
06 | after party
❝ AFTER PARTY ❞
— 06 —
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A música pulsava pela casa enquanto as luzes coloridas iluminavam o salão. Estava conversando com Jordan, tentando manter uma conversa normal, até que o grupo MANG apareceu descendo as escadas com suas belíssimas fantasias.
— Elas estão de quê? — Press perguntou, encarando as meninas com curiosidade.
— Britney Spears! — Sam respondeu, indignada, como se fosse óbvio demais.
As meninas dançavam, descendo as escadas como se fossem protagonistas de um clipe. Aproveitei a distração e peguei o copo da mão de Jordan, dando um gole. O gosto era amargo, horrível até, mas os meninos haviam dito que aquilo passava rápido.
— Gente, é hora de virar as doses! — Abby gritou atrás de Max.
✨
O clima era de festa. Todos dançavam, riam, celebravam... até que vi Abby montada em cima do Press. Aquilo foi nojento — ele era um idiota. Talvez até pior que o Marcus. Abby se aproximou de mim com uma feição estranha, algo entre raiva e frustração. Ao que parece, Sam havia sido escolhida por Press.
— Brooke, você viu a Max? — Ginny perguntou, olhando ao redor.
Virei-me para a escada e lá estava Max, usando sua segunda fantasia da noite — ainda mais ousada que a primeira.
— Você realmente gosta de Halloween — comentei, quando ela se aproximou.
— Claro! Usar uma única fantasia é como comer só uma fatia de pizza, sabe? Coisa de maluco.
— Claro, você não é maluca, imagina... — falei com deboche.
— Vou dançar, beijos! — ela disse, indo até Ginny.
Aproximei-me de Abby, que bebia sozinha.
— Oi, tá tudo bem? — perguntei, dando mais um gole no meu copo.
— Tudo. — Ela desviou o olhar de Press e Sam, voltando-se para mim com um sorriso inesperado. — Ei, Brooke...
— Oi? — respondi.
— Você quer me pegar?
Fiquei paralisada. Não sabia se era a bebida ou se tinha mesmo escutado aquilo.
— Isso é sério? — perguntei, franzindo a testa.
Antes que eu pudesse processar mais, Abby segurou meu rosto e me puxou para um beijo. Eu estava sem controle, embriagada não só pela bebida, mas pela intensidade do momento.
— É Halloween! — Brodie gritou, nos vendo se beijar. — Não parem por nossa causa, meninas!
Me separei de Abby e dei um leve soco no ombro dele.
— Cala a boca, tarado — retruquei, enquanto ele ria e começava a dançar de novo.
Voltei para perto de Max, que me ofereceu outra bebida. Balancei a cabeça, recusando. Já estava perdendo o controle e não queria uma ressaca.
— Ei, Ginny! Mostra essa raba pra jogo! — Brodie gritava agora, puxando Ginny para o meio da sala.
Ela começou a dançar, mas logo Bracia chegou. Pelo olhar, dava pra ver que algo a incomodava.
Enquanto isso, Max exagerava nas bebidas. E, como num prenúncio, senti que algo daria errado.
— Boo, ela tá aqui! — Max me sacudiu, desesperada. — Aí, meu Deus! Elas vieram mesmo! Acho que vou desmaiar!
— Ei! Não é hora de desmaiar! — segurei seus ombros. — Eu tô contigo. Vamos lá falar com elas!
Puxei Max até as meninas do terceirão, que tiravam os casacos.
— Oi, Max. Você está linda — disse Sophie, sorrindo.
— Valeu — respondeu Max, beijando as bochechas da garota.
— Eu amei as fantasias de vocês! — comentei, tentando quebrar o clima tenso.
— A gente devia tomar umas doses. O que acham? — disse Max, com dois copos nas mãos.
— Não, obrigada. Eu tô dirigindo — respondeu Sophie.
Max, sem pensar, virou os dois copos sozinha. A tensão se espalhou. De repente, ela gritou:
— Ei, gente! Quem quer ver a gente se pegar?
Sophie se afastou, incomodada.
— Posso falar com você? — Sophie me lançou um olhar e se afastaram para conversar.
Fiquei observando de longe, com o coração apertado por Max. Ela gostava de Sophie. Falava disso há dias. A conversa foi rápida e, quando Sophie foi embora, corri até Max, que parecia destruída.
— Ei, tá tudo bem — ajoelhei em frente a ela.
— Você não viu... eu estraguei tudo — murmurou.
— Não, você não estragou nada. Vem, vou te levar pra casa.
Enquanto a ajudava a subir as escadas, Ginny nos interceptou.
— Brooke, onde você vai?
