𝐂𝐀𝐏 001
| 1.0 |
MARGO WHEELER POV'S
"FINALMENTE CAINDO FORA"
- Qual é mãe, eu fui atacada! - Relembrei minha mãe enquanto ela dirigia furiosa e meus irmãos dormiam no banco de trás
- Você me fez passar vergonha, que foi a única coisa que eu pedi para não fazer. Olha Margo, eu tô ocupada demais pro seus dramas
- Tá ocupada demais pra sua filha? - Perguntei furiosa
- Tá legal, quer ir pro acampamento? Vai! Mas tem que parar de me atrapalhar em horas erradas - Ela disse
- Uau, você se importa tanto com seus filhos, que foram drogados enquanto você tava resolvendo qual era a modelo mais magra - Falei
(...)
Enquanto cuidadosamente arrumava minha bolsa, um leve toque na porta interrompeu meus pensamentos. Deixei-a entreaberta e vi Noah e Aurora adentrarem meu modesto refúgio. Seus semblantes carregavam uma expressão de preocupação mesclada com determinação.
— Trouxemos seu jantar,— anunciou Noah, depositando o prato cuidadosamente sobre a mesa.
— Você vai mesmo? — questionou Aurora, fechando a porta suavemente atrás deles.
— Sim, é o mais sensato a se fazer. Não apenas por mim, mas também por vocês. Nunca antes enfrentei a investida de um monstro, mas agora, não posso ignorar a possibilidade,— respondi, tentando manter minha voz firme.
— Você pretende procurar por seu pai? — indagou Noah, buscando conforto ao se sentar no canto da cama.
— Bom... é improvável. Os Deuses raramente mantêm contato direto com seus filhos — expliquei, sentindo um nó se formar em minha garganta.
— Isso não parece justo — murmurou Aurora, com os olhos repletos de compaixão.
— Vou ficar bem, prometo — disse, forçando um sorriso para tranquilizá-los.
Desde que fui reclamada como filha de Apolo, o Deus do Sol, minha vida mudou drasticamente. Nunca antes havia sequer imaginado que era uma semideusa. Agora, passo minhas férias no acampamento, um refúgio seguro para os filhos dos deuses.
No dia seguinte, enquanto calçava meus sapatos, uma comoção irrompeu dos quartos vizinhos.
— Aí, Margo, espera a gente! — exclamou Noah, apressando-se para se juntar a mim.
— Temos uma surpresa para você — anunciou Aurora, com um brilho travesso nos olhos.
Curiosa, peguei a embalagem de presente e a abri lentamente, revelando seu conteúdo.
— O que temos aqui? — perguntei, ansiosa.
— Abre lá, você vai amar! — encorajou Noah, exibindo um sorriso contagiante.
Com um gesto rápido, desfiz o papel, revelando um objeto que me deixou sem palavras.
— Combinado! Até o fim das férias, pirralhos — disse, abraçando-os com ternura.
— Espera só um minuto — minha mãe murmurou ao telefone. — Margo, o carro está lá fora. Boas férias, aproveite. Qualquer coisa, me liga e...
— Tudo bem, mãe. Obrigada! Tchau, amo vocês — despedi-me, deixando minha casa para trás.
Com meus fones de ouvido, mergulhei em um mar de música e pensamentos, enquanto o carro seguia seu caminho rumo ao acampamento. Ao vislumbrar a colina familiar, senti meu coração se encher de nostalgia e excitação. Onde mais eu poderia chamar de lar?
— Tem certeza de que este é o seu destino? — indagou o motorista, observando o ambiente ao redor com uma expressão confusa.
— Tenho, sim. Muito obrigada — respondi, despedindo-me com um aceno antes de sair do veículo.
Ao cruzar os portões do acampamento, uma sensação de pertencimento e familiaridade me invadiu. Era como se eu estivesse retornando ao meu verdadeiro lar, um lugar onde eu pertencia.
Coloquei minhas malas na beliche com um suspiro de alívio, finalmente de volta ao acampamento. A sensação de familiaridade inundou meu ser quando me pus a caminho do chalé de Atena.
— Margo, você veio! — Nick exclamou assim que me avistou, envolvendo-me em um abraço caloroso.
Nick era meu melhor amigo, aquele que estava ao meu lado desde o primeiro dia no acampamento. Juntos, compartilhamos derrotas e vitórias, construindo uma amizade forte e duradoura.
— Eu vim! Estava com tanta saudade — respondi, retribuindo o abraço com um sorriso.
— Nossa, eu que diga, este lugar não é o mesmo sem você — ele disse, enquanto começávamos a caminhar.
Uma coruja pousou graciosamente em meu ombro, batendo suas asas com elegância.
— Eu também estava com saudades, Max — murmurei, acariciando suavemente suas penas. Max era a coruja de estimação de Nick, um presente de sua mãe, Atena.
— E aí, quais são as novidades? — perguntei, curiosa para saber o que havia acontecido no meu período de ausência.
— Muitas! Um novo meio-sangue foi reclamado — ele respondeu, com um brilho de excitação nos olhos.
