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✧ ─ 𝐨𝐧𝐞


𝐍𝐀𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀

         Eram três horas da manhã quando Sidney ainda se encontrava acordada. Abraçada à suas pernas, sobre seus lençóis gélidos. Mais uma noite sem dormir. Sem sono algum.
Ela até poderia colecionar quantas vezes virou as noites acordada. A garota de cabelos loiros umedeceu os lábios secos e piscou algumas vezes antes de se levantar e se dirigir até o banheiro.

Sidney ascendeu a luz do cômodo, semicerrando o olhar pela claridade que incomodou sua visão, que há segundos atrás, estava fixada em algum ponto escuro de seu quarto. A garota se olhou no espelho, podendo notar as olheiras profundas e escuras que haviam em baixo de seus olhos. Sidney respirou fundo, soltando o ar pesado que habituavam seus pulmões.
Ligou a torneira para lavar o rosto com a água gelada, com a esperança de conseguir despertar e fingir que sua noite havia sido ótima. Mas não adiantaria de nada, pois sua aparência alegava o contrário.

Harper voltou para o quarto, deitando em sua cama. Deu um suspiro de alívio ao sentir suas costas relaxarem ao tocar no colchão confortável e macio. Esticou um braço e abriu a gaveta de sua pequena cômoda, que ficava ao lado de sua cama. Apanhou uma cartela de comprimidos para insônia — que inclusive, estavam quase acabando. Ela teria que se lembrar disso mais tarde.
Apanhou um deles, logo o enfiando em sua boca e o engolindo sem ajuda de nenhum líquido. A garota virou para o lado, fechando os olhos e tentando adormecer, pela trigésima vez.

Por um milagre, finalmente conseguiu pegar no sono. Depois de tantas tentativas fracassadas, como sempre.

[...]

O som do despertador ecoou por todo o ambiente, Sidney grunhiu e o desligou. Eram seis da manhã, ou seja, a garota havia tido apenas duas horas de sono, o que era extremamente ruim.

"Odeio a escola com todas as minhas forças"

ela pensou, antes de se levantar e ir tomar um banho rápido.
Vestiu uma calça jeans e uma regata, colocando um casaco fino e longo de crochê por cima. Calçou seu inseparável par de tênis all star branco — que estavam um pouco sujos — e desceu as escadas.
Logo no terceiro degrau, Harper notou sua mãe, Alyssa, apagada no sofá. Garrafas de uísque estavam espalhadas ao redor da sala, fazendo com que a garota negasse com a cabeça e revirasse os olhos.

Não era a primeira vez que sua mãe estava daquele jeito. Já havia virado rotina o cheiro forte de álcool pela a casa, e a mesma cena da loira mais velha totalmente absorvida pela a inconsciência que essas bebidas lhe causavam depois de tantas doses tomadas.

Adentrando a cozinha, Sidney preparou um café forte e comeu algumas torradas com geleia de amora.
Ainda digerindo sua refeição matinal, apoiou seus cotovelos na bancada da cozinha e olhou o horário.

Seis e vinte.

O tempo passava depressa em alguns dias, e devagar em outros. Isso era meio torturante, já que nunca podia-se ter uma noção do quanto rápido ou lento estavam os segundos.

— Longo dia — a garota sussurrou para si mesma.

Levantou do banquinho que estava sentada e foi até o quarto, escovando os dentes e pegando sua mochila. Antes de sair, a loira olhou para sua mãe e suspirou pesado. Fazia tempo que não ganhava um bom dia ou ao menos um abraço da mulher antes de sair. Na verdade, fazia tempo que não tinha uma mãe.

Ao finalmente chegar em sua escola, Sidney passou pelo o grande portão da Kook Academy, segurando firme as alças de sua bolsa traseira. Correu os olhos pelo pátio e deu um sorriso ao avistar Maggie, sua melhor amiga. A loira caminhou em direção a garota, que estava distraída amarrando os cadarços do tênis.

— Bom dia, Meg — Sidney sorriu fraco.

— Bom dia, Sidys — Meg disse num tom animado, como sempre. A morena era uma pessoa extrovertida e cheia de disposição. Todos os dias acordava com um sorriso no rosto, não importava a ocasião. — Ew, você está parecendo uma morta viva.

— Ah, muito obrigada, Meg. Ajudou muito minha autoestima — Sidney deu um riso sem humor e bufou.

— Qual é, estou sendo sincera com você — a morena exclamou. — An... Você dormiu esta noite? — Meg perguntou delicadamente, pois já sabia dos problemas que sua amiga passava, como as crises diárias. Ela sempre tentava ajudar, mas era inevitável conseguir proteger a garota de tudo isso.

— S-sim — a voz de Sidney falhou. — Claro que dormi, minha noite foi excelente — forçou um sorriso em seu rosto.

— Oh céus, Sidney — Tuner negou com a cabeça. — Eu sei quando você está mentindo, eu te conheço desde que nós éramos uma ameba.

— Então por que pergunta? — Sidney sussurrou aborrecida.

— Porquê tenho a esperança que um dia você dará ouvidos á mim e aceitará que precisa de ajuda médica — arqueou as sobrancelhas. Não era algo amigável de se dizer logo pela a manhã, mas no fundo, ela estava certa. — Pelo menos tomou os remédios? Se quiser posso te emprestar um corretivo depois, para passar nessas olheiras.

— Escuta Maggie, eu não vou discutir meus problemas tão pessoais com você no meio do pátio da escola! — Sidney suspira pesado olhando para os lados, conferindo se não havia nenhum olhar curioso em cima delas.— Pode ser. Qual sua aula agora?

Tuner mordeu o lábio apreensiva com a amiga e se calou, não querendo mais tocar no assunto. Por mais que quisesse evitar que Sidney sofresse, ela ao fazer isso era um pouco "invasiva", o que chegava a ser inconveniente. Nunca era sua intenção, e Sidys sabia disso. Ela só queria ajudar.

— Literatura, e a sua? — deu de ombros.

— Química — o som forte e estridente do sinal vibrou pelo o pátio, dispersando as meninas de sua conversa. Alguns grupos de alunos já se despediam e iam para suas respectivas aulas, seguindo a grade de horários. — Vou indo, te encontro no intervalo!

As garotas mandaram beijos no ar, uma para a outra e seguiram pelo os grandes corredores da Academia, iniciando o dia. Enquanto isso, na Kildare High School, Maybank e Booker chegavam em sua sala de aula.

— Segundas-feiras não deveriam existir, escolas não deveriam existir! — JJ diz aborrecido, enquanto senta atrás de John B. Eles teriam história juntos, enquanto Pope teria sociologia.

— Ah, pare de reclamar JJ — o garoto de cabelos castanhos ondulados resmunga, retirando um caderno de sua mochila. — Vê se anima, hoje à noite tem festa pelo menos.

— É, tem razão — Maybank dá de ombros e se escora em sua cadeira com os braços cruzados. — Você fez a pesquisa que o Sr. Fitz passou?

John B bate na testa levemente. O loiro suspira, vendo que o amigo também havia esquecido do seu dever.

— Merda, esqueci de fazer essa porcaria! Devíamos ter pedido ao Pope.

— Que merda, esse cara vai me dar mais uma nota baixa — o loiro esconde o rosto nas mãos, choramingando. — Ele me odeia.

— Lógico, você nunca faz nada que ele pede! Folgado — John B diz com um tom de obviedade em sua voz.

— Cale a boca, você nem toma banho! — JJ dá um tapa na cabeça de Routlege, o fazendo grunhir.

Estavam prestes a começarem uma guerrinha de petelecos quando o professor adentrou o lugar, dando um efeito de silêncio na sala. Os garotos pararam imediatamente e se ajeitaram em suas carteiras, segurando o riso.

[...]

Já estava nas últimas aulas de Sidney quando a mesma foi chamada para a sala da diretora. A garota franziu o cenho junto com Meg, que agora estava sentada ao seu lado, já que tinham álgebra juntas.
A loira engoliu em seco, sentindo olhares de toda a turma pousarem sobre ela antes de sair dali, indo até onde tinha sido direcionada.

A garota deu três batidas na porta de madeira e colocou o rosto para dentro do cômodo.

— Me chamou, Sra. Willians?

— Sim, querida. Entre por favor! — a mulher de cabelo ruivo diz e a mais nova obedece. — Sente-se.

— Qual o assunto? — Sidney pergunta, sentando na cadeira em frente à mesa da mulher, colocando suas mãos por cima de suas coxas.

— Bom, eu a chamei aqui pois quero conversar sobre suas notas — a garota respirou fundo e desviou o olhar. — Nunca tive que chamar sua mãe, Sidney. Já que sempre foi uma das melhores alunas daqui, muito exemplar e dedicada. Mas agora, estou optando por chamá-la, para eu entender o porquê dessa mudança drástica!

Fazia algum tempo que Sidney não tinha ânimo para absolutamente nada. Nem para sair e muito menos estudar. Passava o tempo todo em seu quarto, esperando um novo dia começar. Era difícil quando tinha o mundo desabando em sua cabeça. A vida ficando sem cor, sem um rumo à se tomar. E principalmente, ninguém para te acolher e dizer que iria ficar tudo bem.

Harper assentiu com a cabeça e mordeu o interior de sua bochecha.

— Eu prometo que vou tentar me esforçar mais diretora...

— Não basta só prometer, Sidney — a mulher disse com a voz firme, ajeitando os óculos em seu nariz. — Tem que cumprir sua palavra.

