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BROOKE MILLER POV'S

No dia seguinte, Zion convidou eu e Ginny para um bar onde tinha uma batalha de poesias, o que foi um passatempo muito legal.

Depois de algumas horas, nós voltamos para casa e nos deparamos com Georgia na cozinha tomando um copo de vinho.

Todos nós tínhamos percebido que Georgia estava irritada mas não sabíamos sobre exatamente o que a estava deixando assim.

Georgia: Vocês se divertiram? - pergunta me olhando.

Ginny: Sim, o papai nos levou a uma batalha de poesias em Boston. - diz se encostando na mesa. - Aí ele subiu no palco, e pensei que ia ser uma bomba, mas precisava ter visto. Ele declamou um texto sobre paternidade.

Georgia: Eu acredito, também tive uma noite inspiradora, sabia? - disse num tom sarcástico. - Por que não clamo uma poesia sobre ela.

A loira se levanta da cadeira e pensa no nome que daria a sua poesia.

Georgia: Maternidade, lavar roupa, amaciantes em cheiro pra pele sensível. De repente, olho para a janela! Traição. Desilusão. Preocupação. Raiva.

Eu sabia perfeitamente do que ela estava falando, eu não iria mentir pra ela sobre isso e iria contar que não rolou nada além de beijos.

Georgia: Por que tem um estranho subindo à noite pela janela da minha filha de 16 anos? Há quanto tempo isso acontece? Eles estão tendo algo íntimo? Estão se protegendo? Raiva! Fúria! Maternidade.

Assim que a mais velha termina sua poesia, Zion comenta na tentativa de quebrar o clima.

Zion: Até que você mandou bem! - elogia a loira que ignora completamente o comentário.

Georgia: Quero saber por que diabos o Marcus Baker estava subindo pela sua janela.

Brooke: Somos só amigos! Eu te garanto que a única coisa que fizemos foi um beijo, só isso. - explico para a mãe que não estava convencida. - Eu estou te dizendo a verdade, mãe!

Georgia: A Maxine sabe? - questiona me olhando.

Brooke: Sim, eu contei isso pra ela e ela me apoiou completamente. - respondo minha mãe.

Georgia: Por que você não me contou? Sabe que não guardamos segredos uma da outra.

Brooke: Me desculpa, mãe! Eu não queria te contar até eu saber de fato o que estava sentindo, eu ia te contar, eu juro!

A Georgia mudou sua feição de raiva para tristeza, eu realmente iria contar para ela mas estava com medo.

Georgia: Desculpa por ter me estressado com isso, eu só não quero que você cometa os mesmos erros que eu fiz.

Me aproximo da minha mãe e abraço ela na tentativa de nos resolvemos, aquela foi a nossa discussão mais séria de todas.

Sei que devia ter contado a ela, e eu entendo que ela estava preocupada comigo de eu fazer o que ela fez na minha idade.

Brooke: Me desculpa por não ter te contado, mãe. - digo ainda envolvida no abraço.

Georgia: Tudo bem, moranguinho. Só não me esconda esse tipo de coisa, entendido? - eu balanço a cabeça mostrando que eu havia entendido.

No outro dia à noite, Abby havia nos mandado uma mensagem dizendo que tinha uma péssima notícia para nos contar.

Eu fiquei preocupada e fui rapidamente para o Blue Farm, quando eu chego vejo que todas já tinham chegado menos Abby.

Norah: Vocês sabem o por que de estarmos aqui? - pergunta olhando o celular.

Brooke: Acho que já sei o que deve ser. - sugiro olhando para Abby que se aproxima de nós.

A garota ruiva estava com o rosto só lágrimas e ainda estava ofegante por ter vindo rápido.

Abby: Oi. - diz com a voz trêmula.

Brooke: Oi, tá tudo bem? - pergunto a olhando.

Abby se senta na mesa ficando de frente para Ginny e ao meu lado na mesa.

Abby: Meus pais vão se divorciar. - eu me aproximo da garota e abraço ela.

Brooke: Sinto muito, Abs. - digo tentando consolar a ruiva.

Abby: Pois é, meu pai saiu de casa ontem. - disse limpando as lágrimas do rosto.

Ginny: Eu sinto muito, Abby. Sei muito bem como isso é péssimo.

Norah: Você está bem? - pergunta olhando para a ruiva ao seu lado.

Abby: Não, eu não... não tô bem. - diz se separando do abraço. - Vocês me abandonaram completamente, eu tive a pior semana da minha vida e eu precisei de vocês mas vocês estavam ocupadas demais.

