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O BAILE ACABA EM UM SEQUESTRO
! Violet Jophy ¡
PERCY JACKSON, o que falar desse garoto? Não havíamos nos falado depois do beijo, o clima era estranho, parecia que ele queria falar comigo, mas não queria ao mesmo tempo.
Bom, você deve ter se perguntado o por que não continuamos o que era bom, acontece que tentamos, ou melhor, ele tentou
Quando algo da muito bom na minha vida, eu fujo, eu fiz isso com o Steve, Eu fiz isso a Elizabeth, e eu tô fazendo com o Percy, não é como se eu não quisesse algo com ele.
O Percy é perfeito, um pouco irritante talvez, mas ele é incrível. Acontece não acho que eu mereça, não acho que um relacionamento ia me fazer bem, eu não sei lidar com o amor agora, e isso me machuca, mas não queria que machucasse ele.
Nosso reencontro não foi bem o que eu estava esperando. Eu tentava fingir que eu estava bem com sua presença, mas eu tava nervosa pra caramba, a gente conversou em grupo, mas enquanto esperávamos a Anne, Theo e Steve voltarem, ele puxava algum assunto.
- Eu te mandei algumas cartas, você chegou a ver? - Ele perguntou
- Eh... não, foi mal, eu nem recebi - Falei
- Bom, o que andou fazendo?
- Ah, nada de novo. Você sabe, as mesmas coisas de sempre, pintar, desenhar, treinar e cuidar dos campos
- E se adptou bem aqui? - Ele perguntou
- Sim, é mágico, rodeada de... flores, árvores, e... chalés cafonas - Eu falava, acho que eu nem estava pensando em o que dizer
- Entendi... desculpa a pergunta mas, você tá bem? - Ele perguntou
- Tô, por que?
- Sei lá, tô te achando meio esquisita
- Deve ser impressão sua, eu tô de boa, normal
- Tá bom então, senhora normalidade - Ele disse e eu ri, eu havia esquecido de como ele fazia eu rir só sendo ele mesmo
- Peter Johnson, caraca, eu ouvi falar tanto de você, o Senhor D te odeia cara - Theo chegou rindo
- Meu nome é Percy Jackson - Ele a corrigiu
- Percy Jackson? O senhor D me falou que era Peter Johnson - Theo disse confusa
- Não, é apenas...
- Percy Jackson, o famoso bananão Jackson - Steve disse sorrindo e se aproximando
- Sabia que ia sentir falta minha, idiota - Percy falou sorrindo ao ver o garoto
- Eu senti mesmo, estava precisando de um saco de pancadas - Steve riu enquanto eles se cumprimentavam
- Você é o quem apanha, loirão - Percy riu
- Já vi que vou te que aturar vocês de novo - Murmurei rindo
- Nem me fala - Annabeth riu
- A gente vai agora, ou vocês vão continuar brincando aí? - Thalia perguntou
- Partiu! - Theo disse
(...)
Eram oito horas de carro de Nova York até Bar Harbor, Maine. Chuva e neve castigavam a rodovia. Se não fosse por Theo, Steve e Sally, estaríamos oito horas em completo silêncio
Ouvimos músicas, jogamos jogos como stop ou quem sou eu, contamos fofocas do acampamento ou da escola, até chegamos a conversar sobre nossa missão. Tínhamos feito parada, Sally e Annabeth foram comprar água e comida, Thalia saiu do carro para se alongar um pouco, porque segundo ela passou quatro horas parada na mesma posição.
Theo estava "lendo" a mão de Percy, segundo ela, ela era como uma vidente por ser filha de Apolo.
- Isso aqui é uma garota... uma garota muito bonita - Theo disse enquanto seguia uma linha da mão de Percy - E isso aqui, é uma luta
- Eu tô sempre lutando - Ele respondeu
- Ah, e tem mais, isso aqui é... uma ferida, vai cuidar da sua mão e agora me deve 20 dólares - Ela disse
- O que? - Ele perguntou e eles riram
- Eu tentei te avisar cara, ela faz isso com todos - Steve alertou
- É, eu cai no golpe - Ele riu
- Tem certeza que não é filha de Hermes? - Eu ri
(...)
