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𝚂𝚎𝚟𝚎𝚗

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Eu não estava acostumada a ir a funerais. Eu era sozinha, sem família, então nunca precisei passar por algo assim. O funeral de Tony Stark, o Homem de Ferro, estava sendo o meu primeiro.  Se eu tivesse um poder maior do que tinha, isso não estaria acontecendo. Pepper não precisaria se despedir de um marido e nem Morgan de um pai. Entretanto, eu não tinha tal poder.

Antes de ir para a casa da família Stark, troquei de roupa em Londres. Estava usando um vestido preto simples e sapatilhas também pretas. Nunca pensei que colocar uma roupa pudesse ser tão triste.

Eu estava do lado de Stephen, com as mãos juntas na frente do meu corpo, e Wong estava do outro lado do Mago. Pepper saiu de dentro de sua casa segurando a mãozinha de Morgan e um arranjo de flores com algo no meio. Algumas pessoas vinham logo atrás, como Steve Rogers. Pessoas que, com certeza, foram uma família para Tony.

Eles passaram por nós e foram até um pequeno píer. Todos os heróis que haviam se ajoelhado perante Tony Stark estavam ali, e mais algumas pessoas, espalhados em grupos, prontos para se despedirem daquele que salvou a todos nós.

Pepper colocou o arranjo de flores sobre a água e o empurrou para que flutuasse para longe. Ela abraçou Morgan de lado, um ato que não soube identificar se era para manter a filha firme ou usá-la para se manter forte. Independentemente do que fosse, senti lágrimas se formando nos meus olhos.

Peter Parker estava um pouco a frente de mim com a sua tia. Conseguia ver em sua postura que ele tentava se mostrar forte, mas que estava destruído por dentro.

Apesar do momento triste, o clima não era pesado, como imaginei que seria. A energia, na verdade, apresentava o mais puro agradecimento e amor. Agradecimento e amor da família, amigos e irmãos que não eram de sangue. Então me permiti deixar algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto e Stephen segurou minha mão. Assim ficamos até todos saírem e se reunirem do outro lado da casa.

Eu queria falar com Pepper antes de ir embora para prestar meus sentimentos pela sua perda, mas antes precisava falar com outra pessoa. Andei até uma árvore, na qual a pessoa estava apoiada.

— Peter — chamei.

O garoto limpou suas lágrimas rapidamente e me olhou. Seus olhos estavam vermelhos, e o rosto, inchado.

— Oi, Mia — ele tentou sorrir.

— Eu só vim dizer que se precisar de alguma coisa, qualquer coisa mesmo, pode falar comigo — sorri, gentilmente, para ele. — Apareça em Londres quando quiser.

— Provavelmente eu não vou poder. Digo, vou voltar para a escola, terei dever de casa — Peter se embolou com as palavras.

Sorri abertamente para ele. Fofo como sempre, Peter Parker. Peguei um caderninho na minha bolsa pequena, fiz algumas anotações e entreguei para ele.

— Aí está o meu número de celular e o endereço do Sanctum em Londres — falei. — Nunca se sabe quando pode precisar de um lugar para ficar ou um ombro amigo.

Para a minha surpresa, o garoto me abraçou e começou a chorar. Eu o abracei imediatamente, esperando até ele se acalmar. Quando seus soluços acabaram, ele se soltou de mim e secou suas lágrimas.

— Obrigado mesmo, Mia — gaguejou. — De verdade.

— Por nada, Peter — fui andando de costas. — Ligue e eu apareço no mesmo segundo.

Bati as costas em alguém e essa pessoa colocou as mãos na minha cintura. Não precisei olhar para trás para saber quem era.

— Você se apegou mesmo àquele garoto — a voz grave e rouca de Stephen Strange fez os pelos da minha nuca se arrepiarem.

