𝚃𝚠𝚘
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Criei um portal para ficar ao lado de Tony, que apontava as suas mãos para o tal Lula Molusco, o qual se intitulava "Filho de Thanos". Ele tinha a forma humanoide, mas era muito estranho, principalmente o rosto. Fora o cabelo branco ridículo.
Eu carregava em minhas mãos pistolas feitas de magia, simples e fáceis de usar. Stephen me encarou com os olhos um pouco arregalados, surpreso em me ver ali.
— ... acabaria com a vida do seu amigo num instante — o humanoide terminou de falar.
— Ele não é bem o meu amigo, salvar a vida dele tá mais para cortesia profissional — disse Tony.
— Solte-o, Voldemort — falei e apontei-lhe as armas.
Não consegui me segurar. Aquele ser não tinha nariz e era mau, não pude deixar de fazer a referência.
— Não salvarão nada — o Voldemort genérico levitou partes da nave. — Seus poderes são ridículos comparados aos meus.
— É, mas o garoto viu mais filmes — Tony comentou.
Atirei em uma parte da nave, abrindo um buraco para o lado de fora. Fiquei agarrada ao chão graças as minhas Botas, mas o Filho de Thanos foi sugado para fora, assim como Stephen. A Capa tentou segurá-lo, mas não conseguiu. Entretanto, antes que ele se perdesse no espaço, Peter apareceu, lançou uma teia no Mago e o puxou.
Tudo aconteceu muito rápido. Assim que Stark cobriu todo o buraco, eu corri até Strange, que estava caído no chão, e o abracei.
— Mia... — ele segurou minha mão. — O que você está fazendo aqui?
Ri com desdém.
— Primeiro, vim proteger a Joia. Segundo, sabemos que sou mais forte que você.
Stephen riu e eu o ajudei a se levantar. Tony, que já estava sem a armadura, passou por nós negando com a cabeça. Após dar uma volta de agradecimento em mim, a Capa voltou a ficar sobre os ombros de seu dono.
— Temos que dar meia volta com a nave — disse Strange, indo até Stark. Eu o acompanhei.
— É, agora ele quer fugir — a voz do Homem de Ferro transbordava sarcasmo. — Ótimo.
— Não, eu quero proteger a Joia — Stephen falou para o homem.
— E eu quero que me agradeça. Anda, tô esperando — falou Tony.
Revirei os olhos por causa da discussão dos dois homens e fui até Peter, que estava quieto, olhando tudo. Aqueles dois estavam parecendo duas crianças arrogantes.
— Bom trabalho, garoto — comentei, olhando para o mais jovem.
Parker agradeceu e sorriu em uma mistura de timidez e orgulho, as bochechas coradas. Depois olhou para Stark, voltando a prestar atenção naquela discussão, e, após alguns segundos, levantou a mão e disse:
— Eu sou o apoio.
— Não, é um clandestino — respondeu Tony, apontando para ele e Strange. — Adultos falando aqui, tá?
Saí de perto dos três e analisei a estrutura da nave com mais atenção. Não se parecia com nada que eu já tinha visto, definitivamente.
Caramba, eu estava no espaço! Espaço!
Olhei para os dois homens que se diziam adultos e percebi que eles ainda estavam discutindo. Aproximei-me de Strange e parei ao seu lado.
— Tá legal, Stark, vamos até ele — meus olhos se arregalaram diante das palavras de Stephen. — Mas você tem que entender, se eu tiver que salvar você, o garoto ou a Joia do Tempo, eu não vou hesitar em deixar vocês morrerem. — falou, seriamente. — Eu não posso, porque o universo depende disso.
Tony não pareceu se abalar com as palavras do Mago, e, olhando rapidamente para mim, disse:
— E quanto a assistente de palco aí? Isso serve para ela também? — Stark encarou o homem ao meu lado. — Vai deixá-la morrer, Doutor?
Stephen engoliu em seco, parecendo um pouco hesitante, e me olhou profundamente, um olhar de dúvida e algo mais que não fui capaz de decifrar. Por fim, sorriu para mim e riu nasalmente.