Passamos mais quatro horas de estrada. Quando finalmente chegamos a Westover Hall, já estava escurecendo
Passamos os últimos 30 minutos ouvindo as histórias embaraçosas de bebê que havia para contar ao respeito de Percy.
O Steve implicava com ele enquanto Theo e eu ríamos, Percy implorava para Sally parar.
Westover Hall parecia o castelo de um cavaleiro malvado. Era toda de pedras pretas, com torres e janelas em fenda, e um grande conjunto de portas duplas de madeira.
Ficava sobre um penhasco nevado que dava para uma grande floresta gelada de um lado e o oceano cinzento e turbulento do outro.
- Vocês têm certeza de que não querem que eu espere? - Sally perguntou
- Não, mãe, obrigado - disse Percy. - Não sei quanto tempo vai levar. Vai dar tudo certo.
- Mas como vocês vão voltar? Estou preocupada, Percy.
- Está tudo bem, senhora Jackson - Falei - Nós vamos mantê-lo longe de encrencas.
Ela pareceu relaxar um pouco.
- Está bem, queridos. - disse ela - Vocês têm tudo o que precisam?
- Sim, senhora Jackson - disse Thalia. - Obrigada pela carona.
- Vocês têm o número do meu celular?
- Mãe... - Percy murmurou parecendo envergonhado
- A sua ambrosia e o seu néctar, Percy? E um dracma de ouro para o caso de você precisar entrar em contato com o acampamento - Ela falava preucupada
- Mãe, é sério! Tudo vai dar certo. Vamos gente - Ele disse firme
Ela pareceu um pouco magoada mas se despediu.
- Sua mãe é demais, Percy. - Thalia disse
- Ela é bem legal - admitiu ele. - Mas e você? Às vezes entra em contato com sua mãe?
Sua cara se fechou, ela o encarou com frieza, o estranho era a sensação daquela ser o roto dela normal ou relaxado, mas ao mesmo tempo, fúria estampava seus olhos.
- Como se isso fosse da sua conta, Percy... - Ela murmurou
- É melhor a gente entrar - Falei tentando melhorar o clima
- Grover deve estar esperando. - Annabeth completou
- Bom, tô ansiosa pra conhecê-los - Theo murmurou
- Acho que você vai gostar dele - Percy a respondeu
- Bom, eu espero - Ela sorriu
Eu encarei o dois, sem perceber que minhas sobrancelhas estavam juntas, e eu encarava eles confusa.
Thalia olhou para o castelo e estremeceu.
- Você tem razão. Só queria saber o que ele encontrou aqui que o fez mandar o S.O.S. - Ergui os olhos para as torres escuras de Westover Hall.
- Nada de bom - presumi. As portas de carvalho se abriram rangendo, e nós entramos no saguão em um turbilhão de neve.
Tudo o que pude dizer foi: "Uau!" O lugar era imenso. As paredes eram forradas de estandartes de batalha e armas em exposição: rifles antigos, machados de guerra e um monte de outras coisas. Quer dizer, eu sabia que Westover era uma escola militar e tudo, mas o exagero da decoração era massacrante. Literalmente.
- Queria saber onde... - Annabeth começou a dizer. As portas se fecharam violentamente atrás de nós.
- Oops - Murmurou Percy. - Acho que vamos ficar mais um pouco
- Esse lugar me dá calafrios - Theo disse olhando em sua volta, pela primeira vez, seu sorriso havia sumido, ela estalava seus dedos rapidamente
Pude ouvir música ecoando do outro lado do saguão. Parecia dance music.
Deixamos nossas sacolas de viagem atrás de um pilar e começamos a atravessar o saguão. Não tínhamos ido muito longe quando ouvi passos no piso de pedra, e um homem e uma mulher marcharam saindo das sombras para nos interceptar.
Ambos tinham cabelos grisalhos curtos e uniforme preto em estilo militar com debruns vermelhos. A mulher tinha um bigode ralo e o homem, a cara perfeitamente barbeada, o que me pareceu meio invertido. Os dois caminhavam rigidamente, como se tivessem cabos de vassoura grudados com fita adesiva nas costas.
- E então? - perguntou a mulher. - O que estão fazendo aqui?
