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05 | Cinco

Um encontro casual da circunstância
Talvez ele seja o mantra
que mantém sua mente em transe
Ele poderia ser o silêncio nesse caos
mas, novamente
Ele nunca vai te amar do jeito que eu posso

Nós dois temos demônios que não
conseguimos suportar
Eu amo seus demônios,
como outros demônios podem
Se você ainda está procurando um homem
honesto para você
Então pare de se enganar, Deus, por favor!

Ele nunca vai te amar do jeito que eu posso

— Like i Can; Sam Smith

──── ✧ ────

Saint Helier, Jersey
25 de dezembro, 8:00pm

M E L I S S A

Não conseguia mais disfarçar o quão chateada eu estava. Havia tentado lidar com Gerrett o dia todo, após ter sido ignorada. As mensagens que fiquei esperando nunca chegaram, e ele só veio falar comigo após a foto que postei. Nem me dei ao trabalho de curtir a porcaria do emoji que ele comentou.

Já o de Henry…

Não era o caso aqui, ele queria comentar algo e não sabia o que, eu disse que deveria ser um coraçãozinho preto.

De qualquer forma, minha paciência já havia sido esgotada pela tarde. Eu tentei disfarçar como pude durante o passar do dia, sem querer atrair qualquer atenção, principalmente dos meus pais. Sabia que iriam querer conversar sobre o que aconteceu, e eu não queria nada de conselhos agora. Se soubessem que meu relacionamento estava indo de mal a pior, seria a chance de ouro deles.

Ajudei com todo o jantar e até me arrisquei a cozinhar um pouco com Henry, mas minhas habilidades na cozinha são simplesmente deploráveis, então preferi deixar o trabalho para ele e Charlie. E fizeram parte da ceia muito bem, havia ficado maravilhoso, de fato.

— Já provou da sobremesa, Mel?

Escuto a voz de Marianne, me fazendo erguer o olhar para lhe encarar com curiosidade, vendo quando me oferece do pudim.

— Ainda não. Aceito um pouco. — Sorrio gentil, percebendo quando ela parece sorrir satisfeita.

Bloqueio o celular após responder minha amiga sobre suas mensagens de natal, e pego o prato de sobremesa, agradecendo à minha madrinha ao pegar a colher que me oferece. Me sento no canto do sofá, ajustando o vestido e cruzando as pernas para apoiar o prato, e sinto Peach se deitar contra o meu pé.

— ...Porque o papai noel põe você para dormir quando ele chega. — Henry parece explicar algo para a sobrinha quando chega na sala.

— É verdade?

— Sim. Por isso que nem os adultos veem ele. — O moreno continua, sentando ao meu lado, e percebo a garotinha rir.

— Legal… Vou contar ao Thomas!

Ela sai tão rápido quanto chegou, correndo com um dos brinquedos que o “Papai Noel” a presenteou hoje. Gostava da inocência das crianças quanto a tópicos como estes, e sabia que a família Cavill sempre tentava manter essas tradições vivas. Lembro de fazerem o mesmo com Henry e eu.

— Ela parece tanto com o Simon..

— O único Cavill a fazer uma menina. É o prêmio de consolação da família. — Henry responde, rindo logo depois e me fazendo rir junto.

— Nem mesmo você se safou. — Comento, levando mais uma colher de pudim a boca.

— O que?

— Kal. É macho.

— Não foi intencional, mas.. sim. — Ele dá de ombros, observando o cão, que servia de paciente para um dos sobrinhos dele, que havia ganho um kit médico de plástico.

Percebo como o homem parece suspirar, tão perto, e desvio a atenção de volta para a minha sobremesa. Henry parece se mover, e então empurra minha mão, se deitando no sofá e apoiando a cabeça no meu colo. Continuo a comer, tentando não me importar com aquilo, muito menos com a forma que meu coração parecia bater mais rápido.

Que bobagem!

— Quero pudim, Mel. — Henry pede, abrindo a boca como um bebê, me fazendo rir, de novo.

— Vai pegar pra você, folgado.

— Não seja malvada. Só um pouquinho?

— Você pode comer isso? Quantas calorias têm?

— Mel! — Faz bico ao me chamar, de fato como um bebê birrento.

Me dando por vencida por como seus olhos pareciam adoráveis vistos de cima, sirvo um pouco de pudim na colher, abaixando com cuidado até servir na boca de Henry, percebendo-o sorrir satisfeito. Nego, e deixo o pequeno potinho de porcelana de lado, pegando agora a taça de vinho. Um grande gole, e então pude sentir a bebida descer.

Um perigo.

Já havia bebido algumas taças…

— Você quem fez? — O ouço perguntar, ainda deitado contra a minha coxa.

— Não, acho que foi a Heather. Não cozinho bem, você sabe. — Dou de ombros, pegando a sobremesa outra vez e me servindo de mais uma colherada.

— Ninguém pode ser tão boa em tudo. — Ele retruca, dando de ombros. Acabo sorrindo e negando, percebendo seu olhar curioso.

— Você é.

— Quem dera!

— Claro que é! Carreira de sucesso, cozinha bem, é um excelente amigo, e, honestamente, é lindo.

E com um belo corpo.

Mas eu jamais diria em voz alta.

— Sou encalhado.

— Henry! Não é bem assim, você só não encontrou a pessoa certa ainda. — Respondo, deixando o potinho de lado ao finalizar a sobremesa, e volto a atenção da minha canhota para acariciar seus cabelos curtos.

— Já encontrei sim. — Ele rebate, com um olhar doce.

Sabia o que ele queria dizer, o silêncio quando nos encaramos após isso deixava ainda mais óbvio. Não parei o cafuné por seus fios, deixando que relaxasse, enquanto podia ouvir meu suspiro deixar meus lábios.

— Ao menos não pode dizer que não tentamos. — Dou de ombros, não me importando em relembrar nosso passado.

— Por cinco anos… Meu relacionamento mais duradouro. — Ele responde, e eu assinto em concordância.

— Igualmente.

— Há quanto tempo está com esse.. Gerrett?

— É complicado. Nos envolvemos muitas vezes e praticamente nem oficializamos. Ele não pediu.

— Se não pediu, não é namoro.

— Tecnicamente… O suposto pedido fui eu que comentei. “Acho que deveríamos levar isso a sério”. Ele concordou.

— Isso não é um pedido de namoro, Melissa. — Henry me encara como se estivesse desapontado. — Você merece melhor.

Como o pedido que ele havia feito? É, talvez. Mas qualquer buquê de rosas no pôr do sol é romântico quando se tem 14 anos. Não é?

E agora eu passava a mão pelo colar que ele havia me dado e guardado, com o pingente que anos atrás simbolizava nosso compromisso. Hoje em dia era apenas uma lembrança.

— Ele se esforça. — Respondo, sem parar as carícias que fazia nele, mas baixando meu olhar.

Era óbvio. Mais do que eu queria que fosse. E ele também sabia.

— E você acha que merece estar com alguém que só se esforça?

Não.

Nem precisaria pensar. A resposta seria uma só. Não.

Eu fiz minha vida desde cedo e tive tudo de melhor porque eu fui capaz de me proporcionar isso. E nunca me desconectei da minha família, do meu lar. Nunca deixei de ser quem eu era e muito menos lutar pelo melhor, porque eu merecia isso. Hoje em dia já podia expor meus diplomas na parede do meu escritório, e tinha meu próprio império. Minha empresa.

Mas aquela Melissa de dezenove anos atrás continuava aqui dentro. Em mente, corpo e alma.

E o amor pelo meu passado também.

— Eu sei que sou a última pessoa a quem você deveria pedir conselhos, mas-

— Você é meu melhor amigo, para de besteira. — O corto, percebendo como seu olhar e respiração parecem mudar, mesmo que muito sutilmente.

— É bom ouvir isso. De verdade.

— Imagino que sim…

— Mas.. Se você ainda leva em consideração os meus conselhos, como seu melhor amigo, você deveria estar com alguém capaz de viajar o mundo duas vezes só para ficar com você. Não alguém que só “se esforça”. Por mais que você ache que o esforço dele é suficiente. Se fosse, ele estaria aqui, com você e sua família.

Aquele poderia ser facilmente um dos conselhos que entrariam no meu ouvido e sairiam pelo outro, como costumava acontecer pela minha teimosia. Mas vindo de Henry, naquele momento, valia mais. O peso de ouvir aquelas palavras, letra por letra, enquanto eu estava aqui, com aquele colar em mãos e minha mente num limbo sentimental era diferente.

Eu sabia que o esforço de Gerrett não era suficiente. Nunca foi. Eu sempre fiz mais por ele, por nós, do que ele sequer tentou. Mas eu me sentia dependente do conforto que ele me dava. Desde o início, sempre foi por isso. Para tirar o peso de não ter alguém, e a pressão imposta em mim. Não era justo, nem com ele e muito menos comigo, mas era o único motivo para manter essa relação.

Eu era egoísta e não queria ficar sozinha.

— Não quero que tome nenhuma decisão pelo que estou dizendo, mas pelo que você sente. Só.. quero que pense com clareza. E aproveite que está longe dele para isso. — Henry dá de ombros, e eu assinto em concordância.

— Obrigada por isso. — Sorrio fraco, retomando o cafuné que fazia nele.

Era bom estar perto.

— Acho que você precisava ouvir. — Comenta, com o sorriso mais calmo agora. E os olhos ainda sem deixar os meus.

A heterocromia setorial dele ainda chamava minha atenção, como se fosse a primeira vez que eu via. Sempre me hipnotizava.

— Precisava, sim. E alguém corajoso o suficiente precisava falar.

— Quem é mais corajoso e pé no chão do que o melhor amigo, mm?! — Ele diz, feliz demais por se chamar daquela forma.

— O único que eu aceito os puxões de orelha. — Sorrio ao falar, percebendo como ele sorri também. — Ande, pegue uma taça de vinho também. Vai me deixar beber sozinha em pleno natal?

— Eu estava quase pedindo pra você buscar pra mim. — Faz bico, forçando aquele olhar doce de propósito.

— Não acha que está muito folgado, não?

— Só um pouquinho.. Anda, Mel. Eu fui seu psicólogo.

— Sua sessão foi muito rápida.

— Ingrata.

Ele dá língua antes de levantar, me fazendo levemente empurrar suas costas. Ouço sua risada abafada quando finalmente se levanta, caminhando para ir até a sala de jantar. Posso escutar algumas conversas lá, algumas na cozinha.. A família estava dispersa, cada um aproveitando a noite de natal da sua forma.

E logo vejo Henry retornar, agora acompanhado do meu irmão e de Simon, irmão mais velho de Henry e melhor amigo de Benjamin. Nossas famílias eram conectadas do pé a cabeça.

— Só achei rosé. Charlie foi buscar outro tinto na adega.

— Sem problemas. Já devo ter tomado uma taça de cada.. — Comento, ouvindo Henry rir enquanto servia o vinho para nós dois.

Meu irmão e o irmão dele bebiam cerveja em suas próprias canecas alemãs, presentes de Marianne.

— Como se sente? — Ben pergunta, se sentando na poltrona a minha frente enquanto parece abrir uma caixa, revelando um tabuleiro e peças de ludo dentro.

— Bem. Porquê?

— Nada.

Seu sorriso me deixa claro que estava escondendo algo. Convivi com Benjamin por toda minha vida para saber seus comportamentos. Provavelmente Henry havia comentado algo.

— Vamos lá. Lembram das regras?

— Perfeitamente.. Eu quero o vermelho! — Peço, assim que Henry pega os pacotinhos para separar as peças.

— Como se eu não soubesse. — Retruca, passando o pacotinho com as quatro pecinhas para mim.

Até disso ele lembrava?

Bom, eu não estava tão ruim também, sabia que ele pegaria o pacotinho azul, e sorri internamente quando aconteceu. Simon e Ben escolheram os seus, e então começamos a rolagem de dados, tanto para saber a ordem das jogadas e quem conseguia sair da casa primeiro. E prosseguimos com o jogo, entre risadas, vinhos e estratégias furadas.

— Esse dado está viciado, Mel já tirou dois 6 seguidos!

— Me odeia porque eu sei jogar, Benjamin? Melhore.

— É inveja, Mel. — Simon brinca, me fazendo rir.

— Só joga bem porque eu não matei sua peça, mal amada. — Meu irmão se defende, e eu automaticamente prendo o riso para não cuspir o vinho.

— E ela ainda matou a sua. — Henry instiga, fazendo meu irmão semicerrar os olhos para mim.

— É verdade!

— Henry me odeia, Simon. Faz alguma coisa!

— Você já vai ganhar! Gira logo esse dado. — Henry pede, passando para a minha vez.

E então giro, tirando 2 e passando as casas, entrando a última peça, podendo ouvir um grunhido insatisfeito de Benjamin.

, trouxa! Brigue pelo segundo lugar agora.

— Ela é rancorosa.. — Meu amigo responde, me fazendo lhe dar um leve chute quando me levanto.

— Para de falar besteira e abre esse vinho pra mim.

— Alcoólatra.

— Eu sou. E você vai beber mais comigo.

Eu apaixonada por esses dois, juro!

Veremos se agora a Mel abre os olhos...

Beijoss 🤍

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