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GRACE EVERDEEN POV'S

Estava sentada em uma pedra enquanto lia um livro sobre um romance proibido ao redor do som da natureza que me trazia uma grande paz no coração.

Lendo e imaginando o cenário em minha mente, sou interrompida da minha leitura ao escutar o som de um galho quebrando. Acabei saltando da pedra assustada e giro o meu corpo para trás enquanto me levantava da pedra, avistando Snow parado ali.

— Desculpe, eu não quis atrapalhar a sua leitura. — disse o rapaz me olhando.

Assenti com a cabeça desviando o olhar para o livro que estava em minhas mãos, olho para a pedra e coloco o livro ali, voltando a olhar para Snow novamente.

Ficamos parados em um silêncio constrangedor, digerindo a presença um do outro. Snow se aproxima de mim, me puxando para um abraço aperto e confortante.

— Eu nem acredito que você me encontrou. — digo retribuindo o abraço e fechando os olhos, apreciando aquele momento.

— Você sabe que eu iria te encontrar, não importa o tempo que eu demorasse. — me afasto do abraço e o olho no fundo dos seus olhos azuis.

— Seu reitor, ele... ele me contou uma coisa estranha. Ele... disse que estava feliz por eu ter sobrevivido a você.

— Ele te contou o que eu fiz com aquele garoto na arena, não é? — concordei com a cabeça, suspirando logo em seguida. — Eu não tive escolha.

— Mas eu tive, sou responsável por todas aquelas mortes. Eu sou uma assassina! O sangue deles está nas minhas mãos.

— Ei, você não é assassina, ok? — disse segurando o meu rosto com as duas mãos. — Você não tinha outra escolha, era vencer ou morrer.

— Parece que nós dois somos agora. — digo sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

— Grace, não se sinta culpada e com medo de mais nada, tudo bem? Eu estou aqui e eu lhe garanto que irei lhe proteger até o fim.

Desci meu olhar para os seus lábios mas a vontade de beijar ele era maior do que eu. Coloquei minha mão em sua nuca e o puxei para um beijo demorado, provocando uma onda de choque percorrendo pelo meu corpo.

Ele retribuiu o beijo, colocando uma de suas mãos em minha cintura e a outra mão em minha bochecha. Aquele beijo estava sendo a melhor coisa da minha vida porém perguntas surgiram em minha mente, fazendo eu me separar do beijo.

— Espera, o que aconteceu pra você vir para cá? — pergunto acariciando a nuca do loiro que suspirou segundos antes de me responder.

— Eles descobriram o lenço cheio de DNA de nós dois. — responde Snow descendo a sua mão que estava em minha bochecha para a cintura.

— E quanto ao veneno de rato no estojo em pó? Não está aqui por causa disso? — pergunto olhando para os seus olhos.

— Não, você me salvou, Grace. — disse depositando um beijo em minha testa. — Você me salvou e eu te salvei.

— Somos responsáveis um pela vida do outro agora, certo? — questiono ao rapaz que franziu a testa. — Tipo, você é meu e eu sou sua, não dá pra fugir disso.

— Fico feliz em saber disso. — Snow abre um enorme sorriso no rosto, se inclinando e me beijando novamente.

Infelizmente, uma das crianças veio até nós, fazendo nos afastarmos do beijo e olho para a garotinha, a criança fez um sinal e apontou em seguida para o começo da Campina, indicando que eram os Pacificadores.

— São seus amigos, eu preciso cuidar disso. Deve ser por causa da briga de ontem à noite. — me afasto dos braços de Snow, pegando a garotinha no colo e começando a caminhar até que Snow me interrompe.

— Melhor que eles não nos vejam juntos. — me viro para olhá-lo e aceno positivamente com a cabeça.

— É melhor. Me encontre aqui amanhã para irmos ao lago que tem na floresta. Você vai gostar de lá, eu prometo. — afirmo pegando o meu livro e me afastando dali com a garotinha no colo.

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Na manhã seguinte, convidei alguns amigos e Snow para irmos ao lago. Admito que foi a melhor ideia que eu já havia tido até agora, Snow fez amizades com alguns dos meus amigos, caminhamos pela floresta, nadamos no lago e fizemos um grande piquenique.

Após fazermos tudo isso, Snow e eu nos deitamos em cima de uma toalha quadrada amarela de piquenique. Estava deitada em seu colo apenas aproveitando aquele momento que parecia durar por anos.

— Eu nunca tinha visto esses pássaros antes. — falou o rapaz olhando para as árvores, onde vários pássaros sobrevoavam sobre nós.

— Eles são chamados de Tordos. — digo me ajeitando para sentar de frente para ele e tiro da minha bolsa um broche. — Meu irmão fez esse broche pra mim antes de sermos pegos pelos Pacificadores, ele sabe o quanto eu gosto de pássaros. — falo ao rapaz que segura o broche e fica encarando.

— Tem um Tordo nele. — afirma observando o broche dourado que era um círculo que dentro dele havia um Tordo sobrevoando uma flecha. — Ele é bem bonito igual a você, meu amor.

— Muito obrigada, Sr. Snow. — sorrio me aproximando do rosto do rapaz e depositando um beijo em sua bochecha.

— Mudando de assunto, trouxe uma coisa para você. — franzi as sobrancelhas enquanto Snow retirava de sua mochila um xale alaranjado puxando para um tom meio amarronzado. — Era da minha mãe mas queria que você ficasse com ele.

— Muito obrigada, Snow. Eu prometo cuidar muito bem dele. — digo puxando o rapaz para um abraço rápido e Snow retribui. — Você deve sentir muita falta da sua família aqui.

— Eu sinto, eu me preocupo com eles todos os dias. — responde o rapaz que me olhava enquanto eu admirava o xale.

— Se você pudesse voltar, você voltaria pra Capital? — pergunta desviando o olhar do xale para o rapaz.

— Eu preciso voltar, é o meu lugar. Mas eu espero que você volte comigo. — suspirei desviando o olhar para o lago em nossa frente.

— Capital não é pra mim, nunca mais quero voltar para lá depois de tudo. — Snow se aproxima de mim e tira da frente do meu rosto, uma mecha do meu cabelo e a jogando para trás da minha orelha.

Uma das crianças que brincava um pouquinho mais longe de nós veio até mim, me entregando um planta aquática que crescia em torno do Distrito 12.

— Uau, que linda! Vocês colheram agora? — pergunto segurando a planta para analisá-la e a criança acena com a cabeça positivamente. — Muito obrigada.

Digo a criancinha que voltou a correr até o seus amiguinhos que brincavam felizes.

— Essa planta é muito linda, acho que é uma das mais bonitas que eu já vi em toda a minha vida. — afirmo sorrindo ainda conferindo a planta. — Alguns chamam isso de "batata do pântano". Mas acho que "katniss" soa muito melhor, não acha? — me viro para olhar para Snow que deu de ombros.

— "katniss"? O que isso significa? — pergunta me olhando curioso.

— Katniss significa "pertencente a uma flecha" em razão de suas folhas que lembram a uma flecha, entendeu?

— Entendi. — acenou com a cabeça enquanto observava a planta.

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notas da autora
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Estamos chegando na reta final da fanfic, tô muito ansiosa pro plot twist que está vindo hihihi.

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• comentem e deixem a estrelinha.

• não sejam um leitor fantasma.

• desculpe por qualquer erro de escrita.

Obrigada por ler,
Beijos<3