CAPÍTULO 29
❛ conheça o inimigo. ❜

ENCARO ELENA COM medo nos olhos, não medo de Isobel, mas medo da reação de Jenna.

- Olá Elena, Alyssa. - Isobel diz. - É bom vê-las de novo.

- De novo? - Jenna pergunta me encarando quando me aproximo da porta, ainda boquiaberta.

- Então você é a mulher que está namorando o meu marido. - Isobel diz. - Preciso falar com as meninas, posso entrar?

- Não, não, não. - Elena repetia.

- Não convide ela. - Digo.

- Preciso conversar com vocês. - Isobel nos encara.

- Não. - Elena esbraveja fechando fortemente a porta.

Suspiro me virando para Jenna. Ela nos encara com lágrimas nos olhos.

- Você sabia que ela ainda estava viva? - Questiona. A olho sem saber o que falar. Ela assente deixando as lágrimas caírem. - E o Ric? John? Eles sabiam?

- Posso explicar tudo, Jenna. - Digo, com lágrimas nos olhos. - Elena não sabia de nada.

- Alyssa..- Elena começa.

- Não. Me desculpe por esconder isso de vocês. - Peço.

Quando eu morrer no sacrifício, Elena ainda estará viva e não posso deixar que Jenna a odeie por isso.

- Não. - Jenna diz subindo as escadas correndo.

- Jenna, por favor! - Imploro correndo atrás dela. Ela se tranca em seu quarto. - Jenna! Por favor! Jenna precisa falar comigo. Posso explicar o que está acontecendo. Jenna, por favor, eu...

Me encosto no batente da porta chorando. Não queria envolver Jenna nisso.

[...]

- Oi, ela está acordada? - Ric pergunta assim que abro a porta de casa.

- Ela não sai do quarto. - Elena diz enquanto fecho a porta da frente.

- O que disseram a ela? - Ric questiona.

- Eu não disse nada. Mas Alyssa assumiu a culpa, disse que eu também não sabia. - Elena diz e vejo Ric me olhar com pena.

- Temos que concertar isso. - Alaric diz.

- É..- Assente Elena.

- Oi. - Suspiro vendo Jenna descer as escadas.

- Jenna. - Ric diz.

- Bom dia, Elena. - Ela diz passando por nós. - Não quero você aqui, Ric. Vai embora.

Ela deixa uma grande mala no chão.

- Ouça, nem imagino o que esteja sentindo agora. - Começa Alaric.

- Raiva e traição, basicamente. - Ela diz.

- Aonde você vai? - Consigo dizer.

- Vou ficar no campus. Tenho uma tese para escrever e não quero ficar nesta casa. - Diz colocando um casaco.

- Jenna, por favor, pare. Deixe-nos explicar o que está acontecendo. - Pede Ric.

- Preciso que vá á casa dos Lockwood hoje. - Jenna encara Elena. - Pegue o cheque da Sociedade Histórica para a fundação da sua mãe.

- Jenna, por favor, só..- Gaguejo.

- Eu não aguento mais ouvir mentiras de vocês. - Ela esbraveja saindo e batendo fortemente a porta.

- Jenna, só..

- Deixe-a ir. - A voz de meu pai ecoa me Interrompendo. - É melhor ela não ficar aqui com tudo isso acontecendo. - Ele encara Alaric. - Talvez se tivesse sido mais honesto com ela desde o início, isso...

Ric o interrompe com um forte soco. Não mexo um músculo. Eu estava com muita raiva de John.

- Desculpe, Alyssa. - Pede Alaric antes de sair.

- Você sabe que a culpa é sua não é? - Rio vendo meu pai me olhar surpreso, se isso fosse em uma situação normal, eu o ajudaria.

- Sei. - Ele admite enquanto um filete de sangue escorria de seu nariz.

O encaro com raiva antes de subir as escadas pisando firme deixando ele e Elena a sós.

[...]

Observo Elena e Stefan descerem as escadas enquanto estava de braços cruzados e uma carranca no rosto. Isobel aparece atrás de mim e Elena trava. Eu ainda não sabia do que se tratava, não me limitei a dizer nada a vampira.