— Levar a Max pra casa. Pede pro Hunter te levar. — Continuei com Max.
✨
Chegamos à casa dela. Fui ajudá-la a se deitar.
— Não! Será que eu devia ter me despedido de mais gente? Eu sou uma pessoa terrível!
— Max, vem pra sua cama. Vai se sentir melhor.
— Não! Me deixa morrer sozinha, Boo.
— Não vou te deixar sozinha, nunca — prometi, a deitando com cuidado.
Comecei a tirar seus sapatos e joias, até ouvir a porta se abrir.
— Max, o que... merda — Marcus apareceu.
Sua mãe logo chegou, perguntando o que estava acontecendo. Ele deu uma desculpa qualquer.
— Quero minha mãe! — Max choramingou.
— Apenas descanse, Max — sussurrei, enquanto Marcus fechava a porta.
— Meu Deus, quanto ela bebeu? — ele perguntou.
— Ela não gosta de mim, Marcus — Max disse, chorando.
— Quem?
— A Sophie...
— Amanhã você vai estar melhor — ele disse, cobrindo-a com o edredom. — Ei, besta, dorme de lado.
Me encostei na parede, observando ele cuidar da irmã. Foi... fofo. De verdade.
— Se precisar vomitar, usa o balde, ok? — ele disse, colocando um ao lado da cama. Depois, beijou sua testa.
Ele se aproximou de mim e me puxou para fora do quarto.
Ficamos em silêncio até eu decidir falar:
— Obrigada, bobão. Eu não sei se teria conseguido arrumar ela sozinha.
— De nada, loirinha. — Ele suspirou. — Queria te pedir desculpas pelo beijo naquele dia. Eu estava um pouco chapado.
— Você sempre está, Marcus — ri fraco. — Mas tudo bem. Eu te perdoo.
— Posso saber do que você está fantasiada?
— Alabama Worley, do filme True Romance — girei, mostrando o look. — O que achou?
— Nunca ouvi falar, mas você tá muito bonita.
— Obrigada. Eu e minha mãe amamos esse filme. Você devia assistir um dia.
— Tudo bem. Mas só se for com você.
— Vou pensar no seu caso, bobão.
Peguei o celular e vi várias chamadas perdidas da Ginny.
— Acho melhor você ir — ele disse. — Parece importante.
— É... acho que sim.
Ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha. Acho que nunca fiquei tão vermelha na vida.
— Tchau, bobão — sorri e fui embora.
✨
Ao chegar em casa, vi as luzes da sala acesas. Estranho. Era tarde demais pra isso.
Fui desligá-las, mas encontrei minha mãe, meus irmãos, e... a mulher e o menino do mercado.
— Oi, mãe... tá tudo bem?
— Não, não está. Porque a nossa mãe mentiu pra gente a vida toda — Ginny explodiu.
— Como assim?
— Esse é seu primo, Caleb. E sua tia, Maddie — disse minha mãe.
— Oi, Brooke — Maddie e Caleb sorriram.
— Oi... me desculpa, mas por que você nunca nos contou isso? — perguntei para minha mãe.
— Porque ela é uma mentirosa! Vai saber o que mais mentiu — gritou Ginny.
— Nossos pais não estão mortos — Maddie disse... e parou. — Vou deixar vocês conversarem. Vem, Caleb.
Eles saíram e o silêncio dominou a sala.
— Me desculpa. Eu devia ter contado isso pra vocês — Georgia tentou, mas Ginny não deixou.
— Você acha? E por que estão aqui?
— Eu não sei. Faz mais de uma década que não vejo minha irmã. Eles vão passar a noite. Amanhã resolvemos.
— Vão ficar aqui?!
— Eu gostei deles — Austin disse, inocente.
— Cala a boca, Austin!
— Ginny! — Intervi, cansada.
— Aé? E como eu devo falar com meu irmão? Fingir que ele não existe por 15 anos?
— Para com esse drama, Ginny! Reclamar não vai mudar nada.
— Você é tão idiota por acreditar nela. Vai ser um lixo igual a ela.
Meu sangue ferveu. Sem pensar, dei um tapa nela.
— Brooke! — Georgia gritou.
— Desculpa, mãe. Mas eu não vou ficar calada ouvindo ela falar de mim assim.
Subi correndo para o meu quarto, com o coração acelerado, sentindo que aquela noite — definitivamente — tinha sido longa demais.
notas da autora
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Atualização: estou organizando toda a fic para a terceira temporada, que lançarei no dia 6 de junho de 2025.
• TikTok: iovecasss
• comentem e deixem a estrelinha.
• não sejam um leitor fantasma.
• desculpe por qualquer erro de escrita.
Obrigada por ler,
Beijos<3
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