas em seguida.

— Apesar de tudo, seja o que for que você tenha feito, juro que vou mantê-lo seguro. Aquelas armas eram a única ponta solta além de nós quatro. Vai dar tudo certo. Ok? Nenhum palavra.

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GRACE EVERDEEN POV'S

Na manhã seguinte, todos os Pacificadores começaram a procurar pelas armas do crime e pelos responsáveis por terem atirado em Mayfair e em seu namorado, Billy Taupe.

Estava com medo de ficar em casa e de sair de casa, não conseguia me sentir mais segura em meu lar. Tive que sair pela cidade andando pelos becos escuros, onde tinha certeza que ninguém me acharia ali, eu sabia que poderia ser morta a qualquer momento.

Pacificadores invadiam casas, procuravam as armas em armários, tudo parecia um apocalipse ou começo de uma grande guerra.

Estava escondida em um beco escuro olhando para alguns dos Pacificadores andando de um lado para o outro até que vejo Snow.

— Snow! — sussurro o bastante para chamar a sua atenção.

O rapaz caminha em minha direção e tira seu capacete ao se aproximar o bastante de mim.

— Você está bem? — pergunta Snow me olhando com seus belos olhos azuis.

— É claro que eu não estou bem, Coriolanus. O prefeito vai matar todos nós. Se pegarem Spruce ou se o Sejanus contar...

— Sejanus não vai falar nada. — afirma Snow e eu solto uma risada nasal.

— Como você sabe disso? Eles torturam as pessoas e capturam para obter informações aqui. Até mesmo em Pacificadores.

— Sinto muito, sinto muito. Eu deveria ter lidado com essas armas sozinho. E a Mayfair... eu tive que fazer isso por você, Grace.

— Eu não pedi pra você fazer isso, não pedi pra você matar ela. — afirmo desviando o olhar para o chão. — Eu preciso fugir daqui para o Norte, não estou mais segura aqui. Se eu ficar aqui agora, estarei praticamente morta.

Escutamos barulhos de tiros e alguns gritos longe de nós, fechei os olhos tentando não conter as lágrimas.

— Eu vou com você pro Norte. — antes que eu pudesse questionar algo, Snow me interrompe. — Acabei de saber que Hoff está me enviando para o distrito 2 para treinamento de oficiais mas nada disso importa agora.

— Você ia embora... — sussurro olhando para o rapaz que encarava de volta.

— Assim que encontrarem a arma, vão me enforcar. Independente de qual distrito eu esteja. Quando você vai.

— Amanhã de manhã. — digo ao Snow que assente com a cabeça para mim.

— Ok. Encontre-me na Árvore Suspensa. Ao amanhecer. — diz colocando seu capacete de volta e se afasta de mim indo para longe.

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— Por três anos. Lutei pela Capital durante a guerra. Eu senti raiva mas é a primeira vez que sinto vergonha. Podem trazer o outro para cá.

Estava no meio da multidão junto com alguns amigos que tinha no distrito 12 e observávamos tudo com bastante atenção. Olhei para os Pacificadores que iam em direção a árvore levando o amigo de Snow, Sejanus.

— Coryo. — choramingava enquanto era arrastado para a Árvore Suspensa.

— A Capital recebeu a notícia via jabberjay de que esses dois homens conspiraram para invadir a prisão de nossa base e fugir para o Norte para libertar este terrosa do cativeiro. Eu esperaria isso de um rebelde, mas não de um dos nossos. Isso é traição, pura e simplesmente. Reprodução a gravação!

A gravação de voz começa a tocar revelando os planos de Sejanus. Olhava para Snow que tinha lágrimas em seus olhos se sentindo culpado pelo que estava acontecendo.

Sejanus começou a gritar desesperado chamando por Snow e sua mãe, na tentativa de acabar sendo salvo porém não foi isso que aconteceu.

Em um piscar de olhos, os gritos de Sejanus haviam parado e quando olhei para o rapaz, ele já está enforcado sem vida junto com mais dois corpos.

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notas da autora
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Olá leitores, tudo bem com vocês?
Vim dizer que estamos no nosso antepenúltimo capítulo, aaaaa vou sentir muita falta dessa fanfic.

O último capítulo me arrancou muitas lágrimas, sério. Não estou preparada pra me despedir da Grace que virou uma das minhas ocs favoritas.

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• comentem e deixem a estrelinha.

• não sejam um leitor fantasma.

• desculpe por qualquer erro de escrita.

Obrigada por ler,
Beijos<3