Eu estava me sentindo mal pela Abby, em todos os momentos em que ela estava sozinha na escola, eu dava toda a atenção para ela não se sentir abandonada.

Abby: A única que se preocupou comigo todos esses dias foi a Brooke, ela me mandou mensagens todos os dias perguntando como eu estava enquanto vocês simplesmente me abandonaram. E o MANG? Ele morreu, então...

Ginny: Olha, eu sinto muito, mas também tive muitos problemas familiares pra lidar, nem tudo tem que ser sobre você.

Max: É, e eu tive a minha primeira vez. - diz choramingando.

Abby: Vai se ferrar, Ginny. - exclama irritada com a morena.

Ginny: Você consegue ser bem idiota, Abby. - a ruiva não pensa duas vezes e dá um tapa no rosto da morena.

Dava pra perceber que o tapa foi por impulso tanto que Abby ficou assustada com o que havia feito.

Ginny estava sendo hipócrita em relação a Abby, a ruiva quase nem falava sobre sua vida ou sentimentos.

Nós apenas escutávamos os problemas de Max e Ginny.

Abby havia batido o próprio rosto como ato de vingança e Max fez a mesma coisa.

Norah: Eu não vou fazer isso. - as meninas me olham esperando que eu faça o mesmo.

Brooke: Estou com a Norah. - digo e Abby volta a se sentar arrependida.

Abby: Me desculpa, desculpa. - eu e Norah abraçamos a ruiva.

Brooke: Tá tudo bem, Abs. - sorrio olhando para Max e Ginny.

Ficamos rindo da situação até Max quebrar o momento bom que estava.

Max: Norah, aquela não é a sua mãe? - disse apontando para a tv.

A mãe de Norah estava contando na tv que minha mãe tinha armas em casa, admito que fiquei com raiva pois não tinha necessidade de Ginny ter contado sobre isso.

Norah: Eu implorei que não desse a entrevista, eu não devia ter falado das armas e é por isso que eu tenho evitado vocês, me desculpa.

Brooke: Tudo bem, não foi sua culpa. - lanço um rápido olhar para Ginny.

Ginny: Espera aí. - se vira para Max. - Você teve sua primeira vez?

Max: Sim! - diz com um enorme sorriso no rosto.

Estava de volta de volta em casa e fiquei lendo um livro até perceber que Marcus havia entrado em minha janela.

Marcus: Olá, vizinha. - sorri vindo em minha direção juntando nossos lábios em um selinho. - Como você está?

Brooke: Eu estou bem, e você? - digo guardando o livro na minha escrivaninha.

Marcus: Melhor agora. - sorri e eu reviro os olhos com sua resposta.

Brooke: Você é tão idiota, sabia disso? - pergunto brincando com a mão do garoto.

Marcus: O idiota que te ama, loirinha. - diz fazendo carinho no meu cabelo.

Eu arregalo meus olhos assim que eu ouvi a frase o que ele havia dito.

Ele me amava?

Brooke: O que? Você me ama? - falo olhando com um pequeno sorriso no rosto.

Marcus: É... eu nunca senti isso por alguém mas eu acho que eu te amo... - disse me olhando tímido.

Brooke: Bom... eu posso dizer que eu acho que também te amo, bobão. - digo agarrando a nuca do garoto.

Marcus sorrio, unindo os lábios finalmente com os meus, iniciando um beijo delicado e sem pressa de acabar.

A energia percorria pelo corpo de ambos quando o beijo cheio de desejo porém delicado iniciou. Enquanto nos beijávamos, eu conseguia sentir várias borboletas em meu estômago e isso era a melhor sensação do mundo.

Ficamos nos beijando e até teríamos continuado se não tivéssemos sido interrompidos por Ginny que entrou no meu quarto sem bater na porta.

Eu e Marcus nos separados rapidamente assim que ouvimos a porta ser aberta.

Ginny: Mas que merda! - exclama saindo do quarto e bate a porta com força.

Admito que não entendi o motivo da raiva dela e ainda ter descontado isso na minha porta, acho que ela deve estar assim pelo término com Hunter.

Marcus: Acho melhor eu ir pra casa, não quero que sua mãe entre. - o garoto me dá um selinho rápido e caminha até a janela.

Brooke: Tudo bem. - sorrio pegando meu livro novamente. - Até mais, bobão.

Marcus: Até mais, loirinha. - ele acena para mim e sai do meu quarto.

NOTAS DA AUTORA

Faltam alguns capítulos para o fim da primeira temporada, estou muito ansiosa akaka

• TikTok: angelwitch_wp (posto edits da fic lá)

• curta e comente, isso me anima demais!!

Obrigada<3