— Eu sei disso, e irei — sustentou seus olhos com o da mais velha, tentando passar confiança. Willians levantou, fazendo ruídos com seu salto alto.
Parou do lado de Sidney, colocando a mão no ombro da garota e dando um sorriso amigável.

— Vejo muito potencial em você, querida. Eu espero que esteja sendo honesta comigo, para eu não tomar providências maiores.

Sidney retribuiu o melhor sorriso que tinha para a mulher, e assentiu com a cabeça novamente.

— Estou dizendo, dou minha palavra.

[...]

— Ok, então ela quer que você se esforce mais? — Meg perguntou para a melhor amiga, enquanto as duas saíam do colégio.

— Sim, foi isso que eu entendi — a loira deu de ombros.

— Bom, se quiser posso tentar te ajudar em alguma matéria — Tuner sugeriu.

— Obrigada Meg, eu te chamo se precisar — Harper sorriu para a amiga, que retribuiu. Era muito grata pela a amizade de Maggie, as duas eram como unha e carne e sempre ajudavam uma a outra. Desde que se conhecem por gente, fizeram um pacto:

"Nunca iremos nos abandonar ou deixar a outra na lama. Isso é uma promessa!"

E bom, elas faziam questão de cumprir o tal pacto.

— Ah, tem uma festa hoje do outro lado da ilha — Meg comentou. Sidney arqueou as sobrancelhas com a notícia, não era tão chegada a festas, e também não se lembrava da última vez que tinha frequentado a periferia.

— No Cut? — a morena assentiu. — Você vai?

— Estou pensando nisso, mas se for, você vai junto comigo! Nem que eu precise te arrastar pelo cabelo — a voz de Meg soou mandona, fazendo a loira dar uma gargalhada.

— Vou pensar no seu caso, Maggie — Sidney negou com a cabeça e olhou o seu relógio de punho. — Acho melhor eu ir para a casa agora, me mande mensagem depois.

A morena assentiu e deu um beijo na bochecha da loira, e as duas seguiram seus caminhos.


         — Lar doce lar! — JJ arremessou sua mochila em qualquer lugar da casa de John B e se jogou no sofá.

— Ok, então vamos buscar a Kie mais tarde? — Pope pergunta à Routlege, que também despeja o corpo em uma poltrona, pensando em tirar no mínimo um cochilo antes de se divertir pelo o resto do dia. Bebendo e curtindo com seus melhores amigos. No clássico pogue style.

— Esse é o plano — o moreno deu de ombros e suspirou. — A Kie está ajudando os pais no Wreck, não sai tão cedo hoje.

— Podíamos ir até lá, dar uma força pra ela — o menino de boné se pronunciou.

— O pai dela ainda está meio puto pela última vez que a sequestramos em horário de trabalho — JJ tirou um isqueiro e um maço de cigarros do bolso de sua bermuda. O garoto era um verdadeiro maria fumaça, estava quase sempre com um baseado nos lábios, tragando sem parar.

Para gente de fora, aquilo era apenas um passatempo ou um vício. Mas para JJ, fumar era como terapia. O relaxava, tirava toda tensão que habitava nos seus músculos em apenas frações de segundos. A vida do loiro não era tão fácil como as pessoas enxergavam. O dia todo com os amigos, bebidas, festas, surf, pesca e entre outras coisas que os pogues costumam fazer.
A vida de Maybank era um misto de sensações, e nenhuma delas era boa o suficiente. O buraco era bem mais fundo, escuro e vazio. E quando o gosto de nicotina transbordava em seus lábios, tudo parecia ficar mais leve.
Até então, aquilo era seu refúgio. Era fodidamente bom.

— Eu estou quebradaço! Daqui uma hora e meia a gente organiza tudo — John B esticou as pernas e fechou os olhos na tentativa de tirar um cochilo. Pope deitou no espaço que sobrava no sofá, já que JJ ocupava metade do móvel.

Assim, a tarde dos garotos fui puro descanso enquanto aguardavam o horário da festa. JJ ficou imóvel, soltando a fumaça para cima enquanto fitava o teto. Não sabia exatamente no que estava pensando.
A cabeça de JJ era como se fosse um furacão. A mente do loiro sempre estava a todo vapor. Mil pensamentos, formando um nó tão intenso, que era impossível de soltar.

Tudo era confuso e indecifrável no garoto. Ao mesmo tempo que podia ser a pessoa mais extrovertida do mundo, também poderia ser a mais explosiva. Em segundos, ele poderia extravasar em qualquer sentimento. Raiva, felicidade, tristeza, medo e por aí vai.
Ele era uma bomba relógio, e ninguém até hoje tinha conseguido desativa-la.


hi bebês, este capítulo foi bem sem sal, só para vocês conheceram a estória! espero que tenham gostado <3

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