— Ele lembra um pouco a mim quando mais jovem — virei-me para o Mago e, ao ver sua expressão, dei um tapa em seu braço. — Nem ouse ofender a mim ou ao Peter, Stephen Strange. Eu ainda sou mais forte que você.

— Eu não disse nada!

— Mas pensou! Você não é tão difícil assim de se ler, principalmente quando vai falar mal de alguém — ele abriu a boca em indignação. — Vamos, quero dar meus pêsames para a Pepper.

Fomos para perto da casa, onde estava a mulher com sua filha. Esperamos ela conversar com com algumas pessoas para nos aproximarmos. O que eu deveria dizer? Sabia que nenhuma palavra traria realmente um conforto a ela. Nenhuma palavra traria seu marido de volta. Optei por ser o mais sincera possível.

— Eu... sinto muito pela sua perda. De verdade. Se eu pudesse fazer algo... — um nó se formou em minha garganta.

Pepper sorriu em agradecimento e tristeza. 

— Tony não teria paz se soubesse que poderia fazer algo para mudar tudo e não fizesse. Ele nunca seria capaz de relaxar. Agora ele está em paz, aonde quer que ele esteja. 

Stephen começou a conversar com a loira e eu me abaixei para ficar da altura de Morgan. Ela era igualzinha ao seu pai, mesmos cabelos e mesmos olhos.

— Oi — sorri.

— Oi — falou, um pouco tímida. — Você é a assistente de palco?

Não consegui me segurar e acabei rindo. Ela também tinha a mesma personalidade.

— Sim, eu sou — balancei a cabeça. — Meu nome é Mia White.

— Papai contou histórias sobre você — ela apontou disfarçadamente para o homem ao meu lado. — Sobre ele também.

— Espero que tenham sido histórias boas.

— Ele me disse que você corre muito rápido e que chuta homens maus — Morgan fez uma cara engraçada.

— Corro assim graças as minhas botas especiais — expliquei.

— Botas especiais? — seus olhos brilharam. — Posso usar?

Sorri abertamente.

— Quando você tiver idade o suficiente e se sua mãe deixar, pode sim.

A garotinha pareceu bem animada.

— Ou talvez eu crie botas como as suas — ela ergueu o queixo.

Então ela me lançou um olhar que vez meu coração errar uma batida e meu corpo ficar estático. Aquela era uma típica Stark. Eu sabia que, com o passar dos anos, ela ficaria ainda mais parecida com seu pai. Tony Stark nunca deixaria aqueles com quem se importava, afinal.

— Vamos, Mia? — Strange me chamou.

— Sim.

Levantei-me e ajeitei meu vestido. Sorri para a menina a minha frente e ela sorriu de volta.

— Se precisar de alguma coisa, pode chamar a assistente de palco aqui — apontei para mim mesma. — Até passaria meu número, mas algo me diz que você consegue me achar fácil, fácil.

Morgan sorriu sapeca e Pepper fez uma cara mostrando que sua filha daria muito trabalho. Com certeza daria.

Despedimo-nos delas e Stephen abriu um portal para o seu apartamento. Quando o atravessamos, fiz questão de tirar minhas sapatilhas e jogá-las em algum canto da sala.

— Você vai montar uma creche, não é possível — ri da fala do Mago. — Você se apega às crianças muito rápido e não para de oferecer ajuda.

— Eu gosto de crianças, elas são legais — dei de ombros. — Tenho vontade de ficar com todas elas.

— O dia de ter a sua vai chegar, não precisa ficar desesperada — Stephen balançou a cabeça em negativa.

— Como? — ergui as sobrancelhas.

Seus olhos ficaram muito arregalados e ele começou a dar passos para trás. 

— Nem pense nisso, Stephen Strange — apontei para ele. — Pare de passar informações pela metade. Ou diz tudo ou não fale. Você não vai fugir de mim dessa vez.

Ele começou a correr pelo apartamento e eu corria atrás dele para tentar arrancar algumas respostas.



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