Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝐯𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐮𝐦.

JESSICA.

Discuti com o meu irmão mais cedo. Ficou repetindo durante a manhã inteira que eu não deveria pegar sua moto sem pedir e, que se acontecesse alguma coisa comigo enquanto estivesse com seu veículo, ele não se perdoaria. Mais dramático impossível. E eu não tenho paciência nenhuma pro seu falatório. Peguei minha prancha e corri pra praia. No dia de hoje, não há quase ninguém na areia. Agradeço mentalmente por isso. A última coisa que eu precisava era escutar mais barulho, agora vindo de pessoas desconhecidas.

Com dificuldade, tento raspar a parafina da minha prancha. Bufo de raiva quando percebo que todo o meu esforço está sendo em vão. Me lembro de quando JJ e eu éramos pequenos e tínhamos tempo para virmos à praia todos os dias. Foi num desses dias viciantes e divertidos que ele me ensinou como limpar minha própria prancha. Apesar de ser a mais velha, JJ sempre foi ágil demais com tanta coisa que até hoje fico confusa. Ele sempre aprende as coisas rápido, enquanto eu preciso estar extremamente focada para agir de forma correta.

Tão iguais, mas ao mesmo tempo, extremamente diferentes. Era o que a mamãe dizia.

Agora, estou com a mente longe pensando na minha mão. Paro por um momento de raspar a prancha enquanto minha mão dói. Os olhos azuis feito águas cristalinas me vem à mente. Minha mãe era, sem qualquer sombra de dúvida, a mulher mais linda que eu já tinha conhecido na vida. Não só por fora. Aliás, seu interior conseguia ser ainda mais lindo que o seu exterior. Olho pro céu por um momento, tentando achar algum resquício de que ela poderia estar me ouvindo.

━ Sinto sua falta, mãe. ━ passo meus dedos pela prancha que ela havia me dado.

Estou tão concentrada nesse momento com o amor da minha vida no além que nem percebo quando a primeira e única lágrima escorre pelo meu rosto. Só noto quando o vento bate em minhas bochechas e esfria um pouco minha pele aquecida pelo sol, também bagunçando os meus cabelos. Respiro fundo e sorrio, sabendo que aquele vento repentino não era algo atoa. É, eu sempre procuro qualquer sinal que possa ser considerado uma comunicação com a mamãe, seja lá do lugar que ela esteja.

━ Jessica?

A voz me tira do meu devaneio bom demais pra ser verdade. Me puxando bruscamente pra realidade de volta, percebo que agora, outra figura loira e dos olhos azuis está na minha frente. Não é o meu irmão, muito menos o espírito da minha mãe para me tranquilizar sobre as coisas.

━ Você tá me perseguindo? ━ apoio minhas mãos na superfície da prancha.

━ A praia é pública ━ ele vira o boné pra trás. ━ E você tá do meu lado da ilha.

━ Não é o seu lado da ilha. Ainda não se tornou prefeito de Outer Banks ou alguma merda assim. ━ volto à tentar retirar a parafina da prancha. ━ Porra!

Rafe observa minha irritação com as tentativas falhas de limpar minha prancha de surf. Está com um sorrisinho divertido no rosto.

━ O que foi, cara? Procura a sua turma e me deixa em paz. ━ me irrito, olhando pra ele.

━ Você tá fazendo errado.

━ O que? ━ questiono.

Rafe estende a mão pra mim. Mais especificamente, na direção do raspador entre os meus dedos.

━ Posso? ━ pergunta.

Impressionante. Ele sempre quer se meter em tudo.

Estou de saco tão cheio que só bufo e arremesso o raspador em sua direção. Ele pega o objeto no ar com agilidade e se põe atrás da minha prancha. Tocou a superfície da mesma, notando como a parafina estava um pouco dura.

━ Você deixou ela um pouco embaixo do sol? ━ concordei. ━ Bom, devia ter trago um secador de cabelo. Ajuda a amolecer mais a parafina.

Certo. Não sabia desse detalhe. Meu irmão removia a parafina diluindo-a no cuspe.

Rafe vira o meu raspador de lado e, com toda a facilidade do mundo, começa à retirar todo o excesso de parafina velha. Meu queixo cai, porque estou literalmente há quase meia hora tentando limpar toda esta merda.

━ Não se tira o excesso batendo com o raspador na prancha e quebrando a superfície dura no meio. Você vai acabar quebrando sua prancha assim. ━ ele me instruía, ainda limpando com cuidado. ━ Não é difícil. Deita o raspador na horizontal e vai raspando tudo. Tipo quando se raspa tinta velha da parede, sacou?

━ Você sabe pintar parede? ━ Rafe me olha entediado.

━ Ao contrário de algumas suposições suas sobre mim, não sou um bicho do mato. ━ continuou fazendo o serviço perfeitamente bem.

Não tenho nem coragem de retruca-lo, porque estou impressionada demais com suas mãos boas e agéis pra serviços como esse.

Me pergunto o que mais ele saber fazer com as mãos.

Literalmente minutos depois de começar, Rafe limpou minha prancha inteira e percebo como ela está brilhando. Agora, ele levanta seus olhos pra mim.

━ Se quer surfar hoje, recomendo a passar outra camada de parafina. As ondas estão grandes pra caralho. ━ ele observa o movimento do mar e as grandes ondas quebrando assim que chegavam na areia.

Pressiono meus lábios um contra os outros e, sem que eu perceba, estou abrindo um sorriso mínimo.

━ Dessa parte eu cuido ━ Rafe me encarou. ━ Obrigada.

Ele franze um pouco a testa. Agora, estamos nos encarando em silêncio, apenas com o som ambiente das ondas se movimentando e das árvores balançando com o vento corrente.

━ Você... ━ engulo em seco. ━ É...

Rafe espera que eu continue, com o semblante curioso.

━ Quer surfar comigo? ━ ele levanta as sobrancelhas. ━ É, se você estiver com sua prancha aí, e se quiser também, claro. Mas, se não quiser, tanto faz também. Não tô fazendo questão de...

━ Eu vou, Jessica ━ Rafe está com um sorriso. ━ Claro que vou.

Umedeço meus lábios com a língua e assinto rapidamente, me colocando atrás da minha prancha assim como ele há alguns minutos atrás.

━ Me dá um tempo? ━ subo meus olhos para os seus.

Rafe morde o lábio inferior em meio à um sorriso e concorda lentamente, se afastando um pouco para que eu pudesse passar parafina na superfície da minha prancha. Mas antes disso, me dá um aviso.

━ Vou comprar uma água de coco. Você quer?

E é óbvio que eu não perco a piada.

━ Não. Não quero correr o risco de ser envenenada.

E ele sorri, balançando os ombros.

━ Não sabe o que tá perdendo.

É a ultima coisa que diz antes de dar as costas e correr pela areia na direção da barraquinha onde vendem os cocos cortados bem na hora.

Sinto que estou vivendo numa realidade paralela. Mas, foda-se. Todo mundo precisa de um pouco de êxtase. Estou brigada com meu irmão e, se estou sendo obrigada a aturar Sarah Cameron dentro da minha rotina, provavelmente me tornei imune à qualquer coisa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro