23
Meses depois...
Noah Urrea
Hoje era o primeiro dia de aula de Sina na nova escola, ela estudaria com Sofya. Ela falou disso o final de semana inteiro, e eu fiquei feliz por vê-la feliz.
- Pronto. - Terminei de fazer as tranças em seu cabelo.
- Ficou tilindo. - Sorriu se olhando no espelho, com sua nova chupeta na boca.
Confesso que até eu gostei do que havia feito, já que nunca fiz nenhum tipo de penteado no cabelo de alguém.
Descemos juntos até a cozinha, o café já estava praticamente pronto. Servi o cereal na tijela rosinha de Sina e coloquei um pouco de leite por cima. Eu coloquei um pouco do leite em uma caneca e o esquentei, não sentia muita fome de manhã.
- Selá que os amigos da Sofy vão gota da Si? - Dizia de boca cheia.
- Tenho certeza que sim. - Terminei de tomar o leite e beijei o topo de sua cabeça - Terminou? - Ela fez que sim com a cabeça e empurrou a tijela em minha direção. Coloquei tudo na pia e voltei para sala, onde a pequena me esperava com sua nova mochila nas costas e Eli na mão. Eli estava novinha em folha, graças a mim, claro.
Coloquei suas coisas no banco de trás do carro e dei partida até a escola. Sina passou o caminho inteiro em silêncio, sentia que ela estava começando a ficar nervosa.
Ao chegar na frente da escola ela guardou sua chupeta em sua caixinha e ficou um tempo observando a entrada pela janela.
- Quer que eu vá com você? - Perguntei alisando seu rostinho delicado.
Ela apenas negou com a cabeça e se virou para mim.
- Qualquer coisa me ligue, deixei seu celular no bolso da mochila. - Avisei - Te amo, tá? - Dei um beijo em sua testa.
- A Si também te ama. - Abriu a porta.
- Sem brigas, ouviu? - Ultimamente ela andava arranjando muita confusão.
- A Si é um anjinho. - Disse antes de se virar com um sorriso e ir em direção ao portão da escola.
- Um anjinho... - Falei comigo mesmo. De vez em quando Sina estava bem longe de ser um anjinho.
[...]
Nos últimos meses minha vida estava mais calma eu diria. Sina e Sofya estavam mais próximas, não se desgrudavam mais. Linsey fez um jantar em sua casa há algumas semanas, contou sobre sua gravidez e contou que teria um menino. Josh faltou explodir de alegria, meu pai ficou feliz também. Sina e Hina fizeram inúmeras perguntas para Linsey, minha pequena ficava o tempo todo colocando o ouvido na barriga de Lins para tentar ouvir o bebê.
Era bom ver a família tão unida de novo, se não fosse por Joalin. Aquela mulherzinha me irritava, pensava que não via seus olhares invejosos para Sina.
Eu e Sina também estávamos bem, nossa relação estava boa e fazia um bom tempo que não brigávamos sério. De vez enquanto ela tinha algumas crises de "adolescente" mas nada que uma punição ou um sermão não resolva. Ela andava bem mais manhosa e carente do que o normal, mas acredito que seja apenas uma fase.
Ah Sina... Ficava mais linda a cada dia que se passava, se é que tinha como. E cada vez mais eu ficava mais louco por ela. Eu já estava pensando em a pedir em casamento faz um tempo, mas queria esperar ela fazer o último ano na escola. Sim, casamento. Já praticamente namoramos durante todos esses meses, eu só queria colocar logo meu sobrenome em seu nome.
Mas enquanto tudo parecia bem, minha mente me fez lembrar sobre Vivian. Minha ex-noiva, a mulher que supostamente estava grávida de mim e que estava completando seu nono mês de gestação esse mês, segundo meus cálculos. A mídia ainda estava caindo em cima, porém ela não me procurou mais. Aliás, já havia feito um verdadeiro inferno contando para a imprensa e ter espalhado a notícia por todos os lugares, esses jornalistas não podiam me ver respirar na rua que já caíam em cima me enchendo de perguntas. Se o filho realmente fosse meu, eu assumiria, pagaria pensão, buscaria nos finais de semana, daria presentes, organizaria festinhas de aniversário, e tenho certeza que Sina seria uma ótima madrasta. Mas ainda sim eu tinha minhas dúvidas sobre o verdadeiro pai do bebê.
Saí dos meus pensamentos quando ouvi alguém bater à porta da minha sala.
- Com licença. - Era Lamar.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, só vim perguntar se quer que eu traga Sina e Sofya para cá, assim você não precisa sair também, já que vamos pro mesmo lugar.
- Pode ser. Obrigado Lamar.
Ele sorriu e se retirou em seguida.
Não via a hora de ver minha princesa de novo. Esse recesso que a escola antiga dela teve só nos deixou mais próximos, só de imaginar como seria se Sina quisesse fazer alguma faculdade me dá um aperto no peito.
Voltei minha atenção para os papéis na minha frente, precisava ainda revisar e assinar.
[...]
- Daddy! - Si veio correndo até mim e se jogou em meu colo. Sofya tinha ido com Lamar até sua sala - A Si fez vááááários amigos. Eles tlataram a Si muito bem e deram até balinha de boas-vindas. Sorriu animada.
- Eu disse que daria certo, não disse? - Lhe dei um selinho e ajeitei melhor suas pernas em meu redor - O que mais aconteceu?
- Ah... - Desviou o olhar - Só isso, nada de mais.
- Nada de mais é? Pode me contar.
