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13 | Treze

Você não sabe o que faz falta até esconder
E agora você é a minha droga viva,
e eu sou um viciado
Eu cheguei no limite, sem ceder ao costume
Você está partindo meu coração
Eu rezava para o diabo me dar um anjo
Eu não quero que pensem que eu sou ingrato
Mas como pode algo tão divino ser tão doloroso?

Como se eu estivesse preso em uma teia,
Uma teia que está me levando para você
Ah, até eu me ver preso em um ciclo de dor
Mas eu não quero te perder...

Déjà Vu; James Arthur

──── ✧ ────

Chelsea, Londres, Reino Unido
02 de Janeiro, 5:00pm

M E L I S S A

Eu estava mais pronta para o término do que para retornar a minha casa depois de tudo o que aconteceu. Vivemos momentos ali, Gerrett e eu, por um longo tempo, e agora tudo estava acabado. Noites em claro na sala após uma briga, jantares e tardes de filmes quando nós dois estávamos de folga.

Coisas que, graças a Deus, não iriam mais acontecer. Não com ele.

Não colocaria na minha cabeça que não teria mais ninguém comigo, em um relacionamento sólido como foi com ele. Pelo menos da minha parte, é claro. Outras pessoas não tinham culpa do que ele havia feito e da péssima pessoa que ele era. Eu sabia dividir as coisas. E tinha bons exemplos para carregar comigo.

Como Henry.

Durante todos esses dias foi impossível esquecer o quão amável ele foi comigo, e a forma como respeitou meu tempo e meus momentos, não me dando brechas para pensar no término e na traição, apenas me distraindo como podia. E isso ia muito além da nossa noite de sexo. Nós sempre fomos muito mais que isso, e eram nesses momentos em que eu precisava de apoio que ele mostrava quem ele realmente era.

Um melhor amigo perfeito e que sempre me ajudaria, apesar de qualquer coisa.

— Tem certeza que vai ficar tudo bem? — Ben perguntou, apoiado na porta de casa, relutante para me deixar sozinha.

Havíamos pego o voo de volta juntos, ele, Henry e eu. E meu amigo já devia estar em Kensington desde cedo, por mais que ele também tivesse persistido na ideia de me acompanhar. Ben e ele não queriam me deixar sozinha aqui, ainda mais com a ideia de Gerrett poder chegar antes do previsto, mas eu já tinha tudo organizado.

Literalmente. Todas as coisas dele já estavam em suas duas malas de quando veio morar comigo, e tudo o que eu fosse encontrando com o tempo, mandaria de volta também. Não havia mais uma chance para ele.

— Tenho, Benny. Pode ir, você precisa descansar também. — Sou sincera, lhe abraçando de lado.

Sabia que ele tinha seus afazeres, seu mestrado e trabalho, e não podia ficar servindo de babá para mim. Eu estava mais do que segura em casa, independente do que Gerrett pudesse tentar.

— Se precisar de qualquer coisa…

— Eu sei. Não se preocupe.

— Perfeito. Chuta esse babaca, você precisa.

— Eu vou.

— E depois…

— Não começa, Ben. Vai logo, o táxi está esperando.

Sabia bem o que ele iria insinuar. Nossas conversas no primeiro dia do ano foram praticamente todas voltadas a Henry e a noite que passamos juntos. Ele não conteria sua curiosidade, como imaginei, só estava sendo educado na frente do nosso amigo.

— Se cuida, meu amor.

Com um beijo no topo da minha cabeça, ele carrega a última mala consigo, saindo em direção ao carro. Fecho a porta, ouvindo o som do trinco automático da fechadura digital que havíamos instalado há pouco. Um ponto a mais para a minha segurança. Agora apenas eu e Benjamin tínhamos a senha.

Não sabia do que ele era capaz, mas ele era um homem. E o pior, um homem com o ego ferido e uma descoberta de traição. Eu tinha que me precaver o quanto podia.

E todo cuidado sempre seria pouco.

Com calma e a certeza de que estava bem, interna e psicologicamente, me distraio, fazendo o jantar e pondo a comida de Peach, servindo para ela em um daqueles potes para que comesse devagar, enquanto apreciava o molho branco que Henry havia me ensinado anteontem. Começaria a cozinhar melhor, honrando a promessa que fiz a ele.