- Ahn... - Percebi que não havia planejado nada para aquela situação. Estava tão concentrada em chegar até Grover e descobrir o que estava errado que não levei em consideração que alguém poderia questionar por que seis crianças estavam se esgueirando para dentro da escola no meio da noite. Não tínhamos conversado no carro sobre como faríamos para entrar.
- Madame, nós estamos só... - Percy começou a falar
- Não são permitidos visitantes no baile. Vocês vão ser expulsos! - Ele tinha um sotaque - francês, talvez. Pronunciava o x como pixel. Era alto, com cara de águia. Suas narinas se dilatavam quando ele falava, o que tornava difícil não olhar para o nariz dele, e os olhos tinham duas cores diferentes, um era castanho, e o outro, azul, como os de um gato de rua.
Calculei que ele estava a ponto de nos atirar na neve, mas então Thalia deu um passo à frente e fez algo muito estranho.
Ela estalou os dedos. O som foi nítido e forte. Talvez fosse apenas minha imaginação, mas senti uma lufada de vento se propagando da mão dela pelo saguão. O vento passou por cima de todos nós e fez tremular os estandartes nas paredes.
- Ah! Mas não somos visitantes, senhor - disse Thalia. - Estudamos aqui. O senhor lembra: eu sou Thalia. E estes são Annabeth, o Percy, a Violet, Steve e a... - Ela moveu sua mão rapidamente para uma resposta rápida
- Theo - A garota murmurou
-... Theo! Estamos na oitava série.
O professor estreitou os olhos de duas cores. Eu não sabia o que Thalia estava pensando. Agora provavelmente seríamos castigados por mentir e também atirados na neve. Mas o homem pareceu hesitar. Ele olhou para sua colega.
- Senhorita Tengiz, conhece estes alunos? - Ele a perguntou
A mulher piscou, como alguém que acabava de despertar de um transe.
- Eu... sim. Acho que sim, senhor.- Ela nos olhou, carrancuda. - Crianças, o que vocês estão fazendo fora do ginásio?
Antes que pudéssemos responder, ouvi mais passos, e Grover veio correndo, sem fôlego.
- Vocês conseguiram chegar! Vocês...
- O que é isso, senhor Underwood? - disse o homem. Seu tom deixou claro que ele detestava Grover. - O que significa 'conseguiram chegar'? Estes alunos moram aqui.
Grover engoliu em seco.
- Sim, senhor. É claro, Dr. Streppe. Eu só queria dizer que estou muito contente porque eles conseguiram... fazer o ponche para o baile! O ponche está uma delícia. E foram eles que fizeram!
O Dr. Streppe nos fulminou com o olhar. Concluí que um dos seus olhos só podia ser postiço. O castanho? O azul? Ele parecia querer nos atirar de cima da torre mais alta do castelo, mas então a Srta. Tengiz disse, com ar sonhador
- Sim, o ponche está excelente. Agora vão andando, todos vocês. E não saiam do ginásio de novo!
Não esperamos ela falar duas vezes. Partimos com uma porção de "Sim, senhora!" e "Sim, senhor!", e batemos um par de continências, só porque parecia ser a coisa certa a fazer.
Grover nos empurrou corredor abaixo na direção da música. Pude sentir os olhos dos professores nas minhas costas, mas caminhei
Grover nos apressou até uma porta onde estava escrito GINÁSIO no vidro. Mesmo com minha dislexia, consegui ler aquilo.
- Essa foi por pouco! - disse Grover. - Graças aos deuses vocês chegaram!
Annabeth e Thalia abraçaram Grover. Percy o comprimentou e Steve fez alguma piada de noiva antes de dar um breve abraço
Ele ficou um pouco mais alto e mais alguns fios de barba haviam nascido, mas, fora isso, sua aparência era a mesma de sempre quando ele passava por ser humano, um boné vermelho sobre o cabelo castanho encaracolado para esconder os chifres de bode, jeans folgados com pés falsos para esconder as pernas peludas e os cascos. Usava uma camiseta preta cujos dizeres levei alguns segundos para ler. Estava escrito: WESTOVER HALL: PRAÇA. Eu não sabia muito bem se aquilo era tipo o posto militar de Grover, ou quem sabe apenas o lema da escola.
- Então, qual é a emergência? - perguntou Percy
Grover respirou fundo.
- Eu encontrei dois.
-Dois meio-sangues? - perguntou Thalia, surpresa. - Aqui?
Grover assentiu. Encontrar um meio-sangue já era bastante raro. Naquele ano, Quíron pôs os sátiros para trabalhar horas extras e os enviou aos quatro cantos do país observando os alunos da quarta à oitava séries dos colégios em busca de possíveis recrutas. Eram tempos difíceis.
Estávamos perdendo campistas. Precisávamos de todos os novos lutadores que pudéssemos encontrar. O problema era que não havia muitos semideuses por aí.
- Um irmão e uma irmã - disse ele. - Têm dez e doze anos. Não sei quem são seus pais, mas são fortes. E nosso tempo está se acabando. Eu preciso de ajuda.
- Monstros? - Annabeth perguntou
- Um - Grover parecia nervoso. - Ele suspeita. Não acredito que já tenha certeza, mas é o último dia do ano letivo. Estou certo de que não permitirá que eles deixem a escola antes de descobrir. Pode ser nossa última chance! Cada vez que tento chegar perto deles o monstro está sempre lá, me impedindo. Não sei o que fazer!
- Certo - disse Thlia. - Esses meio-sangues estão no baile? -
Grover assentiu.
- Então vamos dançar - disse Thalia. - Quem é o monstro?
- Ah! - falou Grover olhando em volta, nervoso. - Você acabou de conhecê-lo. O vice-diretor, Dr. Streppe.
O estranho nas escolas militares é que as crianças ficam enlouquecidas quando acontece algum evento especial e elas podem tirar o uniforme. Acho que é porque tudo é tão rígido, o restante do tempo elas sentem que precisam compensar ao máximo, ou coisa assim
Havia balões pretos e vermelhos espalhados por todo o piso do ginásio, e os caras os chutavam um na cara do outro, ou tentavam estrangular uma ao outro com as correntes de papel crepom grudadas nas paredes. As meninas se moviam de lá para cá amontoadas como num jogo de futebol americano, do jeito como sempre fazem, usando montes de maquiagem, blusas de alças finas, calças de cores berrantes e sapatos.
Volta e meia cercavam algum pobre coitado como um cardume de peixes, aos gritinhos e risadinhas, e quando finalmente se afastavam, o cara estava com fitas no cabelo e rabiscos de batom na cara inteira.
- Lá estão eles - Grover acenou com a cabeça para duas crianças mais novas discutindo na arquibancada. - Bianca e Nico di Angelo.
A menina usava um gorro verde frouxo, como se estivesse tentando esconder o rosto. O menino era, obviamente, seu irmão menor. Ambos tinham cabelo escuro e sedoso e pele morena, e usavam muito as mãos quando falavam. O menino estava embaralhando algum tipo de figurinhas. A irmã parecia repreendê-lo por alguma razão. Ficava olhando em volta, como se sentisse que havia algo errado.
Por algum motivo, eu reconhecia aquele garoto de algum lugar, eu já havia visto seu rosto, eu só precisava lembrar onde.
- Eles já... quer dizer, você já contou a eles? - Annabeth perguntou
Grover sacudiu a cabeça.
- Você sabe como é. Isso poderia deixá-los ainda mais em perigo. Depois que se dão conta de quem são, seu cheiro fica mais forte
- Então vamos pegá-los e dar o fora daqui - Percy falou.
Ele deu um passo à frente, mas Thalia pôs a mão em seu ombro. O vice-diretor, Dr. Streppe, se esgueirara por uma porta ao lado da arquibancada e estava perto dos irmãos Di Angelo. Ele acenou friamente com a cabeça em nossa direção. Seu olho azul parecia incandescente.
A julgar pela expressão dele, adivinhei que Streppe não se deixara enganar pela macumba de Thalia, afinal. Ele suspeitava de quem éramos. Estava apenas aguardando para ver por que estávamos ali.
- Não olhem para os irmãos - ordenou Thalia. - Temos de esperar uma oportunidade de chegar até eles. Precisamos fingir que não estamos interessados neles. Despistá-los.
- Como? - Steve perguntou
- Somos seis meio-sangues poderosos. Nossa presença deve confundi-lo. Misturem-se. Ajam naturalmente. Dancem um pouco. Mas fiquem de olho naquelas crianças.
- Dançar? - perguntou Annabeth.
Thalia fez que sim. Ela prestou atenção na música e fez uma careta.
- Eca. Quem escolheu Jesse McCartney?
Grover pareceu ofendido.
- Eu.
- Ah, meus deuses, Grover! Isso é tão careta. Não dá para tocar Green Day ou coisa assim?
- Green o quê?
- Nada, não. Vamos dançar. - Thalia falou
- Mas eu não sei dançar! - Ele murmurou
- Você consegue se eu conduzir - disse Thalia. - Vamos, garoto-bode.
Grover ganiu, e Thalia pegou a mão dele e o levou para a pista de dança.
- Eai, me concede uma dança? - Annabeth perguntou a Steve enquanto sorria
- Talvez mais tarde, tem muitas garotas na fila, sabe como é - Brincou Steve
- Claro, já que meu namorado tem muitas garotas na fila, eu vou atrás de outro cara - Annabeth disse
- Não, pera aí! Pra você sempre tem uma exceção - Steve disse oferecendo sua mão
- Ridículo - Annabeth o xingou sorrindo e a segurou, levando para a pista de dança
- Eles estão... namorando? - Percy perguntou
- Por aí, ninguém entende esses dois, são como yoyo, vai e volta - Rimos juntos
- E... você quer... - Ele se embolou com suas palavras em sua boca enquanto tentava organiza-las
- Danças? - Perguntei
- É! Dançar comigo - Ele disse
- Achei que não gostasse de dançar
- eu não danço muito, na real, nem sei dançar bem, mas a gente precisa fingir estar a vontade, e se eu tiver que fazer isso... ia gostar de fazer com você - Ele sorriu
- Tá legal, vamos lá - Falei, segurei sua mão e a levei até a pista, ele colocou a mão em minha cintura e eu em volta de seu pescoço
Percy era um desastre na dança, ele pisava no meu pé, e quase sempre estava tentando copiar os passos de Thalia ou de Steve, que eram ótimos naquilo, principalmente Steve, cheguei a mencionar sua popularidade, ele provavelmente tinha uma garota diferente a cada baile ou evento, eventos da escola ou até em festas, eu não julgo ele, como melhor amiga, eu sei que no final, ele só quer se sentir amado.
- Vem cá, a gente tá bem? - Percy quebrou o silêncio me encarando
- Claro, por que não estaria? - Perguntei
- Sei lá, você está estranha, me evitou no caminho daqui, parecia estressada e você sabe que eu sei quando tem algo de errado, e também sabe que pode falar comigo, né? - Ele disse me encarando
- Eu tô bem, Percy, eu só... tive uma semana ruim
- Quer falar da sua semana? Pode falar, porque ficar se encarando enquanto uma música brega toca no fundo é constrangedor pra caramba - Ele disse sorrindo
- Bom, o Bruce vai fazer 11 anos, e tá na fase do "quero ser um adolescente", ele não responde minhas cartas a semana, o Steve tá se fechando e guardando segredos pra si de novo, eu não me sinto bem comigo mesma e venho tendo sonhos frequentes com meu pai, são memórias, e... eu sinto sua falta, mas não quero sentir
- Por que não? - Perguntou ele
- Porque... seja sincero comigo, você realmente acha que isso pode dar certo? Percy, somos adolescentes que estamos apaixonados mas quilômetros de distância separam a gente, e eu nao sei se eu tô pronta pra ter algo sério com alguém, por mais que esse alguém seja você, que é perfeito.
- Mas nós nos amamos, não é o bastante?
- Eu achei que era mas... eu tenho que fugir de tempestades que me assustam ou me deixam resfriada - Murmurei
- Isso é algum código que eu devia saber? - Ele perguntou confuso
- Esquece, eu não sei o que eu tô sentindo agora - Falei
- Bom, eu espero por você, o tempo que precisar - Ele sorriu
- Você não tá mal?