- Eu pedi outra chance ao John. - Isobel diz.

- Você deixou ela entrar? - Esbraveja Elena se virando para encara-lo.

- Ela tem informações sobre o Klaus. - John justifica. - Por favor, só escutem, está bem?

- Tá bem. - Stefan diz após Elena olhá-lo descontente. - O que você sabe?

- Desde que fui embora, fiz o possível para achar o Klaus. - Começa Isobel enquanto andávamos de um lado pro outro na cozinha. - Nossa melhor chance era acha-lo, antes que ele achasse uma de vocês.

- Melhor chance de quê? - Interrompe Stefan.

- De manter a Alyssa viva. - John responde.

- Você não pode falar nada! - Esbravejo. - Não depois de tudo o que fez.

- Você conseguiu achar o Klaus? - Stefan encara Isobel.

- Não. Ninguém sabe onde ele está. - A vampira responde. - Mas correm uns boatos por aí de que exite uma Doppelgänger.

- O que quer dizer que qualquer vampiro que quiser agradar o Klaus vai estar na fila pra te pegar. - John me encara.

- Não acredito em nada disso. - Elena se opõe e então encara Isobel. - Na última vez que esteve aqui, não se impotou nadinha com nenhuma das duas. Agora devemos acreditar que quer ajudar?

- Isobel tem ajudado o tempo todo. - Defende John. - Klaus está obcecado por encontrar Katherine a séculos. Bastaria que um dos vampiros da tumba espalhasse que Katherine estava viva para ele vir até Mystic Falls onde vocês seriam descobertas. Então, nós o matamos.

- E quase mataram o Stefan e o Damon. - Digo.

- É. - Concorda John sem se importar.

- Eu tenho uma casa onde é seguro para levá-la. - Isobel se levanta me encarando. - A escritura está no seu nome. Nenhum vampiro pode entrar sem sua permissão. Nem eu. Me deixa ajudar.

- Quer ajudar? - Questiona Elena. - Então saia da nossa casa.

[...]

- Acham que a Isobel falava a verdade? Todos sabem sobre a Doppelgänger? - Questiono sentada no sofá da pensão Salvatore.

- Não confio em nada do que ela diz. - Diz Stefan. - Mas acho que seria burrice a nossa ignorar o aviso.

- Você e sua irmã deveriam ficar aqui. É melhor para ficarmos de olho em vocês. - Damon diz.

- Na casa onde qualquer vampiro pode entrar? - Questiona Stefan. - A casa delas é mais segura.

- Bom, então vamos ficar lá. - Damon diz.

- Esse é o plano? Não vão nos perder de vista? - Elena se pronuncia pela primeira vez. Encaro Damon que estava deitado sobre os braços no sofá ao meu lado.

- Quando tiver um melhor, me avise. - Ele diz.

- Então vocês terão que ir conosco no almoço dos Lockwood. - Elena diz.

- Eu não vou. - Me oponho.

- Que bom, porque temos coisas de bruxa pra resolver com a Bonnie. - Damon diz.

- Eu vou. - Stefan diz.

- Quer dizer que você vai nos levar até..- Começo. Damon faz um sinal de silêncio com a mão. Reviro os olhos lembrando que Katherine agora estava morando aqui.

- Não se calem por minha causa. - Sua voz ecoa. - Se tiverem algum plano para impedir a ruína iminente dos vampiros por favor, digam. - Reviro os olhos me virando para Elena. Observo Damon e Stefan se entreolharem, Damon particularmente com um olhar divertido. - Sério. Qual é o plano para nos tirar dessa confusão? Eu já dei a pedra da lua, um lobsomem e um punhal para atrair e matar o Klaus. E agora, tudo o que têm é a pedra da lua. Ou nem isso

- Não, tá com a gente. - Damon diz.

- Onde está? - Katherine questiona.

- Num lugar muito seguro. - Ele a olha desafiador.

- Fui sincera com vocês. É hora de retornar o favor. - A vampira diz.

- Vou ser sincero com você. - Começa Damon. - Não confunda não termos queimado você enquanto dorme com confiança.

