
07 | i like him?
❝ AFTER PARTY ❞
— 07 —
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Austin recebeu suspensão por apunhalar a mão de um garoto com um lápis. Ele iria ficar um tempo em casa para digerir tudo o que tem acontecido na família ultimamente.
— E aí, mãe, como foi lá? — perguntei, me sentando no banco de trás do carro.
— Eu não vou mentir, foi... — Georgia começou, mas foi interrompida por Ginny.
— Não vai mentir? Novidade — debochou Ginny, olhando para a mãe. — Eu quero ouvir do Austin. Como foi?
— Eu fui suspenso e preciso fazer terapia. A mamãe disse que está preocupada — respondeu Austin.
— Baby, eu não estou preocupada, não tem nada de errado com você e não vai fazer terapia. Aquele Zach mereceu — disse Georgia, firme.
— Desculpa, você está sugerindo que um garoto de nove anos mereceu ser apunhalado com um lápis? — Ginny falou incrédula.
— Desculpa você, que está cheia de opinião hoje. Até onde sei, você nunca pariu ninguém, então fica na sua — rebateu Georgia.
— Ele precisa de terapia! — Ginny insistiu.
Revirei os olhos e coloquei o fone de ouvido.
— Ele está assim por causa da nossa família, que você nunca contou — continuou Ginny.
— Eu tive motivos para não contar. Você não entende, mas eu só fiz isso para proteger vocês — respondeu Georgia, ligando o carro.
Voltamos para casa em silêncio. Assim que chegamos, fui direto para o meu quarto. Não estava com paciência para escutar os problemas da família outra vez.
✨
No dia seguinte, eu e Abby estávamos estudando espanhol no nosso cantinho quando Max e Norah se aproximaram.
— Alguém pode me ajudar com ela? — perguntou Norah, sentando-se ao lado de Abby.
— Tenta disfarçar que você está olhando, mas olha para a Sophie e me diz se ela está olhando para mim — pediu Max.
Olhei para Sophie, que estava conversando com uma amiga, como qualquer pessoa normal.
— Desculpa, Max, ela não está te olhando — falei para a garota preocupada.
— Eu falei a mesma coisa — disse Norah, encarando Sophie.
— Eu sou a pessoa mais mal-amada do planeta. Se me vissem presa num buraco com um tsunami vindo, eles me deixariam morrer — Max desabafou.
— Elas também estão fugindo do tsunami? Seria compreensível — brincou Abby.
— Não fala isso, Max. Nós te amamos muito — disse eu, vendo o olhar triste dela.
— Eu não ligo se vocês me amam, eu quero que ela me ame! — falou, olhando para Sophie.
— Ela ficou assim na educação física, disse que não conseguia se exercitar porque estava emocionalmente abalada — Norah explicou.
— Eu não consegui me exercitar por estar emocionalmente abalada — repetiu Max, deitando a cabeça no meu ombro. — Gatilho.
— Ei, vai ficar tudo bem — abracei-a, e ela apenas se aconchegou no abraço. — Eu vou pra sua casa hoje e vamos chorar vendo filme, ok?
Ela apenas balançou a cabeça, sem forças para responder.
✨
Depois da aula, fui para a casa de Max ajudar a amiga a se sentir melhor depois do fora que levou da Sophie.
Deitadas na cama, conversávamos sobre tudo para evitar falar da crush dela.
— O que eu faço em relação à Sophie? — perguntou, encarando o teto.
— Você podia falar com ela, pedir desculpas — sugeri, sentando-me na cama. — É melhor ser direta e sincera de uma vez do que ficar guardando os sentimentos.
— Desculpa por estar obcecada pela Sophie, mas o que está rolando com você? — perguntou, sentando-se ao meu lado.
— Como assim? — olhei para ela confusa, sem entender para onde ela queria chegar.