— Ela não vai morrer tão fácil, sabe se cuidar — respondeu.
Sorri de lado.
— Além do mais, eu morreria pela Joia se fosse preciso — falei para o Homem de Ferro, encarando-o.
Ele apenas nos observou brevemente e depois andou até Peter. Olhei para a frente da nave e suspirei. Strange segurou minha mão, encarando-me.
— Você está bem? — questionou, preocupado.
— Eu quem deveria perguntar isso, você estava sendo perfurado por agulhas! — exclamei.
— Eu sou o Mago Supremo, aquilo não foi nada — revirei os olhos, sorrindo.
Arrogante como sempre.
— Stephen, Stephen... você já estaria morto se não fosse por mim.
Rimos e eu respirei fundo.
— Nunca pensei que estaria em uma missão fora da Terra — olhei para o colar em volta do pescoço do Mago. — Principalmente levando o Olho de Agamotto e deixando o meu Sanctum desprotegido.
Strange apertou minha mão, fazendo com que eu o olhasse. O seu olhar fez meu coração disparar.
— Não se preocupe, estamos juntos nessa — disse Stephen, suave. — É apenas mais um vilão que temos de lidar.
Eu queria acreditar em suas palavras, queria mesmo, mas algo me dizia que seria muito mais do que apenas um vilão. Aquela sensação ruim me causou calafrios, então acariciei a mão do Mago levemente com o polegar.
— Mas o Wong não está aqui para equilibrar nosso time, apenas o Mago Supremo mais atrapalhado da existência — dei de ombros de forma teatral.
— Sou o Mago mais poderoso, senhorita White — sorriu de lado, sua voz um pouco mais rouca.
— Então, senhor Mago mais poderoso, por que precisou ser salvo por um garoto vestido de aranha, pelo arrogante de ferro e pela Maga mais incrível que já conheceu? — ergui uma sobrancelha, sorrindo de lado.
— Eu ouvi isso — Stark resmungou.
— Estava tudo sob controle — respondeu Strange, ignorando Tony. — Só estava esperando o momento certo para escapar.
— Momento certo, sei — ainda de mãos dadas, parei a sua frente. — Percebi que estava tudo sob controle quando você começou a gritar.
Stephen abaixou um pouco a cabeça, já que eu era menor que ele, e deu um passo a frente, diminuindo a distância entre nós.
— Vamos acabar logo com isso, Strange, assim podemos ir logo para aquela cafeteria.
— Não sabia que queria tanto ir para aquela cafeteria — senti meu rosto esquentar e olhei para baixo.
— Ei, pombinhos! — Tony chamou nossa atenção e eu me afastei do Mago rapidamente. — Chegamos. E acho que essa nave não estaciona sozinha.
Tony e Peter passaram a controlar a nave, mas, ao julgar pela visão do lado de fora, isso não daria muito certo e iríamos bater. Segundos depois, batemos em uma estrutura. Olhei para Stephen e balançamos a cabeça, criando um escudo protetor em volta de nós quatro.
A nave caiu no chão e, graças ao impacto, caímos também. Strange veio até mim assim que levantou e me ajudou a levantar.
— Está bem? — perguntou.
— Intacta — respondi e tirei os cabelos bagunçados do meu rosto.
Stephen olhou para Tony e perguntou:
— Stark?
— Foi por pouco — respondeu ele. — Devo uma a vocês.
— Parker? — chamei pelo garoto, preocupada.
Peter apareceu perto de nós, de ponta cabeça, pendurado em uma teia.
— Deixa eu falar uma coisa? Se aliens, sei lá, implantarem ovos no meu peito e eu comer um de vocês, me desculpa, tá? — disse ele.
Não conhecia aquele garoto direito, mas já o estava achando absurdamente fofo.
— Eu não quero nenhuma outra referência a sua cultura pop pelo resto da viagem — Tony advertiu.
— Ah, é que tem alguma coisa vindo pra cá — falou Peter.
De repente, uma espécie de granada apareceu no meio de nós quatro e nos lançou longe.
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