- Sabe daddy... nem semple a gente vai agradar todo mundo...
- Sina, Sina...
- Tinha uma menina bem chata na escola.
Lá vem...
- E o que ela disse? Ou fez?
- Sabe que a Si não fica mais tão chateada com o que falam dela, já acostumei, mas ela conhecia você e disse que a Si só tava com o daddy dela por interesse. Daí...
- Pode falar de uma vez?
- Daí que a Si bateu nela. - Disse de uma vez, me fazendo ficar surpreso.
- Como?
- A Si bateu nela. - Deu de ombros - Tia Any e tio Klys falaram que podia.
- Não pode! Ainda mais na escola nova, por que simplesmente não ignorou?
- Diculpa. A Sofy disse que o bilhetinho que a buxa da escola colocou na agenda da Si é uma adve..advi... sei lá, uma coisa assim.
- Advertência.
- Isso aí.
- Eu não acredito nisso, Sina Deinert. Foi o seu primeiro dia de aula.
- Mas ela xingou a Si!
- Desse as costas e fosse falar com alguém que tem autoridade.
- A Si quer ser idelen..idenpente.. indepente..
(n/a: nem eu sei falar essa joça direito.)
- Independente.
- Isso.
- Conta outra, Sina. - Me levantei, tirando ela do meu colo - Em casa a gente vai conversar sobre isso. Não quero saber de você saindo por aí batendo nas pessoas. - Desliguei o computador e ajeitei as folhas uma embaixo da outra.
- Mas tinha motivo!
- Não quero saber. - Segurei sua mão e nos guiei para fora da sala, a trancando em seguida.
Fomos em direção ao elevador, encontrando Josh no meio do caminho, ele falava com alguém no telefone, parecia ser Linsey, pois gritava algo do tipo "Onde vou arrumar essa droga de açaí?" ou "Que porra é açaí?". Por sorte o elevador chegou e não tivemos que ficar ouvindo ele gritando por muito tempo.
- Daddy... você tá bavo com a Si? - Me olhou com aqueles olhinhos brilhantes enquanto eu estava encostado na parede.
- Não, só não esperava que você fosse bater em alguém sem motivo algum.
- Mas tinha motivo! - Gritou.
- Pode parar de gritar?
- Mas eu num tô gritando!
Antes que eu pudesse falar alguma coisa o elevador chegou ao térreo. Sina sempre tinha essa mania de querer ficar gritando toda vez que ficava estressada com alguma coisa.
Deixei suas coisas no banco de trás do carro e prendi o cinto dela no banco. Entrei no lado do motorista e dei partida, indo em direção a nossa casa.
[...]
- Fez dodói! Fez dodói! - Sina reclamava enquanto me mostrava seu dedinho cortado com um pouco de sangue saindo.
- Como você fez isso? - Me sentei na cama segurando seu dedo.
- A Si tava coitando uma foto e daí coitou o dedinho. - Falava chorosa.
- Se a baby ficar bem quietinha o daddy promete colocar um band-aid bem fofo.
- Pode ser o da Hello Kitty?
- Pode. - Ri levando ela até o banheiro. Deixei a água cair em seu dedinho machucado e depois sequei com uma gaze limpa. Peguei na gaveta o band-aid que ela queria e coloquei sobre o corte. Não tinha sido grande coisa, então logo o curativo ia começar a incomodar ela e ela iria querer tirar.
- Prontinho. - Beijei seu dedo e ela riu.
- Daddy, A Si... - Sua fala foi interrompida pelo meu telefone tocando.
Fui até o quarto e peguei meu. celular que estava em cima da cama. Era um número desconhecido.
- Noah Urrea?
- É ele.
- Aqui é do hospital Dignity Health, acabamos de receber uma paciente...-
- Quem? - A corto, já pensando que algo poderia ter acontecido com minha irmã.
- Ela estava desacompanhada, entrou em trabalho de parto e veio sozinha para cá.
- Vivian?
- Sim senhor. Seu filho nasceu e já está aos cuidados da mãe.
Mas o quê?
- Eu não...
- A senhorita Vivian pediu para ligar e para pedir que o senhor viesse vê-la. Geralmente são momentos importantes para as mamães.
Merda. E se o filho realmente fosse meu? Eu me consideraria um monstro por não vê-lo.
- Eu.. Obrigada.
- De nada, Sr.Urrea. Tenha um bom dia.
Desliguei o celular e fiquei parado olhando para o nada até a voz doce de Sina me tirar de meus pensamentos.
- Vivian não é a mulher que estava grávida? - Me olhou com os olhinhos verdes cheios de lágrimas.
- Si..
- É seu filho.
- E o que tem? - Me aproximo limpando seus olhos.
- Que a agora tem mais um bebê na sua vida. Como a Si fica? Eu vo te que dá minha pepeta pra ele?
- Claro que não, Si. Se esse filho realmente for meu, você ainda sim vai continuar sendo minha bebê, minha baby só minha. Nada vai mudar, eu prometo.
- Plomete de mindinho?
- Prometo de mindinho.
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Posto outro amanhã se tiver mais de 10 comentários 🤡
Enfim, my little girl está chegado ao final, falta uns 5 ou 6 capítulos.
A próxima fic vai ser um clichê é uma vibe mais gangues, máfias e afins.
Amanhã posto mais capítulo da segunda temporada de Beautiful Obsession, então fiquem de olho.
Ignorem qualquer erro de escrita.
Não se esqueçam de votar.
📌Ass: Duda:))
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