- Eu tô, mas vou ficar bem, quero que você também fique - Ele sorriu e me abraçou
Encostei minha cabeça em seus ombros, estava tão aliviada que Percy havia me entendido, um sorrido apareceu em meu rosto e assim que abri meus olhos, meu coração gelou
- Eles se foram. - Murmurei
- O quê? - Percy se virou na direção de meus olhos. A arquibancada. As duas crianças meio-sangues, Bianca e Nico, não estavam mais lá. A porta ao lado da arquibancada estava totalmente aberta. O Dr. Streppe não estava em lugar nenhum.
- Temos de achar Thalia, Grover, Steve e Theo! - Olhei em volta em buscas deles - Ah, para onde eles saíram dançando Vamos!
Andei mais um pouco e vi Theo bebendo algo no canto da festa, ela observava cada um, Theo costumava fazer isso de vez em quando mo acampamento, ela observava as pessoas e criava uma história pra cada uma, algumas trágicas, outras com finais felizes, de um Pato que assassinou a irmã da garota que estava comendo maçã enquanto lia pra dois casais que se apaixonaram e viveram felizes pra sempre com 4 garotos, dois machos e duas fêmeas, claro, um é filhote
Ela amava essas histórias de casal, acho que ela também queria viver uma, mas por mais que ela fosse extrovertido, ela não se dava bem no amor.
- Theo! O que tá fazendo aqui sozinha? - Perguntei me aproximando
- Bom, sete é ímpar, né? Então eu sobrei - Ela respondeu e deu um gole em sua bebida
- Caramba, foi mal, eu nem percebi - Falei me sentindo culpada, Theo agora era minha amiga, não podia simplesmente esquecer que estávamos sem par
- Tá de boa, eu tô acostumada, mas eai, cadê o teu namorado? Pensei que estavam juntos
- O meu namorado? O percy? Ele não é o meu... - Parei e percebi que ele não estava presente, me virei procurando em volta, mas as únicas coisas que avistei foram adolescentes malucos dançando e bebendo - Merda, perdi ele de vista
- Tá de boa, ele deve estar procurando os outros - Theo disse ao meu lado
- Não quando se tratamos de Percy Jackson - Encarei em volta, não era tão difícil achar um loiro atrapalhado
- Foi mal, desculpa mesmo! - Uma voz masculina soou ao nosso lado na multidão, um loiro estava agachado com copos derramados no chão, mas como sempre, as coisas não eram fáceis
- Steve? - Perguntei me aproximando
- Eai galera, vocês viram a Anne? Eu deixei cair nossas bebidas - Steve disse com dois copos vazios
- Tô logo atrás de você, e tá tudo bem, eu nem tava com sede mesmo - Ela respondeu
- Se quiser eu pego mais - Ele disse
- Aí, eu aceito! - Thalia falou ao lado deles
- Pera, estão todos aqui? Precisamos achar o Percy e depois procurar os Di Ângelo - Falei
- Droga, eles sumiram? - Grover perguntou um pouco desesperado
- A gente vai encontrar - Theo o confortou
- Aí gente, acho que não precisamos mais - Annabeth apontou com a cabeça
A cerca de quinze metros, caído no chão do ginásio, estava um gorro verde como o que Bianca di Angelo usava. Perto dele, algumas figurinhas espalhadas.
Na frente deles, uma porta, Annabeth se ofereceu para ir na frente com o boné, até aí eu já estava com meu espelho em minhas mãos, Theo com seu arco, Thalia com uma adaga e Steve com sua faca de bronze que ele agora havia guardado em sua cintura (vamos fingir que não foi por conta que Annabeth mandou)
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- NOTAS DA AUTORA -
• Eai gente, espero que tenham gostado. Me desculpem por qualquer erro ou algo assim
• Se tiver gostado, pfvr, dexem um estrela e um comentário/s, isso ajuda MUITO os escritores, motivando e entregando a fic para mais pessoas
• Se forem invadir minha casa de novo, usem a janela da cozinha, a do quarto me da susto ❤️❤️❤️
• É isso povo, até, até amanhã, bjs, amo vocês, tchauuu !!! 💗
• 𝐀𝐓É 𝐎 𝐏𝐑Ó𝐗𝐈𝐌𝐎 𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 •
ᴹʸ ʰᵉʳᵒ ᵇᵒʸ
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