— Você está gostando de alguém? Eu não vou julgar, quem quer que seja o sortudo ou a sortuda — abriu um sorriso. — Na verdade, eu vou julgar sim.
Não entendi o que ela queria que eu dissesse. Será que ela quer que eu fale que talvez eu tenha sentimentos pelo irmão dela?
Eu estou confusa sobre isso. Imagine ela, que está passando por uma decepção amorosa.
— Eu não sei se é uma boa ideia. Estou confusa sobre tanta coisa — disse, e Max me encarava esperando o nome da pessoa.
Toda vez que estou com o Marcus, fico nervosa e feliz. Posso estar gostando dele, mas acho que é uma péssima ideia.
Tudo isso é novo para mim. Nunca me apaixonei antes e isso me assusta.
— Eu posso estar gostando de um garoto que nós duas conhecemos — falei, finalmente.
— Não me diga que é o Press ou o Brodie, eles são o oposto de namorar — disse, me olhando.
— Não são eles, felizmente — soltei uma risada nasal. — Acho que posso estar gostando do seu irmão.
Max ficou paralisada por alguns segundos. Ambas tentávamos digerir o que acabara de acontecer.
— Isso é sério? Que mal gosto, Boo — disse sarcasticamente.
— Você não está brava comigo? — perguntei, olhando-a nervosa.
— Claro que não. Sinto pena por você gostar daquilo — abraçou-me forte. — Vai ser estranho você beijando meu irmão nojento, mas vou gostar de ter você como cunhada.
— Meu Deus! — ri fraco, retribuindo o abraço.
Nesse momento, ouvimos a porta se abrir. Era Marcus vindo avisar Max.
— Ei, otária. Mamãe vai trabalhar até tarde, então o jantar é nosso — disse, olhando para Max, mas desviando o olhar para mim. — Tá tudo bem?
— Mais ou menos, só uns problemas familiares — respondi, olhando para ele.
— O que houve? — perguntou, mas Max o interrompeu.
— Não te interessa! — segurei o ombro dela e fiz sinal para ela não se estressar.
— Tá tudo bem, Max — disse a ele. — Minha mãe escondeu que tinha uma irmã, e que meus avós maternos estavam mortos. Eu bati na Ginny por causa disso, e meu irmão furou a mão de um garoto.
— Eu assistiria essa série toda em um dia só — disse Max, virando-se para mim.
— Que merda... sinto muito — disse Marcus, brincando com um elástico nos dedos.
— Não precisa dizer isso, bobão — sorri fraco e suspirei. — Eu não culpo minha mãe, ela teve os motivos dela. Mas o que me irrita é a Ginny não tentar compreender a Georgia. Isso é muito chato.
Olhei para Marcus, que parecia se sentir mal por mim, mas logo abriu um sorriso fraco.
— Podia conversar com sua mãe — sugeriu, me encarando.
Olhei para Max, que sorria. Devia estar gostando da situação.
Recebi uma notificação no celular: minha mãe mandou mensagem dizendo que chegaria tarde.
— Eu preciso ir. Mamãe vai voltar mais tarde e a Ginny está com o Hunter — disse, calçando meu sapato.
— Vou com você — disse Max, levantando-se da cama.
— Eu também vou — falou Marcus, e sua irmã o olhou.
— Não, você não vai — disse Max, sarcástica, aproximando-se dele.
— Que? Eu tô envolvido. Vai que aparece um tio misterioso, eu quero ver — sorriu para mim e foi até a porta.
— Ai, meu Deus! — sussurrou Max, me puxando para fora do quarto.
Eu apenas ri da animação dela, e fomos para minha casa cuidar dos meninos.
notas da autora
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Atualização: estou organizando toda a fic para a terceira temporada, que lançarei no dia 6 de junho de 2025.
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• comentem e deixem a estrelinha.
• não sejam um leitor fantasma.
• desculpe por qualquer erro de escrita.
Obrigada por ler,
Beijos<3
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