Mas, me tirando do conforto e quietude do meu jantar e uma maratona de His Dark Materials, a campainha toca. Deixo o prato na mesa de centro do sofá e caminho sem qualquer pressa até a porta, ouvindo quando tocam a campainha outra vez, agora deixando soar por mais tempo.

Impaciente.

Os latidos de Peach foram a resposta antes que eu abrisse a porta, tendo ela ao meu lado e já sabendo quem era.

— Que palhaçada é essa, Melissa?

— Eu ainda não tenho uma bola de cristal, então você vai me mostrar qual a “palhaçada”, ou..

— Que porra de “acabou”? Ficou maluca?

A forma como eu podia ver perfeitamente bem a sua veia da testa saltar era maravilhosa.

— Você foi alfabetizado? Bom, acabar é um verbo, normalmente transitivo direto, que significa terminar, concluir…

E agora me olhava como se eu estivesse delirando. Perfeito.

— Quer dizer que nós…

— Chegamos ao fim. Isso. Viu só?! Você é inteligente.

— Para de brincadeira sem graça, me deixa entrar.

Meu suspiro o faz paralisar enquanto puxava a mala, deixando ao lado do próprio corpo enquanto me encara. Eu realmente estava gostando de brincar com seus neurônios um pouco.

— Não sei como te dizer isso, mas.. Já que terminamos, e a casa é minha, você meio que não mora mais aqui.

— O que.. Melissa, quer parar de brincadeira sem graça? Abre logo isso, eu estou cansado!

— Deve ter sido cansativo ficar com a Ashley atrás de você por tantos dias. — Disparo, apoiando a minha mão na barra da porta, bloqueando totalmente a sua entrada.

Repetiria essa feição de surpresa muitas vezes quando fosse rever a gravação das câmeras de segurança.

— Como você-

— Eu não sou burra, Gerrett. Não sei até quando você pensou que continuaria escondendo, mas deu errado. Então suponho que você já tenha uma casa para ficar hoje a noite, sim?!

O olhar surpreso e chocado, a voz sumindo entre os suspiros descrentes de quem foi pego no flagra… Tudo era mais satisfatório do que eu poderia ter imaginado.

— Mas.. Bonequinha… Não sei o que você viu, ou ouviu, mas não era-

— Se você disser que não era você, eu juro por Deus que vou explodir de rir aqui. Não é possível que realmente ache que eu sou tão estúpida assim, é?

— Melissa..

— Achou mesmo que iria me trair e ficaria por isso mesmo? Sinto muito. Bom, suas coisas estão todas aqui, se eu achar mais algo, deixo na mesa da Ashley pra ela te entregar, ok?! Ela tem aviso prévio de um mês até ser demitida.

Aviso, empurrando as suas malas para fora, percebendo seu olhar ainda incrédulo em mim, e por cima do meu ombro, como se tentasse ver algo dentro da casa.

— Isso é tudo por causa daquele seu amiguinho, não é? Tinha que ser. Sabia que não devia ter deixado você ir viajar para lá…

— Sinto pena de você se acha que algum dia já mandou em mim. Mas, não posso negar que ele me ofereceu um excelente consolo quando eu terminei com você.

— O que está insinuando?

— Uma noite inteira de sexo, é claro. Os melhores que já tive em muito tempo.

Tombo a cabeça para o lado, sorrindo furtiva quando percebo o tremor nas suas sobrancelhas outra vez. A raiva e frustração tomando conta do seu rosto lentamente, e uma satisfação intensa me dominando. Havia feito bem em ter essa conversa pessoalmente.

— Você me traiu também.

— Não, você me traiu. Eu fodi com meu melhor amigo depois que terminamos. É diferente. Eu tenho caráter.

Dou de ombros sem me importar, e posso ver quando ele suspira, dando um passo a frente. Peach rosna, ficando ao meu lado, e eu bato os dedos contra a porta, olhando na direção da câmera apontada bem para onde estávamos, percebendo quando ele segue meu olhar.

— É. Tem outras dentro da casa e fora. Com microfone, captando cada vírgula. Estão conectadas no celular do Benjamin e só ele pode desligar ou apagar as filmagens. Eu pensaria bem se fosse você.

Meu alerta parece pegá-lo de surpresa, que continua a observar a câmera como se ponderasse se valia mesmo a pena. Cada palavra era verdade, e ele estaria acabado caso tentasse algo. Percebo quando ele soca a base da porta, o que acarreta em um rosnado grave e alto de Peach e latidos frenéticos dela na direção dele.

Eu não me movi, mas com a ameaça dos enormes dentes dela, ele deu alguns passos para trás.

— É melhor você ir. Já estamos acabados, e eu sei que você não queria dar continuidade a isso. Não finja que sim, muito menos que se importa. Continue sua vida e eu continuo a minha, em caminhos extremamente separados agora.

Sem dizer mais uma palavra e parecendo aceitar isso, Gerrett puxa as malas com dificuldade até a frente da casa. Fico ali, com a porta aberta e o observando, com Peach ao meu lado, em guarda. E não saio até que ele dê a volta, dentro do táxi que havia chamado. Assim que o vejo partir, ligo para a portaria, avisando que ele estava proibido de entrar no condomínio e chegar perto de mim.

Tranco toda a casa e retorno para o sofá, finalmente podendo terminar minha janta e série, por mais que a minha mente estivesse num lugar totalmente diferente agora.

Era real. Tudo era real. A traição, o término, a discrepância entre Gerrett e Henry, que eu mentalmente comparava desde o primeiro segundo que pus os olhos no rosto do meu melhor amigo outra vez, ainda em Jersey. A viagem havia me mudado, desde o momento em que cheguei. E estava grata que havia sido para melhor.

— É, Peachy. Mamãe está livre, hm? Só nós duas de novo.

Ela resmunga, deitada no sofá enorme e sobre as minhas pernas, virando a barriga para cima e pedindo carinho. Passo os dedos por sua pelagem enquanto me permito pensar mais, ponderando cada escolha que tive e cada lugar que me levaram. De novo.

Eu sempre achei que se eu cedesse e voltasse para Henry, seria pacífico. Seríamos nós dois contra o mundo, de novo. E eu não estava tão errada assim. Sim, sempre estaríamos juntos, mas se acontecesse agora, eu estava bagunçada demais. Não sabia que fim podia levar. Nem mesmo se levaria a algum fim, como foi da primeira vez.

E era isso o que eu temia agora.

Havia saído de um relacionamento tão ruim e quase traumático, se eu não lidasse tão bem com as minhas questões internas para não deixar isso me dominar. Além de tê-lo como suporte. E meu irmão e pais, que sempre me apoiavam em qualquer decisão. E certamente me apoiariam mais que qualquer outro na decisão de deixar Gerrett.

Que agora lentamente seria esquecido, virando apenas uma página riscada em um diário velho.

— O que você acha, hm? Rápido demais? É o que eu penso também…

Peach novamente resmunga, subindo mais no meu colo.

Era rápido, sim. Mas era uma escolha tão simples. Ou parecia ser.

Mas sentia como se cada caminho meu me guiasse a ele. Como se fosse onde eu deveria estar. E não era mais aquele medo de estar sozinha que falava mais alto. O medo não existia mais. Apenas a intensa e profunda vontade de pertencer a ele outra vez, e tê-lo somente para mim.

Antes do namoro, eu teria tido outra recaída com ele, e era com ele que eu deveria estar agora. Queria que desse certo. Henry era meu melhor amigo, minha alma gêmea, e por menos que eu acreditasse nisso, era a melhor forma de nos descrever. Principalmente após ter vividamente na lembrança a forma como ele falava sobre o que sentia por mim.

E como tudo o que eu sentia por ele ainda estava entalado aqui.

Eu não tinha mais medo. Agora tudo o que restava, em meu corpo, alma, mente e ser, era a vontade de ter os braços dele me abraçando, sua voz me dizendo que ficaria tudo bem, e meus beijos em seu rosto como resposta.

Apenas isso. Eu deveria ceder de uma vez.

Sim. Deveria.

É, amigos. O cheirinho de fim de fic é real.

Falta apenas um capítulo e um bônus, e veremos qual o verdadeiro fim do nosso casalzinho.

Até a próxima! Beijos 🤍

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