— O quê?! — exclamei, surpresa.
— Sim! E foi durante uma missão. Ele retornou com vida, acompanhado por dois amigos. Um é um sátiro, e o outro é minha meia-irmã, Annabeth.
— Annabeth foi em uma missão? Uau, parece que perdi muito em apenas dois anos — comentei, enquanto continuávamos nosso trajeto até o chalé 11. — Como ela está?
— No começo, estava abalada. Recusava-se a sair do chalé, a comer ou até mesmo a treinar. Mas agora está muito melhor, mais forte e determinada — ele respondeu, com um sorriso de orgulho.
Olhei na direção para onde ele estava olhando e avistei Annabeth e Linna duelando com espadas. Duas guerreiras habilidosas, cada uma representando seu chalé. Linna saiu vitoriosa desta vez, deixando Annabeth com uma expressão de determinação.
— Na próxima você consegue, Chase — Linna disse, oferecendo palavras de incentivo.
— Bom jogo — Annabeth respondeu, retomando sua postura determinada.
— Parece que temos visitas por aqui — Nick comentou, chamando a atenção de Linna para mim. Num impulso, fui envolvida em um abraço caloroso.
— Meu Deus, garota! Estava morrendo de saudade. Você está linda e cresceu bastante — Linna disse rapidamente, seu tom transbordando de alegria. — Ainda guarda meu colar, não é?
Mostrei o colar de bússola, um presente de Hermes como um gesto de desculpas. Linna não conseguira mantê-lo consigo, então acabou me dando no meu aniversário.
Linna sempre fora minha melhor amiga, ao lado de Nick. Ela me ajudara em tudo e já viajamos juntas a Nova York. Era alguém com quem eu podia contar.
Havia escutado recentemente que o irmão dela havia traído o acampamento e fugido. Imaginava o quão devastada ela deveria estar com isso.
Passar um tempo no acampamento era como um refúgio, longe de problemas e confusões, apenas eu e meus amigos. Eu me dedicava cada vez mais ao treinamento de arco e flecha, uma atividade que me trazia paz e foco. O "capture the flag" estava se aproximando, e eu já pensava em estratégias para vencer Annabeth, que sempre saía vitoriosa nesses jogos.
Enquanto meditava, minha música foi interrompida por uma presença familiar. Olhei para trás e vi Clarisse, filha de Ares.
— Minha música! — protestei, erguendo-me para cumprimentá-la.
— Esta música é tão entediante que até minha avó dormiria — ela disse, lançando um olhar desinteressado ao redor.
— Clarisse?
— Está afim de vencer a guerra amanhã? — ela perguntou, ignorando minha surpresa.
— Claro, mas acha que conseguiremos vencer Annabeth? — questionei, seguindo-a enquanto ela se dirigia a um banco improvisado de madeira.
— Não acho, eu tenho certeza. Nada como uma boa vingança — ela disse, olhando na direção de Annabeth, que treinava com um boneco de combate.
— Muita coisa é melhor que vingança — murmurei, tentando dissuadi-la.
— Aparentemente, você nunca experimentou a doçura da vingança, pequeno sol — ela disse, enquanto se afastava.
— O que está pensando? — perguntei, ficando intrigada com sua sugestão.
— Bem, você tem amigos no time adversário, não é? Desvie a atenção deles, e eu cuido do resto — ela disse, virando-se para encarar-me.
— Distrair sozinha? — questionei, sentindo-me um tanto incerta.
— Sim, por que não? — ela retrucou, desafiadora.
— Não é que...
— Ótimo então, boa sorte amanhã. Estou contando com você — ela disse, antes de se afastar.
E assim, uma nova aliança foi formada, mergulhando-me em pensamentos sobre as implicações dessa decisão para o grande jogo que estava por vir.
(...)
Estávamos nós preparando para o jogo, eu não sabia o plano mas tentei fazer o que clarisse me pediu. Assim que o jogo começou, corri pela floresta a procura deles
Até tropeçar em alguma corda e cair no chão, peguei minha espada novamente e me levantei, quando me deparei a Nick, parado me olhando
- Não tava nos meus planos ganhar da minha melhor amiga - Ele disse
- Que bom, porque isso não vai acontecer - Falei e ataquei ele
Eu estava tensa, segurando firmemente minha espada enquanto encarava Nick. Meus músculos estavam alertas, prontos para o combate que se aproximava. Nick, por sua vez, parecia calmo e confiante, com um sorriso irônico nos lábios.
Sem esperar mais, avancei, minha espada cortando o ar em um arco rápido e preciso. Nick se esquivou habilmente, desviando-se dos meus golpes com agilidade felina. Ele contra-atacou com golpes rápidos e precisos, testando minha defesa.
Nós dois nos movíamos em um duelo frenético, nossos corpos se contorcendo em uma dança mortal. Eu lutava com determinação, meus movimentos fluindo com graça e força. No entanto, Nick era um adversário formidável, habilidoso e imprevisível.
Enquanto a batalha continuava, percebi que estava sendo empurrada para trás, meus ataques sendo bloqueados e desviados com facilidade. Comecei a sentir a pressão, a exaustão começando a se instalar em meus músculos.
De repente, um grito ecoou pela floresta, interrompendo a luta. Annabeth apareceu, correndo em direção a Nick, sua expressão determinada. Com um gesto rápido, ela se juntou à luta, ajudando-o a repelir meus ataques.
Com Annabeth ao seu lado, Nick parecia renovado, seus golpes mais precisos e coordenados. A pressão sobre mim aumentou enquanto lutava para enfrentar os dois adversários ao mesmo tempo. Cada vez mais cercada, percebi que precisava de uma estratégia rápida se quisesse sair dessa situação.
Eu me abaixei rapidamente, evitando por pouco os golpes que Annabeth e Nick lançaram em minha direção. Com o coração disparado, virei e corri em direção a Sarah, uma filha de Afrodite que estava assistindo ao jogo.
- Sarah, precisamos sair daqui! - gritei, agarrando seu braço.
Ela me olhou com surpresa e hesitação.
- Mas eu não estou aqui para lutar, Margo! - Sarah protestou, tentando se soltar.
- Não importa, precisamos de toda ajuda que conseguirmos! - insisti, puxando-a para longe da confusão.
Enquanto corremos, Nick se aproxima, seu rosto torcido em raiva. Ele ataca com fúria, mas acaba acertando a pulseira de Sarah, que se parte com o impacto.
- Ops - Ele disse irônico
Sarah olhou furiosa a ele, sua expressão determinada enquanto se preparava para enfrentar Nick.
O som distante de comemoração nos fez parar por um momento, nossos olhares se encontrando em meio à confusão. Olhamos na direção do barulho, onde a bandeira azul do time adversário deveria estar. Mas para nossa surpresa, não estava lá.
Clarisse estava de pé perto da bandeira vermelha, seu rosto exibindo um sorriso vitorioso. Seus olhos se encontraram com os nossos por um momento, desafiadores e triunfantes, antes que ela se juntasse à comemoração de seu time.
- Conseguimos - Falei ofegante me aproximando
—Eu consegui, mas valeu por acreditar que estava fazendo algo de útil — Clarisse disse confiante
— Ela é sempre assim — Nick disse
— Poise — Falei olhando pra ela, não estava surpresa com sua reação
— Nunca confie em um filho de Ares, quando menos esperar eles acertam uma facada em sua barriga — Nick disse
Ele avançou uma faca em minha barriga, sempre fazíamos isso, uma faca falsa que descia até o punho, e dava a impressão que eu estava levando uma verdadeira facada
— Aí que susto! — Reclamei
— Foi engraçado — Ele disse sorrindo
— Não teve graça — Falei me fazendo
— a não?
Rimos, dei um leve tapa em sua cabeça
- Como conseguiram trapacear? - Annabeth encarou a vitória confusa
- Quem te garante que trapaceamos? - Perguntei olhando para ela
- Eu - Ela respondeu direta
- E quem é você na fila do pão? - Perguntei ofendida por ela achar que trapaceamos
- Eu sou o próprio pão, foi um bom jogo - Ela abaixou e pegou sua espada
- O que você tá fazendo? - Perguntei olhando para Sarah, que estava abaixada no chão enquanto recolhia os pingentes de sua pulseira
- Foi meu irmão que fez, tem valor sentimental - Ela disse
Me abaixei também e ajudei ela
- Ai gente, vocês ouviram isso? - Annabeth perguntou
- Já entendi, a gente perdeu - Nick disse tirando seu capacete de guerra
- Não, fica quieto e ouve - Ela murmurou fazendo silêncio
Encaramos ela confusos
Ela começou a correr e fomos atrás dela
- Margo Wheeler! Onde está você? - Uma voz gritava no meio do refeitório, assim que nós aproximamos vi uma neblina de fogo ou algo assim e uma criatura nela, com mais ou menos três metros com asas e chifres
Ele jogou fogo em uma parte do local
- Ai, eu tô aqui! - Gritei
- Margo, devolva-me o que o tem, que sempre me pertenceu! - Ele gritou
- O que eu tenho? Eu não tenho nada! - Gritei
- Eu não estou brincando garotinha, vou te dar dez dias para me entregar, ou... pode dizer adeus a ele - Ele jogou uma pequena bola de fumaça aos meus pés que fez uma pequena explosão e eu pude ver Noah, meu irmão congelado em estátua
- O que você... - Perguntei assustada
- Dez dias, e nem um minuto a mais! - Ele relembrou e de repente, a fumaça sumiu.
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• Eai gente, espero que tenham gostado. Me desculpem por qualquer erro ou algo assim
• Se tiver gostado, pfvr, dexem um estrela e um comentário/s, isso ajuda MT os escritores, motivando e entregando a fic para mais pessoas
• É isso povo, até, vou postando capítulo novo ao logo dos dias, bjs, tchau!!! 💗
• 𝐀𝐓É 𝐎 𝐏𝐑Ó𝐗𝐈𝐌𝐎 𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 •
ᵐʸ ᵖʳᵒᵘᵈ ᵍⁱʳˡ
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