Eu olho para Katherine divertida.

- Está bem. - Ela suspira cruzando os braços. - Como quiser.

E sai.

Encaro Elena divertida, acho que estou começando a gostar de ter Katherine por perto.

[...]

- Foi nesse lugar que mataram Emily Bennett também? - Jeremy questiona.

Eu não concordava com ele aqui, mas o patinho era teimoso.

- Os Fundadores acharam que era poético queimá-la onde as bruxas queimaram. - Explica Damon.

- Como sabe onde foram queimadas? - Bonnie questiona.

- Porque eu tentei salvá-la. - Ele diz me fazendo olha-lo supresa. Mas minha surpresa dura pouco. - Emily era a chave para conseguir Katherine antes de eu descobrir que Katherine é uma vadia.

Jeremy ri. Encontramos uma casa destruída no meio da mata.

- Tem certeza que esse é o lugar certo? - Questiono.

Damon não me olha, mas assente. E então começamos a seguir em direção a casa.

Entramos lentamente enquanto Damon ia na frente. Eu observava atentamente a casa destruída. Jeremy se assusta quando uma tábua aos seus pés rangem, fico tensa com o barulho também.

- Ah, qual é. - Ele diz quando Damon o olha zombeteiro.

Damon tenta avançar mas fica paralisado. Ele ri.

- Seja qual for a brincadeira. Pare. Não tem graça. - Diz para Bonnie.

- Não estou fazendo nada. - Ela diz.

Recentemente, após ir ao apartamento de Jonas, Bonnie havia conseguido recuperar os poderes.

- Não consigo me mexer. - Damon diz e de repente o sol começa a o queimar.

- O seu anel não está funcionando? - Pergunto meio em pânico. Ele começa a gemer de dor.

- Não..- Ele consegue murmurar e então encara Bonnie. - Faça alguma coisa.

Bonnie se concentra enquanto os gemidos de dor de Damon aumentam. De repente ele consegue se mexer e para de queimar.

- Acho que as bruxas não querem você aqui. - Bonnie diz.

- É, acho que esse é o lugar certo. - Jer diz.

- Vou esperar lá fora. - O vampiro diz e me encara. - Você vem comigo.

- Não. - Consigo dizer. - Não vou deixá-los aqui.

- E eu não vou te deixar aqui. - Damon diz.

- Vamos ficar bem. - Bonnie diz.

Assinto e encaro Damon com uma carranca enquanto o acompanhava para o lado de fora.

Depois de um tempo suspiro entediada e Damon me encara.

- Podem ir mais rápido aí? - Ele questiona tentando entrar na casa mas é barrado quando a porta da frente se fecha com um rompante. - Dane-se você também, Emily. Estão por sua conta.

- Não podemos deixa-los aqui. - Digo quando Damon começa a seguir para o carro. Ele me ignora e continua seguindo em direção ao carro. - Damon!

- Temos que ir para a mansão Lockwood. - Diz se virando para me encarar. - Parece que seu papai acabou de morrer.

- O quê?! - Questiono arregalando os olhos.

[...]

Abro os olhos assustada e encaro minha gêmea me olhando com a mesma feição.

- O que houve? - Pergunto.

- Isobel. - Ela diz e a porta do carro é aberta. Saímos rapidamente.

- Só porque não podem ser hipnotizada não significa que não posso obrigá-las a virem comigo. - Isobel nos encara, olho em volta vendo que estávamos em um cemitério.

- Então foi isso que aconteceu? Foi hipnotizada e traiu a Katherine? - Elena questiona.

Eu não estava entendendo nada. Apenas observava.

- Se fui, não poderia contar a vocês. - Diz e começamos a andar.

- Então você mentiu. - Elena diz. - Encontrou o Klaus, não foi? Ele sabe onde Alyssa está agora.

- Você vai me levar até ele? - Pergunto e ela para em frente á um túmulo. - O que é isso?

Franzo o cenho encarando o nome escrito, era o seu túmulo, Isobel Flemming.

- Meus pais..seus avós. - Ela se vira para nos encarar. - Eles colocaram isso aqui quando ficou claro que a polícia não acharia o meu corpo. Visitam toda semana e trazem flores apesar de não ter ninguém enterrado aqui. A Isobel que eles conheciam morreu. Então, talvez uma parte minha esteja enterrada aqui. A parte humana. A parte que eu abandonei quando quando escolhi virar vampira. A parte que sonhava todos os dias em conhecer as filhas.

- O quê? - Elena questiona quando ela nos encara. Ela dá de ombros.

- Em vez disso, conheceram a outra parte. A parte que trairia sua família. - Diz e tira um telefone do bolso o pondo na orelha. - Acabei? - A outra pessoa diz algo e Isobel sorri.

- Quem era? - Questiono.

- Me perdoem. - Ela pede. - Por eu ter sido uma enorme decepção para vocês.

Encaro-a com os olhos cheios de lágrimas quando ela tira seu colar e começa a queimar no sol, acabando pegando fogo. Elena me abraça escondendo o rosto no meu pescoço enquanto eu sussurava vários nãos.

[...]

Suspiro encarando Stefan que confortava Elena. Havíamos voltado para a pensão Salvatore.

- Tudo bem? - Me viro encarando Damon. Assinto. - Ela sabia que iríamos te proteger.

- Ela sabia que eu não iria fugir. - Corrijo.

Começamos a andar em direção a sala.

Me sento ao lado de Elena enquanto Stefan e Damon se encaram antes de dizer.

- Precisamos nos precaver. - Damon diz. - Por que fomos enganados, todos nós.

Ele deixa uma pilha de papéis em meu colo.

- Que isso? - Questiono.

- A escritura da casa. No nome do Zach. - Stefan responde. - Quando você assinar, vai estar no seu nome.

- Estão me dando a sua casa? - Questiono incrédula.

- A ideia da Isobel, da casa segura, foi certa. Fiquem aqui até tudo acabar. - Stefan diz. - Assim, pode controlar quem entra ou não.

- Mas eu vou ficar furioso se me deixar de fora. - Damon me encara.

Uma respiração funda é ouvida e o corpo de John que estava jogado no hall se levanta rapidamente. Em uma velocidade anormal Damon vai até ele e o pega pelo colarinho da camisa.

- Eu juro, não sabia o que ela ia fazer. Sinto muito. - Pede John. Ele me encara. - Eu sinto muito mesmo.

- Damon, solta ele. - Peço. Damon me encara. - Precisamos conversar.

Damon o solta e nos sentamos no sofá. Os Salvatore deixando a mim, John e Elena sozinhos.

- Eu sempre soube que ela e Katherine eram próximas. - Começa John. - Mas nunca percebi que Isobel e ela agiriam contra mim. Duas das vampiras mais indiferentes e egoístas do mundo e, ainda assim, eram amigas de verdade.

- Se achava isso, por que confiou nela? - Pergunta Elena.

- Porque eu estava lá quando vocês nasceram. - Ele diz. - Vi como ela ficou arrasada por ter que abrir mão de vocês. E porque ela foi o meu primeiro amor.

Engulo seco o encarando.

- Quando ela falou que ajudaria a proteger vocês...- Ele continua. - eu acreditei nela. Neste momento, vou fazer o que quiserem que eu faça. Se vocês se sentirem mais seguras sem mim por perto, eu vou embora.

Eu queria dizer para ele ficar, mas não conseguia. Sei que Elena não gosta dele, muito menos os Salvatore, então acho melhor eu deixá-lo ir.

Não dizemos nada e John suspira se levantando.

- Você estraga tudo pai, tudo que você toca desmorona. - Começo, não conseguindo segurar o nó na garganta. - Mas ainda é meu pai.

- Talvez eu possa aprender a não odiar você. - Elena diz.

Ele assente, percebo, tentando não chorar.

- Está bem. - Diz. Sorrio fraco.

Tudo estava entrando nos eixos.

ADVINHEM QUEM VAI APARECER NO PRÓXIMO CAPÍTULO??? QUEM É MORTO SEMPRE APARECE NÃO É MESMO?

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